I'm Not Hydra escrita por Jessyhmary


Capítulo 3
Deixada para Trás


Notas iniciais do capítulo

Hello again... Eis-me aqui, caindo de sono por cima do Note, mas determinada a postar isso antes de dormir... So... Aqui está! :) Mais um capítulo da nossa fic! Espero que curtam! :)

#BoaLeitura! :)



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Simmons ainda se contorcia quando o telefone de Hand tocou novamente. A morena bufou indignada e levantou-se, saindo para atender a chamada do lado de fora da sala.

– O que foi agora?! – Victoria estava nitidamente impaciente.

– O que houve, Vic? – o tom de deboche saía divertido da boca de Júlia. – A cientista aí está mexendo com você, é?

– Não estou com paciência para as suas gracinhas!

– Então, por que me chamou? Você sabe como eu sou!

– Por que você é a melhor – Hand deu uma pausa para se amaldiçoar mentalmente por ter dito aquilo em voz alta. – E você é a única que pode tirar a verdade dela.

– Agora nós voltamos a conversar – Julia a tinha bem onde queria, sempre.

– Então... Por que ligou?

– Houve um acidente na estrada... Precisei matar um cara.

– Você... O quê?! – Victoria deu um soco sobre a mesa, enquanto assistia Simmons pelas câmeras de segurança. – Você não precisa utilizar a função “matar” para qualquer situação que encontrar, Julia!

– O cara pediu, Hand! – A loira redirecionava o manche enquanto falava ao telefone. – Não... Pediu não... Ele implorou pela morte! Eu quase consegui ver a veia dele saltando pra fora. O bastardo pisou na bola comigo.

– Quem foi dessa vez? – Hand sentou-se sobre a mesa, incrédula. – O analista de operações? O especialista? Quem você jogou pra fora do avião?

– O enfermeiro idiota.

Hand passou a mão pelo rosto, sem acreditar no que ouvia, embora conhecesse aquela garota com a palma da mão. Não importasse quantas vezes tivesse ouvido histórias como aquela, Julia sempre dava um jeito de se superar. Sempre.

– O enfermeiro, Julia?! Sua... Ah, droga! O que ele fez pra você?

– Ele tomou meu uísque. Até a última gota.

Victoria respirou fundo e apertou o telefone com força.

– Você tá me dizendo que matou o enfermeiro porque ele tomou o seu uísque?

– Não – ela corrigia. – Ele tomou meu Glenfiddich de 50 anos que eu ganhei de presente no ano passado. Resumindo... Morto.

– Que tipo de pessoa ainda te dá presentes? – Hand tentou atacar.

– Sabia que eu ainda tenho aquela garrafa de vinho barato que você me deu há três anos? Pois é – Thompson não pode evitar o sorriso em seu rosto ao citar aquilo. – Esse é o tipo de pessoa que me dá presentes. A diferença é que uns dão coisas melhores do que outros.

– Okay, Julia... Você simplesmente matou o cara... Perfeito! Eu não ligo para ele, mas não queremos deixar rastros. Você sabe que estamos evitando...

– Relaxa, ninguém vai reconhecer ele. – ela disse tranquila, sem desgrudar os olhos das nuvens adiante.

– O que diabos você fez com...

– Ah, você sabe... O básico: dentes, digitais... Olhos, talvez... Enfim... São coisas que ele não terá quando encontrarem o corpo.

– Você é doente.

Eu sou uma Thompson.

Julia desligou o telefone sem esperar qualquer reação de Hand. Na verdade, ela gostava de espantar as pessoas com o seu bom comportamento. Agora, sua nova identidade envolvia o fato de trabalhar para a HIDRA, o que fazia por pura diversão. Tinha dinheiro o suficiente para mudar de rosto quantas vezes quisesse e as identidades falsas era algo de que ela particularmente se orgulhava. Julia adorava criar personagens para si, porém, seu melhor personagem era ela mesma.

– Julia está vindo pra cá. – Victoria voltava à sala, onde Jemma permanecia algemada e amarrada na cadeira. – E ela está louca pra te ver.

– Terá que refrescar minha memória. – Simmons sorriu angelicalmente, atingindo os nervos da morena à sua frente. – Conheci muitas Julias na academia da S.H.I.E.L.D.

– Você não se esqueceria dessa Julia em questão. De maneira nenhuma. Ainda mais quando ela foi sua melhor amiga do colegial.

De um instante para o outro, o semblante da cientista transformou-se radicalmente. Jemma recordava-se de tudo: A escola, a rua da escola, as crianças pulando corda no pátio, o refeitório do colegial e uma garota comendo sozinha na última mesa, próxima à janela. Julia Thompson não era fácil de ser esquecida, e pra ser sincera, esse foi o primeiro rosto que passou de relance pela mente de Simmons quando Victoria pronunciou o nome dela.

– Julia... Thompson? – Jemma arriscou, tendo certeza absoluta de que era ela.

– De que outra eu poderia estar falando? – Hand levantou a mão para bater em Simmons, que virou o rosto num ato puramente reflexivo. – Óbvio que é a Thompson! Ela está vindo pra cá...

– Mas como?! O que... Como?! – Jemma estava nitidamente desnorteada. – Mas... Não! Julia morreu! Eu vi os arquivos de uma das missões dela com a CIA há alguns anos! O cara a retalhou com uma faca militar!

– Oh, minha cara Jemma – Hand dava voltas, caminhando ao redor de Simmons. – Você realmente acha que foi ela a “retalhada” da história? – ela fez as aspas com os dedos. – Julia apenas foi esfaqueada. Nos seus três lugares favoritos, diga-se de passagem.

– Lugares... Favoritos? – Jemma engoliu em seco.

– Palma da mão, coxa e o lado esquerdo do abdômen. Acho que chegou a perfurar o rim, não me recordo agora. Isso foi há séculos.

– Se bem que... Isso soa como a Julia – Simmons respirou fundo e pareceu viver um flashback. – Soa completamente como ela.

– Senhora – um dos agentes chamava Hand pelo vidro da salinha. – O que faremos com o corpo do outro agente?

– Pode lança-lo na despensa, William. Incinere o corpo logo pela manhã.

– Sim senhora.

Simmons apenas observou William desaparecendo pelo corredor, pronto para seguir as ordens de Victoria Hand. Ela sentia o ódio fluindo nas suas veias. Triplett estava morto neste exato momento e ela só conseguia pensar em vingança.

– Você vai pagar caro por isso, Victoria. – Jemma pronunciou com os dentes cerrados e seu sotaque impecável. – Espero que saiba executar muito bem o seu plano, porque se eu colocar minhas mãos em você... Eu vou acabar com você!

– Você fica linda falando desse jeito. – a morena alfinetou.

– Eu vou te matar, Victoria. – Simmons repetiu a sentença, ignorando o comentário de Hand. – Guarde essas palavras: Você... Está... Morta.

– Estou contando com isso, minha querida...

Simmons e Victoria sentiram o chão mover sob seus pés. A frequência dos comunicadores também estava sendo interrompida por uma transmissão que parecia vir de algum lugar bem acima do prédio. O Triskelion abria passagem para um quinjet majestoso que aterrissava como uma pluma. Julia estava chegando para começar seu interrogatório.

Jemma sentiu um calafrio percorrer sua espinha. A ideia de encontrar Julia depois de todos esses anos começava a surtir um efeito desastroso em seus neurônios. Aquele reencontro seria no mínimo tenso.

A loira descia do quinjet na sua jaqueta de piloto perfeitamente alinhada. Os óculos escuros ainda estavam estampados no seu rosto, bem como o sorriso mais confiante que ela possuía. Jemma Simmons estava na sala ao lado. Aquele, sem dúvidas, era um bom motivo para comemorar.


(...)


– Conseguiram? – Ward perguntava ofegante, ainda sentindo o peso do cansaço nas suas pernas.

– Sim, consegui pegar as especificações de volta. – Skye segurava o disco rígido em mãos. – Aqueles bastardos não vão por as mãos nisso dessa vez.

– Ward... Foi um bom momento para revelar-se agente duplo. – Coulson parabenizou, enquanto empurrava o corpo de John Garrett para fora do Bus. – Essa passou muito perto.

– Garrett era um idiota. Ferrou com a minha vida desde sempre... Estava esperando o momento certo pra dar o bote.

– É... Parece que escolheu a hora certa, T-1000. – Skye sorriu para ele, dando um soco no seu braço.

– Eu precisei fazer a coisa...

– Todo mundo se abaixa, agora! – May gritou pelo comunicador da cabine, anunciando que uma nova equipe da HIDRA recomeçava os ataques ao avião.

– O que tá acontecendo, May? – Coulson gritou como se isso fosse culpa dela.

– Estamos sendo atacados novamente, o que você acha? – Ela respondeu áspera, levantando a gigantesca Águia de Aço. – Precisamos partir agora, ou eles destruirão o que sobrou do avião. É isso ou morrer... Estão todos aqui?

– Sim... Espera – Skye sentiu seu coração parar de repente... – Fitz-Simmons ainda...

– Gente, Gente!! É a Jemma! Ela não conseguiu...

Fitz fora interrompido pelo som das armas estilhaçando os vidros do avião.

– Eu consegui entrar, mas ela... Ela estava... – Fitz tentava se explicar em meio ao tiroteio. – Ela estava bem atrás de mim, mas... Quando olhei... A gente precisa... Precisamos fazer algo, ela ficou presa lá!

– Agora não dá, Fitz! Vamos todos morrer se tentarmos voltar agora... O avião não aguentaria! – Skye gritava abaixada, enquanto Ward a protegia dos estilhaços.

– Skye tem razão, Fitz! Não podemos salva-la nesse estado! Precisamos consertar o Bus... Precisamos de um plano...

– Pro inferno com esse plano! – Fitz levantou-se e dirigiu-se em direção à saída. – Enquanto planejamos, ela está nas mãos daquela... Aaah! Vocês realmente não entendem? Eu estou indo salvar a Jemma!

– Você não vai a lugar nenhum, agente Fitz. – May travava as portas, obrigando o cientista a recuar. – Saia da zona de risco e fique abaixado, próximo à equipe! – Fitz fez uma careta ao ouvir o comando da piloto. – É uma ordem, agente Fitz. Obedeça!

Fitz voltou para onde estava e permaneceu abaixado até que os tiros parassem. Ele não estava realmente preocupado com o que estava havendo dentro do bus. Os tiros, as balas que podiam atravessar o seu corpo... Ele apenas pensava que Simmons tinha ficado para trás. Não conseguia ver outra cena, a não ser aquele momento em que ele olhou para trás e ela não estava lá. E a cena se repetia como se fosse um maldito disco arranhado na sua memória. Simmons não estava lá.

– Ela vai ficar bem, Fitz. – Coulson o confortou, levantando-se do chão e arrumando seu terno azul marinho. – Triplett está com ela. Ele vai protege-la.

– Ela vai ficar bem. – Fitz repetiu, sentando-se no que havia restado do sofá. – Ela vai ficar bem.


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Notas finais do capítulo

Achei fofa a May... *__*

— O que acharam?

#itsallconnected :)



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