Angels Dont Cry escrita por dastysama


Capítulo 39
Capítulo 39 - Ame de verdade




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Eu estava na frente do hotel de Bill, ele havia me convidado para ir até lá ontem. Claro que tive um déjà vu quando vi o lugar, afinal eu já tinha estado ali antes talvez em realidade ou em sonho, eu não sabia. Caminhei até ele e atravessei o Hall para falar com a atendente. Ela havia me dito que eu podia subir, pois Bill já havia avisado sobre minha vinda.


Fui para o elevador meio nervosa, me olhei no espelho para ver se eu estava decente. Eu usava um top roxo e decente – bem decente, ouviu? –, saia roxa com alguns rebites, meia calça preta, sapatilha preta e meu casaco de couro. Ah, está bom, não está?


O elevador abriu e eu empurrei a porta do andar único que deu para o quarto tão conhecido de Bill. Ele estava sentado na cadeira de ferro preta com estofado branco perto de uma mesa da sacada, com uma taça de vinho na mão. Quando eu apareci, ele olhou rapidamente para mim.


– Hedvig! – ele disse colocando a taça de lado e se levantando – Você veio!


– Claro – eu disse o abraçando, enquanto ele pegava meu rosto e beijava meus lábios – Você falou que precisava falar comigo e aqui estou.


Ele pegou em minha mão e me levou até a mesa onde ele estava sentado, era tão romântico ver a Torre Eiffel da janela da sacada, ainda mais tomando vinho, algo tão parisiense! Eu me sentei em uma cadeira perto da dele, enquanto ele colocava vinho em outra taça para mim. Hedvig, prometa não beber demais, não queremos que tenha outra coma alcoólica!


– Já tentou se comunicar com a Academia de Belas Artes? – Bill perguntou enquanto tomava meu primeiro gole. Ele queria dizer algo, mas estava enrolando... hum... – Quero estar aqui quando você me disser que entrou.


– Ou que não entrei – eu disse dando de ombros – Quando você vai embora?


– Pare de ser negativa, eu sei que você vai entrar e será a melhor artista plástica de Paris. Vou embora quarta-feira que vem para passar o Natal com minha família e pretendo levá-la – ele disse lançando um olhar para mim, então me engasguei com o vinho.


– Vou passar o Natal com sua família? – eu disse tentando me recompor, apesar de estar tossindo muito – Eu? Mas como? Não estou preparada!


– Não é nada demais, você já conhece o Tom – Bill disse brincando com a taça, ele estava se divertindo muito com minha reação – Tem a minha mãe, com certeza ela vai aprová-la. Tem meu padrasto também que é ótimo, você vai adorá-lo e meus cachorros! E eles também são mansos se quer saber.


– Mesmo assim, eu nem sei como vou agir, eu nem sei o nome da sua mãe! Não sei muito sobre sua família!


– Você vai aprender com o tempo, e a propósito, o nome da minha mãe é Simone. Não precisa ter medo, tudo vai ficar bem – ele disse segurando minha mão, mesmo assim não me acalmei, isso foi uma surpresa e tanto!


Decidi que beber outro gole de vinho me acalmaria, então olhei para a mesa e notei que havia algo do lado da garrafa, era uma rosa, mas não parecia ser uma rosa de verdade, havia algo estranho... então a peguei e fui analisar o seu botão, na verdade ela era feita de camurça vermelha e havia um risco no meio dela. Então percebi que era para abri-la, levantei cuidadosamente a tampa dela com meu coração martelando no peito. Lá estava um anel prateado, com um diamante cintilante no meio que parecia brilhar tanto quanto a Torre Eiffel atrás de nós.


– Hedvig Nondenberg – Bill disse sorrindo para mim – Você aceita namorar comigo oficialmente?


– Ah... mas... o que? É... ahn? – eu mais gaguejei do que falei algo coerente. Meu coração estava saindo pela boca e eu estava tremendo tanto enquanto segurava o anel. Calma, Hedvig, é apenas anel de namoro, imagine quando ele te pedir em casamento!


– Respire fundo e pare de tremer – ele disse rindo de mim – Você já me disse coisas piores do que um não.


– Não! Quer dizer, não é não que quero dizer – eu disse ficando rubra e tentando organizar as ideias – Claro que sim! Eu aceito... é tudo que eu mais quero e...


Ele tirou o anel da flor e segurou a minha mão direita, então colocou o anel delicadamente em meu dedo anelar. Bill tirou outra caixinha do bolso e a abriu, mostrando seu anel e mostrando-o para mim. Com a mão tremendo eu toquei a superfície gelada do anel e segurando a mão de Bill, coloquei em seu dedo também.


– Pronto – ele disse suspirando – Até que foi difícil, fiquei com meu coração na garganta.


– Achou que eu iria recusar? – eu perguntei pasmada.


– Não sei, achei que talvez um outro relacionamento poderia te assustar.


– Sou Hedvig Nondenberg e nada me assusta!


– Você parecia bem assustada quando viu o anel – ele disse rindo.


– Fiquei surpresa, isso é diferente de medo. Não tenho medo de ficar perto de você, Bill e sim longe – eu disse ficando vermelha quando disse isso o fazendo parar de rir e me olhar seriamente.


Ele passou os dedos pelo meu rosto delicadamente, acariciando minha pele enquanto se aproximava de mim para me beijar. Seus lábios tinham o gosto do vinho doce que tínhamos acabado de beber, o que me deixava mais sedenta por ele. Aproximei-me mais dele, até sentar no seu colo, onde o envolvi com meus braços enquanto as mãos dele dedilhavam em volta do meu corpo.


Meu casaco de couro caiu no chão, então comecei a puxar a camiseta dele de gola alta para fazer companhia ao meu casaco. Comecei a descer meus beijos, passando pelo seu maxilar, pelo seu pescoço, por sua clavícula, até chegar em seu peito onde havia um piercing que envolvi com minha língua o fazendo gemer.


Bill me pegou em seus braços e levantou da cadeira, me empurrando até a cama, onde eu me deitei e ele veio logo em seguida me beijando intensamente. Ele passou a mão pelas minhas costas, tirando o meu top e o jogando longe, enquanto eu desabotoava as calças dele para finalmente ele poder se ver livre delas.


Logo todas as nossas roupas estavam no chão do quarto e nossos corpos unidos pela primeira vez de verdade. Seus lábios passavam pelo meu corpo me dando arrepios e deixando minha pele ficar em brasa, isso parecia mais real do que a última vez, que estava vaga nas minhas memórias. Pelo visto, eu continuava tão virgem quanto antes, afinal eu senti uma dor lancinante quando ele me penetrou – com camisinha, não se esqueçam disso! –, mas logo isso foi ocupada pela onda de prazer que se apoderou de mim.


– Eu te amo, Hedvig – Bill sussurrou ao meu ouvido, ofegante.


– Eu também – disse o abraçando enquanto eu tentava recuperar um pouco do ar que sumira dos meus pulmões.


Ele me beijou novamente, enquanto me envolvia em seus braços. Deitei a cabeça em seu ombro, enquanto encarava aqueles olhos castanhos líquidos e quentes, que tinham aquela chama tão conhecida por mim. Eu me sentia feliz, agora realmente acreditava que minha vida iria tomar um rumo certo, que eu iria passar na Academia de Belas Artes e que traria orgulho para todas as pessoas ao meu redor. Na verdade, não importava se eu falhasse, desde que tivesse aqueles olhos me mirando e dizendo que tudo estaria bem.


O colar no meu pescoço ainda mostrava que nos conhecíamos de algum lugar distante, de uma realidade que parece nunca ter acontecido, mas para nós, realmente ocorreu. Talvez eu pudesse acordar agora e descobrir que além do colar, agora eu havia um anel vindo dos meus sonhos, eu poderia realmente fazer tudo que eu fizera para voltar aos braços dele.


– Às vezes me pergunto o que você viu em mim – eu disse enquanto ele passava a mão em meus cabelos, tirando uma mecha do meu rosto.


– O que eu vi? Eu vi luzes e ouvi o coral de anjos atrás mostrando que você era a pessoa para mim – ele disse sorrindo zombeteiramente – Eu vi uma garota linda e incrível, que era forte, corajosa e podia fazer qualquer coisa sem medo de errar. Vi a garota divertida que sempre me fazia rir, mesmo depois de dizer duras verdades que me faziam chorar. Vi a garota que gostaria de passar o resto da minha vida ao seu lado.


– Você não pode ter visto tudo isso da primeira vez – eu disse sem-graça.


– Não vi, mas acho que não me importaria de perder todo o meu tempo só para descobrir tudo isso sobre você.


Então eu soube, naquele instante, que nada poderia me tirar dele. Espero que eu não esteja errada.


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Notas finais do capítulo

Geeeeeente que capítulo mais dificil de escrever! Tentei colocar umas cenas pervertidas só para testar, pq nunca antes havia escrito cenas assim. Pelo visto não saiu aquela coisa, tentei fazer da forma mais sutil possível. Mas acho que ficou bom Espero que aprovem