The way back to you - EM HIATUS INDETERMINADO escrita por allurye


Capítulo 7
Chapter VII — Ghost




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Eu precisava sair dali, precisava de ar. Corri para longe, minha cabeça parecia girar. Elena gritava por mim, eu podia ouvi-la mesmo longe. Uma parte de mim queria voltar, queria abraça lá e beijá-la. Queria sentir o gosto doce de seus lábios novamente. Mas quando ela cruzou aquela porta sorridente, aquele sorriso que tanto senti falta. Me dei conta que não era por mim. Imagens surgiam em minha mente sem que eu tivesse controle. Um espelho estranho, na antiga casa dela, parecia apenas um borrão de inicio mas logo em seguida eu reconheci aquele rosto.

Era Elena, com os olhos brilhando e a boca entreaberta. Logo depois seus lábios foram capturados. Estava sendo beijada por outro. Manei a cabeça tentando afastar aquelas lembranças. Tentando me convencer que era apenas um sonho. Mas algo dentro de mim rugia de ódio. Me dei conta que estava no meio da rua, há poucas quadras dali, tinha uma praça, alguns garotos estavam sentados em bancos conversados. Fui cambaleando até elas, não conseguir me conter.

Quando fechei os olhos e me concentrei mesmo que sem querer nas batidas dos corações. Minhas presas saíram instantaneamente, fui e silêncio, meus olhos se fixaram na garota de cabelos ruivos encaracolados. Estava prestes a sair da moita em que me escondia para atacá-la quando alguém chamou meu nome

— Damon

Me virei sobressaltado reconhecendo aquela voz, mas não tinha ninguém. Pisquei os olhos várias vezes, até me convencer que era fruto da minha imaginação. Mas novamente não tinha ninguém ali, respirei fundo, tentando me controlar, quando me virei pra a garota ela tinha sumido. E seu lugar estava Bonnie sentada no banco de braços cruzados

— Bonnie?

— Olá Damon — ela se levantou me encarando seria — Me diga que não ia fazer o que eu penso que ia fazer.

— Pois eu ia fazer exatamente isso.

— Então voltou pra isso? — ela maneou a cabeça — O que deu em troca?

— Troca do que? — inquiri confuso me sentando no banco desanimado. Ao mesmo tempo, que aliviado por Bonnie ter aparecido. Talvez vê-la alivia-se minha culpa.

— Como do que, você voltou a vida Damon. Acha que voltou por bom comportamento? — revirei os olhos irritado

— Você também está aqui, como voltou?

— Quem disse que voltei? — arquei a sobrancelha olhando pra mesma confuso. Bonnie bufou e se sentou ao meu lado

— Quem disse… Você está aqui.

— Estou? — ela riu da minha confusão — Eu nunca estive mais morta. Voltei, mas como fantasma olha que novidade — ela retrucou irônica

— Então como eu....

— E o que quero saber, o que você fez Damon? O que deu entroca pra voltar?

— Nada! — ela bufou irritada — Eu não me lembro como voltei.

Bonnie suspirou maneando a cabeça me lançando um olhar de censura

— Sabe o que pior? — ela esperou que eu pergunta-se, mas continuou mesmo assim quando viu que não responderia — O pior de tudo, e que você voltou e fez isso, estragou tudo....

— Eu?

— Sim, estragou. Eu estava na sala, eu vi como tratou a Elena.

— Estava lá o tempo todo? Como o Jeremy não te viu? — ela deu ombros

— Acho que você é o único que pode me ver agora Damon.

— Por que? — inquiri confuso

— Não sei, talvez eu seja sua consciência agora — ela disse seria, mas riu logo em seguida. Acabei rindo também

— Então eu dispenso — seu sorriso se desmanchou ela olhou para o chão

— Okay — ela murmurou parecendo realmente chateada.

Eu queria mandá-la mesmo embora. Parte de mim realmente queria. A outra, uma bem pequena dentro de mim, tinha se habituado a ela. Ela se levantou e começou a andar, queria dizer algo. Mas não disse nada.

— Volte para casa Damon, volte e se acerte com Elena. Eu daria tudo para ter a mesma chance com o Jeremy, eu tive e a perdi. Não faça o mesmo que eu.

— Ela tem outro Bonnie, me esqueceu — desabafei olhando para o céu.

— E o que queria que ela fizesse Damon? Vestisse o habito e vive-se na igreja rezando para sua alma, sozinha pela eternidade?

Fiquei calado sem saber o que responder. Bonnie deu aquele sorrisinho presunçoso. E colocou as mãos no bolso

— Posso te pedir uma coisa, antes que desapareça, pra sempre — ergui a cabeça em sua direção, e seus olhos estavam marejados assenti com a cabeça, mas desviei os olhos para o lado — Diga a ele que sinto muito, por tudo.

Ela disse com a voz falhada, meteu as mãos no bolso e se virou para ir embora

— Espera — ela se virou surpresa – Diga você mesma, se eu voltei tende haver um jeito para que você volte também.

— E você está disposto a me ajudar? — não respondi e ela riu – Obrigada Damon, mas não.

— O que disse?

— Eu estou morta, morta pela segunda vez. Sabe o que dizem: Não dá para enganar a morte pra sempre.

— Então tudo bem pra você, ver o Jeremy com outra, estar naquela droga de lugar..

— Não é tão ruim assim, agora que você… Foi embora. Acho até que ficou mais suportável.

— Eu duvido que consiga — ela arqueou a sobrancelha — Se conformar, e ainda sem mim, sozinha naquele lugar. Vendo que todos seguiram em frete, te esqueceram…

— Nem todos… Seu irmão Damon… Além da Elena tem outra pessoa que sofreu por você todo esse tempo. E eu nunca vi você se preocupar com ele — engoli seco me lembrado de Stefan.

Não admitiria, mas Bonnie tinha razão. Qual tinha sido a última vez que pensei nele? Ela riu parecendo ler meus pensamentos, o que me deixou irritado.

— Você morreu Damon, nos morremos. Eles não, eles tinham que seguir em frente. E o que você quereria se fosse um bom irmão, ou namorado.

Ela voltou indo para estrada, sumindo num piscar de olhos. Senti vontade de chamá-la de novo. O silêncio me incomodava agora, era como voltar para lá. Fechei os olhos tentando me recordar do que tinha feito pra voltar, mas não conseguia pensar em nada, nada que não fosse Elena, me beijando.

Matt

Caroline me ligou pela manha me contado todas as novidades. Fiquei alguns segundos com celular no ouvido, mesmo estando desligado. Era meio surreal acreditar que Damon tinha voltado e Bonnie não. Eu não sabia o que dizer a Caroline, só o que conseguia pensar era na falta de sorte de Bonnie ou e como o mundo era injusto. Por mais que Elena agora voltaria a ser a mesma, seria feliz de novo. Não consegui ficar realmente feliz.

Aby se sentou na minha mesa, passando a mão em frente ao meu rosto e estalando os dedos

— Aterriza — ela riu

— O que disse?

— Volta pra terra Matt, o que aconteceu?

— Nada, não — menti forçando um sorriso. Aby franziu a testa e me deu um tapinha em meu ombro

— Você menti muito mal — ela sussurrou no meu ouvido — Vem, Diggle tem novidades sobre as garotas.

Diggle estava em frente a mesa olhando fotos das vítimas, um rapaz não muito mais velho que eu, com óculos enormes. Ele era perito e contou o que eu já sabia. Por sorte Diggle estava impaciente aquela manhã e não deu muitos ouvidos a Malvin que insistia que o assassino degolou as duas para esconder o ferimento no pescoço. Diggle suspirou pesadamente e mandou que investigássemos a família das duas

— Então o que acha?

— Sobre a teoria da criatura chupadora de sangue — ri, Aby franziu a testa — Penso como Diggle — menti.

Aby cruzou os braços olhando para o rapaz com a sobrancelha arqueada ela estava desconfiada. Malvin olhava as fotos murmurando consigo mesmo.

— Eu achei tudo muito estranho. As garotas têm algum tipo de conexão. Você mesmo disse isso uma vez, aliais que tipo de assassino degola a vítima, e ainda drena todo sangue?

— Do tipo… Do tipo psicopata Aby, são assassinos fazem coisas cruéis sem sentido, sem motivo.

— Não. É ai que você se engana, psicopatas são inteligentes, não fazem nada por acaso…

— Então você realmente acredita que é algum demônio, sugador…

— Eu não sei — confessou — Mas eu acho que tem algo errado nesse caso, eu vou descobrir o que é.

Aby se afastou indo em direção a Malvin, que começou lhe apontando fotos, e para meu desespero. Ele não estava errado, tinha uma criatura, mais precisamente uma infestação de vampiros na cidade. Mas para meu grande azar ou sorte, eles eram meus amigos. Não poderia ter sido um deles, ou podia?

Elena

Eu parecia ter acordado de um sonho. Ou melhor de um longo pesadelo. Quando entrei na sala, logo depois do meu encontro com Carter, eu não fazia ideia do motivo pelo qual Jeremy estava aos prantos abraçado a Caroline. Quando meus olhos se fixaram no outro canto da sala, quando meus olhos se encostraram com os dele. Eu não consegui dizer nada, nem se quer pensar direito. Temia até piscar os olhos ele desaparecer, e ser somente um sonho. Corri até Damon o abraçando, beijando queria sentir seu corpo novamente, seu perfume olhar de perto seus olhos…

Eu estava tão aturdida, tão feliz. Que se quer notei, que seus braços não se moveram abraçando minha cintura. Que seu rosto não abriu em um sorriso, ele não se movia. E quando se moveu foi para me afastar. Seu corpo se retraiu ao meu toque, eu não conseguia pensar, apenas corri novamente querendo abraçá-lo pra sempre. Nada importava… Eu pensei, não notei o motivo pelo qual Jeremy chorava, a verdade é que não me importei. Não reparei que faltava mais alguém. Porque não tinha vergonha de admitir que estava feliz como há muito tempo não estava. Damon estava ali, a poucos passos de mim. Ele estava vivo, tinha voltado para mim.

Mas ele correu, foi embora. Eu corri até ele gritando desesperada, mas Alaric me segurou, me impedido de alcançá-lo. Já tinha se passado horas desde que ele sairá. O já tinha amanhecido, fiquei parada em frente a janela. Esperando que ele volta-se.

Caroline estava na poltrona abraçada aos joelhos, verificando celular a cada cinco minutos. Ela suspirou e se levantou indo até a cozinha, voltou me estendendo uma bolsa de sangue que neguei com a cabeça sem tirar os olhos da janela. Ela abriu a porta ligando para alguém, logo em seguida Alaric voltou corri até ele quase esbarando em Caroline que fazia o mesmo.

— Cade ele Alaric? — inquiri desesperada ele entrou sem dizer nada, me desesperando ainda mais. Ele se jogou no sofá — Alaric, anda onde o Damon esta?

— Ele está no bar, em que levei ele ontem.

— Bar? Que bar onde....

— Calma Elena — pediu desanimado — Ele quer ficar um pouco sozinho

— O que? — senti um bolo se formando em minha garganta

— Sozinho Elena — ele repetiu pacientemente.

Ele quer ficar sozinho? murmurei aos prantos me sentei quase automaticamente — Por que? Por que Alaric, porque ele quer ficar sozinho e não comigo?

Alaric e Caroline se entreolharam e Alaric me puxou pra um abraço, me aninhei em seu peito chorando.

— Alaric, o Jeremy, ele ainda não voltou – Caroline olhava aflita para janela — E se ele…

— Fica calma Care, ele deve estar na Cody.

— Me diz onde ele está Alaric —implorei soluçando.

— Elena, por favor tenta ter paciência. Ele deve estar confuso com tudo, por voltar assim de repente. Por favor tenta se controlar.

Alaric me abraçou mais forte me pedindo calma, paciência. Mas eu não tinha nada disso, não conseguia me acalmar, nem entender. Eu queria Damon, ao meu lado.

Caroline

Elena chorava compulsivamente abraçada a Alaric. Damon não tinha voltado, mas não era isso que me preocupava. Na verdade ainda não conseguia acreditar em tudo que aconteceu naquela noite. Que Damon tinha voltado, que Bonnie não voltaria…

Respirei fundo olhando outra vez pela janela, ligando pela centésima vez pra Jeremy que não me atendia. E ninguém além de mim parecia se importar com ele ou melhor com nada que não fosse Damon. Me perguntava se Stefan tinha escutado minha mensagem, se essa hora ele voltaria pra casa. Meu celular tocou me assustando, quase deixei o aparelho cair na afobação de atendê-lo logo mas infelizmente não era Jeremy nem Stefan.

— Matt oi

Care, eu preciso que venha até aqui.

— A onde?

Na delegacia… Você tem que ficar calma okay

Fala logo Matt… Foi o Jeremy não é, ele está bem?

Sim, calma. Ele está bem, mas bateu o carro. Estava dirigindo alcoolizado por sorte a rua estava vazia, ele tem umas leve contusões mas nada grave.

— Estou indo — desliguei o celular — Alaric me empresta a chave do seu carro?

— O que? — ele erguei a cabeça parecendo despertar. Elena mantinha os olhos no nada

— A chave Alaric, sua chave? — ele pegou em seu bolso, mas fechou antes de me entregar

— O que aconteceu?

— Nada — menti impaciente — Anda me dá

Ele franziu a testa, mas me entregou. Corri até o carro e demorei até conseguir engatar o carro por falta de prática. Já que eu costumava correr ou andar de carona na viatura de Matt quase sempre. Quando cheguei na delegacia, fui impedida por Diggle de entrar para ver Jeremy. Ele fez um longo sermão, me dizendo das vidas que ele poderia ter tirado. Eu teria que pagar sua fiança, mas se quer tinha me atinado a esse fato. Nem se quer trouxe minha carteira, comecei a me irritar com Diggle, eu realmente detestava aquele homem. Me aproveitei quando Aby saiu e puxei Diggle pelo colarinho.

— Vai me deixar ver o Jeremy… Agora! — Ordenei sem paciência. Suas pupilas que se dilataram voltaram ao normal, ele assentiu

— Aby — ele gritou — Leve-a moça até o Gilbert

Aby franziu a testa achando estranho a atitude dele, mas acatou a ordem me levando até Jeremy. Ele estava deitado no banco, com os olhos fechados. Aby abriu a cela, Jeremy não se moveu nem mesmo para ver quem era, talvez ele já soubesse. Toquei em sua perna, ele pulou se assustando, mas voltou a mesma posição quando viu que era eu. Me sentei em seu lado, sem saber o que dizer.

— Jeremy

— Porque veio? — ele suspirou — Vai embora Caroline.

— Olha eu entendo sua revolta, eu sei o quanto deve ser…

— Cala boca — ele murmurou

— Jeremy…

— Cala essa boca — ele gritou se levantando — Eu não me importo se você é mais forte que eu, se não calar…

— Se não calar o que? — elevei a voz, no mesmo tom que ele — O que vai fazer Jeremy, me bater? Se isso for te fazer se sentir melhor… Então vem — me levantei esperando que ele fizesse algo, seus olhos se arregalarão de surpresa, ele desviou olhar para o chão, parecendo envergonhado.

Caímos no silêncio novamente. Jeremy fitando as próprias mãos, que estavam machucadas, alias ele todo estava, me sentei ao seu lado novamente.

— Me deixa ver isso — puxei sua mão, ele não rebateu olhei para ambos os lados e fiz menção de morder o pulso, mas ele segurou minha mão

— Não! — ele rosnou

— Jeremy, vai te ajudar… Você sabe.

— Eu já disse que não — disse entre dentes. Respirei fundo tentando manter a calma. Não sabia mais o que dizer. Eu abri a boca na intenção de dizer algo, mas nada saiu. Jeremy maneou a cabeça e se levantou. Indo até o outro lado, olhando pela janela a luz prateada da lua que iluminava aquela cela fedorenta e minuscula.

— Jeremy…

— Por que insiste tanto? Por que não vai embora de uma vez — ele inquiriu mais dessa vez, sem nenhuma agressividade, parecendo exausto.

— Porque sei que ela faria o mesmo — confessei — Ela nunca desistiria de você ou de mim

— Do que adiantou? Ela está morta agora, a primeira vez por minha causa… E agora, quando o universo resolve devolver alguém esse alguém é ele cuspiu as palavras podia sentir a revolta e seu tom.

Eu não queria dizer e ajudá-lo acuminar mais ódio de tudo. Mas pensava o mesmo, mesmo não tendo nada contra Damon, afinal ele era irmão do Stefan, o amor da vida de Elena. Mais não era nada pra mim, nunca foi. E mesmo com todos eles amando Damon, não conseguia compreender o que ele tinha feito para merecer isso. Outra chance de recomeçar, voltar para quem ele amava e Bonnie não, era injusto.

— Eu sei quanta raiva deve estar sentindo — ele me lançou um olhar de descrença — Eu sinto isso o tempo todo, raiva… Ódio mas vezes do que pode imaginar. De tudo, do meu destino.. De tudo o que eu perdi, tudo o que eu nunca vou ter.

Jeremy deixou escapar um sorriso.. Ele se voltou para o banco e sentou encostando a cabeça na parede me encarando

— E difícil acreditar… Você e sempre tão…

— Positiva, alegre — ri, ele assentiu – Eu era assim, tento ser a maioria das vezes. Tento ser o melhor possível sempre.

— O que deve ser uma…

— Droga — completei — Sim é. Mas eu me lembro dela as vezes, ela era como eu… Claro tirando algumas partes. Ela sempre me animava, mesmo quando estava mau. Era sempre ela que me dava colo — desabafei, desviei meus olhos para lado tentando conter as lágrimas forcei um sorriso para Jeremy que olhava pra o chão com os olhos marejados como os meus ele virou o rosto para o lado.

Aby apareceu em frente a cela, avisando que o tempo tinha acabado. Me levantei, mais antes tomei coragem e lhe dei um beijo na testa. Ele continuou mantendo o rosto virado para que eu não o visse chorando

— Ela deu a vida por você Jeremy, ela te amava… Acreditava em você…

— Não termine essa frase — avisou irritado

— Não desperdice Jeremy, sabe como ela se sentiria se o visse assim… Você mais do que ninguém sabe.

Enzo

Quando Caroline me ligou aquela noite, eu não quis atender por estar na mesma sala que Stefan. Mas como ela nunca me ligava, acabei não resistindo. Fazia apenas um dia que estava longe dela e saudade que já sentia dela era absurda. Mesmo sendo ignorado por ela a maioria do tempo, mesmo quando estávamos juntos eu sabia que seu pensamento era direcionado apenas para uma pessoa… E não era eu.

Eu podia ter dito a ela que eu matinha contado com Stefan, quando a flagrei chorando compulsivamente. Quando me sentei ao seu lado e escutei a mesma chorar por ele. Podia ter sido um bom amigo, mas quem disse que eu era. Quem disse que conseguia isso.

Eu odiava ter que dividi-la com ele, principalmente agora que mesmo aos protestos eu era parte de sua vida. Eu era parte da vida de alguém. Mas tudo se complicou, quando me aproximei de Stefan, eu estava tão desesperado ou mais do que ele, já que não tinha ninguém, pelo menos não desse século que me atura-se. Quando dei por mim, estava viajando para cidade vizinha e participando das “festas” que Stefan fazia, mas não participava. Ele atraia as garotas, mas não as machucava. Era estúpido e bonzinho demais, mais eu não. Tentei modificá-lo, mostrar ele uma forma mais divertida de enfrentar a dor e solidão. Mas quando estava prestes a conseguir ela estragou tudo. Caroline começou a ligar para ele, deixando mensagens enormes, noites após noite contando seu dia, falado coisas sem sentido. Mas que foi o suficiente pra trazer o Stefan bonzinho que custei a conseguir mudar de volta.

O idiota nunca retornou nenhuma ligação dela, em compensação nunca as apagou eu sabia ele ouvia todas elas antes de dormir. Era apenas uma questão de tempo, até que ele fraqueja-se e volta-se rastejando a cidade para vigiá-la. Eu não teria como impedir que se encontrassem. Mesmo com a grande chance de serem apenas amigos como eram. Algo no jeito como ele ficava aflito sem suas ligações me deu a certeza que não era apenas do ombro amigo que ele temia ter perdido.

— Eu quero aquele ali — Harley apontou para um cara qualquer sorrindo

— Então vai pegá-lo — mandei impaciente.

Ela fez bico cruzando os braços. Stefan tinha mesmo razão, dentre todas as loiras do mundo tinha que escolher a mais irritante e pedante delas? Estava me concentrando no meu plano, para não arrancar seu coração ou língua ali mesmo.

— Disse que “caçaríamos” juntos — ela retrucou com sua voz esganiçada

— Eu disse que te ensinaria a se alimentar e bem eu ensinei. Agora se não aprendeu não problema meu, morrera em breve… Para o bem da humanidade… Ou melhor da minha sanidade que já e mínima.

— Morrer, eu posso morrer? Mais já não estou morta? — revirei os olhos com pergunta.

— Na teoria sim, mas em prática não — Stefan respondeu surgindo atrás de Harley que correu de imediato para seus braços. Se pendurando em seu pescoço

— Você veio — Stefan suspirou, mais forçou um sorriso antes de afastá-la o que estranhei.

— Sim — ele se sentou ao meu lado — Por que deixar a diversão só pra vocês — respondeu me encarando com sorriso estranho

— Então resolveu sair da caverna e curtir a vida?

— Pode se dizer que sim.

— Isso merece uma comemoração

— Aliais hoje e um dia especial — Harley cantarolou – Ele disse que tinha muito que comemorar hoje…

— Ah disse? — Stefan franziu a testa me fitando — O que tem de tão especial no dia de hoje Enzo? engoli seco, fuzilando Harley com os olhos, que apenas bateu palmas animadas prestes a contar.

— Nada demais, apenas que eu terei uma nova companheira de aventura de agora em diante

— Eu? — assenti, ela pulou no meu colo — Viu, ele me quer. Deveria me tratar assim… Pai? Como devo chamá-lo? — olhei para Stefan entediado, mas ele para minha surpresa riu para minha supressa

— Stefan, só Stefan okay.

— Okay, só Stefan ela respondeu sorrindo e mais uma vez Stefan correspondeu o sorriso. O que me deixou intrigado, por que ele mudou de humor tão repentinamente — Deveríamos ensinar o jogo a ela?

— Jogo? Que Jogo? — Harley inquiriu com os olhos brilhando de excitação

— E um jogo muito divertido Harley — ele sorriu acariciando seu rosto — E uma tradição de família, meu irmão era campeão nesse jogo.

Estremeci com menção do nome de Damon. Stefan nunca tocava no nome do irmão, procurava assim como Elena bloquear o nome dele e agora falava dele e do jogo com tanta naturalidade.

— Está querendo ensinar a ela…

— Como se divertir — ele me cortou se levantando e estendendo a mão para ela, depositando um beijo nas costas de sua mão — Sim, estou. Algum problema nisso Enzo?

Neguei com a cabeça um pouco sem ação, sem consegui assimilar bem a cena. Stefan pegou o braço da mesma a conduziu ate o centro do salão. Ele dançou com ela alguns minutos, depois cochichou algo em seu ouvido.

Logo depois Harley se afastou dele depois de escolher um rapaz. Ela ainda não tinha muita noção de sua força e derrubou o rapaz, quando o mesmo se negou a acompanhá-la. Stefan apenas riu, parecendo mesmo se divertir com aquilo

— O que está tramando Stefan?

— Eu? Não estou tramando nada Enzo, por que essa desconfiança agora?

— Porque horas antes, queria que eu desse um jeito nela, e agora está ensinando ela…

— Estou apenas ouvindo seus conselhos — ele apertou meu ombro — Somos amigos agora ou não somos? — assenti atordoado, me sentindo irritado com isso. Stefan nunca tinha dito que eramos amigo ou coisa parecia em todo o tempo que andávamos juntos, aquela sua afirmação me deixou confuso.

— Então, vamos.

— A onde?

— Jogar — ele respondeu com sorriso sinistro enfeitando seu rosto, ele puxou Harley pela mão, afastando ela dos olhares curiosos que já cercavam-na.

Stefan

Sabia que era errado. Era irresponsabilidade ou apenas frieza, que me impedia de parar aquele jogo estúpido e correr até Harley. A mesma estava deitada na estrada como tinha lhe ensinado, minha boca ainda tinha o gosto do pobre infeliz solidário que resolvera me ajudar na estrada. Não estava morto, eu fiz com cuidado, para que ele parecesse assim. Mas o curei logo em seguida, quando Enzo se juntou a ela na estrada.

Quando o mesmo acordou desesperado o compeli a se acalmar e a correr dali. Agora estava parado atrás de um arbusto, olhando para ambos deitados olhando para o céu. Era inevitável pensar nele, as lembranças surgiam em minha mente por mais que luta-se para apaga-las. Manei a cabeça respirando fundo, me concentrando em Enzo. No que ele escondia de mim. Um carro estava vindo. Harley ergueu a cabeça para ver.

Morta Harley sussurrei sabendo que ela ouviria perfeitamente

O carro freou quase em cima dela. Uma cara velho, baixinho e gorducho saiu e se desesperou vendo a mesma deitada ali. Enzo estava do outro lado de braços cruzados apreciando aquele jogo estúpido que ele e meu irmão tanto gostavam. O homem foi correndo para o carro, buscando seu celular, esse foi seu erro. Ele pegou o aparelho com as mão trêmulas e quando se virou Harley já não estava deitada ali. Ele estreitou os olhos, pensando consigo mesmo se não era uma alucinação. Podia ouvir dali, a batida de seu coração aumentarei.

Quando o mesmo se virou para voltar a seu carro. Harley surgiu atrás dele, ela não disse nada nem esperou que o mesmo desse um grito de desespero. Ela cravou as presas em seu pescoço, ele se debatia tentando empurrá-la mas aos pouco foi desfalecendo parando de relutar não demorou muito até que o velho caísse no chão. Ele teve alguns espasmos, que a irritou ainda mais. Ela se inclinou sobre ele e me lançou um olhar apavorado, pedindo ajuda. Estava a poucos passos dela, mas Enzo foi mais rápido ele quebrou o pescoço dele. Tive que controlar minhas emoções, para não demonstrar a vontade de quebrar o pescoço de Enzo naquele momento, forcei um sorriso sabendo que ele analisava. Meus olho se voltaram relutantes para o homem-morto no chão, sua cabeça estava virada, seus olhos acintados agora opacos pareciam olhar diretamente para mim.

— E assim que se faz, entendeu?

— Sim entendi, mas era meu. Eu tinha que matá-lo não você — Enzo riu

— Fica tranquila o próximo será todinho seu, eu prometo — ela sorriu satisfeita, mais deu ombros

— Até que foi divertido, mais ele era velho. Eu quero mais e de preferência um que não esteja com pé do outro lado.

— Temos uma vampira muito exigente, não temos — fiz o mesmo gesto que ela, lhe dando um toque na ponta do nariz, o que já bastou para deixá-la animada, se jogando para mim. Segurei a mesma, virando o rosto impedido que ela me beija-se mais mantive minha mãos em sua cintura — Então vamos atrás de sangue jovem

Enzo franziu a testa, ele estava começando a desconfiar das minhas atitudes. Antes de irmos, Enzo carregou o corpo e jogou de um barranco de qualquer jeito.

— Pegue-o Enzo — ordenei

— Pegue-o você — ele riu nervosamente — Está me dando ordens agora?

— Vamos levá-lo pra um lugar apropriado

— E que lugar seria esse?

— O cemitério.

()

Um grupo de jovens góticos estava reunido ali, com suas roupas escuras. Sentados em cima de lapides recitando poesias. Nunca consegui compreendê-los bem. Apesar de já ter estado, ali diversas vezes em silêncio, escutando as lamurias, poesias tristes que eles repetiam todos os dias.

— Por que a trouxe aqui?

— Para ficar mais divertido — expliquei — Eu vou participar e você?

— Está me desafiando?

Eu sempre dizia que nunca entraria nos seus jogos doentios para passar o tempo. E agora estava ali incitando ele a isso. Ele e Harley se separavam cercado os três jovens que olhavam com tédio, ou tristeza para as lapides. Harley atraiu um para longe dos outros, fazendo o que tinha mandado

— Acho que aquela ali, vai ser a minha — apontei para outra garota, que era loira com cabelos no ombro. Mesmo com batom preto nos lábios, sabia bem que ele ria escolhê-la também. Enzo deu um sorriso de canto

— Temos um impasse amigo, eu a escolhi primeiro — ele correu até ela como previ eu corri até os outros os assustando.

Eles correram desesperados como planejava. Enzo sorriu quando alcançou a garota e a mobilizou antes de cravar os dentes na mesma, ele bebeu seu sangue mas logo a soltou cuspindo. Não esperei ate que ele se recupera-se, aproveitei que estava de costas e quebrei seu pescoço. Ele caiu em cima da garota que gritou desesperada

Shiuuu tomei seu rosto, mordi meu pulso e a fiz tomar — Agora vá, esqueça tudo isso.

Ela se levantou cambaleando, mais logo sumiu de vista entre o breu do cemitério.

— O que fez com ele? — Harley inquiriu limpando o sangue do rosto com manga da blusa—O que está fazendo?

— Vencendo o jogo Harley — inclinei sobre ele e peguei seu celular no bolso da jaqueta e como suspeitava o meu estava no outro bolso de sua jaqueta.

— Isso é injusto! Se soubesse que era pra atacar ele, eu teria feito e ganho — resmungou irritada.

— Da próxima eu deixo você ganhar — me aproximei dela — Fez o que eu pedi, o deixou vivo? — ela assentiu — Boa garota. Se ele acordar, quebre o pescoço dele de novo okay, tenho que fazer uma ligação.

Ela suspirou pesadamente, mas me obedeceu sentando ao lado de Enzo olhando-o com curiosidade pegando a mão dele e levantando para depois deixar cair inerte no chão. Me afastei o suficiente para que ela não ouvisse. Quando liguei meu celular, havia uma ligação de Caroline mais dessa vez ela não tinha deixado nenhuma mensagem. Fiquei frustrado, mas peguei o de Enzo. E pra minha surpresa a foto que estava nela era dela, em um bar sorridente. Senti meu peito se apertar, no mesmo instante, um gosto amargo surgindo na boca. Respirei fundo reunindo coragem antes de finalmente discar o número dela. Ela demorou tanto a atender que ia desistir quando escutei sua voz doce do outro lado.

Finalmente Enzo, onde você está? Pensei que correria pra cá, para ver o Damon.

Engoli seco, senti minha cabeça girar. Não conseguia raciocina direito, será que tinha mesmo ouvindo isso, meu irmão estava vivo, ele tinha voltado?

Enzo, você está ai? Vai falar ou não? ela suspirou — Eu vou desligar…

— Não desliga por favor

Stefan?

— Sim Caroline, sou eu. O que quis dizer, com correr para ver o Damon?

Ela demorou a responder. Pensei que ela desligaria na minha cara, mas ela respondeu depois de um longo suspiro

Seu irmão Stefan… Ele voltou. Não me pergunte como, mas ele voltou.


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Notas finais do capítulo

Então gente a partir desse capítulo Bamon começa a interagir mais, para quem sentia falta da Bonnie, agora ela vai parecer sempre e Stefan is coming, falta pouco ;)

Ps: Quem ai assistiu TVD ontem? Quem ai surtou com fim de Dark steroline, eu fiquei com raivinha do Stefan na hora, mas agora já passou... Ele e lento quando se trata dos seus sentimentos pela Care, mas e vocês o que acharam? E quando Liz apareceu eu juro que chorei, ela vai fazer falta a unica mãe que prestava porque a Lily.... Vou te contar, espero que morra logo que Enzolily não dá, não estou disposta!!! :P
Xoxo



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