Pov. Narradora

Gael olhava para Pedro com desdém, o mestre havia criado uma confiança com o roqueiro e pensou até que ele seria seu genro, mas agora não sabia mais em quem confiar.

–, O que você que?- Olhava com raiva.

– Eu queria que o senhor entendesse o momento.-Falou se encolhendo.

– Ė você que foi feito de idiota esse tempo todo? Ė você que será avô cedo e ainda sem ter a avó do neto por perto? Foi em você que sua própria filha não confiou?-Disse já se emocionando.- Não foi, como quer que eu entenda o momento?.- Se sentou.

– Olha seu Gael provavelmente não esta sendo fácil para o senhor.- Mantia-se na mesma posição.- Mas eu sei que está precisando de ajuda no momento.- pausou.

– Não preciso de ninguém, agora sai daqui.- Apontou para porta.

– Eu sabia que não seria fácil, mas eu vim pra tentar.- Disse mais pra sí do que pro mestre.- A Karina e a Bianca principalmente esta precisando do senhor ao lados delas nesse momento.- Disse se movimentando de um lado para o outro.

– Elas não tiveram dó de mim.- Falou limpando a garganta.

– Olha eu vim aqui porque, vi a Karina chorando, e tenho certeza que foi por tudo.- Se sentou do lado de Gael. - Ela se sente culpada pela morte da mãe, se sente deslocada por seu jeito de se comportar, e se sente excluída perto da irmã, o garoto que ela gosta não gosta dela, e você fica bravo com ela quando no final ela só queria ajudar a Bianca.- Pedro foi falando calmo.

–Olha garoto, eu sei que eu não os melhor pai do mundo, eu juro que eu tento, não precisa ficar jogando na cara.- Disse recentido.

– Não estou jogando na cara, quero apenas que o senhor não deixe elas na mão a esquentadinha ta sofrendo e acho que com a Bia não ė diferente.-Deu dois tapinhas nas costa de Gael.

Pedro se levantou e foi embora e Gael continuou sentado, realmente as palavras do menino havia o feito pensar. A madrugada caiu em com ela Bianca e Karina chegaram em casa, entraram gargalhando realmente a noite havia sido boa, entraram na ponta do pé e foram para o quarto Bianca estava cansada por isso nem percebeu quando Karina foi puxada. A loira se assustou e foi logo fazendo defesa.

– Calma, sou eu.- Disse Gael.

– A o que foi...pai?- teve receio ao pronunciar a ultima palavra.

– Vem cá.- Foi guiando-a até o quarto do mesmo.

– Não tô afim de brigar agora, estou morrendo de sono.- respirou fundo.

– Eu Te Amo.- foi a única coisa que pronunciou.

3 palavra já foram suficiente para que pai e filha se abraçassem e compartilharem o que sentiam tirando os chateações, como se fosse um peso nas costas, e fizeram o que a muito tempo não faziam... Chorar! Assim como quando Karina era criança e sentia medo de algo e não demonstrava pra ninguém sempre seu pai era sua segurança, e foi assim como antes que ela se deitou no peito do pai e o mesmo fazia cafuné nos cabelos curtos da menina, quem visse diria que aquela sim era a familia mais unida. Apenas aproveitara...

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No dia seguinte Karina acordou antes de Gael sorriu e apertou seus braços em volta do pai sendo correspondida.

– Bom dia.- Ele sorriu.

– Hum- Ela se espreguiçou. - Tenho outra batalha pela frente.- Se referia a Bianca.

– Vai lá, ela ta carente.- foi terna.

Gael se direcionou para o quarto das filhas, e encontrou a filha mais velha dormindo, teve dó de acordar mas precisava falar tudo. Começou a mexer na filha que acordou logo.

– Pai?- Estranhou.

– Oi minha filha.- Disse acariciando o rosto da garota.

– O que aconteceu?- Se assustou.

– Eu sei que você não planejou isso mas acho que poderia ter sido mais responsável.- Arqueou a sobrancelha.- Nunca tive a oportunidade de falar sobre isso com você, eu também fui pai cedo, não queria que tivesse que passar por isso, mas quero estar aqui para ajuda-la.- Já se emocionava.

– A pai, brigada, também não queria que fosse assim tão rápido, mas tenho que conviver com isso, e quero que esteja do meu lado.- Abraçou o pai.

– Agora tenho que ir para a academia Depois conversamos.- se retirou.

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Os alunos da Ribalta subiam para aula e Gael estava de olho quando a pessoas que ele esperava finalmente apareceu.

– Garoto, vêm aqui.- Chamou fazendo as pessoas da academia parar para olhar.

– O que eu fiz?- Pedro estava morrendo de medo.

– Brigado.- Disse abraçando o garoto dando alguns tapinhas na costa do roqueiro. ______*-*______

O dia estava chegando ao fim, Duca e Bianca conversaram e se acertaram. Karina e Pedro compartilharam suas felicidades em uma conversa rápida. Para comemorarem foram todos para o Perfeitão e como sempre ouviram a banda de Pedro tocar.

– Olha lá o Pedrinho Samuca.- Dandara brincava com o pequeno.

Logo que o show acabou Pedro e Sol sentaram juntos de Dandara, Gael, Bianca, Duca, Dalva, Karina e o pequeno Samuel.

– Você viu o Pedro tocando?- Bianca brincava com Samuel.

– Ainda bem que ele não cantou né?- K fez voz de bebê debochando de Pedro.

– Hahaha, muito engraçado.- Ele disse irônico.- Ele gosta de me ver cantando.- Dito isso começou a cantar.

– Pode parar.- Karina pos a mão na boca de Pedro.

– Estava pensando aqui.- Disse Delma.- Daqui a algumas semanas já ė natal.- recordou.

– Ė vero já tinha me esquecido.-Bianca relembrou.

– Nosso primeiro natal com o Samuel.- Pedro se empolgou.

– Estava pensando em fazer uma ceia aqui no Perfeitão mesmo.- Sugeriu Marcelo.

– A eu acho uma ótima idéia.- Dandara de animou.

– Preciso ver se não vou pra casa de uns primos que sempre me chamam.- Pensou Gael.

Ficaram mais um tempo discutindo o assunto.

====== Dias depois ======

Finalmente faltava apenas uma semana para a grande data comemorativa, assim como Samuel, Bianca estava com dois meses de gestação. O bairro estava completamente no clima natalino as meninas conversavam empolgadamente e qua do Gael chegou em casa fizeram questão de falar com ele.

– Meninas, não vamos poder passar esse natal aqui.- Disse alertando.

– Por que?- Karina murchou.

– Aqueles meus primos chamaram a gente para passar o natal lá, e já estão providenciando as passagens.- Falou levantando as mãos.

– Mas a gente não pode.- Karina disse rápido.

– Por que não?- estranhou.

– Porque eu tenho o Pedro e...-Foi interrompida.

– Para aí, o Pedro?-Bianca falou.

– Não... ė que...- Se enrolou.- Ė o primeiro natal do Samuca e ele vai ficar chateado de não poder passar com ele.- se desenrolou.

– Mas isso infelizmente não vai dar certo.- Gael saiu sem deixar ela dar respostas.

– Ė só isso mesmos?- Bianca cerrou os olhos.

– Ai Bianca não enche.- Disse saindo.

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Pedro estava limpando as mesas do restaurante quando foi abordado.

– O que foi maluca? Endoidou de vez?- olhou para Karina que estava ofegante por ter corrido.

– Eu precisava falar logo com você.- Ela enrolou.

– O que foi?- Se preocupou.

– Eu vou passar o natal na casa de uns parentes em Santa Catarina. - Olhou triste.

– Mas... como assim?- estava sem entender.

– Ė isso mesmo, não vamos ficar juntos e nem com o Samuca.- Pegou na mão dele.

Continuaa...