Usuário Final escrita por Ishida Kun


Capítulo 20
Batismo de fogo 4:3


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores! Desculpe a demora para postar por aqui! As coisas andam bem corridas... bom, espero que ainda estejam acompanhando! Esse capítulo ficou bem grande... infelizmente para alguns, ou felizmente para outros, os capítulos serão maiores mesmo, devido aos pedidos no outro site que posto a história, onde se concentra a maior base de leitores da história... espero que entendam! Bom, vou parar de enrolar vocês, boa leitura e divirtam-se!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/540156/chapter/20

O Devorador estava parado no mesmo lugar, as garras abriam e fechavam como as de um gato se espreguiçando, lentas e mortais. O sorriso, rasgado no rosto vazio, tremia de leve, como o de uma pessoa ansiosa demais para um grande momento. Aquela era a primeira vez que Adam via um Devorador daquela forma, não como num sonho do qual ele tinha escapatória, naquele momento por mais que estivesse armado, se sentia extremamente vulnerável, sem saída. O monstro virava a cabeça como se procurasse algo e Adam temia o momento em que ele de fato encontrasse.

— Identifico que o alvo possui excelente mobilidade. Devido ao ambiente aberto em que você se encontra, é recomendável que sua AC seja direcionada para precisão e evasão. Deseja que eu gerencie a disposição de suas taxas e habilidades? — perguntou a IA, Adam já começava a se acostumar com sua voz sem emoção, mas a falta de um nome ainda lhe causava estranheza. Se sobrevivesse aquilo, prometeu a si mesmo dar um nome para ela, como nos jogos de videogame.

— Sim... preciso de qualquer ajuda... que você puder me dar. — respondeu sussurrando, quase sem mover os lábios, como se qualquer movimento que ele fizesse fosse atrair a atenção da criatura ao longe. Era quase impossível esconder o medo que sentia naquele momento, suas mãos estavam trêmulas e sua taxa de sincronismo começava uma queda vertiginosa, chegando quase aos 70%. Uma dor imaginária surgiu na barriga e se ele não estivesse tão atento à situação, teria levado a mão até o lugar. Estavam em uma espécie de ruela que se estendia por entre diversas construções gigantescas, feitas principalmente de placas de fibra de vidro amareladas e madeira velha, telhados desgastados, fios e encanamentos arrebentados estavam por toda a parte. Haviam contêineres e latões ladeando a rua, além de inúmeras caixas empilhadas em torres vertiginosas.

— Ele ainda não está vendo você — informou, Carla — Devoradores não enxergam como nós, porém eles podem... digamos, farejar e o fazem muito bem. Eles sentem seu login de acesso como se ele exalasse um perfume muito doce, muito gostoso. O dos Usuários Finais cheira bem melhor, claro! Se você estiver usando o capacete, enquanto ele não te “ver”, você estará seguro. Após isso, ele não vai esquecer o seu perfume nunca mais, ele vai te caçar até que um dos dois esteja morto.

— Que merda, Carla... o que você está fazendo? Você ficou louca? — questionou, Adam, demonstrando agressividade em sua voz.

— Eu não fiz nada, você escorregou do telhado, só isso! — respondeu de forma debochada, derramando sarcasmo sobre cada palavra.
Adam olhou para cima, devia ter caído de uns 15 metros ou mais. Sentia-se sortudo por ainda estar vivo. Verificou as estruturas ao redor, porém não encontrou uma forma segura e eficaz de subir novamente, não sem antes ser atacado pelo Devorador. Precisava de uma saída rápida e ele tinha certeza que Carla não o ajudaria.

— Solicitação negada. Este tipo de item não está disponível — informou a IA prontamente, mandando a ideia de Adam, de disfarçar seu cheiro, por água a baixo.

— Você não tentou o perfume, tentou? — indagou, Carla, gargalhando logo em seguida — Você realmente pensou que seria tão fácil assim?

Mais uma vez ele não disse nada. Seus olhos e sua mente estavam focados em outra coisa, numa solução para aquela situação. Em alguns minutos o Devorador chegaria e ele teria que enfrentá-lo sozinho. Porém, lá em cima estava Carla, a única pessoa que poderia ajudá-lo, armada com um rifle de precisão quase do seu tamanho. A arma nas mãos de uma pessoa psicologicamente instável como ela, poderia ser mais perigosa que o Devorador à sua frente. Ele não iria arriscar.

— Eu não sei nada sobre o Link — disse Adam, afastando-se lentamente e olhando para cima. Carla não estava mais naquele telhado — Hoje é o primeiro dia que eu venho para a Rede, eu não sei nada sobre isso! — justificou-se.

— Péssima resposta seu novato de merda! Você está aqui para terminar o que o antigo Link começou? É isso mesmo?

— Eu já disse que não sei nada sobre isso! Nem mesmo sei quem era o antigo dono desse Link!

— Sério? Vamos fazer um joguinho... vou contar uma coisa interessante pra você, novato, e depois você me conta outra, que tal? Se ela não for interessante o bastante — E ele viu uma trilha avermelhada piscar entre a névoa e se apagar em seguida — Sua companhia vai levar um tiro no rabo. Algo me diz que ele não vai gostar disso.

Adam estremeceu e apertou a Beretta na mão direita, enquanto a esquerda deslizava pelo cabo da katana. A espada era um item padrão do USV, acionada automaticamente assim que alguma ameaça ao Usuário fosse detectada. Diferente das armas de fogo, Adam ainda não havia tido nenhum contato com aquele tipo de coisa, esperava apenas que assim como fizera com os saltos, soubesse o que fazer quando fosse a hora certa.

— Era uma vez, duas amigas que compartilhavam tudo. — começou Carla, fazendo uma voz suave e doce, mas igualmente sarcástica — Porém, uma delas tinha um segredo, ela era uma filha da puta desgraçada, fez coisas horríveis e quase causou a morte da amiga. Mas no final, ela se ferrou e sumiu. E todos foram felizes para sempre até o maldito dia em que você chegou. Fim da história.

Um temor ainda maior cresceu dentro de Adam ao ouvir aquela história. Por alguma razão sentia-se familiarizado àquilo, quase como se alguém já a tivesse contado antes.

— O que foi que ela fez?

— Coisa ruim. Muito ruim mesmo. E agora você carrega a cor dela e não tem uma única vez que eu olhe para você sem me lembrar dela. Ok, sua vez novato!

Era tudo o que ele não queria ouvir. Não foi difícil fazer a ligação. Seria por isso que enxergava aquela garota no ponto de ônibus? Seria ela, o Link que todos odiavam tanto? Que coisas horríveis ela fez para causar aquilo? Não importava o quanto Adam pensasse, não conseguia compreender aquilo tudo, não sabia qual era a ligação entre os dois.

“Preciso que você faça algo por mim, Adam”

A frase descascou uma fina tira de gelo de sua espinha. Saber que alguém que fez algo realmente ruim precisava dele, não era nada agradável. Suas mãos começaram a tremer ainda mais e ele não sabia do que tinha mais medo naquele momento. Foi então, que sentiu uma leveza sem igual, começando pelos pés e subindo por todo seu corpo. O medo aos poucos começava a sumir e aquela sensação de algo crescendo dentro dele recomeçara. Só havia uma coisa a ser feita.

— Eu não estou a fim de participar dos seus joguinhos estúpidos, sua pivete de merda! — exclamou Adam, sua voz mudara e novamente ele estava falando mais do que deveria. O lado impulsivo estava tomando as rédeas da situação, algo do qual ele tinha certeza que se arrependeria amargamente depois. Mas ele não estava vivendo o depois, quando esse “depois” chegasse, ele resolveria as coisas. O “agora” precisava mais de sua atenção.

— Mas que...

— Você quer me matar, não é mesmo? Para a pessoa que conta as mortes ao invés dos anos, isso é bem louvável. Quanto tempo minha vida vai valer para você, Carla?

— Você não faz ideia de quem eu sou! Você não faz ideia do que eu sou capaz! — ela estava quase gritando. Adam podia perceber claramente a raiva na voz dela, mas ainda havia aquele sentimento indecifrável, e era nele que Adam se concentrou.

O brilho avermelhado pousou em seu no peito e ele sorriu. Olhando para a direita, num telhado ainda mais alto, Carla estava abaixada, com o rifle posicionado no joelho. Seu capacete era da mesma cor do uniforme, a parte da frente era brilhante e escura, como se fosse vidro. Detalhes nas laterais exibiam a cor amarelada do Link em um brilho suave, deixando o capacete com um ar de algo que acabara de sair de um filme futurista.

— Atira. Me mata logo e prova que você ainda é uma criança! Não importa a aparência que você tenha, Carla, por dentro você será sempre a criança da qual você foge e suas atitudes apenas reforçam isso. Mas eu não vou fugir como você. Faça o que você quiser, eu não me importo.

Ele não sabia o porquê faria aquilo, mas seus pés já estavam se movendo quando começou a pensar no assunto. Caminhou devagar e com cautela, um passo de cada vez, rumo a criatura que a qualquer momento o veria. Era por esse motivo que ele estava ali, não adiantava se refugiar na ideia de que uma garotinha pudesse salvar sua vida. Ele era o único em quem poderia confiar, estava sozinho naquele momento.

“Quero apenas que saiba que neste lugar, eu estarei sempre com você.”

— O que diabos você pensa que tá fazendo?! — Carla questionou, quase aos gritos.

— Fazendo o que deveria ter feito desde o começo. Enfrentando os meus medos e provando que não sou o covarde que você imagina que eu seja. E também não dou a mínima para o que essa garota fez com a Beatriz, estou aqui por um motivo e não é por esse, quer você acredite em mim ou não.

— Você vai morrer... é isso mesmo que você quer?

— E você vai assistir. Não é um espetáculo que você quer? Eu não vou e nem preciso responder às suas perguntas. Não tenho que provar minha inocência para você e nem para ninguém. Acreditando ou não, no manual dizia que eu tinha um trabalho a fazer aqui. Acho que essa conversa está encerrada.

— Ainda não terminamos, Novato! — afirmou Carla, com convicção. A voz assumindo uma tonalidade fria, mas com um leve toque de preocupação. Sem dúvida alguma ela não esperava por aquilo, nem o próprio Adam esperava.

— Terminamos sim. E meu nome não é novato... é Adam. — E desligou a comunicação.

Mesmo que não fizesse nenhum sentido se atirar rumo à um destino incerto como ele estava fazendo naquele momento, Adam estava certo que era o que deveria fazer. Carla era apenas uma criança precoce, que ainda mantinha a ideia de que poderia ter tudo o que quisesse, mas no mundo dos adultos as coisas não funcionavam daquele jeito. Por mais medroso que ele pudesse ser, jamais se dobraria daquela forma, não aceitaria qualquer tipo de ameaça, ainda mais sendo inocente. Poderia morrer de um jeito ou de outro, mas agora que tinha meios para se defender, não seria como naquele sonho. Lutaria até o fim.

— Ativando substituição rápida de munição. Cinco pentes disponíveis. Total de cem balas — informou a IA e Adam sentiu o peso da munição se materializando em um suporte na lateral do corpo. Estremeceu com o que estava prestes a fazer, a coisa mais estúpida e corajosa de toda a sua vida.

Parou. O Devorador ergueu-se rapidamente, o encarando com um rosto sem feições, virando a cabeça levemente, possivelmente analisando a situação e a estupidez de Adam, em aparecer ali sozinho. A criatura expandiu e retraiu o corpo como se fosse feita de vidro picado, liberando uma dezena de tentáculos das costas, rápida demais para que os olhos conseguissem focalizar o movimento com clareza. Um sorriso ameaçador se esticou no rosto vazio e com um grunhido tão horrível quanto o som de um quadro negro sendo arranhado, partiu em direção à Adam.

A Beretta foi rápida em disparar duas rajadas de três tiros, mas o Devorador foi ainda mais rápido, desviando-se com uma agilidade incomum da qual Adam de fato não previra. A criatura se atirou contra uma das paredes, arrebentando a fina estrutura que parecia ser de fibras de metal e madeira e sumiu na escuridão.

— Merda! — xingou Adam, correndo na direção em que a criatura havia seguido e num instante o Devorador atravessou a parede, saltando sobre ele. As garras abertas arrancaram um pedaço do uniforme na altura dos ombros e Adam conseguiu repeli-la antes que ela conseguisse cortar seu pescoço, desferindo uma nova sucessão de disparos assim que se levantou.

Os tiros que a acertavam faziam com que seu corpo se partisse como cristal, espalhando cacos enegrecidos por toda a parte, mesmo assim ela ainda avançava e quando estava a dois passos de distância, Adam desembainhou a espada negra cortando apenas o ar, pois a criatura havia saltado por cima e estava às suas costas. Ele girou o corpo desferindo um novo golpe e novamente ela não estava mais lá. Uma dor aguda na perna direita surgiu e o Devorador derrapou velozmente à sua frente, levantando um rastro de cinzas.

A agilidade daquela coisa era algo que Adam jamais imaginou enfrentar, ela parecia estar sempre um passo à sua frente, pronta para fazê-lo em picadinhos. Ele retrocedeu disparando as últimas balas do pente, esfacelando um dos braços do Devorador e parte dos tentáculos. Desviou de outro golpe e disparou novamente, desta vez parte da cabeça se perdeu em dezenas de estilhaços.

Adam liberou o pente vazio, recarregando com outro sobressalente preso ao suporte nas costas e atirou, despedaçando madeira e vidro, enquanto a criatura ferida desviava pelas paredes. Era inútil atirar, o ambiente aberto em que se encontravam proporcionava uma grande vantagem à mobilidade do Devorador e por mais que o USV auxiliasse, parecia impossível conseguir acertá-lo.

— Sua munição acabou. Recarregue sua arma — anunciou a IA. Não havia prestado atenção ao indicador visual sobre a arma, que marcava 0/20 em vermelho. Se preparou para recarregar mais uma vez, mas não teve tempo, a pistola fora arrancada de sua mão, onde marcas de garras formaram três linhas em vermelho. A katana por sinal, foi rápida, protegendo-o de mais uma investida, uma tão forte que o derrubou sobre uma pilha de caixas, que tombaram sobre ele. O devorador se agitou, expandindo o corpo novamente, e num instante as partes perdidas estavam de volta.

Foi como se o mundo estivesse em câmera lenta, ele via perfeitamente o Devorador sem rosto, com a boca escancarada e os tentáculos esticados, prontos para agarrá-lo. Como podia ter terminado daquele jeito? Sua arrogância o havia levado a ruina e agora ele estava a dois segundos do mesmo fim que levou nos inúmeros sonhos, morreria sozinho, uma vez mais, uma última vez.

Um estrondo grandioso rompeu o silêncio, somando-se ao urro do Devorador e o som característico de vidro sendo quebrado. O corpo inerte da criatura se chocou contra um latão, espalhando um líquido avermelhado por toda a parte. Adam se reergueu e rapidamente recuperou sua arma, em seguida destravou as comunicações. Carla.

— Seu imprestável! Que porra você pensou que tava fazendo? Você não aprendeu nada do que falei? Ele tinha a vantagem do terreno, se não fosse eu você estaria morto agora!

— Eu não precisava da sua ajuda, podia resolver sozinho! — mentiu Adam. Se ela não tivesse aparecido, ele estaria morto. Olhou para cima e viu Carla de pé, no parapeito de uma construção inacabada.

— Como é?

— Você me deixou aqui para morrer!

— Eu estava cobrindo você o tempo todo. Em momento algum disse que mataria você. Acho que alguém aqui tirou as próprias conclusões.

— Você só pode estar de brincadeira, né?

— Escuta novato, que tal você...

Adam não esperou ela terminar a frase. As suas costas, o corpo do Devorador supostamente morto estava sofrendo algum tipo de reação, havia uma esfera avermelhada brilhando morbidamente, enquanto o restante do corpo se enroscava nela como fios de lã, crescendo e esticando cada vez mais. Adam sentiu um desconforto crescer dentro dele.

— Droga! Ele não é um nível um! Novato, cai fora daí agora!

Instintivamente ele apontou a Beretta na direção da esfera e atirou, mas já era tarde demais, os fios já haviam a envolvido e se esticavam pelo chão, como plantas trepadeiras.

Carla disparou com o rifle novamente, mas a coisa disforme rolou rapidamente pelo chão, desviando do tiro e passando velozmente por Adam. Carla se apressou saltando para outra construção, acompanhando a criatura e tentando conseguir um tiro perfeito.

— Novato! Ele não é pra você! Corra daí! — gritou Carla, mas Adam não a obedecia, ele corria atrás da coisa atirando, mesmo que aquilo parecesse inútil.

O Devorador parou abruptamente, abrindo o corpo como um guarda-chuva e esticando uma infinidade de tentáculos que se firmaram no chão feito raízes. A esfera vermelha ficou exposta, exibindo seu brilho doentio. Na distância, Carla se posicionou para dar um tiro preciso. Só precisava de uma única bala.

Mas assim como Adam, ela não previra o que estava por vir.

Um clarão riscou a paisagem industrial quando um enorme facho de luz saiu da criatura e atingiu a estrutura onde Carla estava. O prédio quebrou como se tivesse sido cortado por uma faca ridiculamente afiada. Adam ainda viu Carla tentando saltar para a construção vizinha, mas o raio luminoso atingiu o prédio em cheio, fazendo com que todas as estruturas ao redor ruíssem numa grande nuvem acinzentada.

Ele estava perplexo, quase em pânico. A arma estava solta em sua mão, não tinha mais firmeza para segurá-la. O sincronismo despencou e ele definitivamente não sabia o que fazer, não fazia a menor ideia do que aquela coisa era capaz. Era diferente quando alguém podia morrer. Em nenhum momento havia caído a ficha do quanto aquela situação era perigosa, de como ele estava sendo inconsequente e arriscando a própria vida. Mas agora era diferente.

Os tentáculos se agitavam convulsivamente ao redor do Devorador e a esfera ainda exposta, soltava pequenas centelhas avermelhadas, como uma bola de plasma.

Carla talvez estivesse morta.

Ele precisava ser forte.

Apertou a arma na mão e apontou para a esfera.

Não viu o que o acertou. O capacete foi estraçalhado com a pancada e ele via cada pedaço, cada fibra de metal voar juntamente com seu sangue e vidro. A dor quase o desmaiou e a parte do capacete que restara se apagou, o deixando vulnerável e as cegas. Cambaleou para o lado, desnorteado, ainda segurando a pistola na mão, o ouvido apitando num som agudo, silenciando tudo ao redor. Sentiu uma força tremenda sobre seu corpo e o mundo inteiro girou. Viu paredes se distorcerem, fragmentos de plástico amarelado e madeira e um som tão agudo quanto aquela dor irrompeu ainda mais forte. O céu acinzentado lhe deu as boas-vindas e seu corpo ficou leve como o ar. Ele pensou em Eriza, pensou na garota sem nome. Beatriz. Ela sentiria quando ele morresse?

O escuro tomou conta de seu mundo. Então fez-se silêncio.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Usuário Final" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.