How it all began escrita por Saturn


Capítulo 4
CHAPTER FOUR - Quidditch? WHEN?


Notas iniciais do capítulo

Oi oi minha gente!
Eu sei que prometi postar duas vezes por semana, mas fiquei bastante ocupada e acabei não conseguindo na semana passada, os compensarei com dois nessa semana!
Queria, antes de mais nada, agradecer pela sempre presente Baby Blackburn nos comentários e, logo em seguida fazer meu momento divulgação.
Para quem caiu agora de paraquedas, eu tenho uma outra fanfic chamada Space, que trata-se de uma coletânea de songfics inspiradas no meu álbum favorito e ideais para os amantes de Jily!
O link dela é esse: https://fanfiction.com.br/historia/792726/Space/
Deem uma passadinha por lá, leiam e comentem! Toda quarta sai um novo capítulo.

Agora, algumas considerações sobre o capítulo anterior: Eu esperava um pouco mais de emoção dos meus leitores, infelizmente não foi o que veio, mas bola pra frente.
Esse capítulo é um pouco mais leve depois dos acontecimentos um pouco caóticos dos últimos capítulos, eu espero que gostem!

Enjoy It!



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Eu acordo antes que todos no dormitório, e fico rolando na cama até criar coragem para levantar, o que leva uns bons quinze minutos. Quando levanto, vou depressa para o banheiro tomar um banho, antes que Sirius acorde e monopolize o chuveiro. Fico um bom tempo lá, deixando a água quente relaxar os músculos tensos dos meus ombros. Assim que saio do banheiro, já vestido, observo que nenhum dos preguiçosos tinha acordado, reviro os olhos por trás das lentes dos óculos levemente embaçados e resolvo honrar o nome dos Marotos. 

Aplico o feitiço Abaffiato em todas as camas de cortinados fechados, para impedir que eles acordem uns aos outros com seus gritos. 

Primeiro, vou em direção à cama de Wormtail, no caminho pego a jarra vermelha no formato de uma cabeça de leão - Sirius fazia algumas compras de gosto duvidoso - cheio de água surpreendentemente gelada, embora a mesa onde ela estava apoiada, estivesse em contato direto com alguns raios de sol que transpassavam a cortina da janela, e despejo todo o seu conteúdo no garoto que dormia agarrado no travesseiro, roncando com a boca aberta. Wormtail se afoga e começa a tossir, cuspindo água, assustado, enquanto eu rio ao lado do colchão encharcado, até saírem lágrimas dos meus olhos. Quando ele se recupera, me fuzila com os olhinhos apertados, mas eu não me deixo intimidar, coloco meus dedos sobre os lábios, pedindo silêncio, e apontando para a cama de Moony. 

Ele entende o que eu quero dizer, assentindo ansioso. Nos dirigimos em silêncio para a cama do lobisomem, que dorme profundamente com um livro aberto no rosto. Eu aponto minha varinha para o seu pé e sussurro um Levicorpus, fazendo-o subir de ponta cabeça, pendurado pelo tornozelo, lançando o livro que segurava aos confins. Assim que ele para de se debater como a Lula Gigante quando atiram comida no lago, ele olha para nós, esperando que nós desintegremos diante dos seus olhos com fundas olheiras e cheios de raiva por termos lhe acordado, nos mostrando delicadamente o dedo do meio. Eu sinalizo o único monstro que ainda ronca no quarto, e ele sorri, maroto. Desço Moony do teto e planejamos aos cochichos o que iríamos aprontar para o mais preguiçoso de todos nós. Seria algo espetacular, obviamente. 

Moony usa um feitiço de ilusão para fazer parecer que o quarto estava todo bagunçado - não que precisasse de muita magia para isso - e com algumas rachaduras do teto ao chão. Wormtail recorre ao seu estoque de doces de calda de morango para espalhar pelo quarto, parecendo assustadoramente com sangue respingado. Moony se joga em um canto da parede, com a cabeça pendendo sobre o peito, Wormtail, se atira na cama, como se fosse jogado, eu aceno para eles, que confirmam com a cabeça. Então, direciono a ponta da varinha para a porta do dormitório e exclamo:

— Bombarda! 

 

A porta explode em vários pedacinhos ao mesmo tempo que eu me jogo de qualquer jeito no chão, batendo minha panturrilha em um dos baús cheios de roupa e fazendo uma careta de dor. Padfoot acorda assustado, empunhando a varinha já olhando em volta procurando inimigos. Quando me vê caído no chão, corre em minha direção, chutando tudo o que estivesse no caminho, soltando um grito fino de desespero que custou muito da minha força de vontade para não gargalhar. Sinto um par de joelhos caírem com força no chão ao meu lado, por pouco não caindo por cima do meu braço. Então, um par de mãos me pegam pelos ombros e começam a me chacoalhar, gritando com uma voz lotada de desespero:

— Prongs, acorda. Não faça isso comigo, não quero ter que explicar para Tia Euphemia que você foi atacado enquanto eu estava tendo sonhos eróticos com a...

Eu não aguento e começo a rir antes mesmo que ele termine a frase. Moony e Wormtail me acompanham, enchendo o dormitório com o som de gargalhadas e os xingamentos de Sirius. Eu começo a me contorcer no chão, segurando as costelas, com lágrimas escorrendo livremente dos meus olhos, e os outros dois não estão muito diferentes, rindo cada vez mais do extenso e aparentemente interminável vocabulário de palavrões de Padfoot. 

Ele xinga mais uns minutos, e então corre para o chuveiro, enquanto todos estão distraídos. Moony desfaz o feitiço de ilusão, enquanto Wormtail corre atrás de seus doces e encaixa novamente a porta no lugar e eu endireito meus óculos, que entortaram no momento que eu me atirei ao chão. 

Depois do que pareceram séculos, Padfoot saiu do banheiro, causando uma pequena guerra entre Moony e Wormtail para ver quem iria em seguida. Moony, incapacitando o outro com um feitiço, bateu em debandada para o chuveiro antes que Peter consiga se soltar dos lençóis dançantes enfeitiçados e revidar o ataque. 

Assim que todos tomaram banho, descemos para o Salão Principal, para tomar café e aguentar mais um dia entediante com várias aulas do Prof. Binns naquela sala extremamente quente. 

No salão principal, corujas e mais corujas sobrevoam o teto abobadado que refletia o céu azul e com poucas nuvens do lado de fora. Vejo a juíza de quadribol, Mrs. Bing, que acena para mim. Eu aceno de volta, me lembrando, com um embrulho no estômago, que teria quadribol no próximo fim de semana. Grifinória contra Corvinal. Que ótimo capitão que sou, nem dos jogos eu me lembrei, com tudo o que tinha acontecido neste final de semana. 

Após comer alguns pãezinhos doces, ovos e bacon no café da manhã, eu resolvo convocar o time de quadribol, para um treino de última hora antes do jogo, depois que as aulas acabassem, no fim da tarde. Estávamos folgados na liderança do campeonato, mas se Lufa-Lufa ganhasse da Sonserina e nós perdêssemos para a Corvinal, a coisa ia ficar bem feia. E eu me recusava terminantemente a deixar a taça para as cobras no meu último ano. 

Eu fico durante todas as aulas rabiscando distraído estratégias de vôo e posicionamento para o jogo que viria, quando vejo, todos os pomos de ouro desenhados nos papéis tem pequenas letras L.E. marcados neles. Eu sorrio levemente. 

No quinto ano, eu tinha pego o hábito de desenhar pomo de ouro com L.E. por todos os cantos. Em pergaminhos, livros e até mesmo em alguns lugares nas paredes de Hogwarts. Aparentemente, quando distraído, esse hábito retornava. 

Enquanto observo o pomo desenhado, meus pensamentos voltam ao último passeio a Hogwarts, com Lily tremendo em meus braços por conta de um covarde. Assim que abaixei meus olhos para a mesa de madeira escura, meus punhos estão cerrados com força, amassando o pergaminho entre eles. Eu me forço a abrir as mãos, largando na mesa a bolinha de papel que já tinha sido meu plano de contra ataque às investidas ferozes da Corvinal, respiro fundo, tentando me acalmar e chamando a atenção de duas garotas que sentam na mesa à minha frente, que piscam para mim, oferecendo-se. Eu as ignoro e refaço todo o plano de ataque e defesa do time da Grifinória, desenhando posições de jogo, diagramas, tabelas, previsões de como o time adversário se posicionava e em quem teríamos que focar, me sentindo cada vez mais ansioso, e não somente pelo jogo que se aproximava. 

Assim que o sinal bateu, anunciando o final da última aula do dia, eu corro para o dormitório, colocando minha roupa de treino e pegando a vassoura, apoiada na cabeceira da cama. Corro para o Salão Principal, torcendo para já estarem servindo o jantar, mas não se passou pela minha cabeça um momento sequer que mal eram cinco horas da tarde, e o jantar só era servido às sete da noite. Portanto, no momento em que piso no Salão e não vejo ninguém, dou de ombros, pensando por um momento e me dirijo até a cozinha, esperando visitar uma velha amiga. 

Em frente ao quadro de uma cesta de frutas, estico minha mão livre e faço cócegas na pêra, que se contorce e retorce até abrir uma passagem para a cozinha, onde dezenas de elfo domésticos cozinhavam alegremente. No momento em que entro no ambiente perfumado de temperos e comida sendo feita, uma dúzia de elfos se vira e vem me atender. 

Eu cumprimento todos, e chamo Tink, uma velha conhecida das cozinhas da escola e peço alguma coisinha para comer. Ela assente ansiosa e imediatamente vai atrás de um lanche. Não tinha dado tempo nem de sentar em um dos bancos, que Tink já tinha aparecido com uma bandeja enorme de bolinhos, uma jarra de suco de abóbora, sanduíches e uma torta de chocolate. Eu agradeço a pequena elfa, que sorri feliz, se curva, e volta a cozinhar alegremente. Quando termino de comer, levo a louça para a pia e a lavo, apesar dos protestos de todos os elfos domésticos no cômodo. Agradeço a eles e saio pela porta, vendo o quadro se formar atrás de mim novamente, enquanto caminho pelos corredores, trilhando o caminho até o campo de quadribol, iluminado pelos últimos raios de sol. 

Assim que chego ao campo, monto na vassoura e vôo rápido, dando voltas e mais voltas ao redor das balizas e arquibancadas, clareando a minha mente e aprimorando minha estratégia de jogo. 

Quando olho para baixo, Sirius está chegando, já vestido para o treino, juntamente com Lene, Charlus e Jamie. Sirius e Lene eram artilheiros, Charlus e Jamie eram os dois batedores. Para o treino, faltavam apenas uma quintanista que eu nunca lembrava o nome, que era o terceiro artilheiro, e Frank, o goleiro. Depois de uns cinco minutos, o resto do time chega, se reúne no meio do campo e eu começo a explicar a estratégia. 

Assim que termino de falar, damos impulso para cima com nossas vassouras e nos pusemos a treinar, jogando a goles ritmicamente para os lados e tentando acertar o gol, com os batedores inspirados e batendo os balaços para longe e eu, sobrevoando sobre a cabeça de todos, analisando os movimentos e procurando o pomo, sem deixar de pensar no jogo que se aproximava e em certa ruiva que chegara para assistir ao treino, juntamente com Remus, Dorcas e Alice. Ela parecia abatida, embora estivesse rindo e acompanhando cada movimento do treino com seus olhos absurdamente verdes. 

No momento em que capturo o pomo pela quinta vez, anuncio o fim do treino e aviso a todos para descansarem, considerando que o jogo seria dali a dois dias. 

Vou ao vestiário e tiro a roupa de treino, enfiando tudo de qualquer jeito na mochila e correndo para fora, ansioso por encontrar os Marotos… e Lily. 

Todos eles estão reunidos em um grupo, na entrada do campo de quadribol, conversando sobre coisas aleatórias. Eu chego no grupo, cumprimento todos e pauso meus olhos um momento em Lily, ela move os lábios formando a frase “eu estou bem”, e sorri. 

Caminhamos todos juntos para o castelo, conversando amenidades e rindo, e meus olhos não saem da ruiva, captando qualquer sinal de que ela não estava tão bem quanto tinha me dito. 

Chegando ao Salão Comunal, ficamos mais algum tempo conversando, todos juntos e quando Peter começou a roncar alto no sofá, decidimos que era hora de todos irmos dormir, sabendo que já estava tarde e que a semifinal do campeonato de aproximava a cada minuto. 

Eu tomo um banho, me deito na cama e fecho os olhos quase que instantaneamente, com um sorriso, com cabelos ruivos e um pomo de ouro viajando nos meus sonhos durante toda a noite. 




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Notas finais do capítulo

Então, gostaram?

O nome da juíza de quadribol é Mrs.Bing porque eu acredito que o corpo docente não tenha se mantido exatamente o mesmo durante todos os anos de Hogwarts desde a época dos Marotos até a época do Harry, pois, querendo ou não, há uns bons anos de diferença entre uma geração e outra.

Comentem (Sem medo, o dedo não vai cair não), favoritem, recomendem e acompanhem para não perder nenhum capítulo da novela mexicana que é a Marauders Era!

Cuidem-se, pessoal e até o próximo capítulo!

Um beijo :*



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