República escrita por Larissa Gomes


Capítulo 17
Um conselho de amiga.


Notas iniciais do capítulo

Lindezas, boa tarde!!
Bom, amorinhas, aviso desde já que este capítulo tem um pouco mais de Juliana, Renato e Zelão do que o normal. Mas a fic continua tendo, de qualquer maneira, como foco principal o casal Ginando, é que a estória dos coadjuvantes precisa ter sentido também, né?! rs
Obrigada pelo carinho se sempreee! s2
Boa leitura!!



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A manhã chegou depressa, e Gina poderia ter dormido por ela toda. Isto se certa mocinha de cabelos rosados não tivesse começado a bater incessantemente em sua porta.

– Gina?! Gina, você está acordada?! – Juliana perguntava em frente à porta, sem se dar conta do volume de sua voz.

– Ara, que agora eu to, né Juliana?! – Gina disse com a voz em um misto de sono e irritação. – Entra!

Quando Juliana ia abrir, viu Nando abrir com a cara amassada de sono a porta de seu quarto.

– Aaaaara Juliana, aconteceu alguma coisa pra você tá gritando assim pela menininha?! – Ele havia acordado com o barulho da amiga, e estava mais querendo avisar ela disto do que realmente preocupado.

– Ah Nando, me perdoe! – Ela disse tampando a boca com a mão que estava na maçaneta. - É que eu preciso muito conversar com a Gina, assunto nosso...

– Sei... Mas eu acho que ela vai tá é um pouco cansada por conta da noite que tivemos ontem. – Ele disse voltando a fechar a porta. Sem nem sequer imaginar o estado de curiosidade que havia deixado Juliana.

Ela abriu a porta, e viu Gina se afundar manhosamente em seus lençóis. Resolveu bancar a amiga irritante e abriu as cortinas, deixando a luz do sol invadir o quarto. Gina resmungou palavras inaudíveis em protesto à luz que entrava no ambiente.

– Não adiante reclamar mocinha!- Juliana puxou os lençóis da amiga. – Você precisa me contar o que aconteceu ontem!! – Ela dizia com um sorriso animado na boca, como sempre!

– Mas tão cedo Juliana?! – Gina resmungou virando-se de bruços, escondendo o rosto no travesseiro.

– Que cedo o que Gina?! Já já eu e o Zelão vamos começar a fazer o almoço, fique você sabendo! – Ela se sentou na cama, ao lado de Gina.

– E por falar nele, eu queria conversar com você também sobre o que aconteceu ontem à noite...

Gina ergueu a cabeça de imediato, fitando a amiga, como quem começava a se interessar em ter a tal conversa.

[...]

– E depois ele me deixou aqui no quarto... - Gina suspirou. – Ai Juliana, eu tava com sono, mas queria ter uma noite daquelas... Todos os dias... - Ela se agarrou em um travesseiro e se perdeu em lembranças, sendo observada pela a amiga que estava ao seu lado.

–Ai, como o Ferdinando é fofo com você, Gina! Fico muito feliz em vê-la assim minha amiga... Mas me diga uma coisa. – Juliana olhou diretamente nos olhos de Gina. – Você já está apaixonada por ele?!

Gina endireitou a postura, tomada pelo susto que a pergunta lhe causou. Será que ela estava apaixonada por Ferdinando? Será que já havia alcançado o mesmo nível de sentimentos do rapaz?

Nenhuma resposta lhe vinha claramente aos pensamentos. Mas ela se lembrava de ter perdido a noção do tempo e espaço, enquanto era acariciada por ele em seu colo. Sentia um frio na barriga em lembrar-se de como teria permitido que ele lhe desvendasse os seios, sem pestanejar, dado o tamanho da confiança que sentia em estar com ele. Ela se lembrava de estar perdida em paixão, tanto quanto ele ao permitir tal ato de forma, ainda que por desejo, consciente.

“Perdida em paixão?!” Ele releu a palavra que lhe havia passado na mente em se lembrar do engenheiro.

– Juliana...- Ela aproximou-se da amiga – Eu to sim...Apaixonada por ele!

Ela se jogou para trás na cama, rindo. Incrédula e surpresa a com a constatação.

Juliana sorria ainda mais.

– E você contou pra ele Gina?! – Ela puxava a amiga pelos braços para se sentar de volta.

– Não Juliana, só agora que você perguntou que eu fui descobrir... – Ela parou de sorrir por um instante. – Juliana, será que eu devo contar pra ele?! – A dúvida surgia.

– Ora essa Gina, depois de tudo que ele lhe fez ontem, das surpresas, do jeito que ele te tratou, você ainda tem duvidas de que ele mereça saber?! – Juliana era amiga dela, mas dele também.

– É... – Ela dobrou graciosamente o pescoço. – Você tá certa... Eu vou falar pra ele hoje! – Um riso apaixonado lhe tomou os lábios.

A ruiva percebeu que Juliana estava feliz por ela, mas algum pensamento distante a fazia trocar a todo o momento o sorriso por uma expressão de pouca felicidade.

– Juliana... O que você queria me contar sobre você e o Zelão ontem à noite?! – Gina iniciou a conversa incerta sobre o uso das palavras.

– Ai amiga... – Juliana deu um pesado suspiro. – Não é bem sobre mim e nem o Zelão. Na verdade é sobre mim, mas sobre mim e o Renato. – Seu tom era de desanimo. – Você não pode acreditar no que ele fez ontem à noite, quando chegou do tal plantão! – Sua voz mudara de tom drasticamente, tornando-se clara a sensação que ela tinha de desagrado com a atitude do rapaz.

– Mas o que foi que ele fez de tão grave Juliana?! – Gina perguntou curiosa, levando uma das mãos até a boca.

– Ontem Gina, durante o dia todo, nós trocamos mensagens. Ele estava ciente de tudo que estava acontecendo, dos problemas da república e da grande ajuda do Zelão, que ele ainda nem tinha visto, em resolver.- Ela bateu as mãos nas pernas. – Pois bem... O Renato ontem a noite simplesmente chegou, entrou, e deu um chilique de ciúmes ao me ver jantando sozinha com o Zelão.

Gina riu abertamente. Não conseguiu deixar de imaginar a cara do futuro doutor.

– Gina! Não tem graça! – Juliana pontuou, fazendo Gina forçar um semblante mais sério. - Ele nem se apresentou pro Zelão! Foi super ríspido e deu um ‘boa noite’ grosseiro, me chamando para o corredor em seguida.

– Chamando pra que?! – Gina gostaria de entender a indignação gigantesca do rosto da amiga.

– Simplesmente pra me dizer que jantar sozinha com o Zelão, rindo e tomando um vinho como estávamos não era coisa de uma moça comprometida fazer.

– Ué... mas...- Gina tentou perguntar justamente o que Juliana esclareceu em seguida.

– Comprometida uma conversa! – Ela e levantou, elevando o nervosismo ao se lembrar da cena. – Eu mandei ele foi às favas e voltei para a cozinha. Nem me importei em saber se ele jantou! Ora essa... Nós nem conversamos mais direito, nem temos nada de sério pra ele se achar no direito de me fazer tal recriminação. – Ela andava de um lado para o outro na frente de Gina com as mãos na cintura pequenina. – Quem ele pensa que é?! Está é maluco, isso sim!

– E... – Gina tentou novamente, mas parou, ao ver que Juliana iria voltar a tagarelar.

– Ainda ontem a única coisa que conversamos foi sobre a casa e sobre a viagem dele, claro. Sempre assuntos dele. Da vida dele, faculdade dele, vontades dele, problemas dele!

Gina nem tentou iniciar uma fala, sabia que seria inútil. Sábia Gina.

– Ora essa, imagina, ele queria que eu fosse junto. Ir junto pra que?! Pra ficar de enfeite em algum quarto de hotel?! E eu nem sequer tenho essa intimidade com ele!... Só de pensar que o pobre do Zelão não tem culpa de nada e ficou ouvindo o grosseiro do Renato... Ficou tão chateado com a fala que quando eu voltei ele disse que teria que ir dormir. Mas bem que eu vi ser uma desculpa...

Juliana parou de tagarelar e observou Gina, a sua frente.

– Ora essa Gina, e você não diz nada sobre isso?!

– Se você fechar a matraca e sossegar o bumbum aqui – Ela bateu a mão na cama. – Eu posso até tentar professora!

Gina Falcão...sempre tão paciente com chiliques alheios.

Juliana fez um bico. Sabia que estava falando pelos cotovelos. Sentou-se ao lado de Gina, e respirou fundo.

– Desculpe amiga... Pode falar. – Ela disse com a voz manhosa.

Gina riu da cena. Dar uma bronca em uma professora não era pra qualquer um.

– Juliana, eu posso não entender muito dessas coisas... Mas pra mim esse fogo de palha seu e do Renato já tá apagando. – “Ela era tão dócil em dizer” Juliana pensava ironicamente ao ouvir a amiga. – Eu acho que, como você me disse uma vez, vocês precisam se acertar ou terminar de vez. Não tá certo ele falar com você assim. Se fosse eu, terminava na verdade!

Gina era sempre sincera, doesse a quem doer. Falava na lata, não sabia muito fazer rodeios.

– Você acha mesmo Gina...? – Juliana quis uma afirmação concreta da amiga.

– Eu acho... Você me desculpa qualquer coisa... Mas é a minha opinião. – Ela pegou as mãos de Juliana e lhe olhou com ternura.

Ainda que lentamente, Ferdinando estava tornando Gina uma pessoa mais carinhosa.

– É, eu acho que é isso que vou fazer... Bom, e falando nisso, sobre o Zelão... – Juliana ia começar a falar, quando ouviu o referido rapaz a chamar na porta.

– Professora, eu estou indo para a cozinha! Você vem?!

– Já estou descendo Zelão! – Ela disse alto, se perdendo no som que tinha acabado de escutar.

– Juliana?! – Gina mexeu em suas mãos, arrancando-a do devaneio.

– Hum?! – Ele despertou.

– Sobre o Zelão o que...?! – Ela lembrou a amiga de sua última fala incompleta.

– É... Nada não Gina, era justamente isso, ia te dizer que ele cozinha super bem, me impressionou. – Ela mentia. – Vamos descer então?!

– Ara tá bom... Mas antes eu vou chamar o Nando.

– Tá certo amiga, obrigada pela conversa. – Juliana beijou ternamente a bochecha de Gina, que sorriu com a carícia doce da amiga. E em seguida, se retirou.

Gina preparava-se para ir ao quarto de Nando acordá-lo de surpresa quando uma mensagem dele chegou a seu celular:

‘Bom dia menininha!
Não vou estar na república agora pela manhã, mas assim que chegar, garanto que a saudade que vai sentir de mim agora vai valer a pena, pela surpresa que terá.
Beijos,
Seu Frangotinho.’

– Ara, aquele convencido! – Ela pensou alto, sozinha, rindo pelo texto do rapaz. – Mas que surpresa será essa?!

Ela resolveu tomar um banho para tentar diminuir a curiosidade que lhe invadia, enquanto Nando não chegava.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado menininhas! Acho que será o único de hoje! :/ Mas prometo tentar! rs
Beeeeijos! s2



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