Angels Dont Cry escrita por dastysama


Capítulo 6
Capítulo 6 - Um bom protegido tem um bom anjo


Notas iniciais do capítulo

Oiii gente, to aqui de novo to tentando colocar a fanfic com esse maldito 3G lerdo! Mas não desisto de postar não!



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O dia inteiro eu fiquei vendo Bill se arrumar para o show, ele que arrumava o próprio cabelo e fiquei realmente pasmada quando vi o cabelo dele voltar a ser aquele moicano gigantesco. Ele nem demorou muito tempo, foi mais rápido do que eu quando tenho que arrumar o meu cabelo. Ou pelo menos quando eu arrumava.


Para a maquiagem veio uma mulher ajudá-lo, ela se chamava Nathalie Franz, ela era bastante bonita e Bill parecia ficar extremamente feliz ao lado dela, por um momento pensei em falar para ele que talvez ela fosse a garota certa. Mas logo descobri que ela tinha filhos, era casada e era bem mais velha que ele. Ou seja, sem chances. Temos que partir para outra.


– Ela é bastante legal – eu disse enquanto estava sentada em um pufe preto – Podíamos achar alguém mais ou menos igual a ela, afinal você parece gostar dela.


– Ah, ela é uma ótima amiga – ele respondeu quando estávamos sozinhos – Alguém que pode se confiar e contar tudo.


– Então vai contar sobre mim para ela? – eu perguntei achando que seria realmente estranho se mais alguém soubesse da minha existência.


– Não, acho que talvez ela fosse me achar maluco. Talvez ela acreditasse, mas é melhor que isso apenas fique entre nós.


– Tudo bem, eu não me importo. É melhor do que algumas pessoas simplesmente tentarem me ver ou ficar falando com o nada, esperando que eu responda.


– É... sobre hoje mais cedo, sobre o Tom... eu queria lhe dizer que ele é assim mesmo. É o normal dele – ele disse hesitante como se esperasse que eu dissesse que seu irmão iria para o inferno mais rápido do que eu.


– Vai ver ele está certo – eu disse simplesmente – Pelo menos ele não esconde o que pensa, melhor mostrar que na verdade é um cara de uma noite, do que fingir ser fiel e te trair quando menos esperar.


– Você devia gostar muito dele, não é? – Bill perguntou me olhando triste, como se tentasse descobrir o que eu sinto. Eu corei e o olhei brava por ter perguntado aquilo.


– Um pouco, mas isso já é passado. Ele está morto e eu também. Gostar ou não de uma pessoa não é muito importante agora – eu disse secamente.


– Qual era o nome dele? – ele perguntou de repente.


– Mas... ah, é Lukas Kamark... por que?


– Lukas Kamark, se estiver me ouvindo, você é um completo idiota – ele disse olhando para o teto, talvez esperando que ele ouvisse mesmo o que ele havia dito.


– Quem é um idiota, Bill? – Nathalie disse entrando no quarto e olhando atônita para ele.


– Ah! É... esses sapatos idiotas, já estão ficando apertados! E olha que comprei mês passado – ele disse calmamente, tentando não parecer um idiota. Em minha opinião, ele estava se saindo razoavelmente bem.


– Os outros já estão pronto, eles disseram para você se apressar – ela disse parecendo não perceber que ele havia acabado de mentir.


– Tudo bem, já estou pronto. Vamos indo – ele disse pegando um casaco de couro que realmente deixava o meu no chinelo.


Eu estava começando a ficar meio pasmada com esse cara, ele xingou meu ex-namorado! Não que eu não tenha gostado, mas isso é realmente estranho, afinal eu só contei a minha versão da história, como ele pode saber que não sou eu a idiota? Talvez eu não tenha contado que naquela noite eu havia brigado com Lukas e tinha ido sair com minhas amigas, e que fiquei tão bêbada que acordei no sofá da casa de um amigo de uma amiga de uma amiga minha.


Mas juro perante todos e até Deus sabe que não o trai em nenhum momento sequer! Eu gostava dele realmente, fiquei arrasada quando descobri o ocorrido, sei que o que fiz foi errado, mas... eu não sabia o que fazer. Às vezes penso que se eu pudesse voltar no tempo, eu não teria feito o que fiz e de certa forma eu queria estar viva ainda.


– Bill – eu disse quando estávamos no elevador, disse baixinho o suficiente para ele não se sentir tenso ao me ouvir falar – Obrigada.


Ele sorriu e deu de ombros como se dissesse de nada. Apenas fiquei ali no elevador, com os dois, tentando não me sentir tão vazia quando eu estava. Na verdade era a primeira vez nesses três meses que eu não me sentia tão sozinha. Deve ser o calor humano.


 


Estava uma correria no backstage, várias pessoas tentando arrumar tudo de última hora ou verificando se nada vai ocorrer errado. Bill estava tomando um chá para acalmar os nervos e para preparar sua voz, mesmo que ele vivesse fazendo isso, ainda parecia ficar ansioso, por que suas mãos tremiam enquanto segurava a xícara.


Eu já tinha ido a shows quando eu era viva, eu realmente amava aquela sensação de um monte de gente junto com você, cantando a mesma música e sentindo a mesma emoção. Mas nunca fiquei em um backstage, era engraçado ver como tudo acontecia antes de finalmente o show começar.


Mas meu trabalho não seria apreciar nada, seria procurar alguém para o Bill. Vou ter que olhar naquela platéia e achar uma fã perfeita, alguém que combine perfeitamente para ele. Acho que vai ser um pouco difícil, pelos gritos que estou ouvindo lá, tem realmente muita gente.


– Está na hora – disse um cara que se chamava David Jöst – Podem entrar.


Todos da banda suspiraram fundo, como se isso desse mais confiança e partiram para o palco decididos a fazer um ótimo show. Decidi só ir para lá depois que perdesse Bill de vista, afinal não queria que ele ficasse tenso com minha presença ou que eu o atrapalhasse.


Quando ele sumiu, saí da cadeira que eu estava sentada – que curiosamente ninguém havia sentado, eu digo, humanos são estranhos, eles sabem quando você está por perto – e parti para o palco enquanto a música estourava pelos amplificadores.


Hei, a música deles são legais! Eu nunca tinha ouvido antes, e há aquela sensação contagiante, olha todo mundo cantando e gritando! Tudo bem, é melhor eu parar de pensar na música e me concentrar no meu verdadeiro objetivo... achar alguma garota boa nessa maré de gente! E quanta gente! Tem muitas garotas!


Tudo bem, vou me concentrar. Voei pela multidão, tomando cuidado para Bill não me ver em nenhum momento se quer, não queria que ele visse minha verdadeira intenção. Vamos ver... essa é estranha, essa tem a raiz por fazer (o Bill não vai gostar), essa é loira oxigenada (me lembra a maldita garota da sala 203 da classe de Relações Públicas!), essa grita muito para o meu gosto, essa está misturando estampas (isso é brega), essa parece que veio de outro mundo... calma, vou achar algo.


Olha! Tem uma garota que parece ser legal... ah, não, ela tem dente encavalado, não dá. E aquela? Ela tem um cabelo bonito e bem cuidado, está vestindo roupas legais e tem olhos bonitos também. Acho que ela serve, talvez eu devesse apresentá-la ao Bill. Só falta descobrir um jeito. Vou ficar de olho nela o show inteiro, e tentar chamar a atenção dele para ele encontrar um jeito de vir aqui ou chamá-la no palco.


Então apenas fiquei flutuando um pouco acima da cabeça dela, agora apreciando o show. Era realmente estranho, quero dizer, ver seu protegido ali, famoso, cantando em plenos os pulmões, transmitindo uma sintonia que vinha dele para o público. A cada batida da música, a cada vibração de cordas, a cada som que a voz dele fazia, tudo parecia se encher de algum sentimento que não havia nome, era só bom de sentir.


Queria ter conhecido essa banda enquanto eu estava viva , igual conheci Crashdïet e talvez estampar meu quarto com vários pôsteres e ficar cantando as músicas deles no banheiro, enquanto tomava banho. Mas é só nós morrermos para nos arrependermos de tudo que fizemos. O jeito agora é tentar corrigir os erros, é o máximo que posso fazer.


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