Angels Dont Cry escrita por dastysama


Capítulo 7
Capítulo 7 - Não mate seu protegido


Notas iniciais do capítulo

Eu dedico esse capítulo a @itsbeckyk por me apoiar e por adorar as fanfics que escrevo!



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– Obrigado, Estados Unidos! – Bill disse em inglês quando o show havia terminado, ele parecia esfuziante, sorrindo ao saber que o show fora realmente bom como o esperado.


Então seu olhar parou em mim, fiz sinal para ele e apontei para a garota abaixo de mim, tentando dizer que havia achado a garota certa para ele e que deveria conhecê-la. Ele olhou para ela por alguns segundos, tentando enxergar algo, afinal ela não estava tão perto. Por um momento, pensei seriamente que ele ia chamá-la ao palco, mas ele simplesmente deu as costas e sumiu com o resto da banda naquelas fumaças escuras.


Mas o que? Como ele pode deixá-la esperando? Ele devia conhecê-la pelo menos! Aquele cara é um maldito exigente, como ele não pode ter gostado dela? Afinal ela é bonita e parece ser legal! Não sabia o que fazer, se a seguia ou simplesmente ia atrás do meu protegido. Então quando a vi indo embora junto com a multidão, sabia que não adiantava fazer nada. Voltei à estaca zero.


Abandonei o meu posto e fui em direção ao backstage novamente, bufando de tanta raiva. Eu tinha vontade de pegar aquele macumba de galinha e esganar até ele ficar roxo! E lá estava ele, bebendo água, todo suado de tanto cantar no palco e realmente sem fôlego. Ah, ele vai ficar mais sem fôlego ainda!


Ele olhou para mim, sem nenhuma expressão nos seus olhos. Já eu usei toda a expressão facial que eu tinha, para ele notar como eu estava pê da vida com ele. Mas é claro que ele não ligou, voltou a beber a água, como se aquilo fosse o melhor que ele tinha a fazer naquele momento. Espere só quando ele estiver sozinho comigo, vai se arrepender!


 


Tive que ficar o tempo todo quieta, na minha, me corroendo por dentro, louca para falar umas verdades para ele. Mas no carro dele, quando finalmente pensei que íamos ficar a sós, aquela Nathalie veio junto! Então tive que esperar nós chegarmos ao hotel novamente, esperar ela parar de falar com o Bill e finalmente ir embora para eu conseguir dizer pelo menos um A.


– Como você pode não ter ido conhecer a garota? – eu explodi no momento que Bill fechou a porta – Sabe quanto tempo fiquei procurando por alguma garota legal para você? E quando acho, você simplesmente da às costas?


– Hedvig, não é você que tem que escolher a garota que devo me apaixonar, sou eu – ele disse secamente, como se já esperasse que eu dissesse isso. Ele tinha a resposta na ponta da língua.


– Mas as coisas não são assim. Você realmente acha que a pessoa certa vai aparecer com um coral de anjos cantando atrás e com várias luzes brilhantes ao seu redor? Às vezes temos que conhecer uma pessoa para descobrir que ela é a escolhida.


– Eu vou embora amanhã cedo dos Estados Unidos, eu nem teria tempo para conhecê-la, por mais que eu quisesse. E não posso simplesmente ficar, tenho shows a fazer!


– Você não é o Senhor Eu-quero-me-apaixonar? Então se quisesse mesmo, faria o possível para ir ao encontro dela e ter descoberto quem ela era.


– Não é tão fácil – ele disse bravo, pelo visto eu havia conseguido afastar todo o jeito gentil dele. Isso é um dom, eu acho – Você só escolheu qualquer garota para se livrar logo desse trabalho e ir para o seu Paraíso. Eu quero te ajudar, Hedvig, realmente quero, mas não quero perder essa grande oportunidade da minha vida. Não vou desperdiçar nenhum segundo com uma pessoa que vai me fazer infeliz!


– Como pode saber se ela irá te fazer infeliz? Você nem sequer sabe direito como ela é. E não estou fazendo isso para me livrar de você, Senhor Kaulitz, estou fazendo isso de boa vontade para ajudar um hipócrita igual a você!


– Hipócrita? Eu não sou hipócrita, não fui eu que matei pessoas por que sou uma pessoa insana! Se você está me ajudando é por que simplesmente não conseguiu ajudar sua própria vida – ele disse me olhando com raiva, estávamos tão próximos que eu poderia arrebentar ele se me movesse cinco centímetros.


– E pelo visto você vai acabar igualzinho a mim, afinal o que eu ouvi falar sobre você, não é nada bom. Eu acabei com minha própria vida e estou vendo você também acabar com a sua!


– Eu não faria isso, não sou estúpido.


– Sim, é um tremendo estúpido, seu macumba de galinha!


– Bordel reformatório, por que não volta para de onde você veio?


– Não me chame disso – eu disse entre os dentes – você não me conhece para falar isso!


– B-O-R-D-E-L R-E-F-O-R-M-A-T-Ó-R-I-O! – ele disse estendendo cada letra para dar mais efeito.


Então eu praticamente explodi. Ventos começaram a sacudir a sala inteira, papéis voavam por toda a sala, a cortina da porta de vidro para a cobertura se enroscavam uma nas outras, vasos tombavam, as luzes piscavam sem parar e outros pequenos objetos voam pelos ares. Eu estava preparada para começar meu outro assassinato naquele momento, mas usei tanta força espiritual que a luz que estava acima de nós praticamente explodiu no lustre.


Foram os segundos mais rápidos da minha vida, quando vi aquilo percebi que estava fazendo novamente uma loucura. Eu ia matar meu protegido! Quando o lustre começou a cair bem em direção onde ele estava, usei toda a força que eu tinha e o empurrei para longe dali.


Caímos no chão enquanto eu ouvia quase próximo de nós, o baque do lustre ao atingir o chão. Tudo ficara escuro, coisas pararam de voar e apenas havia o vento que vinha pela porta da cobertura, que estava aberta. Eu conseguia ouvir o coração dele tamborilando desesperado dentro do seu peito e por um momento me senti horrível pelo o que tinha acontecido.


– Estou vivo? – ele perguntou de repente, com uma voz agoniada – Ou morri?


– Está vivo, mas eu continuo morta – eu disse sem me mover de cima dele, eu estava quase aos prantos. Eu ia ser mandada para o Inferno imediatamente agora! – Vou virar alma carbonizada logo. Só estou esperando.


– Acho que exageramos – ele disse simplesmente – Espero não ter que pagar muito caro pelo o que aconteceu. Quase destruímos o quarto.


– Quase EU destruí o quarto, quase acabei com você e com certeza acabei com minha morte, afinal minha vida já acabou há muito tempo. Mas tenho que aceitar isso, vou para o Inferno. Talvez eu já devesse ter ido para lá faz tempo, não sou uma pessoa muito boa – eu disse finalmente decidindo me afastar dele, levantei a cabeça e encontrei aqueles malditos olhos inquisidores.


– É você realmente não é – ele disse também se sentando e dando uma olhada na confusão que estava o quarto, tudo estava jogado no chão – mas acho que ainda tem chances. Poucas, mas tem. Espero, que se Deus existe mesmo, ele te dê um pouco mais de tempo.


– Mais uma chance... sempre mais uma chance, quando eu vou acertar? – eu disse bufando com raiva de mim mesma. Agora eu queria me esgoelar e não fazer isso com ele.


– Já que ele já te deu chances demais, eu te dou uma. A última – ele disse tentando parecer bravo, mas parecia que toda a raiva dele havia se esvaído junto com o lustre – Você terá que me respeitar, deixar que eu ache a pessoa certa e não fique achando que vou me apaixonar pela primeira garota que ver.


– Tudo bem... vou tentar não te chamar de macumba de galinha de novo. Vou tentar ser uma anja da guarda melhor e não vou me meter mais na sua vida. Apenas vou dar minha opinião quando achar necessária – eu disse achando que novamente fui salva.


– Ah, e garota do bordel reformatório – ele disse se levantando e pelo visto indo até o interfone chamar alguém da recepção para ajudar no pequeno probleminha que eu havia causado – Sua roupa não é tão ruim assim, faz o meu tipo.


Olhei para ele pasmada, mesmo sendo morta e tendo aquelas sensações ainda de estar viva, senti meu rosto borbulhar em vermelhidão. Quem ele pensa que é para dizer que faço o tipo dele? Como se eu fosse querer algo com aquele galinha de macumba que usa Dior. Sinceramente, será que demora muito até chegar dia 18 de Dezembro? Ou será que demora muito para eu achar alguém decente para ele? Ainda me sinto ferrada. Totalmente.


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Notas finais do capítulo

Vou tentar postar mais e com mais frequência. Mas como estou no fim do mundo sobrevivendo com um 3G lerdoooo, as coisas ficam meio difíceis! Mas está aí dois capítulos!



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