How it all began escrita por Saturn


Capítulo 3
CHAPTER THREE - I’M GONNA KILL HIM


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas que habitam este - e outros - planetas e leem a fanfic!
Estou ainda optando pelos dias que irei postar a fanfic e estou pensando em postar sempre na terça e, talvez, um capítulo a mais na quinta/sexta, embora não esteja nada decidido ainda!

Agora, falando sobre o capítulo anterior: Sim, eu tenho dó da Lily. Sim, foi necessário. Sim, eu odeio o Snape.
Trouxe a continuação da história, com mais confusão ainda do que o capítulo anterior, rs.

Enjoy it!



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Eu travo por um breve momento, então me levanto do banco, desequilibrando a garota que chorava baixinho na minha camiseta, e grito para até Godric’s Hollow ouvir:

— ELE FEZ O QUE?

Ela me encara com censura, me mandando falar mais baixo, então eu abaixo a voz e repito:

— Desculpe, ele fez o que?

Ela revira os olhos inchados e me encara como se eu tivesse caído de um planeta desconhecido, bem na frente dela. E então eu percebo o quão idiota foi a minha pergunta. Me sento ao seu lado novamente, só por um mísero instante, até me levantar de supetão de novo e falar, em um tom de voz que demonstrava todo o meu ódio:

— Eu vou atrás dele. 

Aqueles lindos olhos verdes se arregalaram e ela me segura pela mão, impedindo-me de dar um passo a mais sequer. 

— James, você não vai atrás dele. 

Eu não consigo evitar um sorrisinho involuntário ao ouvir a menção ao meu nome novamente, mas logo ele some e eu fico novamente com uma carranca raivosa, ao lembrar que aquela pequena mulher tinha sofrido na mão de um mini comensal da morte que não sabia nem limpar o nariz direito. Ela percebe meu sorriso, e cora levemente, e eu digo a ela, olhando fixamente para seu rosto manchado:

— Mas ele te machucou, eu vou matá-lo, lenta e dolorosamente. Pra começar, vou ameaçá-lo com um shampoo. 

Ela solta um riso abafado, que se tornou imediatamente o meu som favorito em todo o universo. 

— Você pode apenas ficar comigo? Podemos resolver isso depois. 

Eu assinto, sentando-me novamente no banco, onde ficamos por um tempinho. Então, a suave voz dela quebra o silêncio, dizendo:

— Obrigada James, por tudo. 

Abro um largo sorriso para ela, meneando a cabeça, como se falasse que não foi nada demais, então pergunto a ela:

— Ei, você está com fome?

Seus olhos se estreitam por um momento, mas então ela parece lembrar do convite que anteriormente tinha feito a ela e assente, ao mesmo tempo que se levanta do banco e ajeita sua roupa. Caminhamos até o Três Vassouras em um silêncio amistoso, com nossas mãos esbarrando-se eventualmente. Quando chegamos na entrada do bar, eu abro a porta para ela, e nos dirigimos para nossa mesa, que agora também conta com a presença de Marlene McKinnon, amiga de Lily, ocupada no momento, batendo em Sirius e o xingando por roubar seu Caldeirão de Abóbora. 

Nos sentamos à mesa, ao lado de Sirius, e damos uma desculpa qualquer sobre estarmos ali. Lily disse que brigara com Snape e que eu teria jurado que não era um encontro até arrastá-la para lá. Bom, não era totalmente mentira. 

Bebemos e comemos até começar a escurecer. Então, pagamos Madame Rosmerta com alguns sicles de prata e vamos em grupo até o castelo, torcendo para encontrar Remus com seu encontro secreto. Infelizmente, não damos sorte, e ao chegar ao castelo ele já nos esperava, sentado sozinho junto à lareira no Salão Comunal, com um sorrisinho debochado nos lábios. 

Tentamos descobrir, sem sucesso, com quem ele tinha saído e passado a tarde toda, e quando vimos que era algo sem futuro, descemos todos para o jantar, apesar de termos nos empanturrado até dizer chega em Hogsmeade. 

Quando deu o toque de recolher, me levanto da confortável poltrona vermelha e me preparo para ir para a ronda, gemendo baixinho. Esbarro bruscamente com Lily, na saída do quadro. 

— Lily? Posso fazer a ronda sozinho hoje, se você não estiver se sentindo bem - Falo, demonstrando preocupação com a ruiva abatida de moletom cinza que está na minha frente.

— Eu não estou debilitada, Potter. Posso muito bem fazer a ronda. 

Eu sorrio, um pouco surpreso com a firmeza que a garota fala e faço um sinal para começarmos a patrulhar o corredor. Percorremos a maior parte do percurso em silêncio, com alguns comentários sobre o tempo, as matérias, os NIEMs. Ela dava alguns risinhos quando eu fazia piadinhas, ou quando pegava dois adolescentes tentando se esgueirar para um armário de vassouras, fazendo mais barulho que um trasgo manco. 

Foi uma noite agradável, com poucas nuvens, uma brisa suave e milhares de pontinhos brilhantes no céu. Estava tudo ótimo, até nós ouvirmos uma voz baixa e arrastada, que fez Lily estancar na hora, no meio do corredor iluminado pela lua. 

Era Ranhoso. 

Meu sangue ferve, mas contenho meu impulso de correr atrás dele e enchê-lo de azarações que o fariam ficar na Ala Hospitalar pelo resto do ano letivo. Toco levemente o braço de Lily, sussurrando:

— Ei, vamos sair daqui. 

Ela endurece o olhar, aperta as mãos trêmulas em punhos e me arrasta com ela em direção à voz baixa, que me dava cada vez mais vontade de encher o dono dela de porrada ao estilo trouxa. A ruiva pisa forte no chão, embora silenciosamente, chegando cada vez mais perto daquela voz e com cada vez mais raiva no olhar. Eu estava temeroso, tanto pelo que eles iriam fazer a ela, quanto o que ela iria fazer. 

A voz, apesar de sussurrada, ficava cada vez mais alta, indicando sua proximidade. Nós nos aproximávamos silenciosamente, atravessando corredores escuros. Lily, decidida na frente e eu em alerta e temeroso pela ruiva, protegendo suas costas. Quando chegamos ao final de um corredor, ouvimos alto uma exclamação de dor e um leve cheiro de carne queimada, como se alguém estivesse sendo marcado com ferro quente.

A garota na minha frente cerrou a mandíbula e virou o corredor com raiva, não preocupando-se mais em disfarçar o som dos seus pés batendo raivosamente no chão. Ela surge diante dos olhos de três sonserinos reunidos, dois deles fazendo uma espécie de parede e Snape, com a manga arregaçada até o cotovelo e com uma expressão de dor no rosto. Assim que Lily irrompe furiosamente no corredor, os três se assustam e viram-se para ela, Snape, cobrindo rapidamente o braço esquerdo. 

As três cobras se recompõem e puxam as varinhas ao mesmo tempo que eu aponto a minha para eles, me posicionando ao lado da ruiva. Porém, ela estende o braço, me impedindo de fazer qualquer coisa, e então fala, com a sua voz dura de Monitora-Chefe:

— Já passou do toque de recolher, são vinte pontos a menos para cada um de vocês e detenção na terça-feira à noite, na Ala Hospitalar. 

Snape abaixa a cabeça, rendido e envergonhado, um dos sonserinos dá de ombros, olhando entediado para nós com olhos de fuinha, e a última, uma garota de cabelos embaraçados e olhos arregalados, como se estivesse em uma eterna adrenalina por café, não se conforme e grita, sem se preocupar com o tom:

— QUEM VOCÊ PENSA QUE É, SUJEITINHA DE SANGUE RUIM?

Eu olho de soslaio, esperando para ver a reação da ruiva, mas ela apenas dá um sorrisinho e retruca, debochada:

 - Sou a Monitora Chefe, como você pode ver pelo meu distintivo - Ela aponta para o peito, onde o reluzente distintivo repousava em meio às vestes pretas e cabelos vermelhos - E, por conta do seu tom, são menos cinquenta pontos para a Sonserina e uma semana de detenção para você, senhorita. 

Ela vira as costas, batendo os cabelos e sai de lá com seu ar superior. Eu aguardo mais um momento, admirando a garota e depois corro para alcançá-la. Quando estou a uns dois ou três passos dela, um feitiço voa de raspão pela minha cabeça, e vai em direção às costas da garota, lançado provavelmente pela sonserina raivosa. Sem parar para pensar, eu me atiro na direção de Lily, jogando nós dois no chão duro e frio do corredor mal iluminado, bem no momento em que o feixe de luz verde voa sobre nossas cabeças, fazendo a garota apoiada no chão embaixo de mim abrir a boca em choque. 

Ela sacou a varinha, ainda no chão, e se preparou para lançar um feitiço contra a garota, mas ela já tinha ido, arrastada por Snape e pelo loiro com olhos de fuinha, e a única coisa que tinha restado era sua risada louca ecoando nos corredores, fazendo Pirraça ficar agitado, voando atrás do som. 

Eu me levanto e ajudo Lily a se levantar, ela desamarrota a roupa e recolhe sua varinha do chão. Andamos pelos corredores em silêncio, terminando nossa ronda e voltamos ao Salão Comunal, absorvendo tudo o que tinha acontecido durante o dia. 

Quando chegamos ao quadro da Mulher Gorda, Lily diz a senha - Quidditch - e entramos na sala comunal, agora vazia, com apenas algumas brasas crepitando alegremente na lareira e aquecendo o local, deixando-o aconchegante e bem propício para tirar um cochilo, nem que fosse no chão defronte àquelas brasas quentinhas. 

Paramos em frente à escadaria que leva ao dormitório feminino. Lily olha para mim, fixamente e abre a boca para falar algo, mas para, sem jeito. Eu, tão sem jeito quanto a garota, só consigo deixar escapar algumas palavras idiotas:

— Ér… Que brasa estranha, não? - Digo, apontando para a lareira. 

Quando essas palavras saem da minha boca, eu começo a me bater mentalmente, pensando em que parte da ronda eu tinha perdido meu cérebro pelo corredor. A ruiva dá uma risadinha, revira os olhos com ar de piada e diz:

— Hã...Obrigada James, por tudo o que você fez por mim hoje. 

Eu sorrio largamente dessa vez, não podendo evitar reparar no meu nome no meio da frase da garota, que me encara, confusa. 

— Que foi?

Abro ainda mais meu sorriso, por perceber que não tinha sido intencional. 

— Me chamou de James?

Ela cora, atingindo o mesmo tom de vermelho que ficava seu rosto quando gritava comigo, me chamando de biltre arrogante, e eu me encolho instintivamente, me preparando para o grito. Então ela me surpreende, dando de ombros e dizendo, com uma voz indiferente com um tom de riso:

— Você mereceu desta vez. Boa noite, James. 

E então me dá um beijo na bochecha e sobe as escadas correndo, tropeçando nos degraus, com os cabelos longos balançando de forma hipnótica pelas suas costas. Fico olhando para a escada por muito tempo depois dela desaparecer na porta de madeira, que fora decorada pelas suas amigas e que guardava a entrada do seu dormitório. 

Depois de muito tempo, eu acordo do meu transe e vou em direção ao meu quarto, me atirando na cama e dormindo quase imediatamente, depois de um dia tão agitado e cheio de emoções como aquele, comparável às noites de lua cheia.


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram?
Comentem, favoritem, recomendem e acompanhem, para não perder nenhum capítulo dessa maravilhosa novela mexicana que é a vida de James Potter e Lily Evans.

Se cuidem, não façam aglomerações, lavem bem as mãos e usem álcool em gel.

Até o próximo! Um beijo :*



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