The way back to you - EM HIATUS INDETERMINADO escrita por allurye


Capítulo 6
Chapter IV — We are all fragile as glass shards




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Damon

Alaric me fazia milhões de perguntas, cuja a maioria eu não sabia a resposta. Depois de um forte abraço, que eu tive que cortar para não se estender mas do que permitido. Sentamos em uma das mesas, ele me contou sobre tudo que tinha acontecido. Fiquei pasmo quando descobri quanto tempo tinha passado, para mim e Bonnie a sensação era como se tivéssemos morrido ontem. Me calei quando me lembrei dela. Não conseguia me lembrar do porque ela também não estava aqui, como somente eu tinha conseguido voltar.

— Mas então, me conta como conseguiu voltar? — dei ombros estalando os dedos pedindo outra caneca, de uma cerveja um tanto estranha. Mas que entornei rapidamente.

— Não sei. Mas com toda certeza eu sou responsável por voltar, já que ninguém pareceu muito mau com minha “partida”

— Todos sofreram por você Damon, você não faz ideia do quanto… Mas me diga de uma vez, como voltou? Bonnie… Aliais onde ela está? — Alaric olhou para os lados ansioso na expectativa de vê-la

— Não sei.

— Não sei é sua resposta para tudo?

— Sim é.

— Então você simplesmente voltou? — assenti — E não acha isso nem um pouco estranho?

— Na verdade não, anos atrás você estava morto, agora está aqui dando em cima de alunas indefesas.

— Não estava dando em cima dela!

— Claro que não, isso iria contra seus “princípios” — zombei

— É agora?

— É agora o quê?

— Vamos voltar, pra casa.

— Então vocês moram mesmo aqui — olhei em volta — Não conseguiram arranjar um jeito de voltar?

— Não, no começo tentamos de tudo. Mas parece que o feitiço que os viajantes jogaram na cidade e indestrutível, sem contar que agora a cidade esta sobre vigia sobre seres estranhos. Liz não consegue mas conter todos, o novo prefeito e quase um inquisidor. Então não estou nem um pouco ansioso por voltar. Mas Elena e os outros estão.

Minha cabeça pareceu girar com a menção do nome de Elena. Parecia que estava esquecendo de algo importante É esta!

Uma voz surgiu em minha cabeça, uma voz que eu conhecia bem. Olhei para os lados procurando sua dona, mas nem sinal dela. Ótimo eu tinha voltado a vida, e agora estava louco

— Está tudo bem?

— Você ouviu uma voz? — Alaric estreitou os olhos me olhado desconfiado, negou com a cabeça. Fechei os olhos maneando a cabeça.

— Damon, está tudo okay? — assenti impaciente — E melhor irmos agora.

Ele se levantou olhado meus olhos vidrados na garota a mesa ao lado. Durante o percusso que eu nunca tinha feito. Eu achei o lugar estranhamente família, como se já estivesse estado ali, naquela rua, ele estacionou em frente a uma casa, que era igual as outras. Exceto pela porta vermelha e uma roseira morta, cheias de espinhos. Ele estacionou e suspirou apertando o volante

— Pronto?

Não consegui emitir nenhuma palavra, ele saiu do carro eu permaneci ali. Por um segundo meus olhos pararam no retrovisor, eu tive certeza de ver Bonnie no banco de trás, ela maneou a cabeça como se eu tivesse feito algo de errado. Quando olhei para trás não tinha ninguém. Voltei meus olhos para retrovisor. E minha mente girou novamente, olhei para aquela casa e tudo ficou escuro. Um carro vermelho estacionou em frente e era como se estivesse dentro. Elena estava com outro, antes de sair do carro ela o beijou. Então tudo voltou ao normal, então eu não estava louco. Já tinha estado ali, aquilo tinha acontecido. Elena estava com outro. Alaric bateu na minha janela

— Não vai sair?

Elena

Caroline chamou uma amiga aquela tarde. As duas pareciam tão entrosadas e mesmo tentando fazer parte daquilo, da conversa. Me dei conta de não ter a mínima ideia do que elas diziam. Me dei conta que há muito tempo não me sentava ali, naquele sofá, não parava para conversar com ninguém. Ao ponto de não saber nada sobre a vida de meu irmão. Ao ponto de não entender as piadas e cumplicidade nova que Alaric compartilhava com Caroline.

Inventei uma desculpa e sai de lá. Liguei para Carter que me convidou para jantar. Caroline e ajudou a escolher uma roupa, enquanto sua amiga, ficava em um canto olhado para ela e fazendo piadas sobre ligações misteriosas que deixou Caroline irritada. Escolhi uma roupa simples contrariando as expectativas de Caroline, que ficou frustrada por não aceitar seu conselho sobre vestidos descotados. Carter chegou uma meia hora depois. Ainda era estranho vê-lo sem seu jaleco. Ele estava simples com uma camisa polo escura e calça jeans.

Ele me deu um beijo no rosto. E por um momento fiquei frustrada por isso, mas entedia bem o porquê de sua atitude contida, eu mesma tinha pedido para irmos com calma. Nos fomos para um restaurante um pouco afastado. Jantamos numa mesa ao ar livre, sobre as estrelas. Carter não dava chance ao silêncio, talvez fosse isso que mas gostava nele, ele me fazia sorrir. Eu conseguia entender suas piadas e referências a coisas antigas. Porque minha vida agora tinha mudado, eu não era mais uma adolescente com grandes conflitos, apesar de ainda ser um bem grande ser uma vampira e as vezes desejar provar mais do que os lábios de Carter, ter que me concentrar sempre em outras coisas.

Me lembrava de Stefan naquelas horas, na força e autocontrole quando ainda namorávamos, quando ainda era humana. Mesmo sendo uma vampira sem muitas qualidades de autocontrole ou com habilidades para me salvar sozinha. Era Stefan, que me motivou de alguma forma. Pelo menos era na sua grande força de vontade de ajudar sempre, me lembrava as vezes de sua tentativa para me tornar uma vampira “vegetariana.” O que não deu certo, porque eu ansiava por sangue, mas não de um coelho ou outro animal, aquilo não me satisfazia. Admirava Caroline por ter conseguido aquele feito. Na verdade eu não conseguia imaginar como era difícil para Stefan.

Carter e eu caminhamos em volta de um velho lago, a noite estava mesmo agradável, mesmo com meus pensamentos se dissipando hora outra para o passado e as pessoas que ficaram lá. Nos sentamos na grama, Carter olhava para o céu. Ele pegou minha mão e fez como num filme que gostava. Me mostrou estrelas que formavam a letra E, ficamos próximos novamente, ele me olhou intensamente e tirou uma mecha que cobria meu rosto, antes de selar os lábios nos meus. Fechei os olhos e deixei me envolver. Caroline estava certa, era hora de seguir em frete.

Caroline

Estava assistindo a um filme trash de terror que Emma trouxe, era nojento só tinha tripas, cenas de sexos onde os dois idiotas sempre morriam logo nas primeiras cenas e depois, adivinhei… Mas tripas! Aliais o filme se resumia apenas há isso. Fui até a cozinha com desculpa esfarrapada, de pegar mas refrigerante. Mas bebi um pouco do meu “elixir” mesmo sendo groselha no filme, não impediu meu cérebro de ficar sedento por sangue, fazendo minhas gengivas coçarei e doerei quando a veia carótida de Emma estava a centímetros de distância. Escondi as provas do crime, abri a torneira enchendo um copo de água, para tirar o possível avermelhado dos meus dentes, acabei ficando dispersa novamente.

Peguei meu celular no bolso e respirei fundo desejando que constasse uma ligação ali. Mas não tinha, senti vontade de mergulhar aquele celular estúpido no meu copo d'água, ao invés disso apertei o celular. Disquei o número dele, quase sem perceber, estava ouvindo aquele tum, tum interminável esperando a secretaria atender. Mas Emma surgiu atrás de mim, tirado o celular da minha mão.

— Já ligando pra ele? — Emma suspirou maneado a cabeça, pensei em negar mas era inútil — Você deve mesmo amar esse cara.

— Não fala besteira, eu ia ligar para… Para mandá-lo para o inferno.

— Ahãm?!

— E sério! — menti descaradamente.

— Estão está bem — ela me estendeu o celular — Ligue pra ele e diga tudo isso, diga o quanto ele e estúpido, que quer que ele se dane.

— Agora?

— Não, pode ser ano que vem — ela zombou — Anda Caroline, diga tudo de uma vez. Nunca vai superá-lo se não disser.

Minhas mão estavam trêmulas quando peguei o celular e disquei mas uma vez. Emma se apoiou a mesa e observando. Minha boca ficou seca, parecia que minha garganta tinha se fechado. Emma sorriu maneando a cabeça e pegou o celular da minha mão

— Espera eu vou ligar — disse quase num sussurro

— Não você não vai, talvez consiga dizer pessoalmente um dia. Vem vamos voltar para o filme, antes que faça papel de boba ligando pra esse babaca.

Emma me puxou me empurrando para a sala. Tentei me concentrar no filme, mas não estava ajudando o casal principal serem tão fofinhos e unidos

— Quer trocar de filme?

— Depende, que filme trouxe?

— Halloween I e II e madrugada dos mortos

— Uau, quanta variedade de filmes

— Não é tão ruim assim, pelo menos não é nenhum filme de mulherzinha e vampiros brilhantes.

Acabei rindo muito dos vampiros brilhantes, ela não entendeu minha piada interna.

— O que foi? E verdade, os filmes de terror hoje em dia são todos uma droga! Viu o que fizeram com frankenstein, lobisomens e vampiros?

— Não gosta do jeito que são retratados Emma? Olha os vampiros eu concordo plenamente, mas os lobisomens ate que eles acertaram, e o Taylor Lautner Emma! — ela fez uma careta de desdem — Como você imagina então?

— Imagino o que? — inquiriu enchendo a boca de pipoca

— Vampiros por exemplo? — ela esticou a mão e pegou o copo de refrigerante na mesinha.

— Por que está perguntando isso, essas coisas não existem.

— Tá eu sei, mas se existissem como imaginaria eles?

— Como demônios — engoli seco sentido algo semelhante ao um soco o estômago, eu não era um demônio! Ou era?

— Demônios? Não acho que sejam assim — ralhei ofendida

— Ah não? Care, são criaturas que se alimentam de sangue humanos, que matam seres inocentes para permanecerem vivos.

— Mas porque eles não tem escolha, se não fizerem…

— Eles morrem, mas cá entre nos eles deveriam estar “mortos” — ela riu da minha expressão desconcertada — Não faz essa cara, eu gosto de vampiros.

— Sério?

— Claro que sim… Nos filmes — ela afirmou — Essas coisas não existem. E se existissem tenho certeza que não seriam brilhantes e fofinhos. Seriam sedentos por sangue, frios e sem humanidade. Pelo menos o Tom Cruise era.

Forcei um sorriso me sentindo péssima. Porque ela tinha razão, deveríamos estar “mortos” na teoria, mas não estávamos, Emma pensava exatamente como meu pai e por um tempo minha mãe, como ela reagiria se soubesse do meu segredo? Até mesmo Bonnie que já era um ser sobrenatural por assim dizer me odiou, ficou com nojo de mim. Mordi a bochecha tentando reprimir a vontade de compartilhas meu segredo, seria bom ter uma melhor amiga de novo, uma que não me olhasse como seu eu fosse um monstro ou outra que nem se importava com minha existência.

— O que foi?

— Nada — menti, ela arqueou a sobrancelha em descrença.

— Então muda essa cara

— Eu só tenho essa — retruquei de má vontade. Emma riu

— As vezes você tão infantil sabia? Sabe como a gente resolve birra de criança? — neguei com a cabeça, olhando para TV ignorado-a — Não sabe, deixa de mostrar então.

Ela se virou pra mim fazendo-me cócegas, algo que me desarmava mas de deixava furiosa depois. Fiquei implorado pra que ela parasse e segurei suas mãos, mas ela conseguia se soltar fazendo mais. Eu podia pará-la, mas temi acabar por quebrar os dedos magros de sua mão, ela se inclinou sobre mim rindo e parou quando nossos rosto ficaram próximos. Podia sentir seu hálito de perto, seus olhos fixos nos meus.

Tive a ligeira impressão que ela estava prestes a me beijar, mas felizmente foi interrompida por Alaric que ficou meio paralisado com cena, ela recuou parecendo mais irritada do que envergonhada, eu por outro lado queria enfiar a cara em saco de papelão e nunca mais tirá-lo. Notei que alguém estava atrás dele, ergui a cabeça tentado ver, mas o breu da sala me impedia. Foi quando a pessoa deu um passo a frente se revelando. Eu cairia no chão se eu estivesse em pé.

— Eca! Barbie com Barbie dá… Quer dizer, no caso dessa ai... Acho que é Ken mesmo.

— Damon? Como… — levantei boquiaberta olhando para ele – Como…

Como… como – ele zombou O que foi, seus poucos neurônios pifaram? Ele passou por mim olhando intrigado para casa — Então cade todo mundo? Cade meu irmão?

Stefan

Me joguei na poltrona olhando para garota que dormia em minha cama. Ou melhor estava temporariamente mais morta do que já estava. Eu deveria sentir algum remorso pelo destino dela, mas não sentia nada.

Nada que não fosse impaciência, algo estava crescendo em mim naquela semana. Antes eu conseguia bloquear aquelas lembranças, calar aqueles pensamentos.

Mas não agora e não ajudava nada aquela cidade ser tão próxima da dela. Minha vontade era de correr até lá e descobrir por mim mesmo se Enzo estava dizendo a verdade, se ela tinha mesmo me esquecido. Fechei os olhos me lembrado do dia em que não consegui conter aquilo, aquele turbilhão de sentimentos.

(…)

Dois anos antes

Mesmo temendo em voltar e ser descoberto, voltei não consegui conter a saudade, precisava vê-la. Fiquei observado ela durante aquele dia inteiro. Tinha se passado alguns meses desde que havia deixado ela. Pouca coisa tinha mudado nela, exceto por seus cabelos que estava pouca coisa maior. Ela já não se vestia do mesmo modo, estava com uma camiseta comum de uma banda, que estranhei. Estranhei o modo como seu cabelo estava preso, como seu olhar parecia vago. Ela saiu para caminhar e ficou sentada em um banco olhado entristecida para as pessoas que passavam por ela.

Alguns minutos depois Matt, Alaric e Jeremy chegaram e lhe abraçaram calorosamente com exceção de Jeremy que estava carrancudo. Parecia ter sido forçado a estar ali. Ela forçou sorrisos a todo momento. Quem olhasse para ela, ali de longe até poderia acreditar nisso. Que ela estava se divertindo, mas eu sabia que não. Eu conhecia aquele sorriso, mas principalmente aquele olhar. Ela se afastou deles, atendendo uma ligação, por um momento sentir um aperto no peito com sorriso que se formou em seus lábios. Mas logo ela disse o nome do responsável por seu sorriso, ou melhor, a responsável.

Era Liz, ela riu por alguns segundos, mas logo seus olhos ficaram marejados, ela tratou logo de disfarçar e encerrar a ligação. Ela olhou para o céu tentado conter as lágrimas, respirou fundo antes de voltar. Alaric foi até ela lhe envolvendo em um abraço. Ele arrastou ela para um bar, relutante ela foi. Eu fiquei ali parado encostado em uma árvore sem ter coragem de dar alguns passos apenas, ou ao menos gritar seu nome.

Stefan? fechei os olhos me amaldiçoando por um momento Ela já te viu, sabe que voltou?

Não. É nem vai saber retruquei sem virar para encará-lo

Então, voltou apenas para vigiá-la?

Pense o que quiser dei ombros Enzo suspirou e maneou a cabeça

Não tem nem um pouquinho de remorso por ter abandonados todos, ou melhor ela?

Não tive como responder aquela pergunta e Enzo riu e me deu um tapinhas nas costas

Eu entendo você, afinal o que você diria a ela depois de abandoná-la?

Dei as costas ouvido Enzo rindo, me odiando por ser tão covarde e não dizer a ela tudo que sentia, dizer a ela que eu sentia sua falta.

(…)

Quando abri meus olhos, Harley ainda estava morta, no outro canto da sala estava Enzo, servindo-se de uísque sem cerimonia alguma já estava na sala, voltando com sorriso no rosto.

— Então gostou do meu presentinho? — respirei fundo, aceitei o copo que ele estendia e entornei e seguida. Quando terminei, lhe dei um soco. Algo que queria fazer há algum tempo — Acho que isso é um não?

Ele passou a mão no queixo rindo. Pensei que ele revidaria mas ele apenas riu, parecendo se divertir as minhas custas

— Dê um jeito nela — ordenei e ele suspirou se virado para olha-lá, que para meu desespero começava a se mexer, ela se levantou gemendo com a mão a nuca

— Ai — ela resmungou, se voltado para mim — Isso não foi muito legal.

— Perdoe meu amigo — Enzo se sentou na ponta da cama e puxou a mão da garota dado um beijo nas costas de sua mão — Ele está desacostumado a ter companhias femininas, ainda mais sendo tão bela quando você

— Eu estou com sede — ela choramigou fazendo beicinho, Enzo acariciou o rosto dela

— Então venha comigo, vou te ensinar como sobreviver, já que seu criador se recusa a isso — ele se levantou estendendo a mão para mesma que aceitou sorridente.

— De jeito nenhum! — me coloquei e frete a eles — O que pensa que está fazendo?

Dando um jeito nela, vou ensinar… Qual é mesmo seu nome querida?

— Harley Becker

— Isso, vou ensinar a Harley como se alimentar.

— Não, não vai!

— Por que isso agora, o que há de errado na garota? — ele suspirou analisando-a — Ela adorável, linda e divertida. Ou será que a aparência dela não te agrada? Talvez ela te lembre muito uma certa loira tagarela.

Realmente ela lembrava mesmo, lembrava tanto que me incomodava olhar para ela as vezes, mas apesar de a aparecia ser quase a mesma. As duas era diferentes no olhar, o sorriso. Eram completamente oposta no jeito. Era apenas isso que me impedia de enlouquecer naquelas poucas horas na companhia daquela desconhecida.

— Outra loira? — Harley fechou a cara se aproximou de mim — Quem é essa, você tem outra? Revirei os olhos em resposta

— Viu, ela tão ciumenta e possessiva quanto a Caroline.

— Cala essa boca — me joguei na poltrona massageando as têmporas — Podem ir, faça o que quiser. Ela e problema seu.

Enzo estava pronto para retrucar quando seu celular tocou, ele atendeu, mas se afastou até a sacada. O que estranhei, me concentrei em escutar a conversa, podia jurar que tinha escutado o nome de Damon. Mas Harley se jogou no meu colo com braços envolta do meu pescoço

— E feio escutar a conversa dos outros sabia? — ela riu tocando a ponta de meu nariz, lutei para afastá-la, peguei em seus ombros e olhei em seus olhos

— Me larga, para! — suas pilulas se retraíram, ela se levantou de imediato. Pelo menos ser o criador de um vampiro tinha uma certa vantagem. Enzo voltou pouco depois com uma expressão estranha.

— Quem era?

— Ninguém importante — ele parecendo nervoso, o que me deixou intrigado.

— Não parecia ser ninguém — Enzo me ignorando e se voltou para a Harley

— Vem vamos caçar seu jantar — Harley se levantou batendo palmas de excitação

— Eu posso escolher qualquer um? — Enzo olhou para mim, esperado que eu dissesse algo, mas assentiu com a cabeça com meu silêncio.

— E você não vem com a gente? — Enzo bufou irritado — O que há com você? Crise de consciência agora? Passou dois anos fazendo muito pior do que se “alimentar” de coelhinhos…

— Por que não vai logo? Não consegue dar conta dela sozinho? Precisa tanto assim da minha ajuda e tão carente assim Enzo? — me aproximei dele que trincou os dentes raivoso — Eu não sou o Damon, não vou ser seu cúmplice nisso

E, você não é disse quase inaudivelmente abriu a porta e Harley saiu animada sendo seguida por ele que bateu a porta irritado.

Fiquei parado em frente a porta, tentando entender os sentidos daquelas palavras. Ou melhor tentado entender tudo que tinha feito naquele dois anos, naquela relação esquisita que eu tinha agora com Enzo. Talvez nos dois procurávamos um substituto para meu irmão, ou foi apenas solidão. Fui até a sacada e pude ver os dois se afastarei, olhei Harley se afastar rindo e puxando Enzo pela mão que não parecia nem um pouco animado com isso. Entrei e procurei meu celular, já tinha passado da meia-noite. Mesmo não tendo muitas esperanças que ela tivesse me ligado. Procurei em todos os cantos, mas não encontrei em lugar algum, tinha sumido. E só podia ser uma pessoa… Enzo.

Caroline

Eu acho que fiquei alguns minutos boquiaberta. Piscado sem conseguir acreditar em tudo aquilo. Damon tinha cruzado a porta, demorei até conseguir pensar novamente. Alaric pediu para que Emma fosse embora, mesmo relutante ela foi. Damon andava pela casa, sabia quem ele estava procurado por eles, Stefan e Elena. Não conseguia dizer nada, parecia que as palavras tinham se perdido, meus pensamentos se embaralhado, ele franziu a testa com meu silêncio. Alaric contou cautelosamente sobre a briga de Elena e Stefan e contou que há dois anos Stefan tinha ido embora e ninguém tinha notícias dele desde então.

Me sentei no sofá fitando meus próprios pés. Sentia aquele bolo se formando em minha garganta, apenas com a lembrança que voltava nitidamente, apenas com a menção do nome dele.

Foi quando me dei conta que Bonnie não estava por ali. Onde ela estava? Perguntei por Bonnie, ansiosa por vê-la, cori até a porta chamando por ela. Quando me virei Alaric olhava para o chão, coçou a nuca como sempre fazia antes de dar uma má notícia. Tentei permanecer firme e não gritar com Damon, mesmo não sendo culpa dele. Mas eu não conseguia entender nada.

Jeremy entrou na sala com uma garrafa de vodca nas mãos, mas ficou paralisado quando seus olhos pararam em Damon. Deixou a garrafa cair em seguida, fiquei olhando para os cacos no chão por alguns segundos. Desviei meus olhos para ele, tudo que conseguia pensar era se ele seria forte o suficiente para aquilo. Se ele não se desmancharia como aqueles cacos caídos ao chão. Porque eu tinha impressão de estar daquele mesmo jeito há muito tempo, em cacos, eu apenas os recolhia e tentava seguir em frente colocando os pedaços que sobravam. Mas Jeremy… Ele era tão frágil.

Ele demorou a ter uma reação e quando finalmente teve ele olhou para os lados com os olhos brilhando. E quando perguntou por ela, senti uma pontada no peito. Me aproximei dele cautelosamente, tentando engolir aquela agonia. Ele estava com os olhos fixos no chão.

— Jer…

— Cade ela Caroline, onde ela está? — ele gritou.

O abracei por instinto, ele tentou me repelir, mas acabou aceitado meu abraço. Um silêncio pairou naquela sala. Mas foi quebrado pela chegada de Elena que entrou sorridente e franziu a testa vendo Jeremy abraçado a mim.

— O que aconteceu? — ela inquiriu se aproximando tocando no ombro de Jeremy que a repeliu se afastando de mim.

Elena olhou para mim buscando alguma resposta. Foi quando seus olhos se cruzaram com os dele, lágrimas se formaram quase de imediato. Elena parecia presa em um misto de felicidade e confusão, ela sorriu indo até ele. Ela correu até ele e se jogou em seus braços. Chorado compulsivamente, ela colocou os braços em volta do pescoço do mesmo, que não se movia.

Damon, você voltou… Voltou pra mim ela beijou lhe diversas vezes, mas ele não se movia, seus olhos pareciam vazios. Ela tomou o rosto dele nas mãos, parecendo querer ter certeza que ele estava mesmo ali, que não era apenas um sonho. Ela se aconchegou em seu peito, molhado sua camisa pelas lágrimas, mesmo assim ela sorria, um sorriso que iluminara seu rosto.

Fiquei feliz e com inveja ao mesmo tempo. Não sabia exatamente se a volta de Damon era algo bom ou ruim. Principalmente com aquela reação fria dele para com Elena. Damon deu um suspiro longo e segurou os braços de Elena afastado-a sem delicadeza alguma, Elena recuou confusa, Damon se afastou parecendo ter dificuldade de permanecer perto dela. Mas ela insistiu, era o que eu faria também. O homem que ela amava e pensou estar morto, estava ali diante dela. Ela esperava um abraço sorrisos e um beijo apaixonado, mas Damon apenas lançou um olhar gélido. Ela tocou em seu ombro desesperada.

Damon, olha pra mim.... Céus eu pensei que nunca mais te abraçaria de novo… ela o abraçou novamente. Ignorado seu jeito frio — Você está vivo, esta comigo, isso e tudo que importa murmurou sorrindo

— Tudo que importa? — Jeremy inquiriu indignado — Enquanto a Bonnie?

Elena pareceu dar por falta de Bonnie olhou para os lados a procura da mesma.

— Não adianta procurar — Jeremy rosnou — Somete o seu namorado voltou.

— O que? Damon onde está a Bonnie? — Damon olhou para o chão com olhar vago, mas quando ergueu a cabeças seus olhos vacilaram, pude ver algo estampado em sua testa. Era culpa, mas pelo quê?

— Ela não voltou com ele Elena — Jeremy berrou — O universo acha ele mais merecedor do que ela! Chega ser irônico. Mas não espero que entenda, ou se importe, afinal o seu grande “amor” esta ai, vivo é tudo que importa.

Jeremy saiu correndo, pegou a chave do carro de Alaric, corri tentado impedi-lo, segurei seu braço

— Jeremy espera — ele tirou o braço nervoso e entrou no carro cantando os pneus, gritei feito louca para que ele volta-se, até corri um pouco atrás do carro mas voltei quando ele sumiu de vista em outra esquina. Entrei procurando as malditas chaves do meu carro, mas estava tão nervosa que não conseguia achá-las mesmo tendo certeza de que estava no criado-mudo. Alaric tocou meu ombro, tentando me acalmar.

— Deixa ele ir.

— Deixar ele ir, está louco? Ele vai fazer besteira Alaric…

— Ele só precisa ficar sozinho agora, confie em mim. Ele vai ficar bem — ele garantiu com seu tom tranquilizador habitual. Elena permaneceu no mesmo lugar com os olhos marejados, ela ergueu a cabeça olhando pra Damon

— Damon, onde ela está… Como você voltou?

— Pensei que o mais importante era eu estar aqui Elena — ele retrucou sarcástico

— Sim é — ela apressou-se em se corrigir tomando seu rosto. Ele segurou suas mãos e tirou de seu rosto. Elena pareceu chocada, finalmente parecia ter notado o qual estranho ele estava

— Damon… Onde você vai?

Damon não se virou para responder, ele lançou um último olhar para Alaric e saiu batendo a porta traz de si. Elena dessa vez, pareceu acordar com barulho da porta se fechando ela correu desesperada para fora chamando por ele. Alaric correu atrás dela. Eu fui até a cozinha pegado uma bolsa, tomando devagar. Tentando encontrar um eixo para meus pensamentos desordenados peguei meu celular no bolso e disquei.

Liguei primeiro para ele que, como de costume não atendeu, desliguei porque não saberia o que dizer. Não era algo simples de ser dito, principalmente, se estava sendo ignorada por ele por dois anos.

Oi Stefan, sei que não tem a menor vontade de falar comigo, mas o seu irmão, bateu aqui em casa há minutos, ele está vivo”

Então liguei para outra pessoa, uma que sempre me atendia. Que ficaria tão feliz quanto Stefan com a notícia.

— Enzo

Hein baby, eu não posso falar agora ele respondeu quase num sussurro.

É importante, aliais muito importante – ele suspirou do outro lado

Fala estranhei o nervosismo em sua voz, mesmo assim prossegui

Okay.... Enzo, o Damon... Ele está aqui, está vivo. Ele voltou

Como é....

Eu não sei, acho que nem ele sabe, mas ele voltou.


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Notas finais do capítulo

XOXO



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