Pov. Narradora

As palavras de Karina escoava na cabeça de Pedro, já estava desolado sem nem ao menos ter uma conversa com a garota.

– Como assim? Por que?- Falou rápido.

– Eu vou ir amanhã e voltarei só depois do ano novo.- Franziu a testa.

–não, não e não, você não pode ir.- disse autoritário.

– Preciso ir.- Olhou para o lado.

– Cê tem que dar um jeito, não pode me...deixar.-Sussurrou as ultimas palavras.

– Não tem como eu dar um jeito.-Disse óbvia.- Faz tempo que não vemos 'nossos' primos, e já vinham combinando isso a um tempo.- Se explicou.

– E o Samuca como fica?- Tentou desviar o assunto.

– Ele vai junto.-fechou os olhos.

– Mas a gente conversou sobre isso, e eu quero ficar com ele.- Fechou a cara.

– Mas ele não ė só seu.- Disse fazendo cara feia.

– Mas também tenho direito de ficar com ele. - balançou a cabeça.

– Mas ele está no nome do meu pai e não do seu.- Foi grossa mas se arrependeu em seguida.

– Ė.- Balançou a cabeça, sorriu fraco, suspirou e saiu.

K tentou chama-lo mas as palavras não sairam, Pedro tinha ficado chateado pensou em dizer muitas coisas na cara de Karina mas resolveu que teria paciência com ela.

Karina voltou para casa mas não ficou por lá deu um jeito de sair sem ser vista e foi para acadêmia como sempre fazia para se acalmar.

Pedro esperou apenas seu expediente acabar para vazar dalí. Foi para onde sempre se refugiava quando não estava em seus melhores dias, adentrou o pequeno buraco onde dava para Ribalta, ficou um poco visualizando o local quando ouviu um barulho do longe, tentou esquecer mas a curiosidade bateu e ele foi descendo as escadas ao mesmo tempo em que vira alguem subindo pararam no mesmo batente.

– O que aconteceu com você ?- Pedro disse passando a mão no rosto completamente machucado de Karina.

– Quem luta se machuca.- Falou a mesma coisa que dissera para TomTom.

– Isso não ė machucado de que luta não, quem fez isso com você?- Se mostrou preocupado.

– Eu mesma, ė só isso que eu sei fazer.-Pausou- Machucar a mim e aos outros.- Olhou para baixo.

– Como que conseguiu fazer esse estrago?- Olhou para as mão dela completamente coberta de sangue.

– Eu acabei quebrando o espelho do banheiro, e pra piorar tudo meu pai vai me matar.- Revirou os olhos.

– Você ė uma maluca mesmo né.-Disse Pedro, e Karina permaneceu séria.

– Desculpa, não deveria ter dito aquilo, ele ė parte da família agora, tanto da minha quanto da sua.-Sorriu.

– Da nossa.- Disse involuntariamente.

– o quê?- Se assustou.

– Nada,. esquece.- Disse rápido.- Vem deve ter alguma coisa de primeiros socorros aqui.

A puxou para o tatame e foi até as prateleiras pegou uma caixinha e voltou limpando os ferimentos da garota.

–O que veio fazer aqui?- Perguntou ela depois de um tempo.

– Uė ė aqui que sempre venho quando fico grilado com alguma coisa.- Olhou para ela.- Ou alguem.-completou.

–Eu não queria ir, mas meu pai nunca sai dessa vida, ele realmente precisa de novos ares.-fez careta de dor.

– Qual seu problema em?- Ele falou meio brincalhão.

– Por quê?- Se surpreendeu.

– Vamos falar de outra coisa afinal essa ė a nossa despedida. - sorriu de lado.

Ficaram conversando até altas horas quando decidiram ir embora. Karina chegou em casa e se deparou com seu pai dormindo no sofá, provavelmente estava esperando-a, foi até o quarto na ponta do pé e se deitou na cama e sorriu com o fim da sua noite.

====== De manhã =======

Pedro acordou cedo queria aproveitar o tempo que tinha para ficar com Samuca, se levantou tomou banho e qua da saiu foi para cozinha e encontrou apenas TomTom na mesa.

– Bom Dia maninha.- Beijou o topo da cabeça da garota.

– Bom dia Pê.

– Cade o pai e a mãe?-Estranhou.

– Foram no mercado, e você vai aonde tão cedo.- perguntou curiosa.

– Vou passar o dia com o Samuca pra me despedir.- Olhou triste.

– E com a K também.-Falou sapeca.

Pedro não disse mais nada, terminou o café da manhã e seguiu para casa de Karina, chegando la encontrou apenas Bete e Samuca, a mulher disse que a família havia saido para os últimos preparativos da viajem. Pedro ficou brincando com Samuca e ajudando Bete cuidar dele.

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Gael e suas filhas chegaram 2 horas antes da viajem, assim só daria tempo de tomarem banho para seguirem. Pedro e Karina ficaram conversando enquanto os outros dois se aprontavam. Mas tudo que ė bom dura pouco, já se passava das 19:00H quando Gael anunciou que estavam partindo, para Pedro o que ficou partido foi sei coração diante disso tudo. Dandara e alguns amigos foram se despedir e Pedro esperou e quando finalmente chegou a sua vez não foi nada bom.

– Da tchau Samuca.- A garota movimentava as mãos do pequeno.

– Tchau, príncipe.- Pedro disse pela primeira vez.

– Vou sentir saudades.- A menina, relutava mas seus olhos estavam marejados assim como os dele.

–Se cuida.- Queria que a tortura. acabasse logo.- Queria poder ficar com ele.- Ele disse.

– Aposto que ele também.- Sorriu de lado.

– Vamos Karina.- Gritou Gael.

– Então ė isso.- Tchau - Ele foi abraça-la mas acabaram encostando o canto dos lábios.

E assim Karina entrou no carro e Pedro a entregou Samuel, relutou mas soltou as mãozinhas do garotinho e ficou alí parado vendo sua garota e seu menininho indo.

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Pedro estava desolado passou seu expediente todo encostado no balcão, e com cara de enterro, olhou no relógio e pensou que a essa hora Karina estava voando. O Perfeitão estava vazio e ele ficou de arrumar as mesas por isso ficou mais tarde. Só que uma coisa o chamou a atenção fazendo assim ele sair até a calçada, olhou para os lados e não viu nada quando se virou para adentrar o local novamente, ouviu um som que era música para seus ouvidos.

– Hum Samuca acho que ele não gostou muito da nossa presença não.- Disse K com Samuel no colo e um sorriso estampado no rosto.

Continuaaa....