Usuário Final escrita por Ishida Kun


Capítulo 22
Batismo de fogo 4:5


Notas iniciais do capítulo

Bom, como andei demorando para postar... farei postagens diárias até o Nyah acompanhar o outro site! Daí, as postagens serão simultâneas! Espero que gostem do desfecho da batalha contra o Devorador!



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As cinzas caíam lentamente, como os flocos de neve que elas jamais seriam. Olhar para elas era como ver uma imagem falsa, algo que trazia uma recordação vaga de como a neve deveria ser. Uma ilusão. Branco. Cinza. Vermelho.

As gotas de sangue pingavam pelo chão e ele derrapou pela rua, levantando uma nuvem daqueles pequenos flocos gélidos. A espada numa das mãos estava posicionada em frente ao seu corpo numa posição defensiva, a semiautomática na outra, quase desaparecendo, pronta para ser usada mais uma vez.

O Devorador saltou de cima de uma construção causando uma leve trepidação no solo, a fera avançou como um animal feroz e novamente Adam conseguiu desviar, girando o corpo e golpeando-a com a espada. Nenhum arranhão.

— Aviso: suas condições se aproximam de um nível crítico. Sincronismo abaixo de 50% — avisou a IA e Adam se esquivou pela terceira vez da enorme pata do Devorador. A criatura havia perdido a mobilidade, mas em compensação, havia ganho uma resistência tremenda e uma força esmagadora.

Usando a espada, Adam se defendeu de um ataque da cauda, onde lâminas afiadas se dispunham perigosamente na ponta. Fagulhas iluminaram a noite, enquanto o metal tilintava com o choque das lâminas. Ele quase não podia ver o movimento, dependia unicamente dos reflexos do USV para auxiliá-lo, assim como os indicadores visuais que apontavam onde deveria atacar. Inútil. Marcus e Vinn foram mortos facilmente por aquele Devorador, porque ele durava tanto? Que tipo de teste sádico aquela criatura fazia com ele, jogando como um animal que brinca com a comida? Talvez, vivessem pela emoção da batalha, uma morte com glória e honra. Isso ele não sabia e possivelmente jamais viria a saber.

Adam se desvencilhou de uma investida e disparou com a arma translúcida. Os tiros se espalharam como se tivesse atirado com uma britadeira e em seguida a arma se estilhaçou feito vidro, fazendo com que ele quase perdesse o equilíbrio.

— Aviso: sua AC chegou ao limite. Todas as solicitações de criação de equipamento estão suspensas.

— Não! Espera... — E antes de terminar a frase, sentiu o impacto da pata da criatura no peito, as costelas foram pressionadas e ele perdeu o fôlego, sendo atirado através de uma das paredes de plástico, desfazendo-a em dezenas de pedaços. Arrastou-se rapidamente por uma escada, não sabendo para onde ir ou o que fazer, enquanto a fera o esperava do lado de fora. A respiração pesada voltava aos poucos, o fazendo tossir sangue, uma grande quantidade do líquido avermelhado escorria por seus lábios, amargo como metal. Ferrugem.

— Emergência: fratura torácica grave. Perfuração pulmonar identificada. Você necessita de cuidados médicos.

Ele não conseguiu responder. Apenas cambaleou escada acima, se arrastando pelas paredes e deixando um rastro de sangue por onde passava. Ouviu um grunhido ameaçador e em seguida, o andar inferior foi feito em pedacinhos. Adam se apressou subindo mais, seguindo por uma passarela de acesso que interligava os dois galpões, onde máquinas fabricavam incessantemente peças plásticas e outras quinquilharias inúteis. Um estrondo e uma luz ofuscante partiu o galpão ao meio, o teto começara a ruir e seus reflexos o fizeram saltar o restante da passarela antes dela ter o mesmo fim. Adiantou-se entre os tubos e fiações, fagulhas e fogo, procurando abrigo.

— Aviso: solicitação de desconexão emergencial. De acordo com as diretrizes 023B dos protocolos de segurança, você será desconectado em 60 minutos.

— Não... eu... não quero sair. Não... quero sair... — resmungou, entre uma tossida e outra. Na interface visual, um indicador numérico iniciou uma contagem regressiva. Logo estaria tudo terminado e ele acordaria confortavelmente em sua cama e nada daquilo pareceria real.

Parou. O Devorador estava silencioso, talvez preparando um novo ataque.

— Novato... — Era a voz de Carla, fraca, perdida num emaranhado de estática — O que raios você... ainda faz aí?

— Sobrevivendo — respondeu, pesaroso mas firme. Um estranho alívio cresceu dentro dele por ouvir a voz dela novamente. Poderia dizer que estava feliz em saber que ela estava viva, mas não disse, não havia necessidade.

— A Bia solicitou uma saída pra você — a voz dela parecia sumir aos poucos — só tente se manter escondido até a contagem terminar.

Havia algo de errado, mas ele não soube identificar o quê.

— Onde você está? — Ele perguntou, olhando por uma fresta na parede, não havia sinal do Devorador. Não seria mais fácil ele ter demolido todo o lugar como fizera antes?

— No mesmo lugar — e nesse instante, seu olho esquerdo não era mais seu e sim de Carla, ele via seu corpo ferido como se observasse a cena de perto. O movimento da cabeça dela, causava uma leve tontura e ele teve de se concentrar para ver com mais clareza. Ela estava deitada em meio aos destroços de alguma coisa, o USV estava visivelmente danificado, havia um corte profundo no braço esquerdo, por onde uma trilha de sangue escorria ininterrupta, uma das pernas estava presa debaixo de uma grande viga de metal, sobre uma poça de sangue.

— É o fim da linha por hoje — continuou. — Você não vai me ouvir pedir desculpas.

— Não esperava menos de você... — ele respondeu com um sorriso fraco. A imagem do olho esquerdo voltou ao habitual cenário pós-ruínas do galpão — Eu vi pessoas morrerem hoje. E por mais que não as conhecesse, uma parte de mim parece se importar mais do que eu gostaria.

— Bem-vindo à Rede, novato.

— Por que... ele ainda não me matou?

— Porque ele pretende devorar você. Ele só vai te matar se achar que não tem chances.

Silêncio. Adam apertou o punho ferido, lembrando-se do olhar de Marcus ao pedir para que fugisse.

— Sinto... muito pelo que disse... sobre a sua idade.

O ruído de estática ficou ainda mais alto, se fechasse os olhos, poderia sentir que estava chovendo em algum lugar distante.

— Você não me deve desculpas. Essa merda vai cair a qualquer instante...

— Eu sei que não... Carla?

— Sim?

— Eu vou voltar lá pra fora.

— Mesmo sabendo que vai morrer?

— Sim.

— Você por um acaso acha que pode ganhar dele... sozinho?

— Eu posso tentar.

— Porra... vocês dois são iguaizinhos... Isso é o que mais me incomoda.

­— Eu não sou o monstro que você pensa que sou.

— E você pretende me provar isso se matando?

Silêncio. A estática ficou ainda mais forte. Um tambor de metal rolou pelo chão, batendo em uma pilha de caixas fumegantes.

— Diz para a Bia que eu sinto muito.

— Esse tipo de Devorador precisa expor o núcleo para os ataques de longo alcance. Você só terá uma chance.

— Obrigado.

— Boa sorte... Adam...

Os sons do crepitar do fogo preenchiam seus ouvidos, o zumbido e a dor, pouco a pouco pareciam abandonar seu corpo. Sentiu-se leve, calmo. Em seu campo de visão, um alerta indicava sobre seu sincronismo baixo e sua taxa de atividade cerebral estupidamente alta. Infelizmente, não haveria ninguém para avisar Eriza que ele também sentia muito por não acordar na manhã seguinte. A imagem da irmã encontrando o corpo inerte na cama o assombrou por uns bons segundos.

— Quais as minhas chances? — perguntou para a IA, já imaginando a resposta.

— Nas condições atuais você tem 1,3% de chances de obter êxito. Sua baixa taxa de sincronismo e alta AC o impedem de tomar as medidas necessárias para um combate de igual para igual.

Por que ainda continuava fazendo aquilo? Porque se arriscar tanto quando poderia simplesmente achar um lugar seguro e esperar a tempestade passar? Porque estava sendo tão estúpido quanto o coelho? Ele não se esconderia na toca se pudesse escapar do lobo?

A resposta era óbvia. No dia seguinte, o lobo ainda estaria lá. E depois. E depois. Mas e se o coelho pudesse matar o lobo e salvar sua vida para sempre? Mesmo que tivesse uma mínima chance, não valeria a pena arriscar? Sempre haveriam outros lobos, claro, mas se um deles pudesse ser morto, significaria que todos os outros também poderiam. A menor chance, por menor que fosse, ainda era uma chance. Era tudo o que ele precisava saber.

Adam se levantou, a enorme quantidade de medicamentos que corria em suas veias quase o fazia se sentir livre da dor, mas a sensação de que ela ainda estava lá o incomodava. Seguiu por entre o maquinário até encontrar um acesso ao piso inferior. Não havia sinal do Devorador.

Sentiu o corpo esquentar, a cabeça pareceu pesada e visão ficou turva. Os dados em sua interface visual se embaralharam e por um momento ele pensou que fosse desmaiar.

Então ele a viu.

Um vulto apenas, mas o bastante para que que ele soubesse que ela estava lá. Um aroma floral preencheu suas narinas e ele firmou o pé no chão. Adiante, a porta escancarada do galpão exibia a noite gélida e os flocos acinzentados que ainda se amontoavam sobre tudo. E o coelho, mais uma vez o olhava, indiferente ao perigo.

Uma dor ofuscante obrigou Adam a apertar a cabeça como se pudesse esmagar a dor em suas mãos. A sensação parecia ir além do seu corpo, como se uma parte dele em algum lugar, estivesse ferida.

— Aviso: falha nos sistemas reguladores de AC. Suas taxas estão acima do nível permitido. Recomenda-se que você pare qualquer tipo de atividade para evitar possíveis danos cerebrais.

— Mas... como? — ele se questionou, inutilmente. Até onde sabia, algo o impediria de chegar além do nível seguro. Até onde sabia, também não existia a cor branca na Rede. — Se minha AC está alta —pensou em voz alta, uma ideia inconsequente se formando a cada palavra —, significa... que posso fazer mais coisas... como diz no manual, não é mesmo? Eu poderia forçar um aumento do meu sincronismo?

— Sim. Porém esse tipo de operação causaria um rápido aumento da AC, além de que não haveria controle sobre a quantidade de sincronismo aumentada. Nestes casos, um colapso cerebral seria inevitável.

— Quanto tempo eu teria antes que isso acontecesse?

— Cinco minutos.

Parou por um instante. Não sabia se poderia fazer aquilo, nem mesmo se aguentaria fazer qualquer coisa com aquela dor infernal, mas não tinha escolha. Aquele sentimento que ele tinha por dentro era mais forte, o instigando a seguir em frente. E naquele momento, sua mente se preencheu com tudo o que ele precisava fazer, como se não fosse a primeira vez que tivesse feito aquilo.

Mataria aquela coisa mesmo que isso custasse sua vida.

— Isso é tudo o que eu preciso para fazê-lo parar de se mover! Faça!

— Sincronizando.

♫ - 9

Adam sentiu um puxão no umbigo e seu corpo ficou leve como uma pena. Seus pensamentos fluíram com uma velocidade anormal, fazendo com que ele tivesse a impressão de que o tempo corria devagar, em compensação, cada movimento era um esforço tremendo, como se andasse no fundo de uma piscina.

Quando se deu por si, estava novamente no meio da rua, ao lado da fábrica em chamas, emanando um calor familiar sobre seu corpo. Adiante, o Devorador o esperava pacientemente. A fera rugiu e correu em sua direção, passadas velozes e pesadas que estremeciam o solo. O corpo cristalizado foi impulsionado para cima, num feroz ataque com a mandíbula escancarada, prestes a dilacerar seu pescoço. O momento pareceu se congelar num tempo onde o tempo, não era mais do que números indiferentes. Adam nem mesmo se moveu.

— Não — ele disse, e de repente, seus olhos não eram mais seus olhos. Seu corpo era feito de tudo e tudo era feito dele.

Desviou-se com um único passo para o lado, girando a espada tão rápido que o Devorador não pode evitar o golpe no pescoço. Cristais negros preencheram o ar ao redor, enquanto a criatura rolava pelo chão.

4:19 - Sincronismo 90% - AC 50%

Adam avançou como se o tempo e o espaço entre ele e o Devorador fossem inexistentes, cravou a espada numa das pernas da criatura e abandonou-a em tempo de desviar de uma investida com as caudas laminadas. Uma nova espada se formou em suas mãos e mais uma vez ele atacou, a velocidade do movimento levantava as cinzas como ondas que rebentavam na praia, a maestria com que a lâmina corria de suas mãos era excepcional, perfeita. Era como uma música, onde a sonoridade de cada golpe que acertava a criatura, era uma nota fria e mortal, enquanto os estilhaços o acompanhavam em sua cruel sintonia, pequenos cristais que não exibiam seu reflexo. Um espelho vazio.

O Devorador pela primeira vez retrocedera, quebrado como um diamante lapidado, e Adam respirava profundamente, a cabeça doía cada vez mais, o corpo queimava, porém ele continuou assim como os números que se reduziam em sua interface visual.

3:00 - Sincronismo 100% - AC 58%

Saltou sobre o Devorador, girando o corpo e decepando as caudas com um rápido corte lateral. A criatura derrubou-o, garras rasgaram o uniforme, penetrando na carne, mas apesar do sangue, ele não sentiu dor, não parou. Repeliu uma mordida com um soco que quase quebrou seus dedos e atacou novamente, cravando a lâmina na outra perna. Enquanto fugia mais uma vez da potente mandíbula da criatura, apoiou-se no cabo de uma das espadas e saltou sobre as costas da fera, e segurando firmemente no cabo das katanas, arrancou-as num movimento em arco, destruindo as patas dianteiras numa explosão de vidro. O Devorador tombou.

2:07 - Sincronismo 110% - AC 67%

Afastou-se. A cabeça latejou mais forte, a dor causou um pequeno apagão e ele teve a ligeira impressão de ter visto uma garota em sua frente. O Devorador urrava tentando se reerguer, enquanto as pernas dilaceradas tentavam erguer o corpo pesado. Ele já havia se ferido tanto, que a regeneração parecia cada vez mais lenta. Era exatamente o que Adam esperava.

— Vamos lá seu desgraçado... — sussurrou por entre os dentes. O nariz começou a sangrar, um corte fino surgiu na bochecha sadia e ele sentiu como se estivesse se distanciando de seu corpo. A imagem de um outro ele novamente pareceu se distanciar de uma borda invisível, cada vez mais longe. Concentrou-se na fera se contorcendo à sua frente, tentando inutilmente avançar.

Sem opções, o Devorador grunhiu na direção de Adam. Naquele momento, os tecidos de seu corpo se rasgaram expondo estruturas ósseas como costelas, enquanto a cabeça foi quase dividida e ele pode ver bem no fundo, um fraco brilho avermelhado.

“Você só terá uma chance”

1:32 - Sincronismo 120% - AC 72%

As cinzas se agitaram ao redor do Devorador, formando uma espiral ascendente. As protuberâncias que rasgavam seu corpo o deixavam com uma aparência ainda mais horrenda, a boca estava rasgada até a metade do pescoço e um brilho avermelhado se formava no fundo da cavidade. Adam sentiu o mundo passar feito um borrão, um turbilhão de cinza e laranja, que se misturou em seus olhos como numa pintura do expressionismo. A “piscina” era cada vez mais funda, cada passo de sua corrida parecia se estender por uma pequena vida, onde ele sentia o peso do mundo em seus ombros. Os braços estavam esticados para trás, as katanas apontadas para fora como asas afiadas, cortando o ar com seu fio negro e mortal.

Não haveria uma segunda chance.

O coelho precisava se libertar de sua sina.

A luz quase o cegou e ele sentiu o calor da rajada que a fera cuspiu em sua direção, um feixe luminoso que parecia vaporizar as cinzas e qualquer coisa que o tocasse. Adam sentiu parte do USV que recobria um dos ombros se desmanchar, enquanto derrapava por debaixo da luz em direção ao seu inimigo.

Saltou. E o ar deu-lhe as boas-vindas.

O buraco na garganta brilhou novamente, porém as lâminas negras das katanas foram mais velozes, um par de presas afiadas, varando a cabeça do Devorador de um lado a outro, selando-a ao pescoço rasgado como o alfinete que gruda uma borboleta morta ao seu tumulo de papel marché. Incapaz de liberar a enorme quantidade de energia, o corpo do Devorador se desfez numa explosão de estilhaços, lançando um ferido Adam de encontro a um poste de iluminação. Escuro.

— Reorganizando sincronismo e taxas de atividade cerebral a níveis estáveis. Seu estado atual é crítico. — Avisou a IA, mas Adam não estava ouvindo.

Caminhava lentamente, arrastando a espada numa das mãos como se ela pesasse toneladas. Parou em frente a uma massa escura e disforme, contorcida em torno de si própria como uma raiz, protegendo uma esfera vermelha repleta de rachaduras. A lâmina desceu veloz como um raio e a esfera se partiu, esguichando um líquido rubro para depois se tornar pó, assim como todo o resto da criatura que ainda se contorcia convulsivamente.

Estava feito.

Adam deixou o corpo cair pesadamente no chão, sentia dores até mesmo em lugares dos quais até ontem, nem sabia da existência. Uma vez mais observou as cinzas que espiralavam sobre seu corpo, caindo por entre as construções colossais da Rede. Contrariando todas as expectativas, ele havia sobrevivido ao confronto com o Devorador. Sua mente estava perdida em pensamentos e ele era incapaz de identificar a quem pertenciam. Fechou os olhos por um momento e sentiu a presença de mais alguém ali, alguém que talvez nem existisse. Mesmo assim a sensação era reconfortante. Lágrimas escorreram quentes por seu rosto ferido e ele tentou não se deixar levar por elas, mas tudo o que havia passado naquela noite começava a cair sobre si, voltando como uma martelada em sua cabeça cansada. Secou as gotas que caíam com as costas da mão, tapando seus olhos. Riu da ironia do pensamento, de um sorriso indecifrável em meio as lágrimas descontroladas. Havia sobrevivido à sua primeira noite na Rede. A primeira de muitas.

E naquele momento ele não sabia mais se realmente estava rindo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado desse!



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