Latch - Perina escrita por Camila jb


Capítulo 8
Cap. 8


Notas iniciais do capítulo

Heyy, postei no dia certo kkk Espero que curtam e a cada capitulo vai ter um flashbak ou uma cena que ira montar o quebra cabeça da relação do Pedro e da Priscila.
Agradeço pelos comentários. Bjss



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– Se quiser eu durmo na sala. - ele falou.

– Não. Digo... Não precisa.

– Você ta melhor?

– Não sei. Realmente, eu não sei.

– Eu sei que você me detesta, mas a gente ta morando juntos...

– E!?

– E eu sei que você ainda não esqueceu o Lírio... Sabe, Karina, a gente nunca se deu bem, mas eu não gosto de te ver assim... Não to dizendo para sermos amigos, mas uma... Trégua, isso. Uma trégua.

– Eu não quero ajuda, muito menos uma trégua.

– Você e tão difícil.

– Eu não preciso de ajuda. - decretou, e se sentou na cama.

– Tem certeza? Todo mundo precisa de ajuda.

– Você precisa? - ele engoliu em seco.

– Sim.

– Por que?

Era nisso que ela queria chegar, na pergunta que ela mais queria fazer. Realmente, ela chegou em seu ponto fraco.

– Não importa. Eu estava falando de você.

– Não importa!? Você já foi mais criativo. - ela riu.

– Se você não quer ajuda a culpa não e minha. A minha vida e de meu interesse...

– A minha também, e você estava debatendo sobre ela.

– Você tem sempre uma resposta na ponta da língua.

– Sou advogada. Você deveria ter, também.

– Eu tenho, mas eu fico cansado de discutir com você.

– Por que?

– Porque você não entende quem quer te ajudar. Na boa: chega. Cansei de querer te ajudar. Cansei de ser trouxa, e acredite ja fui muito e não foi só de você.

– A gente ainda tem que se aturar... Ate porque a gente mora junto e trabalha junto.

– Eu sei, mas a gente não precisa se falar. Certo!? - ele se levantou da cama, caminhou ate a porta e a abriu, e assim, deu um ultimo recado: - Se quiser minha ajuda, meu procura, saiba que eu irei te ajudar, mas pensa melhor no que você faz com a tua vida.

Saiu, deixando a esquentadinha confusa. Karina decidiu dormir, apesar de saber que teria um pesadelo no mínimo.

Ja Pedro assim que se sentou no sofá, se lembrou de sua briga com Priscila, que pelo mesmo motivo da briga com Karina, a separou dele.

– Vai me abandonar?

– Não to te abandonando. - seguiu o olhar pelo escritório abandonado e sujo. - Mas, olha isso, olha onde você veio parar, Priscila.

– Esse e meu trabalho. - a loira decretou.

– Fazer mal as pessoas não e trabalho.

– Eu não faço mal a ninguém.

– Ah não? Tem certeza?

– A culpa não e minha se eles são tão fáceis de contornar. São eles que compram.

– Você que vende.

– Já falei...

– Eu já sei seu discurso e sei também que não adianta protestar.

– Pedro...

– Priscila, me deixa. Eu só peço que você não se prejudique. Você tá fazendo mal a si mesma.

– Você não entende...

– Ninguem entende. Eu preciso de um tempo...

– Tá dizendo que não me ama?

– Não. Eu te amo e esse e o problema. Eu, realmente, preciso ir. Desculpa.

– Você tá me abandonando e não e a 1ª vez.

– Eu volto. Você sabe disso.

– Sei, só que pode ser tarde demais.

– Não vai ser, eu garanto. - deu um beijo na testa da menina. - Eu te amo. Mas, tchau.

– Volta, por favor.

Ele seguiu ate a porta daquele escritório abandonado, a abriu e gravou o rosto dela...

Abriu os olhos e segurou a vontade de chorar. Se sentou e trocou o canal da TV, bebeu um pouco de café e reclamou, assim que derramou um pouco em sua blusa.

– Merda.

Se levantou, retirou a blusa e a colocou para lavar, mas assim que caminhou ate o quarto, mudou de ideia por saber que teria de encarar Karina. "A Karina estava certa. Que bosta de aposta.", pensou e seguiu pra sala, novamente, e se deitou no pequeno sofa e decidiu ler, pegando um livro sobre Serial Killers e iniciando a leitura.

– Puta que pariu. Será que nem quando eu to quieto, ela me deixa em paz? Tem que ficar gritando? - ele reclamou e se levantou, largando o livro e seguindo para seu quarto, mas assim que abriu a porta se odiou por desistir tão fácil de Karina. Por sempre desisitir tão facil das pessoas.

Seguiu ate sua cama, e se sentou, acariciando o rosto da esquentadinha, que estava tendo um pesadelo e gritava e se remexia na cama.

– Karina, acorda. Acorda. - sacudiu a loira e se assustou assim que ela abriu os olhos e se agarrou a ele.

– Não me deixa, por favor. Me ajuda. - falou tudo de uma vez, fazendo Pedro duvidar do que tinha escutado.

– Eu nunca vou te deixar. Desculpa por abandonar tão fácil. - acariciou as costas de Karina, que fazia o mesmo com ele.

– Obrigada, Pedro. Obrigada por ser o único que não me deixa, apesar de tudo...

– Fica tranquila, esquentadinha. Tu e chata, mas e minha amiga.

– Não me chama de esquentadinha. - desgrudou seu corpo do dele e empurrou seu ombro, cruzando os braços, logo em seguida.

– Assim que eu gosto. A esquentada de sempre. - riu e se aproximou dela. - Desculpa por isso.

– Isso o quê?

Pedro encaixou sua mão em sua cintura, se aproximando mais de Karina e tomou ambos os lábios da advogada entre os seus, tocando dentes, a língua e o céu da boca de Karina com certo cuidado para ambos não ficarem sem fôlego, não tinha pressa, mas estava cada vez mais necessitado daquele beijo. A soltou, após morder seu lábio inferior e brincar com os lábios de Karina, fazendo uma caricia com os dedos, que fez a esquentada morder um de seus dedos, mas deixou já que gostou do ato.

– Tá maluco!? - falou e empurrou ele de perto de seu corpo.

– Não, mas você gostou, né?

– No seu pensamento, idiota. - Karina saiu da cama, e riu assim que percebeu que Pedro observava seus movimentos com desejo. - Da pra parar de babar?

– Onde vai?

– Sair.

– Com quem?

– Cobra.

– Que!? Você não vai sair com ele. - se levantou da cama.

– Quero ver quem vai impedir. - falou.

– Ta falando com ele.

– Você vai me impedir de sair? - riu.

– Exatamente.

Se encararam. Ambos com um objetivo diferente. Ela provocativa e ele raivoso. A esquentada e o moleque. Sera possivel que se amem? Não, nunca. Nunca!?

Nunca diga nunca...


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