Love or not Love? escrita por EuSemideus


Capítulo 22
XXl


Notas iniciais do capítulo

Ei pessoas!!!! Ca estou eu, postando um cap fresquinho.
Terminei ele hj e o corrigi ele há algumas horas.
Então, n sei se está bom. Mas espero q gostem!



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XXI

Annabeth

– Então, resumindo, você está me pedindo para adota-la?

Annabeth sorriu e balançou a cabeça de um lado para o outro.

– Bem, teoricamente só estou pedindo que entre com um processo de guarda provisória, uma adoção demoraria muito - explicou a loira à tia - Eu e meu namorado vamos assumir todas as despesas e cuidados de Mel, só precisamos de alguém que tenha prioridade num processo de adoção para tira-la de lá antes da transferência.

Mary respirou fundo e assentiu, mostrando que havia entendido tudo. Annabeth ainda sentia um gosto estranho em sua boca e, vez ou outra, um pequeno soluço escapava de seus lábios, demostrando que chorara há pouco. Seu coração estava disparado e o estômago revirava, em uma mistura de expectativa e medo para com a resposta da tia.

– Só tem uma coisa que ainda não entendi - contou sua tia - Como vocês terão responsabilidade legal pela menina se serei eu a adota-la?

– Conversei com muitos advogados e descobri que se a pessoa que está entrando com o processo de adoção é sozinha, ou seja, vive só, pode pedir uma guarda compartilhada - explicou Annabeth - Perseu e eu compartilharíamos a guarda com a senhora, assim poderíamos cuidar dela.

Tia Mary levantou as sobrancelhas.

– Perseu?

Annabeth corou, sem nem entender o porquê, e assentiu.

– Sim, por quê? - indagou a loira.

Mary sorriu.

– Nada, só pensei que fossem "só amigos" - disse ela em tom brincalhão.

De primeira a garota não soube como a tia poderia saber que ela costuma dizer isso para todos antes do pedido oficial, mas então lembrou-se. Seu tio Max havia visitado-a quando tudo o que tinha com Perseu era amizade, provavelmente havia comentado com sua mulher antes de... Bem, antes de morrer.

– Mas, filha, vocês tem condições cuidar dessa menina? - perguntou sua mãe - Porque, se estiverem com alguma dificuldade, eu e seu pai podemos assumir essa responsabilidade, não seria problema para nós.

Annabeth sorriu e segurou a mão de Athena, olhando em seus olhos.

– Os pais de Percy também fizeram essa proposta e vou dizer a senhora o que disse a eles - disse a garota - Já fizemos as contas e podemos arcar com esses gastos a mais com certa tranquilidade. Além disso, já ajeitamos nossa grade de horários para que Melany não fique sozinha em casa. Só dois dias não batem. Sally tinha se oferecido para ficar com a pequena nesses dias, mas, para não ficar pesado para ninguém, estive pensando se a senhora não poderia dividir isso com ela. Claro, se conseguirmos a guarda de Mel.

Atena sorriu amigavelmente.

– Com todo certeza - disse ela.

Annabeth suspirou aliviada, mesmo que já tivesse quase certeza da resposta. Se sua tia aceitasse aquele louco acordo, sua vida mudaria drasticamente. Seus horários ficariam mais apertados, as horas a sós com Percy igualmente escassas e as responsabilidades infinitamente maiores. Afinal, uma vida dependeria deles dois. Antes cuidavam de si mesmos e, parcialmente, um do outro. Daquele momento em diante, não poderiam mais se dar ao luxo disso.

– Não me exclua, Anne - pediu sua tia - Posso não vir a cuidar dessa menina como mãe, mas ao menos como tia-avó quero faze-lo.

Annabeth fitou-a confusa por um momento, mas logo depois arregalou os olhos e sorriu.

– Então você aceita? - indagou a garota.

Tia Mary sorriu docemente.

– E como eu poderia negar?

Tudo que Annabeth pode fazer foi abraça-la, sentindo todo medo esvair-se de seu corpo, sendo expulso em forma de lágrimas de felicidade. Estas que escorriam pelo rosto da garota sem serem contidas. Ela, sinceramente, não se importava. Estava verdadeiramente feliz e aliviada. Além disso, se quisesse, sempre poderia culpar a menstruação que a assolava.

–------------/---------------/------------

Annabeth fitou a janela de seu quarto, ainda não coberta pela cortina. As estrelas, que deveriam ser vistas àquela hora da noite, haviam sido encobertas pelas luzes incessantes da cidade. Dali podia ver diversos pontos luminosos espalhados em meio a escuridão noturna.

Por um momento, pois-se a imaginar que história cada pontinho daqueles contaria. Um deles poderia ser uma festa de aniversário ou até, quem sabe, uma reunião entre amigos. Quem negaria que aquela luz amarela em meio a tantas outras não era um garota estudando para seus exames finais ou uma criança vendo tv fora do horário estipulado pelos pais? Não poderia ser também um casal brigando ou assistindo a um filme qualquer, abraçados no sofá?

Nova York, a cidade que nunca dorme, tinha mais histórias para contar por trás de suas luzes noturnas do que Annabeth jamais havia lido. Quantas vidas escondiam-se atrás de cada ponto luminoso em seu campo de visão?

Mesmo em meio a todas aquelas pessoas, Annabeth costumava sentir-se só. Todos pareciam ter alguém para com quem compartilhar os dias, menos ela. Não estava menosprezando Thalia ou sua família, longe disso, mas eles tinham sua própria vida, que não era exatamente dependente da dela.

Porém tudo havia mudado.

Percy entrou em sua frente e fechou as cortinas, escurecendo de vez o quarto e, consequentemente, tirando-a de seus pensamentos. Não precisava vê-lo para saber que o mesmo vestia calças de pano mole e uma blusa verde musgo. Além de que seus cabelos estavam, como de costume, desarrumados.

Sentiu-o deitar-se ao seu lado na cama. Um dos braços do rapaz enlaçou sua cintura e ele puxou-a para junto de si, colando as costas da garota a seu peito.

Depois da chegada dele, nada era como antes para Annabeth. Os braços a envolvendo durante a noite, os beijos durante o dia, as conversas sérias e sem sentido sobre o a amanhã e o ontem. Tudo aquilo era algo estranho para loira, mas que Percy havia introduzido em sua vida sem dificuldade alguma, fazendo-a parar de sentir-se só em meio a multidão, mas sim parte de um todo.

Girou seu corpo de modo a ficar de frente para o namorado. Seus olhos verdes brilhavam em meio a escuridão e seu sorriso era visto com clareza por Annabeth, que tinha os olhos acostumados com a pouca luz.

Tudo estava prestes a mudar novamente, e tudo que ele fazia era sorrir e abraça-la. O dia seguinte seria um divisor de águas em suas vidas. O dia em que pegariam Mel no orfanato. O dia em que, de uma forma ou de outra, se tornariam pais, de primeira viagem, de uma menina de cinco anos.

– Percy - chamou-o, pedindo atenção - Você tem certeza do que está fazendo?

O rapaz franziu as sobrancelhas, sem entender.

Annabeth podia sentir as mãos de Percy em sua nuca e indo de suas costas a cintura, barriga e voltando, em uma carícia leve que a fazia querer pedir mais e adormecer em seus braços.

– À partir de amanhã, tudo muda - lembrou ela - Nosso "nós" aumentará para três pessoas, sendo que seremos totalmente responsáveis pela terceira. Se entrar de cabeça nessa junto comigo, não importa o que aconteça, seremos ligados para sempre. Você entende?

Percy sorriu acolhedoramente e aproximou o rosto do de Annabeth.

– Eu entendo e aceito todos os termos e mudanças - disse baixo, por estar muito próximo a ela - Contudo, não me preocupo verdadeiramente. Tenho como certo que você e Melany são minhas para todo o sempre.

Annabeth se aproximou um pouco mais e juntou seus lábios. Sentiu as mãos de Percy a apertarem um pouco mais e uma das suas se dirigir a nuca do moreno, mantendo-o junto de si.

O beijo era tão calmo que Annabeth pensou que poderia durara a noite inteira, ou melhor, desejou. A sensação era tão boa que ela não queria que acabasse. As mãos quentes de Perseu passeando por seu corpo seu medo. As pernas já entrelaçadas umas as outras. Os fios negros e macios dos cabelos do rapaz entre seus dedos. O peito dele junto ao seu, de modo a sentir o coração de ambos bater de modo quase desenfreado.

Nunca gostara de pensar que era propriedade de alguém, mas, naquele momento, estava completamente entregue. Era de Percy de corpo e alma, e ele sabia disso, pois também se entregava sem medo.

Lembrou da última frase do moreno "Tenho como certo que você e Melany são minhas para todo o sempre". Parecia quase, quase, um pedido de casamento. Annabeth impressionou-se ao notar que internamente desejava que fosse e que, mesmo sendo loucura, afinal só namoravam há um mês e meio, aceitaria sem pestanejar.

Separaram-se lentamente e Annabeth aconchegou-se contra o peito de Percy, acomodando-se vagarosamente. Os braços dele continuaram a envolve-la, esquentado-a junto aos lençóis.

Já passado algum tempo, sentiu os lábios dele contra sua testa e um sussuro baixo entrou por seus ouvidos.

– Minha.

Annabeth sorriu e respondeu num tom tão baixo que ele poderia nem mesmo ouvir.

– Para todo sempre.

Sentiu Percy segurar a respiração por alguns segundos e o coração do rapaz acelerar novamente.

– E sempre - ele respondeu.

– E sempre - ela disse antes de adormecer.

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Percy

Percy sentiu Annabeth apertar sua mão um pouco mais forte e virou-se para ela. Os cabelos da loira brilhavam em contato ao sol da manhã e seus olhos cinzentos estavam tão claros que pareciam azuis. Ela mordia o lábio inferior, demonstrando nervosismo, e fitava-o apreensiva.

Percy sorriu e entrelaçou seus dedos, olhando-a nos olhos. Um arrepio constante percorria seu corpo, de modo que quase suava frio, e o coração parecia prestes a sair pela boca. Mas, tudo que demonstrou, foi calma. Era disso que Annabeth precisava. Alguém que lhe dissesse que tudo ia ficar bem e, se não ficasse, eles fariam isso acontecer.

Estavam no orfanato. Quase exatamente duas semana depois da crise de choro de Annabeth, que acabara levando-a até sua tia. Mary, por sua vez, os acompanhava naquele momento, assim como Nico e uma Thalia um tanto instável, que descontraia toda a situação.

Da maneira como Quíron prometera, haviam conseguido, em um recorde, a aprovação da guarda provisória compartilhada de Mel em duas semanas. A pequena, que caso contrário iria para Washington dois dias depois, era dos três, por hora.

Sua vida estava prestes a mudar completamente e ele não tinha nem um pouco de medo de se arrepender de suas decisões. Em momentos ele seria "pai".

Normalmente as pessoas tem 9 meses para absorver e se acostumar com essa ideia. Mas ele teve menos do que 30 dias para se preparar completamente. Não sabia como seria. Era novo, sim. Estava começando a vida, sim. Estava "arrumando" uma filha com uma mulher que era sua namorada a quase um bimestre, sim e sim. E sentia, dentro de si, que estava fazendo a coisa mais correta de sua vida. Afinal, amava aquela "mulher" de maneira que nunca acontecera ou viria a acontecer, e aquela "filha" havia tomado seu coração no primeiro momento que a vira.

E no minuto seguinte, o momento tão esperado, finalmente chegou chegou.

Melany, como de costume, corria na direção deles. Os cabelos loiros voando atrás de si, a mochila em suas costas balançando e fazendo barulho e o vestido por pouco não levantando. Tal, branco com flores azul-escuras, que Percy nunca tinha visto. Provavelmente era a "roupa de sair" da pequena.

Atrás dela, pela caminho cimentado, vinham Quíron e Héstia, uma senhora de cabelos marom-avermelhados, que empurrava do senhor cadeira de rodas.

Percy só notou o quão perto a menina estava, quando Annabeth soltou sua mão e se abaixou, para recebe-la nos braços. Melany a abraçou e logo foi erguida pela loira mais velha. Tudo que o moreno pode fazer, foi observar e sorrir. O sorriso no rosto das duas era simplesmente sem igual, de forma que ele deixou que aquele momento se prolongasse, até que a loirinha se afastou.

– E eu? Não ganho um abraço? - ele perguntou fingindo estar chateado.

O pequena sorriu.

– Você é muito bobo, tio Percy - ela disse esticando os braços em sua direção.

Percy segurou-a, tirando-a dos braços de Annabeth e trazendo-a para os seus. Melany enlaçou seus pescoço e apoiou a cabeça em seu ombro.

– Pensei que iria para o outro orfanato - ela segredou com a voz embargada.

Annabeth, que estava muito próxima dos dois, acabou por ouvir, e acariciou os cabelos da menina.

– Eu disse que não íamos deixar, não foi? - ela indagou, somente para ver a pequena assentir.

– Brigada - ela disse antes de levantar a cabeça e retomar o sorriso no rosto.

– Já se despediu de todo mundo? - indagou Percy - Pegou todas as suas coisas?

A pequena afirmou com a cabeça e apontou para sua mochila.

– Ta tudo aqui - ela explicou.

Percy, por um momento, entristeceu-se ao pensar que todos os pertences de uma criança cabiam numa mochila tão pequena. Ainda lembrava da quantidade de brinquedos de sua infância que a mãe doara para crianças carentes. Porém, a situação de Melany iria mudar, sem dúvida alguma.

– Eu vou poder voltar aqui? - perguntou Melany apreensiva.

Annabeth sorriu.

– Eu não vou deixar de contar histórias - contou ela - Quando eu vier, te trarei comigo.

A pequena pareceu mais aliviada e sorriu. Percy virou-se, ainda segurando-a com um dos braços, e ficou de frente para seus acompanhantes.

– Mel, esses são Nico e Thalia, nossos amigos - explicou o rapaz - E essa é a tia Mary. Foi ela que nos ajudou a adotar você.

A mulher se aproximou sorrindo.

– Olá, Mel - cumprimentou - Você é muito bonita, sabia?

A pequena corou e desviou os olhos.

– Oi - disse um tanto tímida - Obrigada.

– Mas que coisa! Ela podia ser menos parecida com vocês, não é? - reclamou Thalia, cortando o clima.

– Nisso eu vou ter que concordar - disse Nico rindo e abraçando a namorada.

Percy revirou os olhos e ignorou. Ouviu Quíron chama-lo e a Annabeth, e voltou-se para o senhor.

– Melany está levando duas mudas de roupa, além da do corpo - disse Quíron - Não podemos dar mais do que isso, pois as roupas são do orfanato.

Ambos assentiram e Annabeth aproximou-se, abraçando-o. Quando ela se fastou, o senhor fitou os dois e sorriu.

– Vai dar tudo certo - garantiu ele - Vocês vão ver.

Percy sorriu, confiando no senhor. Despediram-se todos e rumaram para a saída do orfanato.

– Pra onde nós vamos? - perguntou Melany.

Percy sorriu.

– Visitar algumas pessoas que estão loucas para te conhecer.

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O trajeto foi calmo. Bem, calmo na medida do possível, levando em conta que estavam com uma menina de cinco anos que nunca tinha andado, propriamente, de carro na vida. Só uma única vez, e havia sido um ônibus.

Nico e Thalia foram no carro do rapaz. Percy foi dirigindo o seu próprio, com tia Mary ao seu lado no banco da frente e Annabeth e Melany atrás.

A pequena, que perdera rapidamente a timidez, falava animadamente de absolutamente tudo. Ela se encantava com cada edifício, pessoa e veículo.

Annabeth, naquela manhã, reclamando que sua franja estava grande demais, prendera a parte da frente dos cabelos em duas tranças, uma de cada lado, que rodeavam sua cabeça como uma tiara, e se juntavam na parte de trás da cabeça em uma única, deixando o resto dos cabelos soltos.

Melany se apaixonara pelo penteado e implorara para que Annabeth fizesse um igual em seus nela. A loira mais velha somente rira e passara todo o caminho trançando os cabelos da menina.

Percy suspirou quando o carro parou em frente a tão conhecida casa. Sua casa. Respirou fundo quando deixou o veículo, sentindo o cheiro de churrasco que vinha da parte de trás da casa. Um puxão em sua calça o acordou, fazendo-o olhar para abaixo e se abaixar na altura de Melany.

– Sim, princesa.

A pequena sorriu ao ser chamada daquela maneira.

– Tio Percy, você e a tia Annie vão ser meu papai e minha mamãe agora? - ela indagou.

O rapaz arregalou os olhos e fitou Annabeth, em busca de apoio. Essa somente sorriu, dando carta branca.

– Sim, princesa - ele afirmou - Vamos sim.

A menina sorriu, alegre, e segurou sua mão. Percy se ergueu e abraçou a cintura de sua namorada com a mão livre, caminhando silenciosamente para os fundos da casa. Quando chegaram lá, encontraram uma cena um tanto bonita.

Seu pai cortava carnes em uma pia e Frederick cuidava das que estavam na brasa da churrasqueira, enquanto Hades ria de alguma coisa que eles falavam. Sua mãe e Athena conversavam animadamente, acompanhadas da irmã e da mãe de Nico, Bianca e Maria, sentadas a uma das mesas. E, por fim, Tyson e Ella brincavam com Connor e Blackjack na grama.

Seu pai foi o primeiro a notar a presença deles.

– Olha só quem chegou! - ele disse alto o bastante para que todos ouvissem.

Logo estavam rodeados. Seus pais, assim como os de Annie, se emocionaram ao serem apresentados como "vovô" e "vovó" para Mel, que os abraçou com carinho. Mas a pequena logo foi puxada por Connor para brincar com Blackjack.

Percy sorria ao ver todas aquelas pessoas reunidas. Sua família, em verdade, todos eles faziam parte. Além de que o sorriso de Annabeth, aquele sincero e espontâneo, que ele há muito não via, parecia querer se tornar parte definitiva de seu rosto.

Mais tarde, ele, seu pai, Nico e Hades conversavam, já afastados da churrasqueira apagada.

Hades, assim como Nico, era branco, quase pálido. e tinha os cabelos e olhos negros. Seria o filho um pouco mais velho, se o rapaz não tivesse herdado os traços faciais de sua mãe. Normalmente era um homem fechado e sério. Mas ali, junto de seu primo, e quase irmão, Poseidon, filho e "sobrinho", tornava-se um Hades descontraído e brincalhão.

– Agora você é vovô, Poseidon - disse ele batendo nas costas do primo - Quem diria.

O pai de Percy sorriu.

– Eu até que estou gostando - admitiu o homem - Ela parece realmente minha neta!

Percy não pode negar. Fitou Melany, ao lado de Annabeth, conversando com Athena, tia Mary e sua mãe, Sally. Ali, com os cabelos loiros arrumados da mesma maneira que sua namorada e os olhos verde-claros, ela poderia facilmente ser considerada filha dos dois.

– É, mas daqui há alguns meses você também vai ser vovô - lembrou Percy - Não é, tio Hades?

O homem franziu as sobrancelhas.

– Como?

Só então Percy fitou o melhor amigo, que olhava para ele desesperado. Perseu engoliu em seco. Tinha falado demais.

O rosto de Hades se tornou vermelho e ele olhou para o lado, onde se encontrava sua filha mais velha, Bianca, falando ao telefone.

– Bianca. Não. Tinha. O. Direto! - ele exclamou bufante.

Nico deu um passo a frente, já livre da expressão de medo.

– Não foi ela - ele afirmou - Fui eu.

Hades o fitou confuso, e indo de vermelho a completamente pálido.

– O quê?!

Nico respirou fundo e olhou nos olhos do pai.

– Creio que já conhece minha namorada, Thalia - ele disse indicando a garota, que com versava com Maria Di Ângelo pouco mais a frente - Pois bem, ela está grávida.

Hades pareceu sem fala por alguns instantes. Percy olhou para o próprio pai, que o fitou com um olhar que dizia "Não ouse fazer algo parecido comigo". Aquilo fez tanto o rapaz, quanto seu pai, rirem.

– Quantos... Meses? - indagou o Di Ângelo mais velho.

Nico deu um pequeno sorriso.

– Quase quatro - contou ele - É um menino.

Hades sorriu exatamente da mesma maneira que o filho.

– Você pretende... - ele começou, mas foi interrompido.

– Assumi-lo? Sim. Eu já o amo - contou o rapaz, passando a fitar a mãe seu filho, que sorria alegremente enquanto conversava com sua mãe - Também pretendo casar com ela, assim que as coisas se acalmarem. Ela ainda não sabe, mas logo farei o pedido. Eu a amo pai, mas do que jamais pensei que seria capaz de amar uma companheira.

Percy pode ver Nico tomar um olhar sonhador, que ele nunca tinha visto, ao falar aquilo. O sorriso de Hades cresceu e ele colocou a mão sobre o ombro do filho.

– Meu parabéns, meu filho - disse orgulhoso - Mas, daqui para frente, quero saber tudo sobre meu netinho.

Nico sorriu.

– Pode deixar pai. Desculpe-me.

Rapidamente o assunto mudou e logo já estavam rindo novamente.

Quando foi embora, com uma Melany sonolenta em seus braços, sorriu, pensou no quanto sua vida mudaria dali para frente.


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Notas finais do capítulo

Bem, eh isso q tenho pra hj. Espero q n tenha ficado ruim. De qualquer maneira me digam o q acharam, ok?
Bjs, EuSemideus