Is he a Ken guy? escrita por Lets


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Oiiiiiii lindezas!
Querem me matar? Espero que não!
Me desculpem! Mesmo! Não tenho nem uma desculpa plausível pra dar...
Enfim, espero que vocês gostem!
P.S.: tem 3 POVs, e a parte em itálico é uma lembrança, ok?



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— Vamos, vamos, vamos. Eles vão chegar daqui a pouco e ainda nem saímos de casa!

— Calma, Camila. Até o avião pousar, eles desembarcarem, pegarem as malas e saírem, já estaremos lá. — falei tentando acalma-la

— Vamos logo, Pedro! — ela estava praticamente quicando no lugar

— Você não muda, né Camila?!

— Pedro, eu to indo. Se você quer carona, levante essa bunda do sofá. — ela respondeu brava e saiu batendo o pé

Soltei uma risada baixa e a segui, mantendo meus passos silenciosos. Ela saiu de casa comigo logo atrás e fechei a porta. Nosso caminho até o aeroporto foi quieto a não ser pela rádio ao fundo.

Meia hora depois estávamos parando o carro no estacionamento do aeroporto. Camila saiu correndo, praticamente, assim que abriu a porta do carro. Novamente a segui.

Encontramos Fernando, Victor, Miranda, Douglas e Marcos na saída do desembarque do aeroporto de Guarulhos. Cumprimentamos todos. Percebi que Camila estava inquieta, andando de um lado para o outro, ora mordendo as unhas, ora mexendo nos cabelos.

— Oi, vô.

— Ô garotão, tudo bem? — me agachei para falar com Marcos

— Aham. — ele assentiu — To com saudade da dinda e do dindo.

— Eles já estão chegando. — sorri para ele e ele me retribuiu com seu sorriso banguela

Várias pessoas começaram a sair do portão de desembarque, anunciando que um vôo havia pousado. Camila andava ainda mais procurando por nosso filho e nora. Vi longos cabelos loiros, acompanhando o rosto gentil de Mariana.

Camila deu um gritinho e saiu correndo, pulando em cima de Rafael. Ri de seu desespero e percebi que Victor já estava em cima da irmã também. Formou-se um bolo no meio da saída enquanto meus familiares abraçavam os recém-chegados.

Aproximei-me também. Assim que Rafael me viu, se soltou dos braços da irmã e veio me dar um abraço.

— Senti tua falta, pai.

— Também senti a sua, filho.

#

— Ai que saudades de todos vocês! — falei abraçando todos ao mesmo tempo

— Dinda! — Marcos me chamou e senti suas mãozinhas puxarem minha blusa

Peguei-o no colo e o abracei apertado. Seus braços envolveram meu pescoço, me apertando contra si.

— Oi, meu amor!

— Como foi a viagem? — ouvi meu pai perguntar

— Foi tudo bem, pai. Estávamos com saudades de casa.

— Desculpe interromper, Mariana, mas acho melhor irmos logo antes que alguém reconheça vocês. — Antônio surgiu atrás de mim

— Ah, ok. Pessoal, este é Antônio, meu agente.

Saímos do aeroporto e nos dirigimos para os carros. Fui para a casa de meu pai, com Victor. Iríamos reunir toda a família em um jantar, o que significava que eu ficaria sem meu marido pelo resto do dia. Antônio falou que nos encontraria no restaurante, mas passearia pela cidade até lá.

— Senti tanto a sua falta, maninha! — Victor me pegou em um abraço de urso assim que descemos do carro na frente da casa do meu pai

— Também senti a sua! Mas me conta... E a Alicia?

— Ih, terminamos...

— Porra, Vic! Como assim?! Por quê?

— Não vi um futuro pra nós dois.

— Grande novidade...

— Ele encontrou a Bruna outro dia, sabia? — meu pai se meteu na conversa

— E aí? Combinaram de sair? Vão reatar?

— Ai gente, chega. Ela me negou, acabou. Pronto, passa em frente. Superem.

— Victor, não quero brigar com você, mas sério... Pára de ser criança e corre atrás da sua felicidade. — falei

— Mari, eu to feliz assim. Sou um médico renomado, solteiro e bonito. Por que não seria feliz?

— Porque sua felicidade está com a Bruna.

— Eu não quero falar sobre isso. — ele bufou e virou as costas para mim

Suspirei e deixei meus ombros caírem levemente. Abaixei a cabeça e olhei para meus pés. Senti a mão de meu pai acariciando meus cabelos para depois deixar um beijo em minha testa.

— Também me preocupo com ele, Mari. Mas não podemos fazer nada.

— Não posso deixá-lo estragar sua vida por ser orgulhoso demais pra correr atrás de sua felicidade. Tenho que ajudá-lo.

— Como você quer fazer isso?

— Preciso falar com a Bruna. Será que ela mora na mesma casa?

— Eu acho que os pais continuam lá.

— Vou lá falar com eles. — eu já ia saindo quando ele segurou meu braço

— Mari, você acabou de chegar. Desfaça as malas, descanse, converse comigo, com ele. Depois você faz isso. — seus olhos estavam esbugalhados, me implorando para ficar

— Ta bom...

Subi até meu antigo quarto. Continuava igual. Sorri e deixei minha mala em cima da cama, indo ao banheiro logo em seguida. Lavei minhas mãos e joguei água gelada em meu rosto. Ouvi meu celular tocar e fui correndo atender. O número me era familiar.

— Alô?

— Mariana?

— É ela.

— Oi. Não sei se você vai se lembrar de mim. Namorei seu irmão há uns anos atrás. É a Bruna.

#

— Ô meu filho! — minha mãe encheu meu rosto de beijos

— Oi, mãe. — ri de sua reação exagerada

— Que saudades de você, meu bebê!

— Camila, deixa o homem respirar. Ele não é mais um bebê.

— Ai, Pedro, cala a boca! Ele é meu bebê e ponto.

Minha mãe agarrou meu pescoço com os braços, me puxando para um abraço enforcador. Ri novamente e apertei sua cintura, me sentindo como um adolescente novamente.

— Mãe, to 27 anos nas costas... Não sou mais um bebê.

— Meu bebê ta tão grande. — senti seu sorriso em meu pescoço

— Manhê, deixa eu agarrar meu irmão! — ouvi Miranda reclamar

Dona Camila me soltou, dando espaço para minha irmã pular em meu pescoço.

— Você é um babaca, sabia? — ela falou afastando seu rosto para me olhar nos olhos

— Por quê?!

— Nem me deixou falar muito com a minha cunhada preferida!

— Ela é sua única cunhada, besta.

— Manhê! Olha ele!

— Voltamos no tempo... — minha mãe resmungou, rindo logo em seguida

Entramos na casa de dona Camila. Eu, Miranda, Douglas, Marcos, meu pai e minha mãe. Me joguei no sofá da sala, acomodando-me entre as almofadas.

— Vou preparar o almoço, meus queridos. Pedro, venha me ajudar.

— Mi... — a chamei assim que tive certeza que meus pais estavam longe — Onde está Sheila?

— Ah, ela ta viajando. Foi fazer um curso de culinária na França, acho.

— Nossa... Alguém ta chique... — comentei como quem não quer nada

— Rafa, deixa ela. O pai que quis que ela fosse e se ofereceu pra pagar.

— Tudo bem. Não to falando nada.

— Dindo! — meu afilhado pulou em meu colo, sentando em cima de minha barriga

— Como você ta grande!

— Olha, dindo! Meu dente ta nascendo!

Ele deu um sorrisão, mostrando-me a pontinha de seu dente canino esquerdo.

— Nossa! Que legal! — falei demonstrando o máximo de animação

— Filho, o dindo deve estar cansado. Por que não vamos ajudá-lo a desfazer as malas para que ele possa descansar? — Douglas falou gentilmente

— Vamos, dindo! — Marcos levantou e subiu as escadas correndo

— Marcos! Sem correr! — Miranda o repreendeu

— Espero que você esteja cuidando bem dessas duas preciosidades. — falei para Douglas em um tom de falsa ameaça

— Ô Rafael, não me venha com essa de "irmão mais velho", hein. — Miranda respondeu, abraçando a cintura do namorado — Se ele cuida bem ou não, o problema não é seu.

— Mi, limpa o canto da tua boca porque o veneno escorreu. — gargalhei enquanto ela me olhava incrédula

— Ora, seu—

— Dindo! Vem logo! — ouvimos a voz de Marcos me chamando

— To indo, garotão.

Aproveitei minha deixa e subi para meu antigo quarto com minhas malas em mãos. O lugar continuava do jeito que eu me lembrava de tê-lo deixado na última vez em que dormi aqui.

Eu e Marcos arrumamos minhas roupas no armário e Miranda logo o chamou, dizendo para me deixar descansar. Não podia negar que estava realmente cansado, tanto da turnê quanto da viagem para cá. Nunca consigo dormir no avião, por mais que tome remédios e sinta minha mulher em meus braços. Sorri de lado. Minha mulher. Por mais que estejamos casados há 4 anos nunca vou cansar de ouvir que Mari é minha mulher.

— Mariana Zannini Leite, você aceita Rafael Gutenberg Guimarães como seu legítimo esposo?

— Sim.

— Rafael Gutenberg Guimarães, você aceita Mariana Zannini Leite como sua legítima esposa?

— Sim.

Vi lágrimas escorrerem por seu rosto enquanto colocávamos as alianças um no outro. Meus olhos também estavam marejados, me impedindo de observar tudo claramente.

Lembrei-me de nossa primeira cerimônia de casamento, em Las Vegas. Como Mari já era conhecida, não conseguiríamos nos casar intimamente, somente com nossos familiares e amigos por perto. Então decidimos, de um dia para o outro, viajar para Vegas e casar. Claro que depois tivemos mais uma cerimônia com nossos convidados e com a mídia. Por mais que quiséssemos, não conseguimos escapar dos paparazzi.

Fui arrancado de minhas lembranças pelo toque de meu celular. Reconhecia minha música no primeiro acorde da guitarra e dois segundos depois, ouvi a voz de Mari cantando.

— Oi, minha princesa. — atendi

— Oi, meu príncipe. To com saudades de você.

— Eu também. Mas em algumas horas, nos veremos novamente.

— Já to fazendo a contagem regressiva. Como estão seus pais?

— Discutindo, como sempre. Estranhamente, discutindo um pouco menos.

— Isso é bom.

— É ótimo! E seu pai?

— Ta bem. Acredita que o Victor esbarrou com a Bruna?

— Sério? E aí?

— Ah, não aconteceu nada que ele tenha me falado...

— Mas e a Alicia?

— Eles terminaram. Mesma desculpa de sempre.

— Por que sinto que tem algo que você não está me contando? — ela riu com meu comentário inoportuno

— Porque tem. Mas tenho que manter segredo. Você logo saberá.

— Ta bom então... Me deixou curioso.

— Eu sei. — rimos novamente — Amor, vou almoçar. Te vejo na janta, ok?

— Ok. Te amo.

— Também te amo.

Cheguei à conclusão que eu estava cansado demais para fazer qualquer coisa que não fosse dormir. Deitei-me na cama e me deixei ser levado à inconsciência.

Pareciam ter se passado cinco minutos, mas quando olhei pela janela, vi que o dia já virava noite. O relógio no criado-mudo me diziam ser sete da noite. Merda, me atrasei.

Levantei correndo para tomar um banho e me arrumar para o jantar. O restaurante em que iríamos era sofisticado então coloquei um terno preto risca-de-giz. Em vinte minutos fiquei pronto e desci as escadas, encontrando meu pai de terno sentado no sofá da sala.

— Ué, cadê todo mundo? — perguntei

— Sua mãe está se arrumando. Miranda e Douglas foram para casa, deixar Marcos com a babá e disseram que nos encontrarão no restaurante.

— Há quanto tempo minha mãe ta se arrumando?

— Umas três horas.

— Larga a mão de ser exagerado, Pedro. — ouvi a voz de minha mãe, sendo seguida pelo barulho dos saltos batendo na escada

— Uau, mãe! Você ta linda! — falei assim que a vi

— A quem você acha que puxou, querido? — ela me respondeu, me fazendo rir

— Está bonita mesmo, Camila.

— Obrigada, Pedro. Você também está apresentável.

— Ok, isso ta ficando estranho, então sugiro de irmos. Mesmo porque to morrendo de saudades da minha mulher. — comentei já abrindo a porta e saindo de casa

— Calma, Rafael, ela não vai fugir de você. — meu pai falou enquanto ria da minha cara

Me senti com 7 anos novamente quando entrei no banco de trás do carro de meu pai, mas não estava com um carro aqui no Brasil, então não tive como reclamar. O restaurante não era muito longe da casa de minha mãe, fazendo-nos chegar em vinte minutos. Desci do carro e avistei Miranda e Douglas na porta do restaurante.

— Mi! — a chamei e ela virou para me olhar

— Olha quem acordou!

— Fica quieta, hein.

— Eu acho que você deveria olhar para trás, Rafa.

— Hum? Por quê? — girei meu tronco a ponto de ver uma mulher fantástica andando em minha direção com um sorriso dócil nos lábios — Uau! — foi tudo que eu consegui dizer

— Senti tua falta. — seus braços envolveram meu pescoço enquanto eu abraçava sua cintura

— Eu senti mais. — grudei nossos lábios em um beijo apaixonante e envolvente que foi ficando mais quanto a cada segundo

— Arrumem um quarto! — ouvi uma voz masculina e familiar vinda de longe

— Vai se fuder, Antônio. — Mari respondeu me fazendo rir

Juntamos nossos lábios em mais um selinho demorado para depois nos separarmos, sorrindo como dois bobos apaixonados que somos.

— Eu não vou conseguir passar noites sem você, meu amor. — falei

— Parece que voltamos no tempo, né? — ela riu — Você na casa da sua mãe e eu na casa do meu pai, não nos vendo o tempo inteiro, morrendo de saudades um do outro...

— É verdade. — ri também — Mas agora já acostumei com você em meus braços 24h por dia e não vou conseguir soltar.

— Então não me solte.

Nossos lábios se encontraram novamente. Apertei minhas mãos em sua cintura enquanto sentia suas unhas em minha nuca.

— Chega né, cacete!

— Miranda, já mandei você tomar no cu hoje?

— Rafa! — minha mãe me repreendeu enquanto Mari ria e Miranda me mostrava o dedo do meio

Por fim, entramos no restaurante. Meu pai deu o nome ao maître, que nos levou à mesa que estava a nossa espera. Mari sentou-se ao meu lado direito e minha mãe, do meu lado esquerdo.

O salão estava cheio, mas era agradável. Algumas pessoas nos encaravam. Provavelmente reconheceram Mari, mas não se importaram o suficiente para levantar de suas mesas, o que eu agradecia profundamente.

De repente, Mari se levantou, olhando para a porta do restaurante, por onde uma mulher entrava. A mulher me era familiar, mas não conseguia lembrar de onde. Ela sorriu quando localizou minha mulher com o olhar e andou até nós.

— Mari! — ela exclamou enquanto abraçava minha mulher

— Oi, Bru! Que saudades de você!

Bru? Bruna? Aquela Bruna de anos atrás?

— Oi, Rafa. — ela me cumprimentou, me despertando de meus pensamentos

— Bruna! Como vai? — levantei para abraçá-la

— Bem, e você?

— Melhor impossível.

— Olá, minha querida! — quando vi, Fernando já estava do nosso lado, abraçando Bruna calorosamente — Como você faz falta a essa família!

— Ah, o que é isso, seu Fernando... — suas bochechas coraram violentamente enquanto retribuía o abraço do antigo sogro

Passei meus olhos pela mesa até encontrar Victor, que estava com cara de quem tinha visto um fantasma. Então era isso que Mari estava aprontando?!


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Notas finais do capítulo

E então??
Bom, nessa temporada vou focar mais na história do Victor e da Bruna, e do Douglas e da Miranda, ok? Afinal de contas, nosso casal principal já está bem resolvido.
Não significa que a Mari e o Rafa não vão mais aparecer, mas vão aparecer bem menos!

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