Felizes para sempre escrita por Lu


Capítulo 16
Conversas


Notas iniciais do capítulo

Olá, desculpe a demora, espero q gostem desse capítulo, para compensá-las da falta de capítulo, fiz esse bem grandinho. Sinto dizer mais acredito q o próximo demore mais do que esse,pois estou sem internet, tentarei postar o mais rápido possível. Desculpe qualquer erro. Beijos e boa leitura.



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Depois de muita conversa, Gina e Ferdinando se despediram do casal de amigos.

_ Tchau Gina. Vamos nos ver amanhã né?

_ Craro, mai oce vai ter que passa lá em casa, purque ele e minha mãe vão me proibir de tudo, já to inté veno.

_ Por que minha amiga?

_ Purque o dotor Renato invento que ieu num posso faze nada pur causo dos bebê.

_ Ah isso é verdade Gina, eu sempre ouvi falar que gravidez de quadrigêmios é perigosa tem que repolsar, mas isso não quer dizer que você tenha que ficar trancada em casa.

_ Tá veno Ferdinando.

_ Gina, eu não disse para você fazer tudo, mas quem sabe vir me visitar você pode, também pode ir para a escola em, não vá faltar.

_ Tá vamo ver. Tchau Juliana. Disse Gina apenas ascenando para Juliana e Zelão, porém Juliana fez questão de dar um abraço carinhoso na amiga, que retribuiu não tão caloroso quanto o da amiga. _ Tá, tá chega, tamo indo.

_ Tchau Juliana, pode deixar que ieu vô levar ela todo dia a escola. Tchau meu amigo Zelão. Disse Ferdinando, dando abraço nos amigos.

*

Ao saírem da casa de Juliana e Zelão, passaram pela venda de Seu Giácomo, Seu Pedro estava lá contando a novidade ao Italiano, sem esconder a felicidade pelos netos que estavam chegando.

_Vem cá fios, tava cuntano a novidade pro amigo Giáco.

_ Parabéns, felicita pra voi.

_ Gradecida Seu Giáco.

_ Mai quatro de uma veiz só, menina Gina?

_ Sim.

_ Dotore Ferdinando, isso que é competência em?

_ Háhá. É sim, amigo Giácomo. Nós já vamos meu sogro, o senhor num vem?

_ Não, ieu vô ficar aqui jugano cunversa fora e beber uns peritivo com o Giáco, daqui a poco ieu vô, diga pra mãe num se preocurpa.

_ Oce num me vá chegar im casa trocano as perna em pai.

_ Ah fia, ieu num vô, ieu só vô cumemorar mai um poco e já vô.

_ Tá certo, oia lá. Tchau pai, Seu Giáco.

_ Tchau Gina, dotore Ferdinando.

_ Tchau Seu Giáco.

E assim os dois saíram em direção a casa onde moravam. Ao chegarem a casa, se depararam com Catarina, Pituca e Serelepe conversando com Dona Tê.

_ Ah Ferdinando! Acabamos de saber, parabéns, felicidades proces!! Disse Catarina abraçando o entiado e Gina.

_ O mãe, oce num pudia esperar nós chegar em casa?

_ Ah minha fia, a Catarina tumém vai ser avó dessas criança.

_ Ih Dona Tê, num fala assim senão ela vai se achar uma velha.

_ Vô não Nando, ieu to gostano da ideia de ser avó dos seus fios, mas só pra dizer que ieu num tenho idade pra isso, em.

_ Mano! Oce vai ser papai? Disse Pituca dando um abraço no irmão.

_ Vô sim Pituquinha, de quatro bebês.

_ A mamãe me falo de onde vem os bebês.

_ Ah é? Disse Ferdinando olhando para Catarina.

_ Craro Nando, ieu falei pra ela dos pés de cove.

_ Claro, os pés de cove.

_ Maninha, oce deve de gostar muito de cove, né? Disse Pituca abraçando Gina. Quando ouviram a pergunta da menina todos se espantaram e Dona Tê ficou preocupada com a menina, pois Gina poderia ser grossa com a garota, mas não foi o que aconteceu.

_ Sabe Pituca, ieu gosto muito, mas só nós muier casada que ficamos grávida por causo de um pé cove em, num me vá inventa de fazer que nem ieu quando era pequena e prantar um pé cove no quintar. Todos riram com a confissão de Gina.

_ Oce planto pé de cove quando era pequena, meu amor?

_ Prantei, a mãe nunca que me falo as coisa por cumpleto. Dizia Gina encarando a mãe.

_ Gina, fique ai cunversano e brincano cum meus irmãos, aproveita e treina um poco, que ieu vô cunversar cum a Catarina aqui no escritório, tudo bem? Disse Ferdinando dando um selinho na esposa.

_ Vá sim Nando, ieu fico aqui.

Ferdinando acompanhou Catarina até o escritório da casa, sentou-se na cadeira que pertencia ao dono da casa e pediu que Catarina sentasse na cadeira a sua frente.

_ Ferdinando, ieu vim aqui onte e oce num tava.

_ Ara minha querida Catarina, me descurpa, ieu sabia que tinha um compromisso nas Antas só a noite, mas ieu num contava cum que a Gina passasse mal e ieu tivesse que levar ela pro hospitar e sair tão cedo, ieu ia sair dispois que falasse cum oce.

_ Num se preocupe meu querido, ieu entendo, fiquei aqui um tantinho, cunversando cum Dona Tê, ah e ela me falo da felicidade que oces todos vivem nessa casa.

_ É Catarina, ieu tô muito bem aqui, eles sempre me trataram muito bem, como uma família mermo, e ieu e a Gina tamo muito felizes, coisa que num seriamos na vossa casa, o Coronér num ia dexar.

_ Num fale isso Nando, seu pai gosta muito doce e da Gina ele tumém poderia cumeçar a gostar de verdade.

_ Ieu sei, mai ieu num queria vê-los brigano o tempo todo inté esse dia chegar, intão nós resorvemos morar aqui nos meus sogros, oce cunhece vosso marido e ieu cunheço a minha esposa, sei que se bobiássemos um ia matar o outro se eles morasse junto.

_ Ah isso é verdade.

_ Mai o que ieu num gostei mermo é que ele levo aquele mardito pra morar cum oces.

_ Ah Nando, oce cunhece vosso pai, ele num disiste de argo inté se distruir poco a poco. Oce sabe, ele troxe o Maurício como forma de lhe mostra que ele num se interessa por oce, mai no fundo ele sente muito a sua farta, cum isso ele ta se distruino, purque num tem um dia que ele num pense noce, mai me fala de uma forma negativa, falano que oce vai perder as eleição, que aquele um vai lhe derrotar, mai ieu sei que por trás de tudo isso, ele quer mermo é ter oce o mai perto dele possíver, purque cum os compromisso políticos oces vão se ver muito. Mai oce vai ver quando ele suber que oce vai ser pai, ele vai ficar muito filiz.

_ Catarina, oces fiquem de olho no Maurício, ele num presta, ieu conheço aquele mardito a mais tempo e sei que ele num é fror que se cheire e me odeia. Minha querida ieu sei que uma hora ou outra o Coronér vai descubrir que a Gina tá grávida, mai oce pur favor num conte nada pra ele agora.

_ Ferdinando ieu num sei, ele é seu pai, precisa saber e imagina se ele suber vai lhe pedir descurpa e vortar a falar coce e principalmente mandar aquele um embora da nossa casa.

_ Não quero que ele saiba e venha correndo atrás de mim só por causo dos meus filhos, quero que ele veja que está errado e não que venha me dar apoio e querer me dar dinhero pra criar minhas crianças e se achar dono delas.

_ Ferdinando, seu pai num é nenhum homem sem coração!

_ Ah não? Ele me expulsou duas vezes de casa, trouxe meu pior inimigo pra disputar as eleições, agarrar minha muier a força e beijá-la, ele sabia que Maurício num gostava de mim e mermo assim o trouxe pra cá, pra inferinizar minha vida, diga se isso num é coisa de um homem que quer me ver mal?

_ Nando ieu num sabia que o Maurício tinha feito isso cum sua muier.

_ Pois é, ele fez, sorte a dele que ela num deu tiro nele pra acertar. É purque ela atirou contra ele quando ele fez essa canalhice cum ela.

_ Ai meu Deus, ela fez isso?

_ Ainda bem, num quero nem imaginar o que aquele mardito teria feito cum ela se ela num tivesse levado aquela bendita arma, ele poderia inté... Ah num quero nem pensar que ele poderia inté violentar minha esposa, ah mai se ele tivesse feito isso ieu lhe juro que ele hoje seria um home morto, i num seria a Gina que ia matar ele não, ia ser eu, ieu lhe juro.

_ Nossa Ferdinando, ieu num acredito que ele tenha feito tudo isso.

_ Pois ele fez, e nada me tira da cabeça que o Coronér num saiba disso.

_ Ieu lhe digo Ferdinando, ele num sabe, se ele soubesse já tinha me dito.

_ Lhe garanto que ele num ia lhe contar, nem tudo que ele faça ele lhe deva satisfação, me descurpe lhe dizer isso, mai meu pai é daqueles que num dá satisfação pra ninguém, pode ter certeza. Na época da minha mãe ieu me lembro que ele passava dias e dias nas Anta e a única coisa que dizia pra minha mãe é que ia lá, mai num dizia o que ia fazer por lá, minha mãe sofria muito por conta disso e ieu via ela sempre triste, cum sardade dele, sei que ele a amava, poderia inté num acuntecer nada demais por lá, mai minha mãe num conseguia entender muito bem essas idas dele pra lá, tanto que a depressão a pegou e foi fatal, portanto minha querida, entenda, ele te ama, isso oce num precisa ter dúvida, mai quando argém vai contra ele como ieu, ele num perdoa e é capaz de quase tudo, acho que ele num é capaz de matar nem de mandar matar, mai faz de tudo pra provar que ele está certo, mai nunca prova e purque, purque ele nunca tá certo ai acaba saindo magoado e arrependido. Ieu só lhe pesso pra tomar conta do Maurício e por favor tenta esconder o máximo que puder sobre os meus filhos, pur favor.

_ Tá certo, Ferdinando. Disse Catarina limpando as lágrimas.

_ Catarina, num chore, ieu to apenas cuidando da minha família, entenda.

_ Ieu entendo meu querido e concordo coce, oce só quer proteger sua família que vai ser linda, de arguém que oce acha que irá fazer mal a ela.

_ Isso, meu pai pode inté ser o avô dessas crianças, mai ele perdeu o direito de curti-las quando ele desrespeitou ieu e minha esposa que por sinal é mãe das crianças e ela oce conhece é uma leoa, ela sem ser mãe já era brava imagina sendo mãe, tenho é dó de que ousar fazer mal a ela ou com nossos filhos.

_ Isso é verdade, Nando. Creio que ela vai ser uma ótima mãe.

_ Pode ter certeza, iguar a oce.

_ Ah Nando, num fala assim. Disse Catarina voltando a chorar.

_ É sim, oce sempre me trato como um filho, sempre me apoiou, coisa que o senhor vosso marido num fez. Parece inté que é seu sangue que corre aqui nas minhas veias e não o sangue dele, mai enfim, num vamo falar disso. Vamo vorta pra sala ver o que a Gina fez cum as crianças, só espero que ela não tenha tentado estrangular elas.

_ Ah Nando, num fala assim, sua muier vai ser mãe daqui a poco, se ela tentar matar meus fios é sinal de perigo, oce tem que tomar é conta dela pra que ela num mate os fios doces.

_ Háhá, oce pode ter certeza, ieu vô proteger essas cianças, só num garanto a proteção quando se trata daquela arma dela.

_ Háhá, ela num vai apontar a arma para seus fios, ela num é tão maluca.

_ Ieu sei, mai num é por causa das crianças, é por mim. Seu ieu ousar contrariar ela em argo, ieu to perdido, háhá. Ieu tanto sei que ela vai ser uma boa mãe que se depender ela vai é querer defender as crianças inté de mim, se achar que ieu to fazeno argo de errado.

_ Háhá. Nando, meu querido, ela te ama, se ela inté hoje num apontou uma arma proce, oce pode ter certeza que ela num fará mais isso.

_ Ieu sei, minha jaguatirica jamais fará isso cumigo, ela me prova a cada dia que me ama, ela pode inté num falar assim abertamente que me ama, mai ieu sinto todos os dias o carinho dela, os olhares dela, isso tudo faz ieu me apiaxonar a cada dia que passa mais por ela. Ela é daquelas muieres que num fala, faz. E Catarina, ieu lhe garanto, essas crianças vão nascer do amor mai bonito do mundo, ou mior eles vão ser o resurtado perfeito desse amor. Disse Ferdinando com lágrimas nos olhos.

_ Ai que lindo Nando e ieu num tenho ninhuma dúvida disso.

_ É, mai vamo logo ver se seus fios estão vivos.

_ Vamo.

Ao abrir a porta Ferdinando não conseguia acreditar no que estava vendo, sua esposa brincando cum as crianças de adivinhação e dando um palpite do que estava sendo representado por Serelepe, este que logo interrompeu a encenação e chamou Nando.

_ Mano vem brinca cum a gente.

Gina tomara um susto, por isso virou para trás e se deparou com Ferdinando de boca aberta.

_ O que está acunteceno aqui? Perguntou Ferdinando impressionnado, queria que alguém confirmasse para ele que aquilo estava acontecendo.

_ Ah maninho, ieu a Gina e o Lepe estamos brincano de adivinha e olha a mana é muito boa.

_ É mano, a Gina é muito legal, ela inté pediu pra Dona Tê faze bolo de chocolate pra nós. Dizia Serelepe feliz.

_ Ieu num lhe falei que ela ia ser uma ótima mãe? Disse Catarina no ouvido de Ferdinando. _ Intão crianças, vamos embora?!

_ Não mãe, a Dona Tê ainda num trouxe o bolo pra gente. Dizia Pituca.

_ Tá bão, tá bão a gente espera, mas só vamo comer o bolo e vamos em?

_ Tá certo.

_ Crianças, o bolo tá pronto! Gritava Dona Tê, da sala de jantar onde estava colocando o bolo na mesa.

Todos foram para a mesa cada um indo em direção a seus lugares, foi quando Pituca falou com Ferdinando.

_ Mano, dexa ieu sentar perto da mana?

_ Como assim?

_ É mano, ieu quero sentar perto da maninha e perto dos meus sobrinhos.

_ Ohm, craro oce sente aqui.

_ Mano, eu também quero sentar perto dela.

_ Ara, ieu to ficano cum ciúme doces, que predileção toda é essa, em garotinhos? Disse Ferdinando fazendo cosquinha na barriga dos irmãos._ Sente então aqui do lado que ieu vô sentar na frente dela, ou oce Catarina faz questão?

_ Háhá, não meu querido, fique a vontade. Vamo, comam logo esse bolo que temos que ir embora logo e dexar seu irmão e a Gina em paz.

_ Num precisa ficar cum pressa não Madame, dexe eles cumerem o bolo cum carma, senão eles engasgam. Disse Gina defendendo os cunhados.

_ Oh minha querida, nós temos que ir embora senão o senhor meu marido desconfia da gente, ieu num quero brigar cum ele.

_ Sei Madame.

Continuaram comendo o bolo, conversando e rindo. Assim que todos terminaram, Catarina já fora dizendo:

_ Vamo embora crianças, se dispeçam de seu irmão, da Gina e da Dona Tê.

_ Tchau proces. Disseram os dois ao mesmo tempo.

_ Tchau meus queridos, fiquem bem, obrigada por essa tarde deliciosa. Oce Gina cuide bem desses mulequinhos.

_ Tá, pode dexar. Respondeu Gina acompanhando os três juntamente com Ferdinando até a saída.

*

Catarina, Serelepe e Pituca chegarm em casa, perceberam que aparentemente Epaminondas e Maurício ainda não haviam chegado do compromisso na Cidade das Antas, por isso resolveu contar para Amância a novidade que haviam lhe contado e começou gritando da sala.

_ Mância! Nem lhe conto, o Nando vai ser... Ao entrar na cozinha, se deparou com o marido lá, somente esperando que a esposa terminasse o que começou a falar.

_ Continue Catarina, num se acanhe com minha presença. O que que o Doutor Agronomo da minha fazenda vai ser?

_ Nada, ele num vai ser nada.

_ Ah num que me contar, intão eu pergunto pra Pituquinha ou para o Serelepe que eles me contam. Disse Epaminondas indo em direção a sala, com Catarina atrás falando:

_ Tá, tá ieu conto. Disse Catarina, conseguindo atenção do marido. _ Seu fio Ferdinando Napoleão, vai ser pai de quadrigêmios.

Nesse momento, Epaminondas começou a se sentir tonto, se apoiou na mesa de jantar. _ É o que?!

_ Sente, sente aqui Epaminondas! Sente! Disse Catarina preocupada com o marido. Mância, trás água cum açúcar pra ele! Corre, muier! Carma meu querido. Dizia Catarina enquanto abanava Epaminondas.

_ Aqui Madame. Dizia Amância entregando o copo de água para Catarina.

_ Pega home, sua água cum açúcar, tome tudinho. Se acarme, se acarme.

Epaminondas depois de alguns minutos se recuperando do baque resolveu falar.

_ Acho que num entendi o que oce acabou de falar.

_ É isso mermo que oce ouviu. Seu fio Ferdinando vai ser pai de quadrigêmios, sua nora Gina está grávida, e oce vai ser avô.

_ Oce só pode tá ficano maluca, o sol fez mal proce Catarina.

_ Não, não, ieu num estou maluca. Ieu fui lá hoje e ele mermo me conto e ó seu fio está é muito do contente.

_ Intão tá certo, se oce ta falano ieu acredito. Dizia Epaminondas, sem olhar para Catarina, com lágrimas sendo formadas em seus olhos devido a notícia. _ Só ispero que ele num venha me pedir um aumento.

_ Mai que descabimento é esse que oce tá falano, Epaminondas?

_ Tem cabimento sim, oce tá falano de um empregado meu que vai ter fios, com certeza deve querer um salário maior.

_ Fique oce sabeno, que o Ferdinando, é seu fio, fio, oce ouviu?

_ Oce que escute, esse muleque num é meu fio, dexou de ser quando aquela uma da esposa dele me insultou na minha própria casa.

_ Ele é sim seu fio, oce quereno ou não. Ele num queria nem que oce soubesse disso quanto mais vim aqui pedir arguma coisa.

_ Espero que num venha mesmo, senão vai levar um não. Ieu só gostaria de saber da senhora, quem lhe deu orde de ir se meter lá na casa dele, ou melhor dos sogros dele?

_ Ieu dei a orde, purque ieu fui purque ieu tava cum sardade dele, os irmãos dele tumém, e quem é oce pra me fazer essa pergunta? Oce num é meu dono.

_ Num sô seu dono mai sô seu esposo, oce me deve respeito.

_ E ieu lhe tenho respeito meu marido, mai ieu tumém tenho direito de sair de casa e visitar quem ieu quizer. E pra lhe dizer mais, ieu passei uma tarde ótima na casa dos Falcão, fui muitíssimo bem tratada, naquela casa existe amor, carinho e alegria, coisa que aqui num se vê muito. Ieu vi seu fio, embora ieu saba que oce num quer notícia dele, ieu lhe digo ele tá tão triste quanto oce cum essa separação doces, mai diferente doce que quer junto cum esse mardito que oce enfiou dentro dessa casa destruir a vida do vosso fio, ele tem a companhia daquela família que o acolheu não só como genro mai como se fosse um fio novamente e o amor que ele sente pela Gina tá fazeno com que ele esqueça que está brigado coce e viva feliz. Ah, e essas crianças vão nascer de um amor muito grande e saiba que isso num é o que ieu to lhe dizeno não, isso são palavra dele, e foi ai o tanto que ieu vi que ele tá feliz ao lado da Gina. E por falar em Gina oce sabe que seu amigo quase que levo um tiro dela?

_ Ele num me conto nada dela mas ieu avisei a ele que ela num é fror que se cheire.

_ Oce está é muito enganado Coronér, sua nora ando dano uns tiro nesse infeliz que oce enfiou aqui em casa, purque ele agarro ela a força e pelo que me contaram, se ela num sacasse aquela arma, ele ia acabar passando dos limites com ela.

_ Mai como anssim passado dos limites?

_ Ai Epaminondas, violentado ela.

_ Num cridito.

_ Pois acredite, e ouça bem o que ieu vô lhe dizer, se ele ousar mexer cumigo ou com um de meus fios, ieu vô imbora dessa casa sem nem oiar pra trás, oce ouviu bem?

_ Oce num teria coragem, inté purque oce num tem lugar pra morar se sair daqui.

_ Isso ieu duvido muito, com certeza seu fio e sua nora não vão negar um canto para mim e os irmãos e cunhados deles, ieu cuido inté dos fios deles se for necessário coisa que ieu acho que num vai haver necessidade.

_ Ieu duvido, naquela casa deles num deve nem ter espaço pra eles, imagina proce e pro nossos fios. E se oce for, vai ser é a sarvação daquelas criança, purque cum a mãe que vão ter, ieu tenho até pena delas.

_ Aquela casa pode ser piquena e ieu posso inté durmi no chão, mai o que num vai farta pra nós é carinho, amor e respeito. Lhe digo mais, a Gina hoje tomo conta de nossos fios enquanto ieu cunversava com o Nando e pra nossa surpresa as crianças estavam bem e felizes ao lado dela, inté brincano cum eles ela tava, no finar ela mando Dona Tê fazer um bolo pras crianças e oce num vai acreditar, Pituca e Serelepe quase brigaram com o Nando pra sentarem do lado dela, ieu só estou lhe contano isso pra que oce saiba que seu fio num podia ter escolhido muier melhor pra ser a mãe dos fios dele, seus neto.

_ Ahh, vô subir purque essa cunversa ta me cansano. E hoje oce num precisa me mandar durmi no quarto de hóspide, ieu vô durmi lá por livre e expontânea vontade por oce ter ido lá na casa daquele muleque a meu contragosto. Ieu fiquei muito chatiado coce. Disse Epaminondas se dirigindo a escada.

_ Oce vá mesmo Epaminondas, ieu lhe dô a notícia que oce vai ser avô e é assim que oce reage, seu coração de pedra!

*

_ Oh mãeee! Gritava Seu Pedro ao entrar em casa.

_ Que que foi pai?! Perguntava Dona Tê assustada. Vinha ela da cozinha junto com a filha e o genro pensando que o esposo tivesse bêbado e precisando de ajuda.

_ Mãe, vamo lá pra casa do Giáco, enquanto ieu e o Giáco vamo lá na mãe Benta chamar ela, o fio dele e da Rosinha tá quereno nascer.

_ Vamo, dexa ieu só tirar esse avetar.

_ Mãe ieu vô coce. Disse Gina se oferecendo para ajudar.

_ Não, oce fica, purque tanta gente lá, só vai dexar ela mai nervosa, fica aqui oce e o Nando tomano conta da casa. Num sei a hora que ieu e o pai vamo vortar. Tchau.

_ Gina, num fica assim, causo que gente demai naquela casa só atrapaia. Dizia Ferdinando para convencer a esposa que não era necessário ela ir.

_ Ieu sei, mai ieu queria ver como é que era isso de ter fio, como que funciona tudo.

_ Num carece disso não, isso já é da natureza da muier, quando chegar sua hora oce vai saber o que fazer, fique tranquila.

_ Oce acha?

_ Claro que sim. Que tal a gente jantar? Num sabemos a hora que eles vão chegar.

_ Tá certo, vô lá pra cozinha. Gina saiu em direção a cozinha. Depois de alguns segundo ela volta e fala com Ferdinndo. _ Frangotinho, a mãe num fez o arroz e nenhuma carne, ieu vô ter que fazer argo pra nós cumer, oce vai ter que isperar um poco.

_ E oce lá sabe cozinhar?

_ Craro que sei, só num gosto, mai o básico como arroz, fejão e arguma carne, ieu sei. Agora dexa ieu ir logo, que ieu to morreno de fome já. Gina foi em direção a cozinha e Ferdinando que não queria perder a cena da mulher cozinhando, foi atrás.

_ Menininha, como foi que oce aprendeu a faze tudo isso?

_ Ara a mãe que me obrigo. Na verdade ela obrigo o pai a mandar que ieu ficasse im casa uma semana inteirinha pra mó deu aprender a cozinhar.

_ E purque isso?

_ Ah purque, ela falo pro pai que ieu tinha que aprender a faze arguma coisa, pra quando os dois me fartasse, ieu num morresse de fome. Minha mãe, acho que nunca acredito que ieu tivesse prestado atenção no que ela falava enquanto me dava suas aula de cozinha, mai ieu aprendi arguma coisa sim purque no fundo ieu sabia que um dia ia precisar.

_ Ah que bão, mai cozinhar é fácil, na necessidade qualquer um aprende, ieu quando tava na república tive que aprender, purque cada um tinha dia pra cozinhar.

_ Ara, oce, um home cozinhano?

_ Craro, num há nada demai, quer ver?

_ Craro.

_ Intão vamo fazer assim, já que oce já ta fazeno o arroz, oce continua e faz a salada, e enquanto isso ieu tempero o fejão e faço omelete pra gente, que tal?

_ Tá bão.

O clima na cozinha era de pura descontração, de tempos em tempos eles paravam o que estavam fazendo e davam beijos apaixonados, até um lembrar que tinha panela no fogo e acabar com o clima quente, mais quente do que o local onde estavam, porém no último beijo que se iniciava começaram a sentir um cheiro de queimado, era a panela do arroz que começava a queimar. Gina correu para tirar a panela do fogão.

_ Ih menininha, acho que arguém se engano quando disse que sabia cozinhar.

_ Ara ieu num me enganei não, oce que me tiro a atenção sô. E fique oce sabeno que num queimo muito não, vô tirar dessa panela, pôr na outra e colocar um copo de água no meio pra o gosto ruim de queimado num passar pra parte do arroz que ta bão.

_ Uhm que esposa boa essa que ieu fui arrumar, uma dona de casa perfeita.

_ Oce tá mais é besta é?

_ Ara que ieu só estou lhe fazeno um elogio.

_ O negócio dotor Ferdinando é que ieu num sô dona de casa não e oce casô sabeno disso.

_ Tá bão Gina. Ieu num falei nada demais, ieu sei que oce num é dona de casa, isso foi um elogio para o modo como oce ta lidando com o arroz queimado. Dizia Ferdinando chegando perto de Gina e lhe agarrando por trás e lhe dando um beijo na bochecha e se distanciando para tirar a panela de feijão do fogão.

_ Acho bão que oce saiba, causo de que ieu vô continua lidano na roça cum o pai e num quero oce achano que ieu vô fica cum a barriga no fogão só purque nós casô.

_ Nem quero isso, adoro oce cum o chero de terra quando oce chega. Disse Ferdinando ao ouvido da amada. _ Mas saiba que oce tá é muito gostosa pareceno uma dona de casa, e oce cozinhano junto comigo me dá um tesão tão grande que se nós tivesse na nossa casinha essa mesa já estaria cum meu prato principal em cima dela.

_ Ah é, e quar seria?

_ Oce! Disse Ferdinando a agarrando e a sentando na mesa da cozinha para depois a beijar fervorosamente. Sem perder tempo abriu o colete da esposa e a blusa e os tirou, queria apenas tocar nos seios dela ainda na cozinha para depois a levar para o quarto para que terminasse, entretanto ela também queria ir para o quarto como forma de respeito a casa de seus pais, então pediu entre os beijos e toques do marido.

_ Nando, a gente tá na cozinha...ah, vamo pro quarto pelo menos.

Ferdinando nem ouviu o que a esposa falou e entre os beijos que distribuía pela boca e pescoço dela, tirou sua própria blusa. Segurou Giina pelas pernas e a ergueu, começou a leva-la pelo corredor da saída da cozinha, no meio do corredor ele parou a encostou na parede a soltou no chão e abaixou sua calça, nesse momento Gina o empurrou contra a outra parede, retirou por completo sua própria calça junto com as botas, foi em direção a Ferdinando e abaixou sua calça e a tirou. Ferdinando a agarrou novamente e lhe beijou. Ferdinando interrompeu o beijo, saiu correndo, puxando Gina consigo. Chegando ao quarto do casal, ele fechou a porta a sentou na cama e falou:

_ Gina, ieu de hoje im diante, inté o nascimento dos nossos fios ieu vô cum mais carma, mai oce pode ter certeza que a satisfação será a mesma. Ao final, ele a beijou.

Ferdinando a aconchegou mais na cama e continuou com os beijos, com as mãos nos seios dela e depois já dentro de sua calcinha já estavam a deixando em delírio. Ele tirou a calcinha, e as lambidas e mordidas começaram naquela região, ele fora aumentando a intencidade das carícias ia fazendo tudo aquilo olhando para a amada se contorcendo de prazer, não queria ter que parar com aquilo por causa da notícia dos filhos, pois nas Antas nada aconteceu entre os dois lá, enquanto estavam somente os dois, pois ele tinha medo de que algo acontecesse com as crianças, mas não há nada com que se preocupar, as crianças estão bem protegidas pela mulher que amava, pensava ele, o que o dava mais força para continuar. Sessou as caricias e permitiu que ela fizesse o mesmo, o que não veio, Gina queria que ele estivesse já dentro dela, os hormônios dela já estavam totalmente em ebulição, então assim que tirou a cueca do marido, montou em cima dele e o encaixou. Os movimentos começaram lentos, mas aos poncos o rítimo se intensificava, Gina pegou as duas mãos de Ferdinando e colocou em seus seios, enquanto ela continuava os movimentos, os gemidos eram cada vez mais altos e constantes. O prazer que Gina chegou primeiro, ela percebeu que Ferdinando ainda não tinha se satisfeito, pois ele não parava de se movimentar e pedir.

_ Ah, Gina, continu...ah.

Foi então que Gina teve a ideia de fazer aquilo que não tinha feito. Saiu de cima dele, ele estranhou, ela se debruçou entre as pernas dele e abocanhou o membro dele, a mão dela o movimentava rapidamente, enquanto sua boca o lambia, foi então que entre gemidos altos e constantes ele chegou a seu ápice e se desmanchou na boca da esposa. Gina se aconxegou nos braços do amado.

_ Nando, o que é aquilo que oce jogo na minha boca quando oce... ara... conseguiu... chegar lá?

_ Isso que saiu se chama sêmem e é isso que faz um home engravidar uma muier. Mai purque que oce me pergunto isso?

_ Ara, ieu nunca tinha visto isso, achei estranho, mai sabia que oce num ia ter corage de mijar em mim, e tinha um gosto diferente, pelo menos do que ieu acho que seja um gosto de xixi.

_ Háhá, mai é craro que não ia faze isso coce menininha, isso é normal, oce nunca viu purque isso acuntecia dentro doce, num é atoa que oce tá prenha.

_ Háhá.

_ Falano nisso, sua barriguinha já tá apareceno.

_ É mermo?

_ Sim, oia aqui. Disse Ferdinando pondo a mãe no ventre da esposa onde dava para notar o pequeno relevo. Gina levantou o tronco para ver seu ventre, o que a fez contrair a barriga, ela não via nada e Ferdinando continnuou falando. _ Sei que oce só tá cum dois meses, mai são quatro, intão já da pra ver um poco de barriga já.

__ Nando, num dá pra ver nada.

_ Ah, intão devia ser a posição que nós tava que dava pra ver mior.

_ Como anssim?

_ Ah Gina, oce tava toda esticada na cama. Ieu entre suas pernas, oiando pra oce, consegui ver a barriguinha na direção que minha visão estava.

_ Tá bão, oce deve ter imaginado.

_ Não imaginei não, ieu vô lhe mostrar. Se o problema é esticar a barriga. Vem cá. Ferdinando puxou Gina e a levou em direção ao armário do quarto onde tinha um espelho grande. _ Oia aqui Gina, que linda sua barriga. Disse ele pondo a mão no relevo na barriga dela que estava se revelando bem desta vez. Quando olhou mais para cima no espelho, viu os olhos de Gina cheios de lágrimas.

_ Gina, purque que oce tá chorano?

_ Purque é bunito ver nossos fios cresceno. Desta vez foi a vez de Gina ver os olhos de Ferdinando encherem de lágrimas.

_ Intão sente eles. Disse Ferdinando pegando na mão da esposa e depositando-as em seu ventre.

Quando Gina sentiu o relevo que mostrava que os filhos deles estava ali, Gina não aguentou, as lágrimas escorreram sem sua autorização, o que a fez ficar com vergonha de demonstrar fraquesa, porque para ela, isso que significava chorar, então decidiu interomper esse momento lindo, levou as mãos ao rosto para limpar as lágrimas, saiu da frente do espelho e falou para Ferdinando.

_Frangotinho simbora cumer que ieu estou cum mai fome do que ieu já tava.

*

Na casa dos Napoleão, Epaminondas decidiu perguntar a Maurício sobre o que Catarina havia lhe dito, então foi até o quarto que era de Ferdinando, que agora abrigava Maurício e começou o interrogatório.

_ Mauricio, ieu quero sabe se o que a Catarina me disse é verdade, e oce num minta pra mim.

_ Pode falar, Coronél.

_ É verdade que oce agarro a Gina a força?

_ Sim, é verdade.

_ E pur que que oce fez isso, oce num vê que isso só fez cum que ela num queira nem mai chegar perto doce, seu burro.

_ Calma Coronél, eu fiz isso por impulso, eu me apaixonei de verdade por ela e quando eu a vi naquele milharal, nós dois a sós, aquela boca gostosa e doce me chamando, eu ao aguentei, quando vi já tinha a beijado e já estava preparado para algo mais, mas ai ela me ameaçou com uma arma.

_ Ainda bem seu maluco, onde já se viu violentar uma muier, ninhuma muier merece isso.

_ Eu sei que errei, eu deveria ir com mais calma, conseguir a confiança dela, para conseguir conquistá-la depois, mas continuarei tentando.

_ Só se for pra morrer. Oce pode parar cum isso, a Gina tá grávida e ieu num quero que oce faça mal pra ela. Oce sabia que cum essa ideia de jirico sua oce poderia ter feito ela perder as crianças dela se oce tivesse feito tudo que oce tava disposto a faze, seu maluco?

_ Grávida?

_ Sim.

_ Mas eu digo para o senhor que eu seria capaz de criar o filho dela.

_ São quatro.

_ Quatro filhos, de uma vez só?

_ Sim.

_ Então está bem, eu aturaria essa pirralhada toda por ela.

_ Maurício, vê se oce me entende, a Gina num é iguar a essas menininhas da capitar que oce tá acostumado, oce já viu como ela é, ela já lhe boto pra correr cum a arma dela, num vai custa nada ela atirar pra vale quando ela lhe vê perto dela, ieu num quero lhe manda de vorta pra casa dentro de um caxão.

_ O senhor pode ficar tranquilo, eu vou dar um tempo, só enquanto estamos em campanha, porque eu quero ganhar do Ferdinando. Mas quando terminar e eu tiver ganho, eu volto a tentar conquistar a minha primeira dama.

_ Oce só pode tá é maluco mesmo. Ieu já lhe avisei, faça o que oce achar mior, depois num diga que ieu num lhe avisei. Ah, se oce, o que ieu acho um poco dificir dispois do que oce fez, casar cum ela, num se preocupe cum as criança, ieu ficarei cum elas.

_ Ah, ótimo.

Epaminondas saiu do quarto, agora de Maurício, e foi em direção ao quarto de hóspides onde ele dormiria pelo menos por hoje.

*

Depois de horas fora de casa, o casal Falcão chega em casa e encontra Gina e Ferdinando na sala de jantar, terminando de jantar.

_ O fios, oce só tão jantano agora?

_ É pai, a mãe num dexo cumida pra nós.

_ Ah fia, ieu fiquei enrolada com o bolo que ieu fiz proce no finarzinho da tarde, acabei num fazeno a janta, descurpa. Mai oce, pelo que ieu to veno fez a janta proces num fez? Dizia Dona Tê orgulhosa de ver que a filha havia feito pelo menos uma tarefa de casa.

_ Nós dois fizemo.

_ Como assim fia, oce mando o doto Nando cuzinha? Dizia Dona Tê chocada.

_ Não Dona Tê, nós só combinamos em dividir as tarefas, ela fazia uma parte e ieu a otra, pra anda mais rápido.

_ Mai doto Nando, oce é um home.

_ E o que que tem? Num caiu minha mão por ter feito. E nós homens podemos e devemos ajudar oces muieres, já que oce nos ajudam tanto. Agora o que nós queremos é que oces sentem conosco e provem nossa comida.

_ Tá certo, tá certo. Dizia Dona Tê sentando na cadeira que Nando puxara para que a ela sentasse.

_ Dona Tê, se a senhora sentir uma gosto de queimado no arroz, saiba que sua fia a queimou um poco.

_ Minha fia, oce queimo o arroz?

_ Ara, só um poquinho, é que ieu tava destraída.

_ Mai cum que?

_ Ara... cortano... é... cortano a salada.

_ Saiba Dona Tê, sua fia sabe cozinhar. Ela me conto das aulas de uma semana que a senhora deu pra ela, fique a senhora sabeno que... Ele parou de falar, chegou perto do ouvido da sogra e falou: _ Ela aprendeu o que a senhora ensinou.

_ Ah que bão, ieu pensei que naquela semana inteirinha ieu tava era falano com as parede.

_ Mai oces vão começar cum essa falação, ieu vô imbora. Dizia Gina já cansada de ser o centro das atenções.

_ Não meu amor, já paramos, né Dona Tê?

_ Craro. Mai ieu queria sabe, pur causo de que oces só tão comeno agora? Já faz cinco hora que nós saímo e a cumida num demora tanto tempo pra ficá pronta.

O casal se olhou, como se tivessem se perguntando o que falariam, não queriam que os sogros descobrisse a aventura pela casa que os dois tiveram, até que Ferdinando virou para a sogra e falou:

_ Ah, nós estava esperano oces, mai oces demoraram muito, intão nós decidiu cumer só ainda agora.

_ Ata.

Foi então que Gina decidiu cortar o assunto e perguntar sobre o parto de Rosinha.

_ Mãe, e a Rosinha, já teve o bebê?

_ Já sim fia, é um menino bem fortinho e saudáver.

_ Ah que bão.

_ O Giáco falo que o nome vai ser Mateo. Interrompeu Seu Pedro falando pela primeira vez durante a cunversa. _ Oces tinha que ver o nervoso que ele tava, num parava de anda pra lá e pra cá, quase que furo o piso da sala dele, aiai.

_ É pai, mas parto é assim mermo, demorado.

_ É mermo mãe?

_É sim fia, mai é muito bão quando nós pega a criança no colo depois de tanto sacrifício, é a coisa mai especiar pra uma muier.

Depois de alguns minutos de conversa, o casal que estava jantando terminou, então decidiram elogiar a comida feita pelo jovem casal.

_ Fios, a cumida que oces fizero tava muito da boa, acho que se num tivesse tão tarde ieu inté cumia mai, causo de que ieu num quero durmir com o bucho muito cheio, né mermo mãe, a cumida que eles fizero num tá boa por demai?

_ É sim pai. Fia, dotor Nando, oces tão de parabéns, tá inté mior que a minha.

_ Ah, num diga isso Dona Tê, sua comida é a melhor de todas. Amância que num me escute falano isso.

_ Ah Nandinho, bondade sua.

_ Né não mãe, a sua comida é muito da boa.

_ Gradecida. Disse Dona Tê com os olhos cheios de lágrimas.

_ Bão, vamo durmi que já tá tarde. Disse Seu Pedro Falcão. Então todos obedeceram ao dono da casa, e cada casal foi para seu quarto para dormir.


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram?



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