De acordo com a realidade... escrita por maddiesmt


Capítulo 14
cap 14- A viagem


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente gostaria de agradecer todo o carinho que vendo recebendo d vcs!E tão bom quando você vê que algo que você gosta atinge as pessoas de forma positiva!A tds vcs o meu mtu obg!
Segundamente: Gostaria de pedir desculpas para os fãs do casal Zeliana por não ter conseguido abordar o romance do casal do jeito que vcs esperavam nesse cap.
Eu juro que tentei escrever algo mais ousado e picante mais a imagem desses dois é tão pura pra mim que eu tive um total bloqueio na hora d escrever...esperem cenas romanticas, poeticas e fofas... por enquanto...prometo fazer o meu melhor para evoluir nesse aspecto..
Terceiramente: o cap 14 ficou mtu grande então to postando a primeira parte a segunda ( q eu vou chamar de cap 15 msm=P) vai ser postada amanha(eu espero=P).
Sem mais...boa leitura!



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–Epaminondas, você já não acha que está na hora de chamar o seu filho Ferdinando para voltar para esta casa? – Catarina dizia entre um gole de chá e um rodopio pela sala.

–É bem verdade Catarina...que essa história ja levou tempo demais. Se o Ferdinando entendesse o quanto essa candidatura dele é importante para mim...primeiro deputado...e quem sabe um dia o mais novo prefeito da cidade. Não foi para isso que eu mandei ele estudar direito no exterior? E o q ele me faz ? Me volta um engenheiro agrônomo! Ai...não sei Catarina mais esse meu filho so andou me dando desgosto.

–A é? Desgosto? E não foi esse filho desnaturado que encontrou o Lepe? Não foi esse traste como você mesmo o chama que resolveu a confusão que aquelazinha da sua ex mulher aprontou? E não é esse engenheiro agrônomo que ta cuidando da loja e da plantação do Seu Pedro Falcão?

–Mas o que?!

–É isso mesmo que você ouviu Epaminondas!- Catarina gritava de forma esganiçada...nenhuma novidade para os moradores da casa grande. – O seu filho a essa hora ja deve ta embarcando para uma reunião de trabalho lá na capital!

–Mas não pode ser! –Epaminondas estava surpreso e começava a tentar dar um fim na situação estabelecida por ele mesmo.

*

Gina e Ferdinando se dirigiam para o portão de embarque da rodoviária quando ouviram um chamado de longe.

–Eh Ferdinando! – O rapaz se olhou para encontrar Seu Pedro Falcão e a esposa correndo para alcança-los porém os dois paralisaram no meio do caminho e o engenheiro achou melhor ir de encontro ao casal.

–Olá Seu Pedro aconteceu algo?

Os dois continuaram paralisados olhando algum ponto atrás do rapaz. Ao se virar Ferdinando sorriu ao ver Gina seguindo em sua direção e teve certeza que a reação do casal se deu pela visão da filha tão elegantemente arrumada.

–Mas minha filha você ta que nem uma princesa! –Dona Tê tinha lágrimas nos olhos.

–Que princesa o que mãe! E pode parar de ficar me olhando com essa cara senão eu volto pra casa agora!-Gina foi ríspida o suficiente para todos entenderem que, apesar das roupas diferentes,ela continuava do jeito que sempre foi

–Não não não Gina! Eles so estão encantados, como eu fiquei, ao ve-la assim...não é seu Pedro, dona Tê?

–E sim filha! Nos viemos aqui pra desejar boa sorte pra vocês...e porque a mãe queria ver se você ia mesmo...viu mãe ela ta indo agora vamo embora- Seu Pedro falou sem graça.

–Ta bom!Juízo vocês dois viu?!

Ferdinando apenas balançou a cabeça afirmativamente enquanto observava o casal se afastar e recebia um olhar desconfiado da ruiva ao seu lado.

–Vamos Gina?- Ferdinando ofereceu o braço para a ruiva que o ignorou e seguiu para a plataforma de embarque.

Chegando lá entregaram os tickets e Ferdinando, sendo o cavalheiro de sempre e o espertinho da situação, pediu para que a ruiva entrasse primeiro e foi o que ela fez inocentemente enquanto era observada de cima a baixo pelo engenheiro que mordia os lábios na tentativa de não salivar.

–Ai...que essa viajem vai ser longa e perigosa –Ferdinando deu um suspiro demorado e se juntou a moça que ja estava sentada na poltrona ao lado da sua.

*

Zelão trazia flores e um coração que parecia lhe doer de tanto que batia. Quando Juliana abriu a porta e o encontrou ali, com um buque nas mãos, os olhos de mistério e o sorriso apaixonado percebeu que não conseguiria mais viver sem o homem que a encantava.

–Pra você minha princesa!

–Ai Zelão elas são lindas! Muito obrigada! Agora entre...entre!- Juliana pegou as flores e imediatamente as colocou em um vaso que tinha guardado para esse tipo de situação que no caso...só acontecia com ela naquela casa.

Ao retornar para a sala Juliana ligou o som que começou a tocar um jazz calmo e tentador aos ouvidos do segurança.

–Que bom que você conseguiu folga no trabalho hoje! – Juliana disse sorridente ao sentar do lado do rapaz no sofá.

– Parece que o patrão foi resolver uns problemas pessoais hoje e acabou dispensando todo mundo. E a escola?

–Ah é...essa semana começaram os jogos internos dos pequeninos...é um período que eles ficam sendo de responsabilidade dos professores de educação física portanto...fiquei de folga! –Juliana disse, o sorriso cada vez mais malicioso.

A moça se levantou e foi buscar duas taças.

–Vinho?

–Claro!

Entre um vinho, e um beijo, Zelão e Juliana começaram a conversar amenidades...um esperando que o vinho tornar o ambiente mais relaxado e descontraído enquanto a outra apenas esperava uma atitude do namorado.

*

A viagem estava sendo tranquila para Gina apesar de sentir os olhos de Ferdinando em sua direção de 5 em 5 minutos. Ela resolveu ignorar a atenção do rapaz e continuou escutando música no celular.

Ferdinando não conseguia tirar os olhos da ruiva ao seu lado...e ele sabia que ja estava fazendo papel de adolescente apaixonado.

Os olhos dele passeavam pelo corpo dela...oras fixando em suas pernas bem torneadas, ora em sua face concentrada escolhendo a próxima música.

–O que você tem Ferdinando? –Gina ja estava ficando incomodada.

–Nada não Gina....na verdade.

Gina o olhou de forma que o engenheiro continuasse imediatamente o que queria falar.

– Eu não quero lhe pedir nada Gina mas seria bom que você tivesse cuidado na hora de falar com o tal ex prefeito.

– Quando você tiver falando por que eu não vou falar nada não.

–É isso mesmo a gente chega lá você cumprimenta o homem e é isso...deixa o resto comigo.

–Eu ja to sabendo disso Ferdinando a Juliana ja me explicou tudo.

–A sim Juliana ...eu ja devia saber.

–Mas e se aquele ex prefeitinho começar com grosseria pro seu lado.

–Isso não vai acontecer...e se acontecer pode deixar que eu me resolvo.

–Ta certo! To indo lá pra ficar parada que nem um dois de paus.

–Ora essa você esta indo na qualidade de filha do amigo dele e como namorada do engenheiro agrônomo de confiança do seu Pedro Falcão...no final não precisará falar nada. Apenas a presença exuberante da dama que você é bastará.

Gina arregalou os olhos e não conteve a replica ríspida.

–Mas eu não sou dama e muito menos sua namorada!

–E você é o que Gina?

–Eu sou a Gina e só. E você larga de besteira senão eu peço para o motorista parar esse ônibus e eu volto pra casa andando.

–Larga de bobagem Gina, você não vai pedir para o homem parar o ônibus! Você não está viajando sozinha!

– A mais nós dois ja vamos começar a brigar e?

–Você que ta começando e só você continuar eu sou inté capaz de calar essa sua boquinha linda com um beijo daqueles.

–Você pare com essa mania sua em? Se você tentar aquilo de novo eu lhe mordo de arrancar pedaço e ainda lhe parto as fuças! – dizia Gina com a mão aberta pronta para um tapa .

–To brincando... to brincando..é só pra aliviar a tensão! Fique tranquila que vai dar tudo certo.

–Ora essa eu to tranquila Ferdinando pelo menos eu tô tentando ficar né.

Ferdinando a olhou intensamente de forma que ela começou a sentir as ondas azuis dele a levarem pra longe.

O rapaz trouxe a mão dela para o seu próprio rosto e a marcou com vários beijos.

–E você pode ficar tranquila Gina...que eu vou lhe proteger de tudo nessa vida...você tá entendendo? Eu vou lhe proteger Gina!

–Por que que você ta dizendo isso? –Gina estava confusa e a intensidade do olhar dele não estava ajudando.

–Por que...- O rapaz começou a se aproximar da ruiva de forma devagar porém ao mesmo tempo predatória - Eu lhe amo Gina!

Os olhos do engenheiro se fecharam, os lábios estava a procura da boca doce dela. E Gina não pode resistir ao ve-lo tão perdido em sua direção...perdido e...confiante?! Foi então que ela despertou.

–Mas eu vou mudar de poltrona!

Ferdinando se assustou com o ato da moça e a bloqueou a tempo dela se levantar.

–Não tudo bem tudo bem...eu paro...mas um dia você vai ter que acreditar em mim minha princesa!

–Você pare de bobagem e vamo continuar a viagem de forma tranquila é que é!

*

Juliana e Zelão estavam entretidos no filme e cada vez que um momento de suspense aparecia na tela da televisão a moça abraçava fortemente o rapaz que a olhava ternamente e dava vários beijos no rosto da amada.

O filme acabou cedo demais para ele que ainda não sentia o clima apropriado para os pensamentos ousados que andava tendo porém para a professora o filme durou uma eternidade assim como estava demorando a atitude do amado de fazer um avanço necessário na relação.

Foi então que a moça deixou pra trás toda a compostura e decidiu ser ela a primeira a apimentar as coisas...ja que não teriam o dia todo.

–A gente vai ver outro filme? –Zelão perguntou aleatoriamente porém ao notar o olhar malicioso da professorinha desconfiou da resposta imediatamente.

–Não Zelão...a gente não vai ver outro filme...- Juliana se aproximou sedutoramente do rapaz que a enlouquecia so com o olhar.

–E o que a gente vai fazer?

–Você não tem nenhuma ideia – Juliana falava entre beijos fazendo o caminho entre o pescoço e o ouvido do rapaz...onde ...sem cerimonia nenhuma lhe dizia “segredos de liquidificador”

Zelão sentia a mistura de sensações lhe tirar do sério, ela estava ali...tão desejosa quanto ele, uma beleza quase inocente lhe dando arrepios com ações tentadoramente maléficas.

–Você não faça isso comigo...que eu não me controlo...e eu preciso lhe respeitar Juliana.

A moça parou as carícias, colocou o rosto do rapaz entre suas mãos e o olhou nos olhos.

–Não Zelão...eu não quero que você me respeite...eu não quero que você se controle...eu quero ser sua! E agora! –Juliana o lançava um ar malicioso misturado com um desejo gritante.

Não podendo mais se controlar e com um pedido desses Zelão a pegou no colo e a levou para o quarto dela como apenas um verdadeiro príncipe levaria uma princesa.

*

Ferdinando contemplava, com um sorriso no rosto, a ruiva dormindo serenamente em seus braços.

Em algum momento entre a briga que tiveram e a parada do ônibus para reabastecimento a jovem deixou o cansaço falar mais alto e acabou desabando sob o engenheiro que sem demora a abraçou ternamente. Pegou o blazer vinho que tinha tirado logo no começo da viagem e colocou sob as pernas da moça para evitar que sentisse frio.

Enquanto seus pensamentos voavam entre lembranças e pedidos de que a viagem não acabasse, o rapaz fazia pequenos carinhos no braço da moça que estava repousado no seu peito. Cada vez que sentia a respiração dela tão próxima ao seu pescoço ou quando ela se aconchegava ainda mais em seu peito, Ferdinando tinha certeza de que não iria se acostumar com a ausência dela desse jeitinho mesmo que estava...nos seus braços.

O ônibus parou dando a ele a difícil missão que seria tira-la do sono tranquilo em que se encontrava.

O rapaz parou o carinho que fazia nos braços da moça para leva-los ao rosto da mesma.

–Gina...minha querida...acorde...chegamos. –Sussurrava o engenheiro.

Gina apenas se aconchegou mais nos braços do rapaz e continuou desacordada fazendo com que ele tentasse outra tática. Com calma começou a espalhar pequenos beijos no rosto da amada enquanto repetia a frase que não a acordou.

Gina sentia-se tão bem, tinha dormido feito uma pedra e até sonhar ela sonhou. Mas, ao perceber onde estava e quem a estava acordando de forma tão ousada, tratou de substituir o sorriso por uma cara de profundo ódio.

–Mas o que você pensa que tá fazendo Ferdinando! Me solta!

–Calma Gina so estava tentando lhe acordar! E além disso foi você que procurou os meus braços para se aconchegar.

–Eu tava dormindo seu porqueira! E você se aproveitou!

–Se eu quisesse mesmo me aproveitar de você eu não teria lhe dado o meu blazer para que você não morresse de frio, não teria lhe observado dormir com a preocupação para que você não tivesse pesadelos, não teria tido como único objetivo lhe oferecer o conforto que eu não tive nessa viagem!

Gina permaneceu calada enquanto via o jovem engenheiro pegar suas coisas e sair rapidamente do ônibus.

– Ferdinando – Gina andava rápido na direção do rapaz que se virou ainda com uma certa mágoa nos olhos. –Olha ...me desculpe.

Percebendo que era o máximo dela que ele iria obter o moço apenas consentiu e seguiram juntos para o escritório do ex prefeito que era bem perto dali. Os dois com um único pensamento na cabeça de que essa viagem realmente iria ser longa.


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