The way back to you - EM HIATUS INDETERMINADO escrita por allurye


Capítulo 8
Chapter VIII — I’m so sorry




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Abri o freezer pegando uma bolsa de sangue, minha sede só aumentava a aquele dia, ao ponto que minha saída pra caçar não me saciou. Estava irritada e ansiosa. E escutar Elena chorando por Damon na sala não ajudava muito. Dei graças a deus por Matt ter obrigado Jeremy a ficar em seu apartamento. Puxei Alaric de canto, ele se afastou de Elena relutante, mas volta meia, seus olhos voltavam para ela. Revirei os olhos ao constatar que ele não prestava menor atenção no que eu dizia.

— Alaric — estalei os dedos em frente a seu rosto

— O que estava dizendo mesmo?

— Nada importante Alaric e melhor correr e cuidar da Elena, já que ela pode tirar o anel e se jogar contra o sol — retruquei — Mas e claro que você daria o seu para salvá-la.

Dei um tapinha em sua mão, mas Alaric me deteve com a testa franzida pelo meu sarcasmo, que não era comum… Pelo menos não naquela hora do dia.

— Hein, me desculpe. Velhos hábitos nunca morrem, cuidar dos Gilbert e um deles — ele se justificou

Cuidar da Elena você quer dizer — corrigi impaciente — Porque pelo visto, ela e o centro do universo… De novo.

— Care, por que está agindo assim, ela está sofrendo.

— Pelo que? Porque o namorado dela que estava morto voltou? Ah mais que grande problema o dela, caramba Alaric a Bonnie não voltou. Tem ideia ou, pelo menos, pensou no outro Gilbert, ou será que só pensa nela, na Elena?

Alaric desviou os olhos pra o chão. Não sabia se ele estava envergonhado ou furioso comigo. Ele respirou fundo e ergueu a cabeça.

— Esta certa — minha boca que estava aberta pronta para retrucá-lo se fechou no mesmo instante — Eu fiquei focado na Elena e Damon. Me esqueci do Jeremy e de você.

— Sobre mim, não se preocupe. Eu me viro sozinha — ralhei rispidamente — Mas o Jeremy, ele precisa de nos, já que a Elena não se lembra da existência de ninguém além do Damon.

— Okay, onde ele está?

— Ele foi preso.

— O que?

— Ele dirigiu embriagado ontem, Diggle o prendeu, fui visitá-lo hoje cedo. Ele já deve ter sido solto, Matt pagou do bolso dele a fiança e nem quis minha ajuda e agora ele está no apartamento do Matt.

Antes que ele dissesse qualquer coisa. Subi para meu quarto, passando por Elena, que mais parecia um fantasma parada em frente a janela. Me joguei em minha cama. Querendo afastar aquela raiva que me consumia, ou seria inveja? Eu estava me tornando a mesma Caroline de anos atrás. Rancorosa, invejosa e insegura… Bem insegura eu nunca deixei de ser, mas eu não era mais assim. Eu não invejava mais Elena, na verdade nem entendia o porquê me incomodei com o seu choro.

Talvez fosse a sorte que Elena tinha. O homem que ela amava tinha voltado, estava dando um gelo nela, mas era questão de tempo para que se acertassem. Elena tinha sempre todos a disposição quando fazia alguma merda, eu não! Fechei os olhos me xingando por ter inveja dela, de algo tão bom que tinha lhe acontecido. Que espécie de pessoa eu era?

Meu celular tocou eu quase cai da cama tentando alcançá-lo. Era Enzo, geralmente eu ignoraria a ligação, ou faria esperar por alguns segundos. Mas estava ansiosa por algum motivo estranho, me incomodava quando ele sumia de repente. Eu nunca diria a ele, mas tinha medo que ele não volta-se. Jeremy tinha razão. Eu provoca Enzo, eu gostava de tê-lo me cercado. Saber que tinha alguém que se importava, que me desejava constantemente… Meu deus eu era como a Katherine?

Estava usando Enzo como reserva, ligando para ele, quando tinha um dia difícil, tagarelando sobre tudo que dava errado na minha vida. Mas nunca escutando ele, eu nem sabia o sobrenome dele… Ou melhor, eu não sabia nada de Enzo. Exceto seu amor épico por Meg que mais parecia um filme sobre psicose do que qualquer outra coisa. Falei de uma vez, perguntei onde ele estava, era patético porque ele não me devia explicações então mencionei Damon para disfarçar.

Mas não estava pronta para o que veio a seguir. Para quem respondeu no lugar de Enzo, minha mente se embaralhou ao escutar o som de sua voz. Senti uma pontada no peito, não entendia se era alívio, felicidade ou ódio. Era ele, Stefan. Céus como eu ansiava por ouvi-lo. Ele me chamou pelo apelido. Parte de mim queria gritar com ele, dizer que ele tinha perdido o direito de me chamar assim, quando fugiu feito covarde. Mas quando escutei ele dizer meu nome, perdi a fala a dignidade e todo resto. Porque eu deveria desligar na cara dele, mas não consegui.

Ele perguntou por Damon, por ele. Não por mim, não se apressou para me explicar o porquê tinha fugido. Ou porque nunca ter retornado minhas ligações. Mesmo sabendo o quando deveria ser confuso aquilo tudo pra ele. O quanto ele se culpava pela morte do irmão e agora ele tinha voltado. Eu só conseguia pensar no maldito “por que.” Queria perguntar de uma vez, o que tinha de errado comigo para ele fugir depois de um beijo meu. Era tão ruim assim?

Contei polidamente tudo que tinha se passado. Ele estava com a voz falhada, com respiração pesada. Podia jurar que ele estava chorando pelo irmão. Então aquela dor no peito, me sufocou por completo. Eu me lembrei o quando detestava quando ele ficava mal. Automaticamente lágrimas se formaram em meus olhos, estávamos em silêncio, apenas ouvido a respiração um do outro.

Ele está ai?

— Não, ele saiu. Alaric disse que ele está em um bar aqui perto.

Bonnie, ela está com ele?

Acabei sorrindo. Stefan perguntou por ela, ele ainda era aquele mesmo cara que se importava com todos. O que me deixou feliz, mas ela se esvaiu de mim quando contei a ele que Bonnie não tinha voltado. Porque minha mente recuou até a noite anterior. Jeremy chorando por Bonnie, me fazia querer chorar também.

Eu sinto muito Care ele disse quase num sussurro.

Não sabia mais o que dizer, sabia que corria um risco enorme de dizer bobagens como “Eu te amo, sinto sua falta”. Se continua-se com aquela ligação, então resolvi cortá-la.

— Eu sei — respondi tentando parecer fria, mas acho que falhei — Enzo....

Me lembrei do mesmo, por que Stefan estava com celular dele?

— Por que está me ligando do celular dele? Onde ele está?

E uma longa estória Care.

— Longa?

Sim longa complicada demais para te contar…

— Ah claro, então não vai dizer…

Pra dizer pelo telefone ele completou — Eu vou contar tudo, eu prometo. Mas quando estiver frente a frente com você

Minhas mão começaram a tremer, apertei o celular contra o ouvido. Ele estava voltando, ele queria falar comigo pessoalmente. Mesmo não querendo eu sorri, mesmo querendo chorar ou correr. Aquilo era tão confuso e estranho, que sentia minha mente girar. Imaginei a cena, me imaginei correndo até ele e o cobrindo de beijos, sentindo seu perfume novamente. Manei a cabeça me xingando mentalmente novamente por isso.

— Okay — foi tudo que consegui dizer.

Desliguei o celular no mesmo instante e quase surtei quando me dei conta de desligar na cara dele. Pensei em retornar, mas me contive. Afinal ele merecia isso. Abri a minha gaveta, la no fundo estava a única foto que tinha de Stefan. Aquela do dia de formatura, as vezes eu me pegava olhando para ela. Me lembrando daquele tempo, quanto tudo era mais fácil. Quando eu o tinha sempre ao meu lado, quando eramos amigos.

Abracei aquele porta-retratos estúpido, desejando que acalenta-se aquela saudade, que parecia ter voltado com força depois de ouvir sua voz.

Bonnie

Eu disse para ele que iria embora. Eu até tentei, me concentrei para voltar, mas não consegui. Sempre acabava voltando, para perto dele. O que era estranho porque tudo que queria, era me teletransportar e ver Jeremy. Saber se ele estava bem, mesmo que ele estivesse com outra, mesmo sabendo que me despedaçaria por inteiro vê-lo sorrindo para outra que não eu. Mesmo assim eu queria.

Damon estava sentado na mesa de um bar. Fitando o copo vazio, me sentei numa mesa próxima, torcendo para que ele não me nota-se ali. Para que seus pensamentos se mantivessem em Elena. O que na verdade não estava, não sabia dizer como. Mas era como se pudesse ler seus pensamentos. Ele estava se esforçando para lembrar de algo. Talvez tentasse se lembrar de como tinha voltado. Eu tinha uma grande suspeita, mas somente ele poderia me esclarecer. Mesmo assim não fui até ele, fiquei ali sentada olhando para ele, outra hora para as pessoas que se sentavam comiam e conversavam. Quase todas com seus celulares na mão, quase sempre sem olhar para o lado.

Quando voltei meus olhos na mesa de Damon, ele já não estava, olhei para os lados e nem sinal dele. Até tentei ficar ali por mais tempo, mas acabei por sair dali. Já estava mais uma vez escurecendo, eu não conhecia a cidade, então comecei a desejar muito voltar a Mystic Falls. Uma vontade quase insuportável, fechei os olhos por um segundo. E ao abri-los novamente me deparei com a placa de bem-vindos a Mystic Falls. E quem estava em pé, de braços cruzados olhando para o chão…

Damon?

— Está me seguindo é? Pensei que gosta-se do outro lado agora que eu parti.

Eu… Gosto! — menti — Eu estava lá, e pra sua informação e não estou te seguindo.

— Ah não? — ele riu maneando a cabeça — Então foi alucinação minha te ver sentada na mesa atrás da minha? Qual é mesmo o nome disso hoje em dia Stalkeando?

Suspirei em desistência, dei ombros me juntando a ele, olhando para aquela cidade que um dia fora meu lar.

Foi mal, eu não vou ficar te seguindo ou aparecendo de repente.

— Está se desculpando? — ele arqueou a sobrancelha incrédulo com sorriso presunçoso nos lábios — Isso e realmente inédito, não precisa se desculpar por isso.

Ah não?

— Não. Eu sei o qual chato e insuportável deve ser sua vida sem mim — revirei os olhos, com a presunção dele.

Por que veio pra cá?

— Por que você veio pra cá? — ele retrucou com uma careta

Não sei. Eu estava planejando voltar, eu juro! Mas de repente eu senti uma vontade de vir pra cá, era como se algo me puxa-se — confessei

Damon franziu a testa me encarando, logo em seguida ele coçou a cabeça

— Sentiu isso, quando foi para o bar?

Isso o que? — ele revirou os olhos impaciente

— Essa sensação, quando foi embora e me deixou na praça?

Sim, eu acho que sim — ele me lançou um olhar estranho — Por que está me olhando assim?

— Porque é estranho, pra não dizer bizarro. Você sentir essa vontade estranha e aparecer sempre onde eu estou.

Eu já disse que não estou te seguindo — reafirmei nervosa Acredite, você seria a última pessoa que eu escolheria assombrar. Eu queria ver o Jeremy

— Feriu meus sentimentos agora Bonnie – ele zombou com as mão no coração rindo — Se e assim então por que não está assombrando ele agora. Em vez de me perturbar?

Eu não sei, tá legal. Não faço ideia, sempre que tento ir para algum lugar, eu acabo indo pra outro e quase sempre você está lá.

Ficamos em silêncio, olhando para placa foi quando me bateu um estalo ou melhor nos bateu. Damon olhou para mim, não precisei ler seus pensamentos ele pensava o mesmo que eu. Ele riu nervosamente balançado a cabeça

— Então termos morridos juntos já não era o suficiente? — ele suspirou

Estamos ligados dissemos em uníssono, fiz uma careta com pensamento — Ah não!

Eu digo o mesmo ele retrucou se virando para ir embora.

Dessa vez não o segui, se tudo fosse como imaginava acabaria sendo atraída para onde ele estava mesmo. Dei um passo, cruzando a linha. Fechei os olhos sentindo algo semelhante uma onda, um choque que percorreu meu corpo. Era como se tivesse meus poderes de volta. Nunca me senti tão conectada com a vida como naquele momento

Bonnie Damon chamou O que está fazendo?

Voltando pra casa.

Ele olhou para linha e fez menção de cruzar a linha. Ficou pensando se deveria ou não. Por fim ele cruzou, não demorou para que ele caísse no chão de joelhos, colocando a mão no peito, que sangrava. Então o feitiço continuava firme e forte. Corri até ele e me concentrei estendi a mão para ajudá-lo, mesmo tendo certeza que não conseguiria tocá-lo. Mas contrário as leis da física eu consegui. Consegui ajudá-lo a se levantar, ele grunhia de dor, eu o levei para o outro lado. Ele foi se recuperando quase de imediato, eu por outro lado, senti meus poderes serem sugados de mim.

O que foi isso ele inquiriu segurando minha mão Por que eu consigo…

Me tocar dei ombros Não sei, mas tenho certeza que envolvi Mystic Falls.

Enzo

Abri os olhos lentamente, demorei até reconhecer o lugar e me dar conta que estava amarrado. Quando virei para o lado, Harley estava limpando as unhas, com a ponta de uma estaca pisquei os olhos, querendo ter certeza que tinha realmente acordado.

Bom dia sunshine Harley disse cantarolando. Pensei que não acordaria? Tentei me levantar, mas estava fraco, cheio de furos, ela tinha drenado meu sangue.

Me solta agora ela riu se aproximando brincando com a estaca. Ela se ajoelhou perto de mim. Esticou a mão e me estendeu um copo

Claro, mais antes beba. Deve estar faminto…

Ela segurou minha cabeça me ajudando a beber, foi com ânsia no maldito copo que estava cheio de verbena. Que foi me queimando por dentro.

Desgraçada, vagabunda rosnei, ela ficou seria Quando me soltar…

Quando se soltar, não vai ter isso aqui ela me mostrou o anel Stefan me explicou o que isso aqui faz. Ela colocou o anel no dedo e sorriu fascinada Ficou lindo no meu dedo.

Isso é meu!

Era seu ela retrucou se levantando – Agora e meu, não vou ter que esperar anoitecer pra sair, não é maravilhoso?

Me devolva isso! ordenei Eu criei você, me obedeça.

Eu não devo obediência a você ela retrucou rindo

Exatamente, ela não deve.

Stefan… Que merda esta fazendo?

Sendo um bom amigo e seguindo seus ótimos conselhos dentre eles… Ensinar minha companheira aqui ele fez um carinho no rosto de Harley que se derreteu com o toque Não queria que eu me distrai-se, arruma-se uma garota? Então, fiz o que queria. Estou mostrando a elas as maravilhas de ser um vampiro…

Exatamente, alias você esqueceu de mencionar esse anel, e coisas como estava de madeira podem te matar…

E você não desconfiava disso, sua idiota?

Harley trincou os dentes e sorriu pegando a estava prestes a enfiá-la em meu peito, fechei os olhos temendo pelo pior. Mas Stefan a impediu

Não, não Harley ele tomou estaca de sua mão a reprendendo O que lhe disse sobre isso?

Não matar ela resmungou fazendo careta

Isso! Stefan sorriu olhando pra mim, logo em seguida enfiou a estaca em minha barriga. Fazendo Harley dar um gritinho de excitação. Eu não conseguia respirar nem racionar com a dor

Viu como se faz? Se acertar o coração dele, acaba toda diversão.

Filha da....

Posso tentar?

Claro, por que não molha na verbena, vai ser ainda melhor Stefan sugeriu sentando se na cadeira. Enquanto eu grunhia de dor, ele se divertia com isso.

Já chega! tentei gritar, mas minha voz saiu falhada

Por que Enzo, não está gostando da brincadeira?

Por que está fazendo isso?

Por que é divertido ele disse displicentemente Porque eu quero, que se divirta muito com a Harley quando eu não estiver.

Stefan se levantou vindo até mim. Pegou a estaca e enfiou em meio peito, quase acertando no meu coração, ele tirou devagar

Pode ficar tranquilo, eu mando lembranças suas ao meu irmão… É claro, Caroline também. Alias foi por ela que armou todo esse plano. E seria genial, se não fosse tão patético.

Ele se virou prestes a sair, mas minha risada o impediu. Harley também franziu a testa intrigada, tanto quando Stefan.

Porque ele está rindo?

Acha mesmo que planejei algo? ri novamente, tossindo um pouco, encospiando os resquícios de sangue e verbena Acha mesmo, que é só voltar e pronto? Ela te odeia, te despreza agora. Não precisei fazer nada, você fez! E o Damon…Convenhamos, seu irmão deve ter dados graças aos céus por voltar e não se deparar com irmãozinho melancólico dele, morando sobe o mesmo teto que a namorada dele.

Tem razão Enzo, meu irmão nunca foi meu maior fã ele suspirou fingindo estar chateado, mas em seguida sorriu Mas a Caroline… Ela sim é. Minha melhor amiga, nunca desistiu de mim. Obrigada por me lembrar disso, o quanto eu sinto falta dela, de tudo. Devo isso a você, você e mesmo um ótimo amigo. Agora entendo a sua amizade com meu irmão, o porquê dele gostar tanto de você.

Stefan onde vai? Harley segurou o braço dele nervosa Quero ir junto!

Stefan depositou um beijo na testa dela e sorriu olhando em seus olhos

Vai ficar e fazer o que eu mandei! ele ordenou firme, pegando o anel de sua mão

O anel....

Shiuuu, fica tranquila. Esse não lhe serviria de nada. Eu vou voltar, prometo um colar lindo, quer um colar? ela assentiu animada Okay então cuide muito bem dele até que eu volte okay?

Tudo bem ela murmurou vendo ele se afastar

Stefan seu desgraçado, filha…

Shiuuu Harley me calou com beijo rápido Não diga coisas feias sobre ele. E feio xingar seu melhor amigo, ele mandou que eu cuida-se muito bem de você.

Ela se sentou sobre mim, pegando copo com verbena. E pegando a estaca e mergulhando-a no copo, rindo sadicamente

Eu vou cuidar muito bem, sou uma garota de palavra.

Damon

Bonnie me encheu os ouvidos com teorias sobre o porquê ela conseguia me tocar. Tudo aquilo era tão estranho. O porquê de agora só eu conseguia ver Bonnie, geralmente Jeremy conseguia, ele era algum tipo de médium. Eu era grato por não ser igual, quer dizer agora já não tinha certeza. Talvez a chave para isso era morrer. Pensei em Stefan, Elena será que ambos podiam ver os mortos agora? Ou era exclusividade apenas minha?

Quando reclamei dela. Ela suspirou dizendo que iria embora, mesmo estando cheio de seu interrogatório, sobre como eu conseguido tinha voltar. Quando a mesma se afastou, parecendo a triste eu a chamei de volta. Agora em silêncio ela ficou ao meu lado. Parecia um déjà-vu de todo aquele tempo que estive com ela.

Bonnie suspirou pesadamente e me encarou, sabia que começaria a falar então fechei os olhos, tentando me desligar de sua voz

Posso te fazer uma pergunta?

Já está fazendo – retruquei, ela olhou para o chão Fala de uma vez!

Quando pretende voltar?

Voltar pra onde? Pra morte…

Não idiota, pra casa. Ver a Elena e os outros?

Não sei respondi sinceramente Tudo que eu queria era voltar e abraçar aquela mulher e agora…

Não consegue ela completou

Dá pra parar ralhei ela fez um gesto de rendição com as mão

Okay eu vou me policiar, prometo! ela mordeu o lábio, sabia que tinha mais Mas então, planeja ficar nessa praça pra sempre?

Não, talvez um século ou dois respondi ironicamente ela bufou irritada

Damon, volta de uma vez.

Ah confessa que só está me enchendo para que eu volte pra casa

Exatamente, volte pra lá e se…

Você não esta nem ai pra minha vida sentimental, só quer ver o Jeremy confessa…

Confesso! Mas eu também quero que se acerte com Elena de uma vez, seus pensamentos estão uma bagunça..

Tenho uma solução pra isso: pare de ler minha mente!

Eu tento acredite, quem quereria ler seus pensamentos?

Muita gente.

Aham por exemplo… pensei por um segundo

Elena dissemos em uníssono de novo. Dessa vez acabei rindo Anda volta, e esquece tudo. Ou atormente ela com a culpa, faça seus planos maquiavélicos e saia pra jantar garotas indefesas na estrada ela zombou se levantado

Mas vamos, eu não aguento mais essa praça.

Um garoto que passava de bicicleta arregalou os olhos me chamando de louco. Foi quando me lembrei que estava falando sozinho no banco. Tagarelando e discutindo com uma fantasma, que podia facilmente ler minha mente e me tocar quando queria. Me levantei derrotado pronto para voltar pra casa, mas nem um pouco animado para rever Elena.

Okay quer ir ver seu namoradinho, então vamos. Mas acho que não vai aguentar me recordei da reação de Jeremy e qual feliz ele ficou com a minha volta. Bonnie parou parecendo se recordar do ocorrido na sala

Você vem?

Aham ela assentiu com cabeça Pra onde mais eu iria afinal. Mas e seu irmão, onde ele está?

Foi embora, era o que eu faria no lugar dele.

Deve ter sido horrível…

Para ele?

Não, pra Care ela murmurou E então?

Então o que?

Leia minha mente Damon ela zombou Não quer ao menos saber que fim levou seu irmão, a onde ele está? como não respondi ela assoviou Tadinho do Stefan, ter um irmão como você, tão preocupado.

Eu morri por ele. Tem prova de amor maior que essa?

Hummm ela fingiu pensar Já sei, roubar a namorada dele, ou melhor as namoradas.

Respirei fundo tomando coragem para entrar na casa. Bonnie dizia coisas aleatórias, para me encorajar, eu desconfiava que seu repertorio estava de fato acabando. Ia girar a maçaneta mas não precisei, Elena estava na janela, e abriu a porta pulando em meus braços aos prantos. Bonnie sorriu e sussurrou em meu ouvido

Essa e a parte em que você abraça ela de volta

Cala boca pensei, ela deve ter lido novamente minha mente porque riu e entrou na casa nos dando privacidade.

Então envolvi meus braços envolta da cintura de Elena, ela beijava meu pescoço, e molhava minha camisa com suas lágrimas. Funguei inalando o perfume de seus cabelos. Ela se afastou tomando meu rosto entre as mãos sorrindo. Forcei um sorriso, mas acho que não saiu como queria, pelo menos o rosto desconcertado dela me dizia isso. Me desprendi dela e entrei, na casa. Bonnie estava no corredor olhando tudo atentamente, passou por um espelho fazendo caretas, parecendo se divertir com fato de não ter reflexo. Acabei rindo com ela.

Elena estalou os lábios enxugou o rosto encharcado se sentando ao meu lado, dessa vez mantendo uma distância mínima no sofá. Quando meus olhos se encontraram com os dela, estremeci. O gosto de seus lábios, o contato com sua pele, tudo estava tão nítido em minha mente. Notei que seus cabelos estavam pouca coisa maior, o que tinha mudado era cor, estavam mais claros. Meus olhos se prenderam em seus lábios, queria dizer algo mas não conseguia. Bonnie tocou em meu ombro, me assustei de imediato por sentir seu toque. Até mesmo ela pareceu confusa, ficou olhando as próprias mãos.

Achei que só acontecesse isso em Mystic Falls.

Está tudo bem? Elena inquiriu preocupada, olhando na mesma direção que Bonnie estava. Assenti com a cabeça.

Então onde está todo mundo?

Alaric saiu a pouco atrás de você, Caroline está no quarto… E Jeremy está com Matt.

Caímos novamente no silêncio. Desviei minha atenção de Elena para Bonnie que olhava entristecida para um quadro no centro. Onde Elena e Jeremy estavam abraçados. Então me lembrei dele, de Stefan, mesmo quando tive a chande de me despedir eu não o escolhi. Mas também não pensava mesmo que seria o fim, que nunca mais veria ele de novo. Me afundei no sofá, me perguntando se ele teria escolhido a mim ou Elena se pudesse saber que morreria.

Stefan, sabe dele? Onde ele está agora? Elena desviou os olhos para o chão e negou com a cabeça

Ele foi embora de repente, deixou uma carta…

O que dizia nela?

Não sei ela respondeu erguendo o olhar em minha direção A carta não era pra mim.

Então pra quem era? Caroline, escutei Bonnie sussurrar O que ela fez com a carta?

Ela?

Sim a Barbie, o que estava escrito nela Elena?

Como sabe… Elena franziu a testa, mas notou a impaciência em minha voz e prosseguiu

Ela rasgou a carta, nunca me contou o que estava escrito nela.

Tipico Bonnie suspirou olhando para o andar de cima, estava prestes a subir, quando deu meia volta. Parecendo não ter coragem de subir até lá sozinha me levantei indo até a escada

Onde vai? ela inquiriu aflita

Falar com a Blonde respondi secamente.

Deixei uma Elena confusa e triste no sofá, mas não me importei o que era estranho, mas tentei deixar essas questões para trás precisava saber do meu irmão. O corredor do andar de cima Tinha quatro quartos entrei no primeiro e pela bagunça e quantidade de posters ridículos deduzi ser de Jeremy. O segundo era básico com uma estante pequena repleta de livros.

Com certeza e do Alaric Bonnie afirmou surgindo atrás de mim O quarto da Care e aquele. Ela apontou para o último no final do corredor.

Uma música ressoava de seu quarto. Entrei ignorando as sugestões de Bonnie de “bata na porta, seja educado”. Revirei os olhos e girei a maçaneta. Caroline estava deitada na cama de cabeça pra baixo com os olhos fechados cantarolando a música.

If you’re leaving will you take me with you?
I’'m tired of talking on my phone
There is one thing I can never give you
My heart will never be your home

Assim que me notou parado na porta, ela parou de cantar com leve rubor no rosto.

Damon?

Não, é o coelhinho da páscoa respondi ironicamente.

Diferente dos outros. Caroline assim como Jeremy, não fingiu estar feliz com a minha volta. Ela fechou os olhos querendo me ignorar. Bonnie riu e se sentou ao lado dela na cama olhando-a com saudade, desviei meus olhos de Bonnie novamente me foquei em Stefan, mas o olhar tristonho de Bonnie parecia me puxar, balancei a cabeça tentando ter foco.

O que quer aqui Damon? Elena está lá embaixo, caso não tenha notado. Ela vai derreter de tanto chorar, ou derreter o meu cérebro de tanto chamar por você ela respondeu escarnio.

Acabei sorrindo, aquela Caroline se parecia muito com a garota que anos atrás eu compelia para passar o tempo.

Eu percebi entrei em seu quarto olhando ao redor.

Não tinha nada rosa, nem aquele mural de fotos que ela e Elena penduraram no quarto do campus. Não se parecia com o quarto dela, sem fotos sem cor.

A única foto ali, era dela com sua mãe abraçadas em cima de seu criado-mudo. Mas olhei a gaveta entre a berta e notei uma porta-retratos jogado ali dentro. Quando peguei ela se levantou de imediato irritada tirando-o de minha mão. Podia notar que a foto tinha sido tiradas diversas vezes, pelo desgaste nela, menos em uma parte. A parte em que meu irmão estava.

O que quer Damon? inquiriu irritada Fico realmente feliz com sua volta, seja bem-vindo, mas fora do meu quarto!

Eu aprecio isso, essa sinceridade e doçura toda zombei Deve ser por isso que meu irmão deu no pé.

Seus rosto parecia petrificado quando mencionei meu irmão, ela desviou os olhos para o porta-retratos parecendo ter levado um soco.

Damon, pergunte logo. Pare de torturá-la Bonnie murmurou próxima a Caroline, lhe lançando um olhar de piedade

Onde Stefan esta? ela riu colocando a porta-retratos na gaveta

Como eu vou saber?

Ele lhe deixou uma carta ela franziu a testa confusa Elena me disse, o que estava escrito nela?

Não sei ela respondeu se sentando em sua cama, olhando o seu celular, que tirei de sua mão impaciente

Como assim, não sei?

Não sabendo, eu não li a carta ela explicou me deixando confuso. Bonnie apertou meu ombro

Ela não vai disser nada, pelo menos não pra você.

Vai contar sim disse voz alta deixando Caroline ainda mais confusa olhando ao redor

Anda Barbie, fala de uma vez onde ele está?

Já disse que não sei Damon. Eu rasquei a carta. Liguei pra ele por dois anos, e ele nunca retornou, nunca mandou um postal de “hein estou vivo” ela disse com amargura na voz

Ia sair do quarto irritado quando ela me chamou

Não precisa procurá-lo, ele está voltando. Enzo contou para ele que você voltou. Não vai demorar muito para que ele volte.

Enzo… E Stefan? pela primeira vez ela pareceu realmente olhar pra mim, ela ficou seria e assentiu

E… Os dois estão juntos, quem sabe em Las Vegas ela chutou, parecendo falar consigo mesma Acho que perdeu seu melhor amigo número dois para o seu irmão Damon.

Sai meio desorientado. Porque pelo que me lembro, no último encontro deles. Stefan tinha arrancado o coração de Enzo, eu sabia que ele tinha voltado a vida, mas agora ele e meu irmão eram amigos? Isso era impossível.

Na verdade não— revirei os olhos irritado

E todo aquele papo de que não leria minha mente e nem ficaria grudada em mim, sabe o quanto e irritante?

Sei, ouvir você e realmente irritante ela debochou Eu estou tentando me policiar Damon, enquanto a estar no seu pé e meio que inevitável. Já que eu só pareço existir perto de você — ela confessou me deixando sem jeito e culpado ao mesmo tempo.

O que estava dizendo sobre Stefan mudei de assunto tentando dissipar aquela sensação irritante de remorso por ter deixando ela pra trás

Estava dizendo, que os dois sentiram sua falta. Quem melhor pra ajudar a superar do que o melhor amigo e o irmão

Isso não faz sentido nenhum

Claro que faz. Stefan e pessoa que mais te conhece no mundo, ou quase isso…

Fiquei sem conseguir contestar. Stefan era realmente quem mais me conhecia. As vezes ele sabia o que eu queria ou faria antes que eu pensasse ou fizesse. Onde ele estaria agora e por que diabos ele estava justamente com Enzo?

Serio, você escutou alguma palavra que eu disse?

Bonnie maneou a cabeça indignada. Ela desceu as escadas resmungando consigo mesma. Me deixando a beira da insanidade, querendo urgentemente um exorcista para expulsar aquela maluca que lia tudo que eu pensava.

Caroline

O bar de Emma finalmente voltou a funcionar. Ela passou o dia aflita, com medo que ninguém quisesse mais frequentar o bar. Mas parece que um assassinato no banheiro era uma boa forma de promover ainda mais, W.C nunca foi tão cheio e procurado e depois de sair uma matéria sobre

“O degolador de Druid Hills”

Que matava mocinhas indefesas e loiras entre 18 e 23 anos, banheiros e piscinas vazios eram locais prediletos do psicopata frio que estava solto na cidade a procura de mais uma vitima. Emma não deu a mínima pra isso, ficou ainda mais animada ao ver o tamanho da vila para entrar.

Eu tinha conseguido um grande feito, não tinha quebrado nenhum copo ou garrafa. Não tinha jogado água fria em nenhum engraçadinho. Emma estranhou a princípio, minha mudança repentina. Mas a verdade era que estava no piloto automático. Minha cabaça e minha vida estava uma bagunça, depois que falei com Stefan, tudo tinha se complicado ainda mais. Aqueles sentimentos que até então eu tranquei dentro de mim, gritavam para sair. Bastava fechar os olhos e me lembrar de sua voz ao telefone dizendo que queria me encontrar pessoalmente, dizer cara a cara. Entornei um gole de tequila, quando Emma não estava. E repeti aquilo durante toda a noite. Queria esquecer, ou somente me desligar daquela maldita aflição, de como seria com sua volta.

E também tinha um conflito acontecendo em casa. Jeremy tinha voltado pra casa, tornando praticamente impossível a estada de Damon ali. Mas Elena que estava desesperada por reconquistar Damon. Acabou por defendê-lo. Deixando Jeremy furioso, ou melhor arrasado. Ele subiu para o quarto pegando suas coisas. Eu tentei de tudo para convencê-lo a ficar, mas nada adiantou ele saiu.

Mas ele fez algo que me surpreendeu um pouco, mandou uma mensagem logo depois dizendo que estava com Cody. O que não me tranquilizou nem um pouco. Mas me deixou feliz seu gesto de me avisar mas agora que ele tinha ido embora, a casa parecia estranha. Sentia saudade de ter com quem discutir. Brigas para que ele abaixa-se o som, ou não trouxesse namoradas sem me avisar.

Eu tinha me habituado a ele, era como ter um irmão. Algo que sempre desejei ter, e agora a casa se resumia a silêncios constrangedores, Elena chorando pelos cantos e inventando desculpas para Carter que ligava incessantemente, ela sempre me pedindo para atender e inventar mais desculpas.

Damon por outro lado, parecia realmente estranho, a morte parecia tê-lo mudado de algum jeito. O flagrei algumas vezes falando sozinho, ele disfarçava quando notava que alguém observava e por vezes quando o ele decidia dizer algo. Mesmo mesclado de ironia, ele soava muito com Bonnie, o que era estranho. Mas agradável de um jeito bizarro, é claro.

Respirei fundo, me recuperando de um susto com um cliente me chamando atenção por demorar a atendê-lo. Quando notei Matt entrando acompanhado de Aby. Fiquei aliviada por ele não trajar seu uniforme, o que era quase sempre um preludio de alguma desgraça. Ele acenou pra mim, mas não veio me cumprimentar, não fiquei chateada, era no mínimo estranho paquerar na frente da ex namorada que por acaso era melhor amiga dele. Mesmo assim fiquei observando de canto. O sorriso meio bobo que ele tinha quando Aby voltou do banheiro com batom vermelho nos lábios. Ela o puxou para pista, e mesmo relutante ele foi.

Não demorou muito para que a dança entre eles muda-se para beijos. Eu fiquei olhando para eles e mesmo não querendo senti uma pontada de inveja. Estava acontecendo muito ultimamente, ter inveja. Mas era compressível, afinal todos até mesmo Alaric tinha alguém embora nega-se todo momento que não estava perdidamente apaixonado por sua aluna. Eu por outro lado não tinha ninguém.

Vigiando o ex? Que coisa deprimente Care – Emma zombou olhando para Matt

Não estou vigiando, apenas observando a sorte deles

Esta carente é? ela riu Bebe que passa! Ou melhor, trabalhe que passa! ela brincou, entendi o recado e voltei a trabalhar.

Stefan

Passei a viagem de volta inteira pensando em como seria voltar a vê-los. Ver meu irmão depois de todo aquele tempo. Depois de me convencer que tinha acabado, que estava sozinho, que estava mesmo fadado a passar a eternidade sozinho como punição por tudo que fiz. Viver com a culpa, por carregar a morte de Damon nas costas. Porque mesmo que indiretamente eu causei tudo aquilo. Quando tentei defender Caroline e tive meu coração arrancado do peito. Na hora não pensei nada a não ser salvá-la do viajante maluco que possuía o corpo do ex amor da vida dela.

Mesmo que inconscientemente sempre desejei por muitas vezes que aquilo tivesse fim, minha existência amaldiçoada e quando finalmente teve. Tudo que eu queria era voltar. Damon tinha me dado outra chance. Mas o que eu fiz dela? Fugi para longe, abandonei as pessoas que eu amava por não suportar ter perdido meu irmão e minha melhor amiga na mesma noite. O medo paralisante me dominou quando comecei a perceber o sentimento novo que nascia em mim toda vez que Caroline estava perto.

Me lembrava frenquentemente da última conversa com Lexi. E todas aquelas insinuações sobre Caroline. Coisa pela qual eu achei absurda na hora, parecia uma ideia maluca, mas que fazia sentido, embora eu não tivesse admito a ela ou a ninguém. Eu me fiz essa pergunta um tempo depois. O que me prendia em Mystic Falls, naquele ano? Porque com toda certeza não era mais Elena. Eu procurava esquecer o sorrisinho presunçoso de Lexi, quando insinuava sobre meu futuro com a“noiva loira”.

Me lembrei daquele dia, quando voltei. Nem se quer me dei conta do brilho de felicidade nos olhos de Caroline quando me viu. Eu não conseguia ver e nem pensar em nada que não fosse na dor que sentia. Por ter perdido Damon e Lexi. Não notei que além de mim e Elena ela estava mal por Bonnie.

Foi ela quem me consolou aquele dia, foi em seu colo que chorei por Damon e Lexi. Acho que nunca agradeci ela por isso. Por sua paciência infinita naqueles meses que se seguiram. Ela tomou as rédias de tudo, tentando ser forte e positiva. Mesmo com aquela nuvem de luto circundando a casa. Ela tentava conversar com Jeremy, escutava Elena e tentava ajudar Alaric na adaptação de ser um vampiro. Tudo tinha ficado sobre suas costas… Em nenhum momento eu ajudei ou agradeci por isso.

Apertei o volante quando pensei nisso. Que motivos ela teria para ainda querer me ver? Que droga de amigo eu tinha sido, demorei mais do que pretendia dentro do carro estacionado em frente a casa dela. Bati à porta sentindo uma aflição dentro de mim crescer a cada segundo que aquela porta não se abria.

Quando a maçaneta girou, prendi a respiração esperando que Caroline atende-se, com medo de sua reação, se ela me abraçaria ou me mandaria embora, mas quando ela se abriu foi Elena que apareceu, não podia evitar a decepção por não ser Caroline. Ela ficou paralisada, me olhando surpresa, não sabia como ela reagiria quando me visse. Já que na última vez brigamos, eu nem me lembrava direito o motivo, me surpreendi pelo abraço apertado que a ela me deu. Correspondi o abraço, sorrindo, me dando conta que senti falta dela também.

Stefan… ela se afastou me olhando atentamente Onde esteve esse tempo todo? ela deu espaço para que eu entra-se.

Sentia uma sensação estranha assim que entrei. Era ansiedade me dominando de novo, olhei para os lados a procura dele ou dela.

Eu estive por ai respondi polidamente Onde ele está?

O sorriso de Elena se desmanchou, senti uma pontada no peito um medo de que ele não tivesse voltado definitivamente. Elena suspirou se sentando no sofá.

Elena… Onde meu irmão esta? inquiri desesperado, ela apertou minha mão Não me diz que ele está…

Não, ele não e nenhuma aparição. O Damon voltou, em carne e osso. Ele está vivo Stefan – ela me tranquilizou sorrindo. Eu ri aliviado, mas olhando para os lados na expectativa de vê-los

Como soube dele?

E uma longa estória Elena me levantei impaciente Onde ele está?

Saiu, foi com Alaric a uma boate – respondeu entristecida.

Fiquei intrigado, mas não ao ponto de perguntar o porque. Não estava com a mínima vontade consolar Elena ou escutar qual era o grande empasse entre ela e meu irmão agora.

Onde é essa boate?

Elena me mostrou onde era. Ela me contou um pouco sobre tudo que tinha acontecido nos últimos dois anos. Escutei pacientemente, mesmo sabendo de tudo por Enzo e Caroline. Mesmo assim me surpreendi com o brilho nos olhos que a ela ganhava quando contava sobre como era salvar vidas. Era difícil imaginar Elena vestida em um jaleco salvando vidas todos os dias.

Quando Enzo me contou, eu custei a crer que aquilo daria certo. Mas ali ouvindo-a contar sobre aquilo, vislumbrei a antiga Elena, aquela altruísta e doce que um dia fui perdidamente apaixonado. Admirei ela ainda mais por isso, por tomar um rumo certo em sua vida, mesmo com tudo aquilo. Com tudo que tínhamos perdidos, diferente de mim. Ela também contou sobre Caroline. Não consegui evitar de ficar nervoso com a demora pra chegar na boante enquanto ela me contava sobre a nova Caroline. Que pelo visto nem ela conhecia. Entramos na boate, ela ligou para Alaric na porta avisando que estamos ali. Procurei por todos os cantos por eles quando senti um leve aperto no ombro

Olá irmão me virei e me deparei com Damon que estava sorrindo. Demorei alguns segundos até reagir, então contrariando todas minhas expectativas ele me abraçou. Observei de canto Elena com os olhos marejados sendo envolvida pelos braços de Alaric que sorria para nos.

Damon… me afastei olhando atentamente para ele Eu pensei que…

Que nunca mas me veria completei Eu também passei.

Como… Como você voltou, como isso é possível?

Isso importa?

Não respondi sorrindo, lhe dando outro abraço.

Damon

Alaric insistiu para que saíssemos aquela noite. Fomos até uma boate. Onde Caroline trabalhava agora, era no mínimo engraçado vê-la servindo os outros forçando sorrisos ao ter que aceitar as cantadas e bebidas que era desafiada a tomar. Era bom ficar longe daquela casa, ficar longe da Elena. Mesmo que minha vontade fosse outra, mesmo que constantemente minha vontade era de adentrar seu quarto durante a noite e tê-la para mim novamente. Mas tinha uma parede entre nos agora. E ela tinha nome e surpreendentemente não tinha o sobrenome Salvatore e sim Carter. O novo namorado de Elena, meu substituto era meu completo oposto. O que me irritava, era ela não querer vê-lo e acabar logo com aquilo. Tive que me conter quando o mesmo bateu em casa sorridente e foi mandado embora por Caroline que inventou para mim, que ele era um ex dela.

Justo quando estava cedendo, quando Bonnie me enxera tanto os ouvidos tentando me convencer a largar todo orgulho de lado e voltar para Elena, corresponder aquele abraços e beijos que ela suplicava com olhar cada vez que esbarava comigo pelos cantos. Mas o fato dela não ter negado o envolvimento com aquele doutorzinho imbecil. Não ter dado um fim no… Seja lá o que fosse o relacionamento deles me irritou.

E somando ao fato que pequeno Gilbert resolvera sair de casa porque não me suportava e Elena não tomou seu partido, ao me defender acabou despertando a decepção do irmão e de todos presentes na sala no momento. Caroline olhava para Elena sem acreditar que ela tinha me escolhido, Alaric olhava para o chão meio estático enquanto Jeremy correu para quarto recolhendo suas coisas. Bonnie correu até ele aos prantos, tentei desviar meus olhos dos dela, mas não consegui.

Ela me lançou um olhar acusador, e mesmo não querendo me ofereci para sair da casa surpreendendo Elena que logo negou a ideia dando o golpe de misericórdia em Jeremy, lançando um olhar que eu já tinha recebido muito do meu irmãozinho casulo, decepção, dor e mágoa. Foi graças aquela opera grega no meio da sala de estar que me peguei olhando para Bonnie parada na porta vendo Caroline dar um abraço desajeitado em Jeremy pedindo que ele reconsidera-se, que pensei em meu irmão.

Eu não queria admitir que doeu ele não ter aparecido no dia seguinte, doeu ele não ter dado a mínima com minha volta. Okay, nossa relação não era a mil maravilhas. Mas eramos irmão afinal e há mais de cem anos. Pensei que no mínimo ele ficaria feliz por minha volta.

E graças a Bonnie que me fazia refletir sobre ele, que me sentia ainda pior com a falta de notícias de Stefan. Olhei para Elena com seus olhos de corça no seu melhor olhar de cachorro querendo que eu a consola-se ou dissesse que o que ela fez foi certo. Mas eu não pude, olhei atentamente para ela e o pensamento que surgiu me assustou. Me peguei olhando para mulher que amo, tentando encontrar a garota por quem me apaixonei, aquela que era oposto de Katherine, altruísta, atenciosa que amava os outros, as vezes mais do que ela própria. A garota que tinha enxergado um lado bom em mim, um que nem eu julgava existir.

Ela deixou que seu irmão partisse sem ao menos tentar convencê-lo a meio termo, ela simplesmente o deixou ir, seus olhos nunca deixando os meus esperando uma reação positiva, abraços e beijos, mas estava chocado demais pra isso.

Foi por aquele motivo que estava no bar, acompanhado de Alaric e Bonnie. Que estava e quieta em seu canto, remoendo a amarga lembrança do seu namoradinho partindo de casa. Eu tentei conversar com ela, mas ela me ignorou, nem mesmo ouvindo minhas zombarias sobre a paixão que Alaric nutria por sua aluna a animou.

De repente ela se levantou sorrindo, tocou meu ombro, olhei na mesma direção que ela. E entendi o motivo do sorriso. Stefan tinha voltado, ele piscou descrente de que eu realmente estava ali, com os olhos marejados e boca escancarada sem saber o que dizer. Eu tomei uma atitude estranha até pra mim, abracei meu irmão assim que o vi. Porque uma das últimas imagem que tinha dele, não era das melhores. Da última vez que lembro dele, ele estava estirado na sofá roxo e verdadeiramente morto. Um abraço sincero e apertando que ficou faltando todos esses anos, de repente era como se tivéssemos voltado no tempo, na época em que eramos humanos, amigos e companheiros.

Elena estava atrás de nós emocionada com a cena. Fazendo coro com Bonnie que parecia segurar as lágrimas. Stefan estava um pouco diferente, não no quesito aparência, nisso ele estava o mesmo. As mesmas camisas pretas o topete intocável exatamente igual. Mas era o jeito dele que tinha mudado. Algo no olhar, não sabia identificar exatamente o que era, mesmo sorrindo parecendo verdadeiramente feliz com minha volta ele parecia aflito, inquieto.

Me dei conta do que era quando notei que ele tinha desmanchado o sorriso, olhando fixamente na direção do bar. Onde Caroline tinha deixado cair uma garrafa, tão paralisada ou mais que ele. Arquei a sobrancelha alternando o olhar entre ambos. Bonnie riu cruzando os braços.

Acho que perdi um capítulo dessa novela pensei em voz alta, ou melhor disse para Bonnie

O que disse? Elena inquiriu confusa, apenas sorri em resposta vendo meu irmão ir em direção a Barbie. Ela pareceu em pânico vendo-o ir na sua direção, ela pulou sobre balcão mas não foi ao encontro de Stefan, ela fez o aposto. Saiu correndo da boate sendo seguida por ele. E estalo do que havia mudado nos olhos de Stefan fez sentido, ele estava no amor com sua melhor amiga irritante.

Ela não é irritante Damon! Deveria estar feliz por eles Bonnie ralhou com meio sorriso brincando em seus lábios, correspondi seu sorriso, feliz por ela voltar a falar comigo, mas mais feliz por ele. Meu irmãozinho tinha finalmente encontrado a mulher perfeita pra ele.

Caroline

Meu mundo tinha virado de ponta cabeça, tudo parecia ter parado, o tempo congelado quando encontrei novamente aqueles olhos verdes. Ele estava a poucos metros de mim, abraçado ao irmão dele emocionado. Eu deveria ficar feliz, ou furiosa? Deveria correr e abraçá-lo, ou quebrar seu pescoço?

Não queria chamar atenção para mim, mas meu talento natural para manejar garrafas não me ajudou muito, ela escorregou da minha mão, eu deveria ter pego ha tempo, eu era vampira tinha ótimos reflexos e supervelocidade… Mas meus olhos estavam fixos nele, minha boca escancarada, minha respiração acelerada.

Algumas pessoas dentre elas, Stefan me olhavam, ele se desprendeu do abraço no irmão. E fez exatamente o que eu imaginava, mas não queria… Ou queria? Ele estava vindo em minha direção. Eu deveria ter ficado e enfrentado ele. Dado uma boa bofetada nele na frente de todos, além da dor da bofetada teria também uma dose sadia de humilhação pública, o que ele bem merecia!

Mas quem disse que eu era corajosa suficientemente para ficar e como Emma dizia, “mandá-lo para o inferno”. Ao invés disso eu corri feito louca, saltei pelo balcão e corri o máximo que podia, desviando das pessoas que pareciam apenas borrões passando por mim pela minha velocidade. Corri e corri, quando parei fechei os olhos tentando engolir aquela sensação horrível. Tentando conter as lágrimas, que já escoriam pelo meu rosto, tentando reprimir os soluços involuntários, pelo choro que eu insistia em segurar.

Quando abri os olhos, estava onde menos queria. Era como se meu subconsciente me levasse diretamente para lá, mesmo sendo o último lugar que queria estar. A placa de boas vindas de Mystic Falls a alguns passos apenas de distância com uma barreira mágica nós separando, uma linha invisível que me mataria se me aproxima-se um pouco mais.

Quando olhei para placa, não aguentei comecei a chorar. Foi quando a senti mãos me segurando, me impedindo de cruzara linha, porque inconscientemente eu estava andando, dando passos para lá, talvez lá no fundo quisesse romper a barreira e correr para colo da minha mãe, ou apenas expurgar aquela dor sufocante de uma maneira dolorosa, mais rápida.

Stefan me puxou, demorei raciocinar, principalmente porque ele segurava-me com uma força desnecessária, apenas para me trazer mais para ele, apertando-me contra seu corpo. Fazendo-me inalar seu perfume mesmo que contra vontade, fazendo-me fitar seus olhos detalhadamente, suas íris com cor de avelã salpicadas de verde. Mergulhei em seus olhos, eu poderia me afogar neles, desviei meus olhos para seus lábios notando pela primeira vez que ele mantinha os olhos sobre minha boca com a respiração acelerada.

Ele deslizou as mão pelo meu braço subindo devagar, fazendo meu corpo se arrepiar por inteiro. Por um segundo, eu adivinhei o que se passava em sua mente, o que seus olhos verdes me diziam. Ele se aproximou de mim. Fechei os olhos prendendo a respiração, sentindo seu hálito doce próximo dos meus lábios.

Então ele uniu nossos lábios, foi por uma fração de segundos, mas eu relutei o empurrei, bate contra seu peito tentando afastá-lo empurrá-lo para longe. Mas ele segurou meus braços, tentando conter minha fúria.

Care… Por favor para!

Parar? Seu desgraçado, me solta… Me solta eu te odeio!

Não diga isso Care ele suplicou com voz pingando de dor Care por favor

Não me chama assim gritei o empurrando Nunca mais me chame assim! Você perdeu esse direito quando me deixou… seu… Seu imbecil.

Era no mínimo patético o único xingamento que consegui dizer era imbecil, quando tinha tanto outros melhores que eu pensei e ensaiei esses anos todos pensando quando o reencontra-se. Eles segurou meus pulsos com força me impedindo de continuar, eu poderia continuar seu quisesse, empurrá-lo a metros de distância, mas não conseguia. Porque as minhas força parecia ter escapulido de mim, com seu toque, com sua voz aflita dizendo meu nome.

Ele segurou meu rosto, depois de ter certeza que eu não teria outro ataque de fúria. Ele depositou um beijo em minha testa, me abraçando apertado. Eu remugava quase que inaudivelmente a essa altura eu não tinha ideia se brincava comigo mesma ou com ele. Ele beijou-me novamente na testa, com suas mãos acariciando minhas costas, repetindo meu nome quase num sussurro que só servia para me destabilizar ainda mais, deixar minhas pernas trêmulas, ao ponto que única coisa que me impedia de cair era seus braços envolto a minha cintura.

Chorei feito uma idiota abraçada a ele, molhando sua camisa. Não sabia ao certo porque, se era raiva, felicidade ou saudade. Eu soluçava enquanto ele tentava me acalmar. Não demorou muito para que o sentimento inicial volta-se com força. E era tudo menos contentamento por vê-lo. Era raiva, ódio, magoa tudo de uma vez, o empurrei com força me desprendendo dele.

Ele me olhava com misto de culpa e tristeza. Ele tentou me tocar novamente mais me aproximei dele novamente lhe dando outro empurrão.

Por que? Por que? era só o que conseguia dizer ele não revidava, não tentava me parar e essa altura que me irritava ainda mais

Care… Eu sinto muito isso foi gota-d'água.

Aquela maldita frase que ficou ecoando em minha mente todo aquele tempo. Era só isso que ele tinha pra dizer? Eu não pensei na hora, minha maldita impulsividade tomou conta de mim quando ergui a mão e esbofetei seu rosto, ele pareceu chocado com isso. Ele colocou a mão no rosto, onde marca de meus dedos ainda era nítido.

Foi então que a ficha caiu, o que tinha feito?

Pensei o pior. Ou ele correria e me deixaria ali sozinha achando que tinha feito o certo em me abandonar, porque eu era louca e descompensada ou ele revidaria? Não! Com toda certeza seria a opção número um, ele era o Stefan, não faria isso! Eu acho…

(…)

Eu corri até ela, corri o máximo que podia para alcançá-la. Dessa vez, não ficaria parado vendo-a correr. Não seria covarde para deixá-la escapar dos meus braços, sem dizer-lhe tudo que queria quando ela me beijou pela primeira vez. Ela fugiu, correu tanto que quase foi difícil alcançá-la e desviar de carros e pessoas durante caminho. Ela parou finalmente, parecia uma ironia enorme quando parei e me dei conta de onde estávamos. Diante da placa da nossa antiga cidade natal.

Caroline começou a chorar, o que era um choro silencioso se transformou em soluços, soluços esses que me despedaçaram, eu segurei seus braços. Trouxe para perto de mim, ela relutava tentando me afastar. Mas parecia não ter força suficiente para se desprender de mim.

Foi quando nossos olhos se encontraram. Quando olhei em seus olhos, tudo que tentei esquecer e bloquear durante aqueles dois anos, aquele sentimento que não tinha ideia do que era, voltaram átona com a força de canhão. Aquela saudade esmagadora me dominando, saudade de sua voz, seu riso, a macies de sua pele, o gosto doce dos seus lábios.

Eu parei de pensar, de temer pela consequência eu a beijei, ela não se moveu por um segundo ou dois, mas quando se deu conta me empurrou.

Furiosa ela me batia, eu parei de tentar contê-la. Ela gritava comigo e chorava ao mesmo tempo. Não pretendia pará-la, queria que ela desconta-se toda a raiva toda magoa em mim naquele momento. Foi quando ela me esbofetou. Fiquei aturdido por alguns instantes, quando olhei para ela, ela estava chocada com que havia feito, tentava formar alguma frase, quem sabe se desculpar ou apenas estava pensando em algum xingamento mais apropriado para mim.

Quando me recuperei dei um passo me aproximando dela, ainda com a mão no rosto, sentindo minha bochecha arder. Ela arregalou os olhos, temendo o que eu faria, então eu calei o que seria possivelmente outro xingamento. A puxei pela cintura e segurei seu pulso, sacudindo-a um pouco antes de trazê-la completamente para mim. Ela abriu a boca para protestar, mas não lhe dei tempo para isso.

Fundi meus lábios nos dela, sentindo o gosto de seus lábios saboreando o gosto deles, sua boca se abriu sobre minha, mordisquei seus lábios, chupando sua língua, dizendo tudo naquele beijo, tudo o que minha covardia me impediu de fazer.

Apertei ainda mais sua cintura, soltei seus braços que logo em seguida apertavam meu ombro em seguida passeavam por minha nuca, sua unha cravada em meu ombro com raiva, eu podia sentir raiva nos seus lábios também enquando se movia contra os meus com fúria. Ignorei sua fúria com meus lábios indo na mesma intensidade que os dela, minhas mãos explorando sua cintura sentindo sua pele macia novamente, desci meus lábios para seu queixo, pescoço e voltei com urgência em seus lábios, ela gemia contra minha boca, arranhando com raiva meu ombro, mas permitindo que minha língua explora-se sua boca novamente.

Mas durou pouco dessa vez, ela se desprendeu de mim, me deixando vazio, com frio por perder o calor do seu corpo. O estalo de nossas bocas quando nós afastamos a fez abrir os olhos aturdida.

Mas logo seus olhos mudara, escureceram de raiva, previ o que veria a seguir segurei sua mão antes que pudessem alcançar meu rosto de novo

Me solta! Não tem esse direito ela gritou, soltei seus braços a deixando confusa.

Tem razão eu não tenho admiti Pode continuar.

O que?

Você tem razão, eu mereço isso, depois de tudo que fiz, de ter sido o pior melhor amigo do mundo, por ter abandonado você quando mais precisou de mim. Então continue, diga tudo me bata se quiser. Mais faça! Eu não vou te impedir.

Caroline ficou paralisada por alguns segundos, mas em seguida ela sorriu. Agora era minha vez de ficar confuso.

Então você acha, que alguns xingamentos insultos e tapas, vão me fazer sentir menos raiva? Vão me fazer esquecer que me ignorou durante todo esse tempo? inquiriu indignada.

Não, eu não acho murmurei me aproximando dela Eu não acho que vai apagar tudo que eu fiz, minhas decisões erradas. Foi a pior coisa que já fiz… Deixar você. Não ouve nenhum um dia em que não me arrependi, um dia em que não pensei em você…

As lágrimas molhavam seu rosto, automaticamente minhas mãos tocaram seu rosto, as pontas dos meus dedos tentando enxuga-las, tentando fazê-la para de chorar, quando nem eu mesmo conseguia me manter firme. Ela não me afastou dessa vez, deixou que eu a abraça-se a consola-se. Era tudo que eu mais queria, abraçá-la, beijá-la. Cessar seu choro e ver de novo seu sorriso ser novamente a causa dele


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Notas finais do capítulo

E ai? Ficou gigante né, prometo diminuir no próximo, lembrando que em breve posto o inédito (viu Carol)acho que falta um capítulo pra postar, espero que tenham gostado ou curtido esse monologo meeh de hoje blz
xoxo