De acordo com a realidade... escrita por maddiesmt


Capítulo 13
Cap 13 - Decisões.


Notas iniciais do capítulo

Bom gnt postando mais cedo hj pq é sexta e eu tnho q ir socializar..sab como é...tm um balde de chopp me esperando bem ali...mas é claro q eu n iria esquecer d vcs...portanto...postando cedo..espero q gostem do cap.



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–E você ja sabe o que pretende fazer com isso tudo Ferdinando? – Catarina perguntava com um olhar preocupado e mãozinhas nervosas.

–Eu... tenho certeza Catarina...eu a amo! E não vou desistir dela! Eu lhe juro...eu vou conquista-la!

Enquanto isso no apartamento dos jovens a mesma pergunta era feita para a outra parte envolvida na estória.

–E você ja sabe o que vai fazer com essa descoberta minha amiga? –Juliana perguntava curiosa.

–Ja sim!

–E ai? Vai rolar namoro? –Disse Juliana cutucando a amiga com um sorriso bobo. A ruiva, que nem sequer se mexeu na cadeira, olhou fundo nos olhos de Juliana que parou de rir e encontrou uma determinação intensa no olhar da amiga.

–Não! Eu vou esquece-lo! Eu lhe juro Juliana...eu vou sufocar esse sentimento dentro de mim!

*

O dia foi baseado em um jogo de gato e rato naquela casa. Ferdinando sentava na mesa, Gina saia. O rapaz perguntava alguma coisa e a moça o ignorava. Ela ia até a cozinha e ao notar a presença do engenheiro desistia de fazer o que quer que tinha ido fazer no local e saia sem nem olha-lo. Por fim a ruiva resolveu se trancar no quarto até que aquele feriado infernal acabasse.

Ferdinando estava confuso com toda a situação e resolveu perguntar pra fiel escudeira da amada o que diabos estava acontecendo.

–Juliana...posso lhe perguntar uma coisa?

–Claro meu amigo- Dizia Juliana sem tirar os olhos do mais novo romance que estava lendo.

–A sua amiga por um caso está me evitando?

Juliana tirou a atenção do livro e entrou em completo estado de batalha mental. Seria fiel a amiga e não diria nada ou daria a mesma a chance de felicidade revelando para o engenheiro toda a conversa daquela manhã?

–E...porque você pergunta?

–Ora essa porque ela mal falou comigo essa manhã, esta me ignorando e agora resolveu se trancar no quarto –Ferdinando enumerava nos dedos a quantidade de evasivas da moça em questão.

– Então vejo que você ja tem a sua resposta.

–E você por um acaso sabe o motivo? –Ferdinando a olhou desconfiado

Juliana não podia lidar com o olhar indagador do amigo enquanto que uma batalha épica acontecia muito além dos cabelos cor de rosa.

–Vamos Juliana !Eu sei que você sabe!

Juliana se levantou , fechou o livro e olhou bem fundo nos olhos do amigo. Tinha se decidido seria a Suíça nessa guerra.

–Eu acho...que você deveria perguntar isso pra ela. – Dizendo isso Juliana se retirou deixando um Ferdinando abismado. Se a própria amiga que sempre fora tão empolgada com tudo não quis lhe dizer...era porque o assunto era muito mais delicado do que imaginava.

Gina jogava o quinto livro para longe. Não sabia mais o que fazer para passar o tempo e tirar os pensamentos de um certo engenheiro.

Toda vez que fechava os olhos ela o via...com olhos sedentos de desejo, ainda sentia o calor do corpo dele, as mãos passeando sobre as suas curvas e o gosto irresistível que a boca dele tinha.

Acordava dos devaneios com as palavras “eu te amo” ecoando fortemente em sua mente. Aquilo não podia ser verdade...ele só estava querendo se aproveitar como sempre. E ela sentia o coração acelerar toda vez que lembrava que quase fizeram uma besteira sem tamanho. Saiu dos pensamentos ao ouvir uma batida em usa porta e resolveu não fazer barulho algum. Só abriria aquela porta em ultimo caso e apenas para Juliana. Não fazia isso para se proteger de Ferdinando...mas sim para se proteger de si mesma.

–Gina! Você está acordada? – a voz dele era suave e fazia com que os cabelos da nuca da ruiva se arrepiassem.

–Gina! Precisamos conversar...por favor abra a porta!

Gina pensou por um segundo, se levantou e caminhou lentamente em direção a porta estava quase tocando a maçaneta quando o ouviu falar baixinho do outro lado.

–Ela deve estar dormindo...- ele soltou um suspiro que ela pode identificar muito bem como sendo a liberação de um sentimento de frustração misturado com algo que ela não soube nomear.

Ao ouvir os passos dele se afastarem, Gina soltou o ar que havia prendido sem perceber.

Era melhor assim...

Os dias foram passando lentos de mais para Gina e Ferdinando...e rápidos de mais para Juliana e Zelão.

Os dois últimos agora não se largavam mais e aos poucos Zelão ia mostrando para a amada que os medos dela não tinham fundamento algum.

Juliana estava nas nuvens porém todo dia que chegava em casa se deparava com um clima tenso e deprimente que ja estava sugando sua energia. A apatia do casal de amigos a estava deixando agoniada.

Até que um belo dia o casal entrou em casa como a tempos não chegava...as brigas.

–Mas Gina! você ouviu o seu pai!

–Não interessa eu ja disse que não vou!

–E vai desobedecer as ordens dele?

Gina o olhou com uma raiva crescente nos olhos.

– Você não se meta nessa estória.

Dizendo isso Gina fez o caminho que agora ja lhe era habitual e Ferdinando ouviu a porta bater e lhe trazer lembranças ousadas.

–Devo dizer amigo Ferdinando que eu já estava sentindo falta das brigas de vocês. –Juliana ria do lugar onde estava sentada.

–Eu também minha amiga. –O rapaz exibia um sorriso satisfeito no rosto.

–Mas me conte! Por que tanta...brabeza da parte da minha amiga? –Juliana ria ao buscar uma palavra que amenizasse o gênio da ruiva.

–Você nem sabe Juliana! –Ferdinando dizia entre risos – O Seu Pedro Falcão me pediu pra ir falar com o antigo amigo dele, o ex prefeito da cidade para que ele pare com as ameaças politicas que vem fazendo aos comerciantes da região.

O caso é que Seu Pedro anda ocupado com os problemas da fazenda e me pediu para ir no lugar dele dizendo que eu saberia o que fazer e o que falar.

–Mas eu pensei que você não gostasse de política.

–E eu não gosto mesmo...porém vi ai uma chance de levar a sua amiga a um passeio comigo até a capital. –Ferdinando ria maliciosamente.

Juliana sorria surpresa e dava tapinhas leves no braço do amigo.

–Ai Ferdinando Napoleão como você é...um gênio do mal!

O rapaz não pode se conter com a comparação da amiga e agora gargalhava junto com ela.

–Mas pelo visto ela não está aceitando muito bem essa história.

–Não...ainda não...mas vai aceitar. Até porque eu falei pro pai dela que seria muito melhor ela ir comigo já que o tal ex prefeito a conhece e vai me ouvir com mais confiança.

–Mas você pensa em tudo mesmo! Que golpe baixo! É claro que ela vai ter que ir...Gina nunca foi o tipo de menina que desobedece os pais.

–E...sim...e isso é desde que nos erámos pequenos. –Ferdinando lembrou-se de um antigo episodio de briga que só terminou porque o pai dela e o pai dele exigiram que os dois apertassem as mãos.

–Peraí.. –Juliana disse colocando um dedo na frente de seus lábios fechados...sua mente estava trabalhando mais rápido do que palavras que poderia falar...portanto resolveu acalmar a mente e filtrar o que iria dizer.

–E quando vocês vão para a capital?

–Semana que vem eu acho.

–E vocês vão pela manhã e voltam só a noite né?

–Bom...Seu Pedro quer que peguemos o primeiro ônibus que sair em direção a capital e como não temos hora marcada exatamente e o ex prefeito esta fazendo campanha por la devemos ser atendidos pelo final do dia e pegar o ultimo ônibus de volta. Isso se a Gina resolver realmente ir. Mas porque pergunta?

Agora era Juliana que mantinha o sorriso malicioso nos lábios.

–Ah mais ela vai! Nem que eu mesma a ponha naquele ônibus!

Ferdinando acabou entendendo o objetivo da amiga e sorriu por ter achado ali uma cumplice mesmo que seus objetivos não fossem exatamente os mesmos.

–Ai meu deus! É uma reunião de trabalho! Precisamos arranjar uma roupa decente pra ela imediatamente!- Juliana se levantou rapidamente e deu uma piscadela para Ferdinando que sorriu só de imaginar a ruiva em roupas elegantes.

–Ela não pode ir com aquela calça largada dela ou de uniforme...ou com uma camiseta qualquer de um time de futebol...Pode deixar comigo meu amigo! Eu vou transforma-la em uma princesa! –Juliana sorria empolgada pegou suas coisas e correu para o quarto.

–Boa sorte! –Ferdinando gritou para a amiga e deixou que a imaginação lhe presenteasse com imagens da ruiva em diversos tipos de roupas diferentes e ele lhe despindo de todas elas.

*

–Eu ja disse que não Juliana!

–Ai Gina vai por favor.

Juliana implorava pela terceira vez. Ainda não tinha certeza de como havia feito para levar a amiga ao shopping mais o importante e que estavam lá e Gina batia o pé teimosamente.

–Tenta só esse!- Juliana mostrava um vestido rosa fúcsia que fazia Gina ter dor de cabeças só de olhar.

–Você não ja acha suficiente eu ir nessa tal reunião?

–Não! Você tem que ir bem arrumada ora afinal é uma reunião de trabalho!

Gina soltou um suspiro frustrado. Ja tinha perdido a conta de quantos vestidos havia visto e quantas recusas tinha feito.

Juliana estava quase perdendo a paciência...tirou a amiga da loja e tentou convence-la mais uma vez.

–Gina ...me escuta...fazendo o que eu estou lhe pedindo você não estará apenas se ajudando ..estará ME ajudando!

–Como assim?- Gina estava perdida na conversa.

–Aii Gina! Você sabe que a muito tempo eu ando querendo...

–Brincar de boneca comigo- Gina completou fazendo com que Juliana risse da comparação.

–É quase isso. Enfim temos a oportunidade perfeita! Não me negue essa felicidade por favor! –Juliana fez a cara mais pidona que conseguiu

Gina a olhou...suspirou longamente e por fim concordou

–Tudo bem ...tudo bem...mas não me vai exagerar...e eu sou vou usar aquilo que eu gostar. –A ruiva impôs mas Juliana já a estava arrastando para a próxima loja de roupas.

*

– Já Gina? Deixa eu ver como ficou.

Gina saiu do provador e o rosto de Juliana se iluminou com um belo sorriso!

–É esse! Nossa como ele ficou perfeito em você!

–Ai Juliana...tem certeza? –Gina puxava o vestido ...estava muito curto para o seu gosto.

–Está ótimo minha amiga! Você parece uma princesa!

–Ué mais eu não quero parecer uma princesa!

–Ai Gina foi só o jeito de falar...agora vá se trocar e me de o vestido para eu reservar pra você.

Quando Gina chegou no caixa se deparou com Juliana ja com a sacola na mão e conversando com um certo engenheiro que lhe perseguia até nos sonhos.

–Mas o que você está fazendo aqui!

–Ora essa...eu não posso mais passear no shopping? –Ferdinando sorria...como adorava provoca-la.

Gina semicerrou os olhos e virou para a Juliana que antes que a ruiva falasse qualquer coisa entregou o embrulho ja com a roupa dentro.

–Mas o que é isso?

–Seu presente minha cara.- Disse Ferdinando se deliciando com a cena.

– É Gina...o Ferdinando aqui fez questão de lhe dar o vestido como presente.

–Ora essa mais por que isso ja? Eu não preciso de presente nenhum desse ai.

–Gina! Ele so estava tentando ser gentil – Juliana chamava a atenção da ruiva que agora a ignorava completamente. Ela não conseguia tirar os olhos do rapaz a sua frente.

–E eu posso saber o por que desse presente? –Gina falava com tom ameaçador.

Ferdinando chegou o mais perto que o seu controle permitia e sussurrou no ouvido da moça.

–Para você ver que eu posso muito bem me apaixonar por você. – Com isso o rapaz se afastou sorrindo, se despediu das duas e seguiu o próprio rumo.

Gina estava corada, sua respiração tinha se acelerado tanto que Juliana pediu água a uma das atendentes.

Ela sentia seu auto controle abandona-la aos poucos e resolveu sentar para se recompor.

*

O clima havia esfriado um pouco na semana que antecedeu a viagem e na sexta em que viajariam o céu amanheceu nublado. Gina se arrumou lindamente com a ajuda de Juliana e quando saiu do quarto se deparou com um Ferdinando arrumado elegantemente. A calça preta combinava perfeitamente com a blusa de gola rolê cinza que o engenheiro usava. E que blusa era aquela. Gina conseguia identificar os traços do peitoral musculoso do engenheiro e sentiu um frio na barriga quando lembrou que ja conhecia cada um deles. Para completar o rapaz usava um blazer vinho que o fazia quase irresistível.

Ferdinando ao vê-la sentiu a respiração falhar...se não estivesse com as mãos apoiadas na cadeira teria certeza de que a gravidade havia sumido pois ela levitava em sua direção. Os cabelos presos em um coque arrumado com alguns fios rebeldes soltos que davam um ar jovial e ao mesmo tempo sexy na jovem. O vestido preto tubinho era marcado na cintura por um cinto creme, tinha um leve decote em V e era curto o suficiente para que Ferdinando lembrasse que suas mãos ja havia passado por ali. O pequeno salto preto peep toe evidenciava as pernas torneadas dela e o blazer branco e mais curto coroava perfeitamente o look da moça. Ferdinando se perguntou se um dia iria se recuperar dessa visão.

–Então vamos?

Ferdinando tinha desaprendido a falar tamanha era a beleza que estava a sua frente.

–Ferdinando? Eu falei com você! – Gina começou a ficar irritada.

–Mas você tá que nem uma princesa mesmo Gina.

Gina o olhou profundamente respirou fundo e escapou do olhar do engenheiro.

–Ah para de bestagem Ferdinando e vamo logo senão eu desisto!

–Vamos, Vamos...

–Tchau Juliana!- Gina gritou enquanto abria a porta.

Ferdinando foi em direção a amiga de cabelos rosa, lhe deu um terno beijo nas mãos e disse baixinho para que só ela pudesse ouvir.

–Obrigado minha amiga...

–Eu e que agradeço – Disse a professora em sussurros.

–O que vocês estão fuxicando ai em?

–Nada Gina! Ja estou indo.

Ferdinando deu um sorriso para Juliana e seguiu a ruiva.

–Juízo vocês dois! –A professora gritou enquanto pegava o celular.

–Alô Zelão?Sim.. sim eles ja foram!Pode subir! – Juliana desligou o celular com o sorriso malicioso nos lábios. Ela não sabia sobre o casal de amigos mas tinha certeza de que ia fazer a sua tarde valer a pena...


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