Felizes para sempre escrita por Lu


Capítulo 15
Grandes Novidades!


Notas iniciais do capítulo

Aqui está mais um capítulo, espero que gostem. Boa leitura, desculpe qualquer erro. Beijos



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Quando Ginan saiu do banheiro, Ferdinando que estava a esperando na porta do banheiro a perguntou:

_ Que que foi que acunteceu com oce menininha?

_ Ara o só vumitei, o café da manhã num me fez bem, e o que aquele porqueira tumém, é só isso.

_ Ieu vo te levar cumigo pras Antas, pra ver o que a senhorita tem.

_ Isso num carece, vai passar, anssim comu das outras veiz.

_ Como assim otras vezes?

_ É Nandinho, esse daí, hora o outra ta nesse banhero botano os bofe pra fora.

_ Como assim, Dona Tê? Oce vai cumigo e pronto, ouviu Gina? Dizendo isso, Ferdinando saiu e deixou Gina com uma cara emburrada, principalmente com a mãe que abriu a boca.

_ O que que oce tinha que abri essa boca?

_ Ieu só fiz o mior proce. Oce ta assim desde a semanda passada e isso num é nurmal.

_ Comu não, ieu to bem, so vumitei purque a cumida num caiu bem e só. Co licença, que ieu num to gostano dessa prosa.

_ Ara que essa meninha tá cum argo, ah isso tá, e se for o que o to pensano, meu sonho já tá pra se realiza.

*

No dia seguinte, Ferdinando acordou cedo, sem acordar Gina, Foi até o armário, pegou uma muda de rou dele e de Gina colocou dentro da mala e foi em direção a ela que estava deslumbrante aquela manhã.

_ Gina... menininha... acorde... temo que ir pras Antas. Disse Ferdinando dando beijos em seu ombro, pescoço e orelha, de repente, Gina deu um pulo da cama e correu direto para o banheiro. Quando Gina saiu do banheiro, assim como ontem, Ferdinando estava na porta.

_ Ta veno purque que oce tem que ir cumigo pras Antas, pra mó de ver o que que oce tem.

_ Ara, foi só o seu perfume, oce deve ter colocado demai.

_ Ara,mai ieu num to usano perfume ninhum.

_ Ah, não?

_ Não. Tá veno? A mala já ta pronta, é só a gente ir, chegano lá nós vamo direto pro hispital e vemos o que oce tem e dispois ieu faço o que ieu tenho que faze.

_ Já que tão me obrigano.

_ Ninguém tá lhe obrigano, a gente só quer o seu bem, menininha, purque nós todos lhe amamos e queremos vosso bem, é só isso.

_ Tá certo.

Com a acetação de Gina, os dois saíram em direção a estação de trem. Já dentro do trem, Ferdinando começou a falar.

_ Sabe Gina, ieu gosto muito de andar de trem, mais acho que já tá na hora deu comprar um carro pra nós, num vai dar, ieu tenho que ir muito pras Antas por causo da campanha, e ieu num posso ir e vortar toda vez de trem, o que oce acha?

_ Ara, o acho muito bão, i cum que dinhero nois vai cumprar esse carro.

_ Ah Gina, ieu já to trabaiano a três meses pro meu pai, e ieu já terminei de construir nossa casa, já num tenho mai nada em que gastar, a num ser nos móveis que nós vamo escoier hoje.

_ Ara, mai como anssim.

_ É, menininha, uma das coisas que nós vamo fazer lá nas Antas hoje é comprar os móveis de nossa casinha, pra gente se mudar o mais rápido possíver.

_ Ara frangotinho, que bão, ieu num vejo a hora de nós ir morar na nossa casinha. Ieu gosto muito do pai e da mãe, mai a mãe anda se intrometeno demai na nossa vida.

“Ainda bem que ela percebeu”, pensava Ferdinando. _ É verdade.

*

Enquanto isso na casa dos Falcão, Dona Tê conversava com Seu Pedro enquanto tomavam café da manhã.

_ Ô mãe, cadê a Gina e o Ferdinando?

_ Ah pai, eles foram pras Antas logo cedinho.

_ Ieu sabia que o Nando ia, mas a Gina ieu num sabia. Pra mó de que ela foi?

_ Pai, a Gina foi com o Dotor Nando no hispital.

­ ­_ E por causo de quê que ela teve que ir num hospitar?

_ Purque pai, se ieu tiver certa, nosso sonho vai se realizar.

_ Num intindi.

_ Ah Seu Pedro Farcão, quar é o nosso maior sonho nessa vida? Um netinho.

_ Mai oce num me dige isso! Ai, ai um neto correndo por essa casa.

_ Mai oce fique carmo, que pode ser quarquer coisa.

_ Mai ieu quero neto.

_ Ieu tumém, mai num vamo criar essa tar de expectativa, dexe eles vortarem cum a notícia.

*

_ Chegamos Gina, agora vamo direto pro hospital.

_ Tá bão frangotinho.

E assim, os dois foram em direção ao hospital abraçados e sorridentes.

_ Bom dia senhorita, o doutor Renato já chegou?

_ Ele está sim, está atendendo uma paciente. A senhora veio para ser atendida?

Ferdinando sabia que a esposa não responderia, portanto ele prontamente respondeu: _ Sim, senhorita.

_ Ela já tem cadastro?

_ Não.

_ Então vamos fazer. Nome?

_ Regina Falcão Napoleão.

Continuaram fazendo o cadastro no hospital e ao final sentaram na recepção e esperaram até que Renato terminasse o atendimento.

_ Meu amigo Ferdinando, Gina, o que vos trazem aqui?

_ Meu amigo, a Gina veio se consurtar coce.

_ Ah é Gina, é uma honra consultar a futura primeira dama dessa cidade, vamos entrando.

Os três entraram no consultório, sentaram e Renato começou a perguntar.

_ E vocês, já estão morando na nova casa?

_ Ainda não Renato. Nós já terminamos de construir no final do mês passado, mas ieu num tinha mai dinhero pra gastar e então num deu preu comprar os móveis da casa, por isso nós ainda estamos morando com os pais dela, mai hoje mesmo nós vamos comprar e assim que chegarem, vamo nos mudar.

_ Ah, que bom. Então vamos lá, o que você está sentindo Gina, que eu saiba você tem uma saúde de ferro.

_ Ieu num to sintindo nada, o Nando que me fez vim aqui me consurta.

_ Mentira dela Renato. Ela ando vomitano muito por esses dia, hoje inté implicou cum meu perfume, que ieu num tava nem usano.

_ A quanto tempo mais ou menos ela vem sentindo esses engôos?

_ Ieu num sei, ieu só vi essa semana. Fala pra ele Gina, a verdade, purque nós só queremos lhe ajuda.

_ Ah, sei lá, desde o início desse mês.

_ Uhm, vômitos frequentes, engôos a cheiro e suas regras, já vieram esse mês?

_ Mai que pergunta essa sua. Ferdinando, se ieu vim aqui pra essas perguntas indecentes ieu vô imbora.

_ Carma Gina, ele deve tá desconfiano de argo, responda.

_ Araa. Esse mês num veio não. Disse Gina a contra gosto e envergonhada.

_ Gina, você está grávida.

_ É o que dotor Renato?! Ieu to o que?

_ Grávida.

_ Sério, ieu vô ser pai?

_ Sim meu amigo! Mas agora eu quero fazer uma ultrasom pra ver com quantos meses ela está.

Ferdinando abraçou muito a esposa, que estava chocada com a notícia, por isso, nem o abraçou, deixou ser abraçada e apertada pelo marido, ele acariciou a barriga, se ajoelhou e a beijou.

_ Meu amor, hoje se está me fazeno o homem mai feliz desse mundo.

Gina estava hipnotizada com a notícia que não tinha nenhuma reação, nem escutara o que o esposa lhe disse, apenas saiu do tranze quando Renato conseguiu finalmete falar com ela, depois de muito lhe chamar.

_ Gina, vá ali atrás daquele biombo e deite na cama que tem lá.

Gina apenas o olhava, não tinha reação nem para lhe negar nada, simplesmente levantou e se dirigiu ao local indicado.

_ Meu amigo, parabéns.

Os dois se abraçaram.

_ Gradecido, meu amigo, essa é a melhor notícia que oce poderia me dar.

_ Eu vou dar agora. Vamos lá, vamos ver seu bebezinho.

Eles foram até onde Gina estava e lá Renato pediu.

_ Gina, por favor, tire o cinto, abra o colete e a blusa e abaixe só um pouco a calça.

Já recuperada do choque Gina, lhe respondeu da forma de sempre.

_ Oce quer que ieu fique pelada na sua frente, que maluquice é essa sua?

_ Gina, não é nada disso fique calma, você pode abrir a blusa sem mostrar o seio, eu quero que apenas sua barriga e um pouco do seu ventre fique a mostra, para que eu possa fazer o exame e vermos o seu bebê.

_ Como anssim ver o meu bebê?

_ Eu vo colocar esse gel na sua barriga e esse aparelho e aqui nesse computador vai aparecer a imagem do seu bebê.

_ Ah é?

_ Sim, podemos começar? Faça o que eu lhe pedi.

Ela começou a fazer o que Renato pediu, tirou o cinto, abiu todo o colete e abriu uma parte da blusa e abaixou um poquinho a calça.

_ É um pouco gelado.

Começou então a fazer o exame.

_ Pelo que eu estou vendo aqui, você Gina, meu amigo Ferdinando, o bebê está com dois meses e uma semana.

Renato continuava com o exame e encontou algo a mais.

_ Meu amigo, você não vão ter um bebê.

_ Como assim, amigo, num dige isso por favor, ieu já tava aqui muito fe... Ferdinando fora interrompido por Renato.

_ Calme Ferdinando, eu disse que vocês não vão ter um filho, mas sim quatro.

_ Como anssim quatro, de uma veiz só dotor Renato? Disse Gina boquiaberta.

_ Sim Gina, quadrigêmios. Olhem aqui. Disse Renato apontando no computador. _ Isso aqui, é um feto, esse outro, outro e outro.

_ Nossa meu amor, quatro filhos, que maravilha, eu te amo muito, muito, muito e muito, obrigado. Disse Ferdinando, que logo em seguida deu um belo beijo em sua amada. _ Hoje, oce ta me fazendo quatro vezes filiz, fora todas as vezes que oce me fez filiz durante nosso namoro, casamento. Obrigado por me escolher pra seu seu marido, e estar agora dividindo esse momento cumigo.

Gina nada falava, só chorava a cada palavra dita por Ferdinando.

_ Nossa, eu estou vendo a Gina chorar, Ferdinando?

Ferdinando afirmou com a cabeça.

_ Oces pare de ficar zombando deu.

_ Tá bom Gina, eu só quero que você saiba que não pode fazer muito esforço, não pode se aborrecer, não pode ficar trabalhando muito pesado, de preferência fique em casa descansando, você esta grávida de quadrigêmios, o que faz com que a gravidez seja de risco. Ferdinando, você fique de olho nela.

_ Tudo bem Renato, ieu fico de olho nessa teimosa, que com certeza todo dia vai querer brigar comigo.

_ Tá bom. Agora eu vou verificar sua pressão, sei que você se emocionou e pode ter alterado a pressão, mais vou querer que você venha todo mês aqui para eu acompanhar a gravidez e ver se além da gravidez de quadrigêmos você tem hipertensão ou alguma doença que ponha sua vida e a vida ds bebês em risco, tá bom?

_ Tá bão, ieu venho cum ela todo mês.

_ Quero também que você faça um exame de sangue, próximo a consulta do mês que vem.

_ Tá certo. Ela fará.

_ Ótimo. Então espero vocês mês que vem. E mais uma vez parabéns para vocês dois. Renato disse indo em direção a cada um e os abraçando.

_ Obrigado meu amigo.

_ Gradecida.

_ Vou levá-los até a porta.

Ao saírem do consultório, se depararam com uma moça elegante, de jaleco branco, de cabelos preso em rabo de cavalo moreno e liso, de olhos castanhos, magra, e que Ferdinando conhecia muito bem.

_ Ferdinando? Disse a moça, sem graça.

_ Karina?

_ Sim, quanto tempo.

_ É.

_ Meu amor. Disse Renato interrompendo a conversa. _ Ferdinando, nós estamos namorando agora.

_ Ah que bão, fico muito filiz por oce meu amigo.

Gina a olhava de cima a baixo, com uma cara de quem não estava gostando do que via.

_ Não vai me apresentar essa bela moça.

_ Ah craro, ela é minha esposa Gina.

_ Prazer, Karina. Disse Karina estendendo a mão para Gina, que não a apertou. _ Mais por que isso?

_Purque, o Maurício chegou lá na Vila de Santa Fé onde nós moramos e falou muito de oce pra ela, é só isso.

_ Há há, eu não o vejo faz tempo. E Gina, fique tranquila, eu estou muito feliz com o Renato seja lá o que o Maurício tenha lhe dito, eu não me interesso mais pelo Ferdinando eu lhe garanto que eu não sou uma ameaça ao casamento de vocês. Amigas? Disse Karina novamente estendendo a mão para ela, e desta vez fora retribuída. _ Nossa meu amigo, você casado?

_ É amiga, ela me infeitiçou e eu me apaixonei demais por essa muier.

_ Ah que bom, espero que ela lhe faça muito feliz.

_ E faz muito, hoje então ela me fez o homem mai completo do mundo. Ela esta grávida.

_ Ah, que maravilha, parabéns espero que vocês sejam muito felizes, mesmo. E eu quero ser a médica pediatra dessa criança em?

_ Dos quatro, são quatro.

_ Quatro?! Isso é muito raro! Vocês foram premiados. Faço questão de ser a médica dos quatro.

_É. Tá certo. Obrigado.

_ Gradecida. Disse Gina um pouco mais confiante na palavra de Karina, que parecia realmente não ser uma ameaça para ela, pois ela estava sendo realmente sincera e Gina sabia disso.

_ Agora eu tenho que ir, eu tenho uma consulta daqui a pouco. Prazer em revê-lo Ferdinando, e adorei conhece-la querida, e ó, não dê atenção ao Maurício, ele no meu caso com o Ferdinando ele só adiantou as coisas entre nós, pois nós não nos gostávamos mais e tava na hora de acabar com tudo, mas logo se vê que o amor de vocês é verdadeiro, não deixe que ele o destrua, tá?

_ Tá certo. Respondeu Gina.

_ Obrigado Karina, pelas palavras. Disse Ferdinando feliz.

_ Não agradeça, cada um vê que vocês se amam, e o Maurício sempre te odiou e acredito que ele também percebeu e isso faz com que seja um bom modo de te fazer sofrer. Mas agora eu realmente tenho que ir.Tchau para vocês. Tchau meu amor. Disse ela se dirigindo a Renato e lhe dando um beijo e indo embora.

*

Depois dos compromissos que haviam combinado, - a compra do carro, que agora tinha que ser bem maior do que o desejado, a compra dos móveis da casa do casal, a compra de um telefone para o casal, quando precisasse chamar o doutor Renato e falar sobre política sem sair de casa e no fim da tarde o compromisso político de Ferdinando – Ferdinando e Gina foram para o hotel dormir para a longa viagem de volta, com a nova notícia para a família.

Eles estavam deitados bem agarradinhos e conversando sobre o dia de grandes surpresas para os dois.

_ Frangotinho, ieu to tão filiz pelos nossos fios, mai ieu num to cunfiante, se cum um fio ieu já num tava, imagina cum quatro.

_ Ara menininha, oce vai ser uma ótima mãe, um poco brava, mai vai ser uma ótima mãe, ieu lhe garanto, e mais a mais ieu vô estar do vosso lado sempre, fique tranquila.

_ Ieu vô ficar. Ieu quero que seje menino, pro pai ficar filiz, já que ele sempre quis um e não veio pra ele.

_ Ah dona Gina, oce só ta pensano no seu pai?

_ Não, ieu tumém penso noce, quero que ele pareça coce, só num quero que ele seje um frangote iguar a oce.

_ Ah é?!Mai fique oce sabeno que ieu quero uma menininha assim que nem oce, marrenta, brava, mas linda e carinhosa quando quer. Sabe, seria muito bão se viesse então, dois meninos e duas meninas, assim todos ficamos filizes.

_ É, boa ideia. Como será a reação do pai e da mãe?

_ Ah, ele vão adorar, seu pai já tinha falado comigo que queria aquela casa pinhada de netos, e agora já vai vim quatro de uma veiz só.

_ É verdade, ele já tinha me falado isso tumém, e ainda me disse que sabia que ieu num ia poder dar pra ele esses neto, daí pareceu um certo engenherinhu gronomo e me fez se apaixonar por ele e ieu vô poder realizar esse sonho dos meus pais.

_ E oce, num sonhou em ter fios não?

_ Na verdade, ieu nunca tinha sonhdo não, mai ai como eu já disse dispois que ieu cumeçei a namora e depois de casada, ieu comecei a sonhar sim.

_ Ah, que bão. Ieu te amo. Depois disso os dois se beijaram apaixonadamente por um bom tempo, até que Gina interrompeu o beijo e pediu.

_ Nando ieu to cum vontade de comer aquela cumida que oce pediu pra nós cumer lá no restaurante daqui das Antas naquele dia.

_ Estrogonofe?

_ É, essa cumida estragada mermo.

_ Háhá. Tá certo, ieu vô pedir para trazer. Disse Ferdinando indo em direção ao interfone e ligando para a recepção do hotel e pedindo dois pratos de Estrogonofe bem caprichados. E voltou para os braços da amada.

Depois de alguns minutos, a campainha do quarto tocou e ele foi prontamente atender, dar a gorjeta ao entregador e levar a comida até a mesa do quarto.

_ Vamo comer, meu amor.

Gina levantou-se e foi em direção a mesa e quando chegou próxima a ela e sentiu o cheiro da comida, saiu correndo em direção ao banheiro para vomitar. Quando voltou, Ferdinando a esperava sentado a mesa.

_ Vamo comer, amor?

_ Vamo sim, to cum muita fome. Nando ieu quero banana.

_ É o que?

_ Banana, banana, tá surdo?!

_ Não! Vô ver se eles mandam uma aqui para o quarto. Ferdinando interfonou novamente para a recpção e pediu, e pouco tempo depois vinha o entregador com as bananas.

_ Oce me descurpe, minha esposa está grávida e está com muitos desejos.

_ Não se preoculpe senhor, boa noite.

_ Boa noite.

Gina não havia tocado na comida, estava esperando a banana chegar para comer.

_ Agora sim, que delícia.

_ Delícia? Estrogonofe num combina com banana, meu amor.

_ Num importa, me deu vontade e pronto.

_ Ta certo, tá certo, vamo comer em paz.

Após o jantar Gina decidiu falar sobre o encontro no hospital.

_ Nando, a Karina é uma bela moça.

_ Não mais que oce.

_ Tá bão, pode dizer a verdade, num vô brigar coce.

_ Tá ela é. Mais pur que que oce quer lembrar disso, ieu num quero estragar nossa noite.

_ Ieu num quero estragar nada, ieu queria lhe dizer que ieu confio noce e tumém sinti que ela tava falano a verdade quando disse que num quer estragar nosso casamento.

_ Ara, ieu é muito bão, isso é pra oce ver que isso tudo é cunversa daquele mardito.

_ É, agora ieu sei e num vô dexar ele chegar mai perto deu, depois do susto que ele me deu onte, se ele chegar perto deu. ieu meto a piaba nele.

_ Oce pur favor, não faça nada, pense que oce ta esperano quatro anjinhos nossos ai dentro que precisam ser protegidos, portanto, senhorita, oce num vá fazer ninhum esforço.

_ Ara, mai oce quer que ieu fique sem fazer nada, de pernas pro ar que nem uma dondoca, pois fique oce sabeno que ieu num sô isso não.

_ Meu amor, oce tem que fazer um esforço. Pelo nossos fios. Vamo combinar o seguinte, oce nesse período, oce pode ajudar sua mãe nos afazeres de casa, que é mais tranquilo e ai quando nossos bebês nascerem, oce faça o que quinzer, o que acha?

_ Mai Ferdinando...

_ Mai nada, é o mior, faça isso por eles e não por mim.

_ Tá certo, tá certo.

_ E ieu acho mior nós ficar moran na casa dos vossos pais, purque lá vossa mãe pode lhe ajudar a fazer as coisas e tomar conta doce.

_ I ieu lá preciso disso, nunca precisei que argem tomasse conta deu.

_ Mai agora precisa, e tá decidido, nós vamo continuar lá e quando os bebês nascerem, nós vamo pra nossa casinha.

_ Araa.

_ Num fica assim braveza, vamo deitar, bunitinho, que amanhã nós vamo ter uma longa viagem de vorta no nosso carrinho.

_ Sim senhor. Gina dizia num tom de deboche. Que fora correspondido com um sorriso de canto de boca.

E assim os dois dormiram, abraçados e felizes a noite toda. No dia seguinte, Ferdinando acordou, pediu o café da manhã e acordou a esposa com vários beijos em seu rosto e pescoço.

_ Vamo acordar menininha, tomar nosso café e vortar e dar essa grande notícia a nossa família.

Gina ficou intrigada e resolveu perguntar.

_ Oce vai contar pro vosso pai?

_ Não pretendo, mai com certeza ele vai descubrir. Mai ieu falei com relação a sua família, pois seus pais sempre foram como meus segundos pais, inté sua mãe que pegou no meu pé quando nós cumeçou a namorar, mai eles sempre me acolheram nos momento mai tristes da minha vida, por isso ieu os vejo como meus pais tumém. Só num te considero minha irmã purqur num tem cabimento.

_ Háhá, é mermo. Mai vamo logo tumar esse café.

_ Vamo, poço sem fundo.

_ Num reclama não, que ieu to cumeno por cinco e fique oce sabeno que oce tem curpa nisso.

_ É verdade. Disse dando um sorriso orgulhoso. _ Mai oce sempre cumeu muito.

_ Tá, tá. Ara para de fala e vamo cumer.

Após uma longa viagem, eles chegaram em casa e foram bombardiados por perguntas do casal que ficou esperando.

_ Carma, carma, nós vamo cuntar tudo, mai dexa nós colocar as coisa lá em cima.

_ Agora sim, vamo sentar aqui, bunitinhos.

_ Mai fala logo fia, num dexa nós mai nervosos que nós já tamo, fala logo, diaxo.

_ Sabe Dona Tê, nós num vamo ter um fio como a senhora esperava. Dizia Ferdinando vendo a cara de tristeza dos sogros.

_ Ah não. Dizia Dona Tê cabisbaixa. _ Então o que nossa fia tinha.

_ Nós num vamo ter um fio, e sim quatro!

_ Quatro?

_Quatro? Disseram os dois espantados.

_ Sim mãe, pai, nós vamo ter quatro fios de uma veiz só.

_ Mai como isso é possíver? Mai vem cá minha fia, me dá um abraço. Dizia Seu Pedro muito emocionado.

_ Ara pai, nós plantemo quatro pés de cove. Disse Gina primeiramente entrando na brincadeira.

_ Como é que é? Disse Pedro assustado com a resposta da filha.

_ Ara pai oce sabe como é, intão num faça tanta pergunta besta, nós vai ter quatro fio e pronto.

_ Tá bão sua mar criada. Venha cá fio dá um abraço. Mai oce é ó... porreta, quatro, e de uma veiz só, aiai.

_ Háhá. Obrigado.

_ Vamo tomar um peritivo pra comemorar.

_ Vamo sim, licença.

_ Minha fiaa, dá uma abraço na mãe, oce tá realizano nosso maior sonho.

_ É.

_ Mai fia, num precisava ser quatro de uma veiz só, poderiria ser um por um.

_ Araa, oce tumém, vô subi pro meu quarto, que oces tão me cansano. Licença. E assim, subiu as escadas, entrou no quarto batendo a porta. Ferdinando foi atrás conversar com a amada.

_ Meu amor, num fica assim com seus pais, eles tão surpresos com a notícia dos netos.

_ Mai eles tão falano coisas que ieu num gosto.

_ Mai eles num tão fazeno nada demais, eles só estão filizes com a notícia, vamo descer e ver a felicidades deles.

_ Tá certo frangotinho. Mai se eles vierem fazer perguntas indecenti ieu vô vortar pra cá e num saio mais.

_ Tá bão. Meu Deus vô ter que tumar conta de cinco criança. Disse Ferdinando baixo para que a esposa não ouvisse.

_ É o que?

_ Nada. Ieu disse pra oce descer devagar.

_ Ah que bão que oce convenceu essa jaguatirica a vortar.

_ Ferdinando. Disse Gina chamando atenção para a frase da mãe.

_ Oce num ligue. Dona Tê, pur favor vão dexar a Gina a vontade, sem brincadeirinhas.

_ Tá bão, vô fazê um bolo pra comemorar.

_ Tá.

Os três ficaram na sala conversando sobre o que tinha acontecido na casa durante a viagem deles e enquanto Dona Tê fazia o bolo.

_ Fia, oce num sabe, dona Juliana veio aqui onte lhe procura.

_ É pai? O que ela queria. Dizia Gina empolgada.

_ Ela já que oce num tava, ela conto pra nós que tumém tá esperano um fiote.

_ Ara, que maravia, nós duas grávida no mermo tempo.

_ É mesmo meu amor, oces combinam inté nisso.

_ É verdade. Vamo na casa dela mais tarde pra dar a notíca e os parabéns.

_ Sim, claro que vamo.

Assim que o bolo ficou pronto, Dona Tê o trouxe para a mesa de jantar da sala, vendo a filha correr novamente para o banheiro devido ao cheiro do bolo, desta vez ningués saiu preocupado atrás dela sem saber o que acontecera. Quando Gina voltou, viu todos sentados em seu lugar na mesa a esperando.

_ Vamo cumer. Disse Gina atacando o bolo que não havia sendo tocado por ninguém. _ Mãe, tem fejão?

_ Tem, mai fejão cum bolo, minha fia?

_ É ara. Vô pegar. Disse Gina se levantando da mesa e indo para a cozinha e pegando feijão e jogando em cima do bolo.

_ Isso tá bão, meu amor? Perguntava Ferdinando com uma cara estranha para o lado da esposa.

_ Tá ótimo, oce que?

_ Ieu não, fique a vontade, faça bão proveito.

A comemoração na casa dos Falcão havia terminado, e Gina e Ferdinando como haviam combinado foram até a casa de Juliana e Zelão.

_ Juliana!! Gritava Gina

_ Menininha, carma, tem que bater parma assim, ó. Disse Ferdinando batendo palma e chamando a atenção do casal dentro da casa e deixando Gina irritada de braços cruzados olhando para ele.

_ Meus amigos, sejam bem vindos! Dizia Juliana alegremente ao ver o casal de amigos na porta de sua casa. _ Entrem.

_ Juliana. Disse Gina abraçando a amiga, o que a deixou surpresa, pois Gina não fazia muito isso, somente depois de muito esforço conseguia um abraço da amiga. _ Parabéns, ieu já to sabeno.

_ É minha amiga, vamos ter um bebê. Ah, e eu soube que vocês foram na Cidade das Antas para ver o que a senhorita tinha, soube que estava passando muito mal esses dias.

_ É Juliana. Ieu tumém to buxuda, de quatro fio.

_ Como?

_ Quatro de uma veiz.

_ Nosso minha amiga. Parabéns! Disse Juliana dando um abraço carinhosa na amiga. _ Quadrigêmios, isso é muito raro.

_ É? E oce num vai fazê que nem os otros, zombar de mim por isso, perguntano como que nós fizemo isso?

_ Claro que não minha amiga, eu sei por que isso acontece.

_ Ah é? E como é?

_ Você quer saber?

_ Sim.

_ Então, eu vou dar uma aula disso na segunda, não falte que você vai sabe. Ah leve seu livro de ciências.

_ Araa. Tá certo.

*

_ Dotorzinho, parabéns!

_ Gradecido amigo Zelão. Parabéns proce também. Vamo ser pai na mesma época em, meu amigo.

_ É mermo.

_ Zelão, ieu ontem fui no partido e eles disseram que podemo começar a fazer nossa campanha.

_ Ah, tá certo e o que oce quer que ieu faça?

_ Zelão, oce conhece o Maurício?

_ Sim, o que que tem ele.

_ Cum ele lá na fazenda vai ser muito difícil ieu fazer arguma campanha por lá, então ieu quero que oce fale cum cada um que ieu quero que eles vão lá na minha casa que ieu construi pra mó deu falar cum eles, na sexta-feira as oito da noite dipos da escola, que ieu sei que a maioria deles vortaro a estudar a noite, por favor faz isso pra ieu meu amigo e ieu também tenho uma novidade proce.

_Tá certo dotorzinho, ieu falo cum eles. Mai que novidade?

_ Ieu lá no partido, eles pediram que ieu indicasse um nome pra mó de ser o vice prefeito e ieu indiquei vosso nome, meu amigo.

_ Mai ieu dotor? Ieu num sei nada de politicagem.

_ Meu amigo, e oce acha que ieu sei, e no mais, oce só vai ficar no meu lugar caso ieu precise viajar por argum compromisso, qualquer coisa oce pede arguma ajuda pro Seu Pedro, que adora uma política, ieu só num indiquei ele senão vão falar que é nepotismo e ieu num gosto de ser acusado por argo que num é verdade e no mais sô ieu que vo fazer tudo, oce só tem que me apoiar e contunuar sendo esse amigo fiel que sempre foi.

_ Intonce tá certo, seja o que Deus quinzer.

_ Isso mermo senhor vice prefeito da Cidade das Antas.

Os dois sorriram e foram sentar do lado das esposas no sofá da sala.

_ O que que oces dois estavam unversano, posso sabê?

_ Política meu amor. Disse Ferdinando abraçanda a esposa.

_ Tá veno Juliana, esses dois só sabem far disso, nós duas aqui prenha e eles só cunversam disso.

_ Mai Gina, só era uma coisa que ieu precisava saber, no mai nós tamo muito filizes que oces vão dar pra nós o mior presente de nossas vida. Dizia Zelão acalamando os ânimos.

_ É isso mermo meu vice prefeito.

_ Mas que história é essa? Perguntava Juliana.

_ É frô, o Ferdinando fez a maluquice de me colocar como vice prefeito dele.

_ Ferdinando, você tem certeza de que quer colocar meu marido nessa briga?

_ Juliana, ieu num confio a mais ninguém essa honra. Ieu sempre confiei no Zelão, e ieu num ia colocar o meu sogro nisso pra dispois me xingarem. Tenho certeza que o Zelão vai sse sair muito bem e no mais quando meu pai souber que ele tá trabalhando preu ele num continua naquela fazenda.

_ Isso é verdade meu amigo.

_ Intão minha amiga, confie em mim, que vai dar tudo certo.

_ Tá bom Ferdinando, só estou deixando porque sei que você não está fazendo as coisas de forma errada e porque eu confio em você e confio no meu amor. Disse Juliana dando um selinho em Zelão.

_ Muito obrigado. Disse Ferdinando agradecendo a amiga pela aprovação.

E assim, os amigos continuaram conversando alegremente sobre diversos assuntos e o que mais se destacou foi a dos bebês de ambos os casais.


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