Pov. Narradora

TomTom entrou na casa de Karina e foi até o quarto não entrou de imediato apenas bateu, fazendo assim Pedro e Karina se assustarem e distanciarem os rostos rapidamente.

– Quem ė?- Disse Pedro um pouco frustado.

– Sou eu, a irmã mais nova e mais linda. - a menina disse divertida.

– Oi TomTom. - Pedro abriu a porta e abraçou a irmã com cuidado.

– Nossa pensei que o negócio não fosse tão sério.- Falou um pouco assustada com os ferimentos.

– Quem luta se machuca mesmo.- Karina sorriu para menina.

– Um dia quero ser assim como você.- Abraçou a loira.- E poder um dia defender o amor da minha vida. - suspirou.

Pedro e Karina se olharam indignados.

====== Alguns dias depois ======

Pedro e Karina logo se recuperaram e Cobra não foi achado ainda. Os dois permaneceram com a mesma rotina resolverem não comentarem mais sobre o quase beijo.

Estavam todos na academia quando Pedro chegou e piscou para Bianca que veio ao seu encontro.

– Pessoal! Chamou Bianca fazendo com que a academia parasse.- Temos um comunicado a fazer.- Continuou.

– A Ribalta resolveu fazer outro show de talentos mas de um jeito diferente.- emendou Pedro.- Iremos fazer duas apresentações nesse mês de novembro, ou seja, a de Artes e Canto e depois do natal, ou seja, em janeiro será a de Dança e o da nossa banda, e estão todos convidados a assistir.- encerrou.

– Era só isso, obrigada.- Bianca foi saindo.

– Nossa Samuca como está grandão.- Pedro foi até o pequeno bebe e o balançou no ar.

– não sei quem ė mais criança.- Karina falou baixo Para Duca.

– Fique sabendo que minha alma vai ser sempre uma criança.- Retrucou.

– Só a alma?- insistiu ela. -

Ta me chamando de criança?- Ele sobressaiu.

– Não, imagina.- Foi irônica.

O resto do dia não foi tão interessante. No final da tarde Gael fechou a academia coma a ajuda de Karina e logo eles foram para o Perfeitão junto de Dandara, João, Bianca e Duca e para variar Karina iria segurar vela, e João nem estava ligando estava mais preocupado em olhar a beleza de Bianca. Sol e Pedro já estavam no palquinho cantando com a banda e Karina recebeu uma piscada assim que entrou, estava com Samuel no colo. Sentaram na mesa onde estava dona Dalva, ou seja, de frente pra banda.

– Que bom que vocês chegaram, os meninos estão com a bola toda hoje.- Dalva estava animada.

– E ele também.- Falou a senhora quando viu Pedro mandando outra piscadela e um biquinho pra Karina.

– Ele não cansa de zoar com a minha cara né?- A loira mostrou a língua para o roqueiro que sorriu, fazendo toda a mesa dar altas risadas.

Quando a banda terminou de cantar o restaurante estava quase vazio, Sol e Wallace foram para Marechal, o resto da banda foi embora e Pedro se juntou as pessoas da mesa se sentando de frente para Karina.

– Ai Pedrinho você fica tão lindo lá tocando.- Dandara elogiou.

– III já ta querendo me trocar.- Gael se fingiu de ciumento.

– Vai por mim Dandara, trocar meu pai por essa coisa ai, não ė bom negócio.- Karina respondeu recebendo um olhar de sarcasmo do garoto.

– Se eu fosse mais nova eu pegava.- Dalva opinou.

– Pelo menos eu tem pessoas que me querem- Ele rebateu para Karina.

– Sabe eu te quero.- A loira o olhou com um sorriso apaixonante.- Bem longe de mim.- Fechou a cara.

Os pais de Pedro se juntaram a todos, e começaram a falar sobre coisas de trabalho,mas no fim o assunto acabou sendo a infância de Pedro e Karina, muitos já estavam roxos de rir enquanto os dois estavam roxos de raiva e vergonha.

– Sabe teve uma vez que a Karina amarrou o colega de classe na carteira pelas mangas da blusa e ainda trancou a sala onde o menino estava e só acharam ele porque os pais foram procurar. - Gael contava e alguns riam e outros estavam surpresos.

– Ele passou a mão que eu deveria ter quebrado em lugar proibido.- Ela se defendeu.

– Então quer dizer que eles não resistiam a sua bundinha né?- Pedro se atreveu a falar.

– E você perdeu a chance de ficar calado.- Ela foi grossa.

O menino mostrou a língua para lutadora que se atreveu a levantar a mão para mostrar o dedo mas foi impedido por Bianca que estava do seu lado.

– Você poderia ser mais educada.- o garoto debochou.

– E você poderia cuidar mais da sua vida.- Debateu.

– A vai te catar.- Disse ele ja irritado.

– Vai ver se eu estou na esquina.- se exaltou.

Os dois se levantaram ao mesmo tempo indo cada um para lados opostos. Mas em questão de segundos voltaram e se sentaram fazendo tudo sincronizado, ficaram se encarando.

– A, gente vamos para com isso né.- Delma se pronunciou.

– Esses dois se amam, fizeram a mesma coisa no primeiro beijo.- João disse pela primeira vez.

– Como?- Todos ficaram surpresos.

– A moleque cala a boca.- Karina se direcionou para João.

– Eu tenho até aqui. - disse não ligando para o que a loira disse e mostrando o vídeo para os presentes na mesa

– Isso sim ė pegada de verdade.- Dalva falou arrancando risos dos presente.

– Esse moleque ė idiota, fica beijando os outros.- Karina se revoltou.

– Quer saber, eu não sei porque eu te beijei, tinha menina melhor lá, que por sinal eram muito mais garota do que você que só faz ė empatar a minha vida se não tivesse te dado tantas chances não estaria tao arrependido. Você nem ė uma garota de verdade. - O menino soltou todas as palavras em um só suspiro.

– Pedro o que ė isso.- Marcelo repreendeu o filho.

– Então porque não engole todas elas.- Karina disse se levantando e batendo a cadeira, pegou Samuel e saiu.

– Meu deus Pedrinho, coitada.- Dandara se indignou.

– Coitado de mim, que faço de tudo pra ser legal com ela e ela só me bate e me insulta.- Ele ja estava vermelho.

– a K não ė fácil mas também não consegue lidar com a verdade.- Duca deu um toque.

Pedro encostou a cabeça na cadeira e ficou sobre os olhos de todos. Já Karina estava em prantos caminhou até sua casa mas não estava se sentindo bem lá então pegou um chave e rumou até a academia. Mas não se sentia bem no tatame também então involuntariamente subiu as escadas que levava até a Ribalta se sentou na ponta do palco e encostou Samuca em seu colo e como na tarde do parque começou a cantar uma das músicas que gostava. Nunca foi de admitir mas gostava de cantar apenas por divertimento porque seu sonho mesmo era o a luta.

Começou a cantar baixo para Samuel.

" Qualquer distância entre nós

Vira abismo sem fim

Quando estranhei sua voz

Eu te procurei em mim

Ninguém vai resolver

Problemas de nós dois"

As lágrimas começaram a escorrer e os pensamentos das coisa que Pedro havia falado veio a sua cabeça.

" Se tá tão difícil agora

Se um minuto a mais demora

Nem olhando assim mais perto

Consigo ver por que tá tudo tão incerto"

" Será que foi alguma coisa que eu falei?

Ou algo que fiz que te roubou de mim?

Sempre que eu encontro uma saída

Você muda de sonho e mexe na minha vida"

E logo em suas lembranças veio os insultos que já fez ao garoto.

" O meu amor conhece cada gesto seu

Palavras que o seu olhar só diz pro meu

Se pra você a guerra está perdida

Olha que eu mudo os meus sonhos

Pra ficar na sua vida!"

Com o último verso cantado ela fechou os olhos.

– Lindo.-Ela continuou com os olhos fechados apenas absorvendo a voz e pensando estar alucinado, mas quando abriu os olhos viu o rosto que tomava seus pensamentos e a fazia se sentir fraca, ele estava em uma situação não muito diferente da dela, os olhos vermelhos de chorar, sim ele chorava por ela. O menino que tomava suas noites de sono... Pedro!

Continuaaa...