Angels Dont Cry escrita por dastysama


Capítulo 4
Capítulo 4 - Faça seu trabalho, não decepcione


Notas iniciais do capítulo

Este eu dedico para a Fran, que pediu pot mais um capítulo



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– Hey, não fique assim – eu disse voando da cama em direção a ele – Agora você tem a mim, sei que talvez não seja tão incrível assim, mas vou te ajudar, você vai ver.


– Obrigado – ele disse finalmente levantando os olhos do chão e me dando um sorriso – Agora o que preciso mesmo é encontrar um jeito de te apresentar para o resto da banda, já que você vai ficar com nós por um tempo.


– Não precisa, só você pode me ver. Ninguém mais, a não ser que eu me materialize, mas geralmente é proibido. Ainda mais uma pessoa como eu que sempre está causando confusão.


– Então eles vão me achar louco, se me verem falando sozinho com você. Não consigo calar a boca às vezes, você vai ter que me aguentar.


– Na verdade, a maior parte do tempo você vai ter que me ouvir, então falar não vai ser tão necessário. E tente não falar mesmo, a não ser que queira ser taxado de louco e que te internem – eu disse da maneira mais calma possível, mas saiu meio impertinente, como se eu fosse mandona ou algo do tipo. E, bem, eu era a maior parte do tempo.


– Tudo bem, eu vou tentar – ele disse, mostrando que realmente ia se esforçar – Vamos dar o nosso melhor.


– Bill? – alguém disse batendo na porta – Você está acordado? A comida que pedimos já chegou.


– Já estou indo – ele disse se levantando abruptamente, e olhando para mim como se pedisse para não fazer nada de estranho. Ele que devia tomar cuidado, não eu.


Bill foi até a porta e a abriu, quem estava lá era um cara de cabelos castanhos e compridos, com olhos muito verdes e faiscantes, se vestia com roupas pretas e caras. Pelo visto, devia ser da banda também. Ele trazia várias caixas na mão e pelo cheiro, logo notei que era pizza. Se eu fosse viva, meu estômago estaria se revirando nesse exato momento.


– Trouxe as pizzas – Georg disse indo até uma mesinha e colocando uma das pizzas lá, logo que ele levantou a cabeça, ele lançou um olhar para mim. Pelo visto, ele havia sentido minha presença, mas ele não prestou muita atenção, então simplesmente voltou a se virar para Bill – Eu ia levar para o Tom, mas pelo visto a comida já chegou lá faz tempo!


– Ou talvez ele esteja faminto – Bill disse rindo – Pelo menos deixe na frente da porta dele se ele demorar a atender.


– Vou esperar, se ele não vier, essa pizza já é minha também – ele disse indo embora com mais duas caixas de pizza.


A porta se fechou e eu percebi como Bill estava tenso, talvez ele tivesse um pouco de medo que os outros me descobrissem ou que simplesmente eu aprontasse algo. Talvez eu desse motivos para ele pensar que só causo confusão, e bem, ele está certo. Só um pouquinho.


– Você não pode comer, não é mesmo? – ele perguntou indo até um frigobar e pegando uma latinha de coca-cola, depois se sentando em uma das poltronas do quarto e já abrindo a caixa de pizza.


– Não, eu morri – eu disse falando isso pela milésima vez – Sei que não parece, afinal a minha forma está como uma pessoa viva, mas não posso comer, respirar nem dormir.


– Isso é meio chato, não é? – ele perguntou pegando um pedaço de pizza de queijo com alguns legumes em cima. O que há de ruim com uma pizza de calabresa? – Morrer? É ruim?


– Na verdade não – eu fiquei pensando por um momento – Afinal parece ser entediante, mas as coisas passam mais rápido do que você pensa. Parece que foi ontem que morri, e faz dois meses.


– Uou! Não faz muito tempo. Mas você se arrepende do que fez, não é? – ele disse dando uma mordiscada na pizza – Ele realmente parecia interessado no assunto morte, algo não muito adorável de se falar com uma pessoa que já morreram. Mas deixo isso passar.


– Me arrependo de ter dado tudo errado. Não era para eu ter morrido... mas eu também não devia ter tentado matar meu ex-namorado – eu disse pensativa – Acho que seu pudesse voltar no tempo, eu acho que só teria espancado ele ou algo do tipo. Não tentaria matá-lo.


– Isso também não é muito bom – ele disse se engasgando com a pizza – Você devia ter simplesmente dado as costas, sei que foi um choque, mas era o melhor que podia fazer. Ele não merecia alguém que o amava tanto a ponto de te trair.


Eu pisquei várias vezes tentando entendê-lo. Primeiramente pensei como ele era bobo, do tipo que não faria mal a uma mosca e achava que o mundo era fácil. Mas com quem eu estava querendo discutir? Ele tinha tudo. Então logo depois vi que ele estava certo, que talvez pensar e refletir eram o melhor que eu poderia ter feito. Por um capricho, eu havia acabado com minha própria vida.


– Bem, agora não adianta chorar pelo leite derramado. Eu já estou morta e os dois malditos também. Estão no paraíso vivendo juntos entre árvores frutíferas e campos de flores – eu disse com raiva – Enquanto eu estou aqui tentando uma vaga lá também.


– Quer dizer que se você conseguir me ajudar, você vai para o Paraíso?


– Isso mesmo – eu disse sorrindo – Então vai ser uma troca, entendeu? Vamos estar nos ajudando reciprocamente. Se tudo der certo, Deus vai me deixar ir finalmente para o lugar aonde devo estar.


– Espere... – ele disse pensando, como se algo não tivesse entrado na sua cabeça ainda – Deus existe?


– Claro! E ele é bem irônico se quer saber, sabe de tudo que você sente ou pensa, mas ele é legal... – eu disse pensativa – Pelo visto ele está dando o melhor dele para me tornar uma pessoa melhor. De certa forma, não quero que ele se decepcione.


– Não sei se vou conseguir achar alguém para mim, afinal estou desacreditando no amor. Mas talvez eu ache alguém legal o suficiente para eu me apaixonar aos poucos e poder te ajudar – ele disse simplesmente, dando um sorriso para mim, isso me fez ficar constrangida.


– Hey, sou eu que vou te ajudar, entendeu? Não venha com doações para cima de mim. Tenho que fazer isso por você e por mim mesma – eu disse cortando o assunto. Tudo bem, eu sou assim a maior parte do tempo, extremamente orgulhosa e teimosa. Ele teria que se acostumar.


– Ah, desculpe – ele disse se levantando – Agora vou tomar banho se não se importa. Fique aqui, está bem?


– Claro que vou ficar – eu disse ficando vermelha de repente – Não vou espionar você enquanto está tomando banho. Além de que não tem muito que olhar, você é tão mirrado.


– Obrigado – ele disse me fuzilando e com uma voz realmente brava. Acho que ele não gostava que falassem sobre sua forma física.


Bill abriu uma porta que havia no canto do quarto e entrou no banheiro. Fiquei ali apenas o esperando, olhando para a pizza enorme e para o resto do quarto. E que quarto! Ele era do tamanho da minha casa inteira praticamente, com uma parede vermelha e o resto todo branco, com uma cama gigantesca. Havia também a parte onde eu estava, com sofás e poltronas dispostos a frente de uma televisão de 48 polegadas e um som. Se eu fosse ele, realmente não me importaria com namorados, viveria a vida assim mesmo, ricamente perfeita.


Mas tenho que dizer que ele é estranho, afinal ele vestia roupas da Dior e era todo politicamente correto – tirando a parte de fumar ou talvez outras coisas que ele faça – a maior parte do tempo ele parecia ser uma pessoa boa. O contrário de mim em quase todos os sentidos. Talvez seja por isso que Deus me escolheu para ajudá-lo, ele quer que eu aprenda com Bill como ser uma pessoa razoavelmente boa para ir para o Paraíso.


– Que enrascada você me colocou, viu? – eu disse falando para Deus, com certeza ele estava ouvindo e rindo de mim nesse momento – Espero que você saiba o que está fazendo. Quero dizer, você sabe com toda certeza. Eu que não sei.


Droga. Maldita droga!


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Notas finais do capítulo

Tudo bem, eu adoro postar capítulos, mas tenho que ir com calma SHUHASUHUAS já postei 4 por hoje! Chega, chega!



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