República escrita por Larissa Gomes


Capítulo 62
O princípio do fim.


Notas iniciais do capítulo

Menininhas preciosas! Boa tarde!
Bom, como disse ontem, hoje teremos dois capítulos e aqui está o primeiro!! Espero que gostem princesas! s2
Obrigada por tudo e sempre! *-*
Boa Leitura!!



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Ele nunca havia a visto tão... Tão instigante.

A ruiva estava utilizando um pequenino quimono preto, que ficava entre um ousado vestido e uma sofisticada lingerie. O engenheiro não sabia decifrar. O negro da veste de seda tornava-se vivo com os pequenos detalhes de flores vermelhas em sua estampa delicada. Vermelhos eram também, além dos sedutores lábios, os cachos que caiam lentamente, jogados de lado, sobre o ombro direito dela. Os pés, descalços. Daquela maneira, tão dela.

– Ferdinando. – Ela confirmou ter utilizado o nome. Seu queixo erguido arrogantemente. Sua voz completamente sedutora.

O olhar impressionado de aprovação dele havia feito com que ela se sentisse ainda mais estimulada em continuar.

Nando a observava se aproximar, perplexo. Nenhuma palavra passava por sua mente, muito menos, saía de seus lábios abertos.

Quando Gina chegou, imponente em seu caminhar, de frente ao balanço e a ele, o engenheiro insinuou que iria se levantar. Ela o barrou.

Levou a mão direita ao ombro, forçando-o a permanecer sentado. Ali.

– Fica. – Ela pontuou.

Ele umedeceu os lábios. Estava sendo dominado por cada ato dela. E deixava isso, não conseguia impor nada, apenas obedecer. Isto por diversos fatores que o deixavam sem reação. A inegável beldade que o corpo dela o apresentava, o ar de domínio que sentia se apossar da ruiva, a maneira como o deixava sem controle algum... Uma vontade que ele não compreendia de obedecê-la.

O orgulho e coragem da ruiva se inflavam com os olhos estarrecidos dele, com a falta de protestos, com a deliciosa submissão que ele estava por gosto se permitindo.

Resolveu colocar os panos em prática, de fato.

Abriu as pernas de uma maneira lenta, proposital para mostrá-las aos olhos sedentos dele. Sentou-se no colo do engenheiro, de frente à ele, com uma perna em cada lado.

Sentiu logo o quanto ela já o havia comprometido. A excitação sob si já se destacava pelo relevo do colo em que se sentava.

– Mas já?! – Ela questionou provocativa. Irônica.

–Araaa Gina... – Ele nem se quer conseguia continuar. Engoliu a seco.
Sentiu, agora perto, que até mesmo o perfume dela estava diferente. Ainda mais envolvente. Cretinamente sedutor.

– Que foi?! – Ela sorriu maliciosa. Queria provocá-lo. Sabia bem o que era, e o que estava fazendo o pobre sentir.

Ferdinando sorriu ainda pior.

– Diaba... – Ele soltou, encarando os negros olhos dissimulados.

Gina sorriu. Lançou a cabeça e tronco tentadoramente para trás. Sabia que reação esperar por parte dele. Já havia até mesmo premeditado a sua a seguir.

Ele fez tudo como previsto.

Ao vê-la se curvar para trás, não resistiu em segurá-la pela cintura demarcada. Apertou. Levou a face até o colo delicadamente coberto e aspirou o perfume que o estava consumindo a mente.

Gina voltou a ficar ereta, o forçando a afastar a face e encará-la novamente. Segurou as mãos dele a as tirou de seu corpo. Ele fez cara de desagrado. Ela sorriu nefasta. Abaixou os próprios dedos em direção ao elástico da desleixada bermuda que ele vestia.

Deixou claro o que queria.

Ferdinando a observava confirmar ainda mais, incrédulo.

– Gina, o portão... – A voz dele estava completamente vacilante.

Ela o encarou fingindo braveza.

– Deixa de ser frangote... – Riu. – É só você não chamar a atenção, não gemer...

A boca do engenheiro se abriu pasma com a ousadia da ruiva. Ela, por sua vez, começou a rebolar de maneira discreta, porém indecente, sobre ele.

– Menininha... – A mente dele ainda tentava. Mas seu tom de voz já demonstrava que era inútil.

– Me beija. – Ela ordenou. As intimidades colidiam de forma ritmada.
Ele obedeceu.

Tomou os lábios rubros dela com uma fome inexplicável. Afundou sua língua quente na molhada dela. Ambas se entrelaçaram com sedução. Dançavam um nos lábios do outro. Gina o mordeu. Ele retribuiu, mais forte. Ela repetiu ainda pior.

Fazia questão de a cada ato demonstrar quem mandaria naquela noite.
De repente a ruiva cessou as carícias com as mãos, o rebolado sobre ele e o beijo tórrido. Colocou-se de pé de imediato, á frente dele.

– Senta direito. – Ela sugeriu. O corpo dele já estava um tanto espalhado no balanço.

Ele nem pensou em negar. Assim fez.

Ela se abaixou um pouco, levo a mão à frente do corpo dele, puxando a bermuda que vestia até libertar o que desejava.

– Gina a rua... – Ele estava de olhos fechados, já perdido em libido, mas precisava lembrá-la.

– Eu prometo que só vou concluir no quarto... – Ela sorriu colocando-se de costas e sentando com as pernas abertas sobre ele. Desta vez, diretamente nele.

A última frase e ato dela o fizeram gemer. Ele não conseguiu segurar.

– Quieto! – Ela voltou a rebolar ainda mais havidamente sobre ele, permitindo que as próprias costas se encostassem nele.

A maneira como ela ordenava, aquele misto de ousadia, sedução e adrenalina pela rua à frente, ainda que pouco movimentada, estavam fazendo Ferdinando se perder por completo. O perfume dela... A maneira como ela rebolava sobre ele, fazendo questão de encará-lo de lado, com a cara mais sínica de paisagem possível.

Ele nunca imaginara que ela pudesse ser tão terrível.

Ele estava tão comprometido que sentia medo de se desfazer sob a pele quente do bumbum dela.

– Gina, pelo amor... – A voz era entrecortada por suspiros de um prazer inigualável.

Não podia deixar transparecer o ato, não ali com a rua à frente. O esforço que ele fazia para não segurá-la e tomá-la de fato para si era gigantesco.

O movimento que os pés dela propositalmente entoavam ao balanço tornava tudo ainda mais deliciosamente tortuoso.

– Hum? – Ela questionava cínica, com os lábios rubros borrados.

– Ara! – O cinismo dela o deixava ainda mais maluco. Ela queria jogar com ele. Sabia jogar.

Ele estava perdendo.

Agarrou a cintura dela com uma mão e com a outra puxou os cachos, a fazendo torcer o pescoço para beijá-lo.

Gina permitiu. Um pouco.

Fingiu que iniciariam um tórrido beijo, mas logo se desvencilhou por completo dele em um movimento astuto. Voltou a colocar-se de pé na frente dele, observando claramente o membro que agora pulsava exposto e saudoso.

– Ora essa, se recomponha... – A voz dissimulada dela... – E me encontre lá em cima, doutor.

Ela simplesmente partiu.

Ele permaneceu imóvel. Estava perplexo com cada atitude maravilhosamente excitante dela. Até que se lembrou de estar exposto ao ouvir algumas vozes provirem da rua. Desesperou-se em guardar aquilo que lhe pertencia e não mais tardou em fazer o que a ruiva o ordenara.

[...]

Gina aguardou, com as mãos atrás do próprio corpo, em frente à cadeira que havia levado ao quarto, o marido enfim chegar ao recinto.

Ele abriu a porta, já sem camisa pelo calor que abatera seu corpo após os últimos acontecimentos, e percebeu que apenas as luzes acolhedoras dos abajures iluminavam o ambiente. Verificou a bela mulher que o aguardava com aquele olhar enigmático em frente a uma cadeira que não fazia parte da mobília.

– Uma cadeira? – Ele disse fechando a porta, fitando-a.

– Você demorou... – Ela fingiu nem se importar com a pergunta dele. – Senta. – Foi dura. A voz era de completo comando.
Sedutora demais.

Ferdinando sorriu perverso. Ela de fato havia planejado algo diferente. Sentia-se completo em expectativa. Sentou-se.

– Eu... – Ele ia dizer algo, quando ela rodeou a cadeira e colocou uma faixa de tecido em seus lábios. Amarrou.

O engenheiro olhou para cima, buscando o olhar dela, sem entender.
– Você fala demais, doutor! – Ela constatou, resolvendo o ‘problema’.
“Terrível.” Nando a julgava assim.

Ele a sentiu puxando suas mãos para trás do encosto da cadeira. Imaginou o que ela faria, mas não conseguia acreditar. Foi então que ela fez. Ele acreditou.

As mãos foram presas uma a outra com uma espécie de algema de tecido.
Ele estava completamente rendido.

Ficou ainda mais quando ela se colocou a frente dele e retirou o delicado quimono, lentamente. A ruiva deixou o tecido de seda escorregar por seus ombros alvos, o retirando por completo depois. Ferdinando engolia a seco várias vezes por minuto. O corpo dela agora estava escondido apenas em pontos cruciais, por uma lingerie preta e pequenina, tanto em cima quanto em baixo.

Ela se aproximou muito do corpo rendido dele. Deslizou as mãos do pescoço até as próprias pernas. Escutou ele arfar com a cena.

– Eu prefiro te ouvir... – Ela constatou em voz alta.

Abaixou a faixa que anteriormente o calava.

– Gina... – Ele praticamente gemeu, olhando descaradamente para cada centímetro do corpo tão próximo, dela.

– Te ouvir gemendo. – Ela pontuou que não queria palavras. Apenas sons.

Ferdinando a observou se abaixar em frente à cadeira. Uma onda incomparável de tesão transpassou seu corpo ao perceber o que ela faria.

“Céus.” Ele pensou assim que ela puxou novamente a bermuda dele, deixando seu ponto que implorava extremamente próximo dos lábios vermelhos.

A vontade que ela tinha de experimentar aquilo era tanta quanto à dele em sentir.

Ela apenas o encarou e umedeceu os lábios de maneira propositalmente lenta.

Ferdinando respirou ainda mais fundo. Fechou os olhos e aguardou a sensação que se seguiu.

Era inexplicável para ambos.

Gina sentiu o calor dele em seus lábios. Sentia a vontade dele em sua boca de maneira deliciosamente nova. Encantou-se em perceber amaneira como ele jogou a cabeça para trás perdido em pleno prazer em tê-la ali, o provando daquela maneira. Encantava-se ainda mais com os satisfeitos gemidos que o amado entoava a cada movimento.

Ferdinando estava completamente maluco. Perdido. Extasiado. Os olhos mantinham-se fechados para se concentrar em cada novo movimento dos lábios dela. Na verdade, ele bem que tentava espiar algumas vezes. Mas vê-la daquela maneira, agachada, tão sedenta por ele, o tomando para si, fazia o engenheiro temer se desfazer. Evitava.

– Gina... – Ele gemeu um pouco mais direto, precisava avisá-la que já não aguentava o prazer que o assolava.

Ela percebeu o que era.

Ao contrário do que ele imaginava, insistiu ainda mais no ato. Ainda mais rápido.

Ferdinando delirou com o retorno dela. Ela queria o sabor dele, e havia deixado isto claro.

Não conseguiu evitar, e se desfez entre os rubros lábios.

A nova sensação era divina. Para ambos.

Gina aguardou o êxtase de Ferdinando diminuir. Levantou-se e verificou o rosto do marido completamente molhado pelo esforço que o prazer havia cobrado.

– Incrível... – Ele soltou ainda ofegante.

Ela sorriu com o elogio. Pela primeira vez na noite, as bochechas haviam enrubescido.

– Deixa eu te fazer sentir o mesmo...? – Ele sugeriu, indicando com o olhar as mãos presas.

Ela voltou ao personagem.

– Quem disse que EU terminei? – pontuou com o queixo arrogante voltando à cena.

Apenas a fala dela já fez o engenheiro voltar a se excitar.

– Araaa... – Ele lançou novamente o sorriso maldoso.

Ela retribuiu.

Percebeu que ele já estava se animando novamente e decidiu que já poderia tomar a próxima atitude. Virou-se de costas a ele, empinando-se mais que o necessário para pegar o controle remoto da televisão que estava sobre a cama. Voltou-se para a mesma a ligando e liberando a melodia que já havia deixada preparada para o momento, no pendrive conectado.

Lana Del Rey – West Coast.

Ferdinando suspirou.

O local ficara ainda mais envolvente com a melodia que começava a ser entoada.

Gina voltou a fitá-lo, e lentamente levou as mãos, roçando a todo o momento na própria pele, até o fecho frontal do sutiã. O abriu.
Foi involuntária a reação de Nando em morder os próprios lábios, imaginando o gosto daqueles seios desejosos em sua boca.

Ela retirou a peça por completo e a levou com uma das mãos até o rosto do rapaz. A fez passar de leve nos lábios rosados dele.

Ferdinando ficava intrigado com a maneira como ela levava tudo aquilo. Um comando e segurança maravilhosos. O queixo dela permanecia deliciosamente erguido.

Após lançar a peça desleixadamente no chão, ela levou os polegares até as laterais da calcinha e a desceu ainda mais lentamente, rebolando deliciosamente no ritmo da excitante melodia. Abaixou-se, completando o ato, e levando a peça também até ele, mas agora, ao seu ponto mais latente.

A esta altura, Ferdinando já estava plenamente recuperado e desejoso.

– Gina, me deixa te sentir... – Ele praticamente implorava com as mãos amarradas, sem poder tocar naquele corpo que tanto o enlouquecia.

A ruiva não respondeu. Observou satisfeita a maneira como havia conseguido fazê-lo a desejar naquele momento.

Silenciosamente, andou até ele, e colocou uma perna de cada lado da cadeira.

Olhou para baixo, buscando o olhar dele. O encontrou buscando também o dela.

Levou os braços até os ombros dele, apoiando-se e desceu de encontro com o contato que desejava. Aprofundou-se na carne ereta do engenheiro de maneira completa, profunda.

Ambos gemeram.

Antes de movimentar o quadril, Gina levou os braços até os pulsos dele, abraçando-o, o livrando das algemas.

Ferdinando levou as mãos de imediato à cintura diminuta dela. Passou a beijá-la de maneira insana e coordenar em um sobe e desce delicioso, os movimentos da fogosa ruiva sobre si. Apertava a carne dela com uma força absurda. A sentia puxando seus dreads com igual força a cada gemido de ambos, a cada vez que a conduzia a sentar-se mais forte sobre ele. Nele.

Aquele ritmo deles, aquela força deles, aquela maneira deles.

Tudo era aperfeiçoado a cada movimento.

Os beijos eram incessantes, os sons prazerosos, também.

Seguiram até encontrarem juntos, mais uma vez, a plenitude de sentirem-se pertencentes, por completo, um ao outro.

[...]

Depois deste dia, as noites do casal nunca mais foram iguais. Gina havia descoberto a poderosa mulher que era, e que o marido a aprovava ser. Eles haviam notado que entre os dois, nenhum pudor era necessário e que o amor que possuíam era respaldo suficiente para toda e qualquer ousadia.

A cada dia um surpreendia mais o outro. Não apenas neste âmbito, mas em questões de companheirismo e amizade. Surpreendiam-se com a maneira como cada dia parecia ser completamente novo. Melhor que o anterior.

Já haviam completado pouco mais de um mês de casados.

A convivência com o casal de amigos com quem faziam questão de permanecer dividindo a casa era tão boa quanto sempre fora. Em muito continuavam a ser os quatro jovens moradores da república. A capacidade de manterem-se assim era impressionantemente admirável.

Naquela manhã quente de novembro, Gina tentava aprender a cozinhar algo com a amiga na cozinha, quando, ao notar o perfume que emanava das panelas, sentiu-se mal.

Apoiou-se na mesa que estava próxima.

– Gina?! – Juliana ficou preocupada. – O que foi minha amiga?!

– Nada não Juliana, só uma zonzeira, coisa boba... – Ela negava o fato de sentir-se mal. – Você tem certeza que essa carne tá boa? – Perguntou com a maior face de desagrado do mundo.

Juliana não entendeu a pergunta.

– Mas é claro que está Gina, acha que eu faria o almoço com uma carne estragada pra vocês?! – Riu.

– É que esse cheiro dela tá me enjoando... – A ruiva pontuou, levando a mão à frente, tampando o nariz.

Juliana esbugalhou os olhos.

– Se senta aqui, Gina... – Ela puxou a cadeira.

A ruiva não queria se sentar, achava desnecessário, mas teve de fazer, ainda estava muito zonza.

– Gina... Enjoada? – A professora não conseguiu deixar de sorrir. Mesmo que deixasse, o brilho nos olhos dela era eminente e denunciador.
Gina a observou com aquele olhar...

Compreendeu.

“Meu Deus...”

Ela não conseguia assimilar o pensamento que vinha em sua mente.


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Notas finais do capítulo

Bom menininhas lindas, prometo que se não me afogar em lágrimas escrevendo, o último capítulo sai ainda hoje! hahaha Obrigada sempre! Um megabeijo! Loveeeyous! s2



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