The way back to you - EM HIATUS INDETERMINADO escrita por allurye


Capítulo 5
Chapter V – The day he has left me


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi gente. Queria começar agradecendo a Nyssa, Lanninha e Karina pelas maravilindas recomedações. Muito obrigada meninas, por e motivarei a continuar :)



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Elena

Acordei assutada aquela manhã. Tive pesadelos horríveis a noite inteira, era um daqueles sonhos dentro de sonhos. Eu estava em minha velha casa, dormindo tranquila, acordei relutante ouvindo meus pais chamarem para café. Quando desci as escadas encontrei o corpo de Jeremy no chão e acordei na mesma hora. Mas estava novamente em casa, parecia algum tipo de loop quando desci novamente as escadas tudo estava se desfazendo tornando-se cinza. Escutei alguém chamando-me mas quando virei não tinha ninguém ali, mas eu podia jurar ter sido Bonnie. Me levantei querendo tomar um banho para despertar e apagar logo aquele pesadelo, depois de terminar vesti uma roupa confortável e desci, do corredor podia ouvir a conversa animada entre Caroline e Alaric. Ela servia café a Alaric enquanto o mesmo ria comendo outra torrada.

Bom dia

Elena… Bom dia Alaric sorriu Está de folga hoje?

Sim é domingo expliquei me sentando a mesa ao lado de Alaric, Caroline me estendeu a bolsa antes que tivesse tempo de abrir a boca para pedir Obrigada

Então você não me contou, como foi seu primeiro dia trabalhando para Emma?

Foi ótimo, teria sido maravilhoso, se não fosse pelo corpo no banheiro.

Corpo? Caroline assentiu

Sim uma garota completei e Alaric parou de beber seu café e arqueou a sobrancelha surpreso.

Você estava no bar? assenti

Por que essa cara, esta duvido é?

Não, só estou surpreso.

Pois ela estava. Alias nos estávamos juntas no banheiro, quando encontramos a garota

Ela morreu de que…

Degolada… Ou melhor tentaram degolá-la A namorada de Jeremy respondeu por nos, ela estava com uma das camisas de Jeremy. Ela se sentou na mesa sem cerimonia Me passa o café cunhadinha.

Caroline revirou os olhos e entregou a ela

Como sabe disso?

Uma das minhas amigas estava lá. Me contou que a garota estava quase sem a cabeça ela fez uma careta de nojo em resposta.

Isso é mentira, ela estava com cabeça Caroline afirmou veemente olhando para mim que confirmei, embora me recordando bem tentaram mesmo arrancar a cabeça da pobre garota, eu imaginava o motivo.

Como tem tanta certeza? Cody mordeu a torrada, encarando cética Caroline, que suspirou antes de respondê-la

Porque eu achei a garota.

Deve ter sido chocante ela afirmou se inclinando na mesa, Alaric deu um suspiro exasperado Tirou alguma foto?

O que?

Foto, tirou alguma foto?

Claro que não. Cody se levantou da mesa indo até a geladeira, mas Caroline se colocou na frente.

Opa, calminha só ia pegar mais leite – explicou desconfiada tentando chegar a geladeira

Acontece que acabou Cody franziu a testa O Alaric tomou o resto, não é Alaric

Sim tomei.

Cody se afastou analisando o rosto assustado de Caroline, pegou uma maça na fruteira e mordeu maneando a cabeça e voltando pra o quarto do meu irmão. Caroline gruiu em irritação

Não me diga que deixou dando sopa?

Sim eu, meio que esqueci. Já que tenho outro milhão de coisas pra fazer Caroline retrucou irritada, Alaric balançou a cabeça e sorriu

Você precisa ser mais cuidadosa Care, não quer que…

Ninguém descubra sobre o nosso segredinho sujo de família completou fazendo uma careta Imagina, eu quero sim. Foi até proposital da minha parte. Caroline colocou a jarra de suco na geladeira e a fechou com força e seguiu para seu quarto. Alaric deu um suspiro exasperado.

O que deu nela?

Nada, apenas o seu bom humor matinal de sempre.

Caroline não é assim… Pelo menos ela não era.

As pessoas mudam Elena ele retrucou sorrindo Agora aproveitando que está aqui, me conte como anda… No hospital?

Bem, ótimo na verdade

Está conseguindo se controlar?

E meio complicado, na maioria do tempo. Mas eu me concentro no que importante tem funcionado. Alaric sorriu e apertou meu ombro me dando um beijo na cabeça

Sempre soube que conseguiria

Mesmo? inquiri desconfiada ele afirmou com a cabeça

Sim, e saiba que eu estou muito orgulhoso

Obrigada Alaric apertei sua mão, ele sorriu e saiu pela porta da cozinha.

Levando um livro consigo de companhia, pensei em segui-lo. Era estranho ficar em casa, na verdade eu detestava ficar sem nada para fazer. Eu sempre acaba pensando demais e pensar trazia tudo de volta.

Estava seguindo para meu quarto, quando passei pelo da Caroline que fitava o celular, ela discou e ia começar a dizer algo mas desistiu desligou e jogou longe. Ela arregalou os olhos quando me notou em frente a seu quarto. Peguei o celular do chão e apertei sem querer um botão e foto dele apareceu. Ela se levantou nervosa, fui até ela estendendo o celular, ela fitou o chão, parecendo não ter coragem para encarar-me.

— Eu posso explicar ela murmurou

Explicar o que, que estava ligando para o Stefan?

Não, eu não estava

Não precisa me explicar nada Care toquei em seu ombro, ela me olhou receosa Ele é seu melhor amigo…

Não, ele não é afirmou com uma amargura que nunca tinha ouvido em sua voz, ela pegou o celular o colocando na gaveta com raiva.

Por que está dizendo isso, pensei que fossem melhores amigos.

Não mais ela ralhou com voz triste

Você sente muito a falta dele não é? ela me encarou confusa, sorri puxando-a para sentar-se ao meu lado Sabe que eu também confessei

O que?

Saudade, eu sinto saudade do Stefan. Eu fui muito injusta com ele. Eu queria alguém para culpar e acabou sendo ele. Só depois de muito tempo fui me dar conta do que tinha feito, mas já era tarde, ele já tinha ido embora.

Não acho que foi por sua causa murmurou se deitando na cama com as mão cruzadas em cima da barriga fitando assoalho do teto.

Ah não? Eu fiz a vida dele um inferno nós últimos meses Caroline.

Não acho que tenha sido sua culpa… Eu acho que não foi culpa de ninguém.

Ela se calou olhando para o teto parecendo viajar no tempo. Ela nem se quer notou quando me levantei e sai. Fui para meu quarto e procurei meu diário, fazia tanto tempo que não escrevia. Peguei a caneta e ensaiei mentalmente o que escreveria. Folhei o diário e última página, cheia de raiva e revolta. Fechei o diário não querendo me recordar de nada. Me levantei indo até janela para abri-la. Olhei para rua, que ainda me parecia estranha, mesmo depois de dois anos ali. Ainda não me sentia em casa, talvez nunca sentiria.

Caroline

Foi apenas quando escutei o som da porta se fechando que notei que Elena tinha ido embora. Chamei por ela, mas acho que ela não me ouviu. Até pensei em ir até ela e retomar a conversa, mas não passou de pensamento. Fiquei deitada em minha cama olhando para o teto. Me recordando daquele dia em questão, há exato três anos e seis meses.

Memories on

Stefan tinha saído correndo de casa batendo a porta com força quando saiu depois de discutir com Elena. Era a quinta vez naquela semana que eles discutiam por qualquer motivo. Elena sempre explodindo com ele por qualquer coisa. Eu bem tentei ficar quieta e não me intrometer, mas dessa vez parecia ter sido sério. Sai a atrás dele, procurando-o no park ou nos bares próximos, cheguei até mesmo a procurá-lo no cemitério já que ele tinha uma espécie de obsessão com aquele lugar mas ele não estava. Desisti sentando num banco da praça ligando para ele que não me antedia.

Estava começando a me desesperar com seu sumiço, resolvi voltar para casa e quando estava quase chegando me toquei a onde ele poderia estar. Não peguei carro, corri e corri o máximo que podia, fiquei agradecida de ter me alimentado mais cedo.

Estava ainda longe, mas consegui enxergá-lo de longe olhando fixamente para placa de bem-vindos a Mystic Falls. Com as mãos no bolso.

Como me achou aqui? perguntou sem virar-se com olhos ainda fixos na placa.

Intuição eu acho, pensei comigo mesmo; para onde ele iria numa hora dessas? ele suspirou pesadamente E bingo, aqui esta você.

Ficamos em silêncio por um longo tempo, podia notar a tensão em seus ombros, seu maxilar trincado ele suspirou antes de voltar-se para mim.

Pensa como ela não é?

Como ela quem?

Elena franzi o cenho confusa No fundo foi mesmo minha culpa.

Claro que não foi Stefan, ninguém teve culpa de nada peguei sua mão mas ele não esboçou reação, nem se quer se moveu, senti meu peito apertar com aquele silêncio. Stefan tinha mudado muito, alias todos nós tínhamos. Mas ele como sempre culpava-se por tudo, nada do que eu dizia ou fazia estava o ajudando, ele não me escutava. Subi minha mão cautelosamente até seu ombro e apertei afetuosamente

Vem, vamos pra casa.

Casa? ele riu, uma risada seca sem emoção.

Sim Stefan nossa casa, nosso lar. Vamos voltar pra casa.

Não é nossa casa, eu não tenho lar Caroline. Entende isso? ele se afastou me lançando um olhar triste Eu não me encaixo lá, alias eu não me encaixo em nada.

Nós vamos encontrar um jeito, não podemos perder a fé.

Não posso? ele berrou me assustando Eu perdi isso há muito tempo Care, eu não acredito em mais nada.

Não fala assim, por favor.

E a mais pura verdade Caroline ele desabafou olhando para o chão, fui até ele nervosa e tomei seu rosto nas mãos forçando a me encarar

Isso não é verdade. Tudo pode mudar, nos somos a prova disso. Vamos encontrar um jeito de voltar pra casa e de trazer Damon e Bonnie de volta ele sorriu, mas um sorriso que não alcançou seus olhos. Ele segurou minhas mãos e se afastou

Eu invejo você, toda essa fé que você tem… Mas não tenho isso. Cansei! De tudo, de tentar e tentar. De tentar ser o cara legal, o cara compreensivo com a droga do destino eu perdi tudo, perdi ela, perdi Damon, perdi Lexi eu não tenho mais nada.

Lagrimas começaram a surgir nos cantos dos meus olhos por mais que tenta-se engolir aquilo não conseguia. Porque ele acabou de deixar claro que eu não tinha o menor significado para ele. Mesmo querendo correr para longe deixá-lo ali, teimei mais uma vez. Engoli a dor e o orgulho ferido e me aproximei dele

Não diga isso, eu estou aqui Stefan sussurrei desesperada Você tem a mim também. Eu perdi minha casa, perdi minha melhor amiga e pensei que tinha perdido você também. Mas você está aqui segurei seu rosto, encostando minha testa na dele Você tem a mim. Nós vamos dar um jeito, confia em mim, por favor supliquei. Ele fechou os olhos e beijou minha testa com carinho.

Eu sinto muito Care, sinto mesmo.

Sente muito? me desprendi de seus braços para encará-lo Por que está dizendo isso?

Porque não suporto mais esse lugar, eu não posso mas ficar aqui.

Stefan, o que está querendo dizer?

Você sabe o que estou querendo dizer.

Fiquei em choque por um tempo, ele não podia pensar mesmo nisso e ir embora. Respirei fundo tentando ser racional e paciente com ele, não deixar minhas emoções me dominarei e surtar ali mesmo.

Tudo bem enxuguei meu rosto e sorri o deixando surpreso Então vamos fazer as malas, em vou com você.

Por um momento ele deu um meio sorriso, mas se desmanchou na mesma rapidez que surgiu, ele suspirou fitando os pés parecendo num conflito antes de voltar a me encarar e quando aconteceu, quando meus olhos encontraram-se com os dele. Tudo que conseguia ver em seus olhos verdes era pena, culpa e remorso. Ele não precisa me responder eu sabia a resposta. Seus olhos ficaram úmidos ele voltou a fitar a placa de Mystic Falls e de repente parecia que o ar tinha sumido, que a temperatura tinha caído. Eu lutava para respirar ou lembrar-me que eu não precisava realmente disso.

Care, você não entendeu… Eu preciso ficar sozinho, eu não posso levar você comigo, eu arrastaria você para o fundo do poço.

Está dizendo que vai me deixar? É Isso?

O empurrei com força ele segurou meus braços me impedindo de continuar, ele estava apenas um passo de cruzar a linha para Mystic Falls. Mas me debati furiosa, queria estapeá-lo para que o juízo voltasse, para que ele voltasse ao normal. Mas ele segurou meus pulsos com força dando um passo para trás, afastando-se da linha invisível que podia nós matar. Ele continuava segurando meu pulso tentando me imobilizar, mas o empurrei ainda mais forte.

Então e assim? Vai embora, vai fugir feito covarde?

Sim Caroline, exatamente isso! ele retrucou irritado, quem sabe magoado pela minha acusação, não me importei se estava ferindo seus sentimentos já que ele estava esmagando os meus e parecia não dar a mínima pra isso.

Então vai, vai embora fuja! ele maneou a cabeça parecendo incrédulo

Eu sinto muito Caroline escutei ele murmurar.

Ele estava um pouco a frente quando minha raiva transformou-se em desespero, quando as lágrimas pareciam querer me sufocar por querer engoli-las. Eu gritei seu nome, ele parou e se virou devagar para me olhar eu corri até ele o abraçando suplicando debilmente para que ele não fosse. Ele se aproximou devagar e enxugou minhas lágrimas me abraçando. Apertei o forte, sentindo que ele fazia o mesmo. Todas as lágrimas pareciam ter voltado, quando estava perto dele me sentia sem defesas, não conseguia fingir, não conseguia manter-me firme, porque sabia que ele estava ali para me segurar me impedir de cair.

Por favor Stefan, não vai…

Shiuuu ele me tranquilizou Estou aqui.

Ergui a cabeça olhando-o nos olhos, sentindo minha boca seca. Sentindo meu corpo trêmulo, com seus braços em volta da minha cintura, me apertando contra seu corpo. Então por um segundo eu não pensei em nada, minha boca desviaram de seus olhos verdes e penetrantes e se fixaram em seus lábios, ele parecia um tanto confuso enquanto me aproximei de seu rosto, colocando meus braços em volta de seu pescoço.

Beijei seu rosto demoradamente, mas comecei a beijá-lo mais e mais vezes agora nos cantos dos lábios. Não consegui mais me conter. Por mas que tentasse esconder, que me acha-se suja por desejá-lo daquela forma. Eu não consegui, me conter selei meus lábios nos dele. Ele não se moveu, apesar de seus braços ainda estarei em volta da minha cintura.

Demorou alguns segundos para que ele abrisse os olhos e me encarando atordoado, mas não me afastei o beijei novamente e por um momento pensei que ele me afastaria, me chamaria de louca, me lençaria aquele olhar de pena. Mas me surpreendi quando senti seus lábios se movimentarei, quando senti seus braços me apertarei contra seu corpo. Quando minha boca se abriu sobre a dele, e senti sua língua explorar minha boca. Estava extasiada sentindo seu gosto apertando seu ombro, subindo até seus cabelos macies puxei com desespero com ânsia. Quando nos afastamos, nossos lábios estalaram se desprendendo contra minha vontade. Me afastei ainda confusa recuei alguns passos ofegante, sem conseguir erguer os olhos em sua direção. Ele veio até mim tentando me tocar, mas recuei.

Care…

Eu... Sinto... Muito....

Caroline ele tentou me puxar mas me esquivei a tempo

E corri para bem longe o deixando pra trás. Fiquei pairando pela cidade sem saber o que fazer quando voltar não sei ao certo quantas horas fiquei fora, mas quando voltei já era tarde da noite e mesmos sendo uma ilusão idiota, pensei que ele estaria em casa, esperando por mim, que ele diria que não foi um erro.

Corri até seu quarto o chamando desesperada. Me desesperei quando não o encontrei ali, abri seu guarda-roupa e todas suas roupas tinham sumido. Fiquei deitada em sua cama sem coragem de levantar, quando olhei pra o travesseio ao meu lado, encontrei uma carta endereçada a mim, estendi a mão trêmula para pegá-la, as lágrimas me impediam de ler. Elena e Jeremy surgiram na porta sendo atraídas pelo meu soluços

O que aconteceu? Cadê o Stefan?

Ele… Ele…

O que ouve porque você está chorando Jeremy sentou-se ao meu lado apertando meu ombro

Ele o que? Elena inquiriu chocada.

Olhei para o bilhete com meu nome escrito. E comecei a rasgá-lo, antes que alguém o lesse, antes que eu mesma lesse rasguei com raiva. Elena e Jeremy se entreolharam confusos, Jeremy tentou me deter mas continuei rasgando aquela maldita carta.

Ele…

Diz de uma vez Caroline, o que tem o Stefan fez, ele encontrou algo uma nova pista? inquiriu com os olhos brilhando

Elena – Jeremy censurou quase berrando com ela que se encolheu

Foi embora murmurei

Memories off

O som do meu celular me trouxe de volta para realidade, me levantei sobressaltada com as mão trêmulas ao abri a gaveta, era um número desconhecido, quase o deixei cair antes de atendê-lo.

Aló ninguém respondeu, mas podia jurar que ouvia uma respiração do outro lado Stefan?

Não, não é o Stefan e a Emma.

Emma…

Uau nunca ninguém ficou tão decepcionada com uma ligação minha ela riu Acho que superou até minha mãe

Desculpe Emma, eu pensei

Que fosse o Stefan ela completou Ainda esperando a ligação do seu melhor amigo, fujão?

Não!

Sei?! ela suspirou Tem que esquecer esse cara, existem outros Ken por ai, esperando por você acabei rindo, mas era um sorriso fraco.

Eu sei respondi desanimada O que aconteceu?

Nada demais, meu bar foi fechado e por acaso eu moro nos fundos e tem um assassino em potencial rondando por aqui.

Hummm eu estou sentindo um cheiro.

Cheiro, que cheiro garota?

Medo ela riu do outro lado, me deitei de novo na cama Quem diria que Emma Qual seu sobrenome mesmo?

E não senhorita não, interessa ela retrucou mal-humorada Eu não estou com medo, só entediada e com muita, muita raiva. De todos os bares do mundo, tinha que ser logo o meu.

Eu sei, sinto.... Acontece.

Acontece ela repetiu nervosa

Quer que eu vá até ai? Ou quer vir até aqui?

Está me convidando para ir a sua casa?

Sim por que?

Porque nunca me convidou antes

Estou convidando agora, vem pra cá. Também estou morrendo de tédio, minha amiga Elena está aqui, quem sabe fazemos uma festinha do pijama hoje a noite.

Ah, sua amiga esta ai?

Sim

Acho que não vai dar.

Vem pra cá e traz bebida. Se não trouxer não entra! Vou logo avisando.

Nenhum pouco interesseira você. Okay eu estou indo.

Alaric

Resolvi sai de casa, por insistência de Caroline. Ela tinha conhecido Diana, uma de minhas alunas mas aplicadas e agora tinha colocado na cabeça que ela estava apaixonada por mim e que o sentimento era recíproco. Fui até uma lanchonete perto de casa, levado um livro. Desliguei o celular ignorado as mensagens de encorajamento dela. Tinha sido bem claro para Diana que nosso relacionamento era estritamente… Aluna e professor. E nem mesmo eu não gostava da entonação da minha voz quando repetia isso, mesmo que em pensamento.

Pedi um expresso e tentei concentrar-me nas letras mergulhar na história. Porem não conseguia, olhei para o bar e desejei afogar aquelas questões em copo de bebida, ao lado de algum amigo. Ou melhor dele, Damon. Era no mínimo irônico tudo aquilo, quando eu finalmente tinha voltado, deixado de ser somente um espectador na vida deles. Quando pensei que recomeçaria minha vida como antes, tendo meu velho amigo de companhia ele tinha morrido. E nunca mais voltaria. Fui embora do bar, por mais que beber fosse uma ideia tentadora não achava uma boa ideia, pelo menos não sozinho. Quando me levantei, meu livro caiu no chão. Quando abaixei pra pegar alguém me estendeu o livro.

Professor Saltzman Diana sorriu e olhou o livro sorridente Você lendo esse tipo de livro?

Me pegou retruquei devolvendo o sorriso. Ela pegou o livro da minha mão, e folheou

Não se preocupe, seu segredo esta a salvo comigo, John Grey ela riu Quem diria, já terminou de ler? neguei com a cabeça

Nem tente me dar spoiler adverti

Eu? ela negou veemente Nunca! Não quero ser reprovada na sua matéria, e a minha favorita.

Fiquei presos em seus olhos, que eram castanhos claros, com alguns respingos esverdeados. Para seus lábios finos que lembrava um formato de coração, que pareciam ter sido feito para serem beijados. Manei a cabeça tentado espantar aqueles pensamentos nada inocentes em relação a minha aluna, que diabos estava acontecendo comigo?

Bem eu já vou indo

Agora, foi só porque eu cheguei não é?

Não, de jeito nenhum. Eu já estava mesmo de saída, tenho muitas provas pra corrigir ainda hoje. Ela concordou com cabeça, mas pareceu não ter comprado minha desculpa.

Nos vemos na segunda então.

Estava indo quando ela segurou meu braço, seus olhos se encontraram com os meus com intensidade, seus lábios se curvaram em um sorriso e as uma vez fiquei preso em seus olhos.

Não está esquecendo de nada? ela riu me estendendo o livro, sorri encabulado Podia me emprestar quando terminar, eu adoro livros de romance.

Claro.

Fiquei meio atordoado pelo contado de sua pele com a minha, fui até o banheiro e molhei o rosto, tentando me acalmar. E colocar de uma vez por todas em minha cabeça que era errado, ela era minha aluna. Enchi a mão de papel enxugando o rosto, quando abri meus os olhos novamente me assustei vendo alguém atrás de mim. Pisquei uma dez vezes constatando que estava ficando louco, fechei os olhos com força esperando que ilusão projetada por minha mente cansada desaparecesse em seguida.

Pegado as alunas agora Alaric, Que orgulho!

Damon?

Sentiu saudades?

xXx

Levei aquela garota estranha que insistia em se agarrar a meu pescoço e tentar beijar-me o tempo inteiro para o apartamento. Durante o percusso tentei me convencer, que não estava ficando louco. Eu não tinha feito aquilo, transformado aquela garota psicótica em vampira, eu jamais faria isso com alguém. Principalmente em alguém tão jovem, e tão assustadoramente parecida com Caroline, pelo menos a Caroline que conheci a nove anos.

Assim que chegamos, ela pulou em excitação maravilhada com apartamento, mesmo que descorda-se dos eu deslumbramento. Aquele apartamento era pequeno e obscuro de mais até para mim. Sempre que passava pela porta, me sentava naquele sofá desconfortável, fitava a pequena tv ali estalada que eu nuca ligava, apenas ficava ali sentado olhando meu próprio reflexo. Olhando para aquela sala cinza e minúscula, com cortinas vermelhas berrantes que em nada tinha a ver com o resto. Me lembrava dela, o que ela diria se visse aquele lugar? Com certeza odiaria e me faria mudar todos os moveis por algo mais claro com cores alegres como ela.

A garota se jogou em meu colo, com intenção de me beijar, mas a repeli, ela fez beicinho irritada mas logo voltou sua atenção para as mobílias do apartamento.

Eu amei a nossa casa ela se levantou saltitando Sabe, eu sempre quis ter uma luminária como essa? Eu tive uma, mas acho que não era luminária, só um elefante idiota que brilhava no escuro.

Primeiro isto, aqui não e nossa casa. Não existe nos!

Existe sim! ela teimou sorridente, ela veio ate mim colocando os braços em volta do meu pescoço Agora nos somos um só.

Eu me desvencilhei de seus braços exausto sem ter ideia do que fazer com aquela situação. Ela continuou fuçando por toda a casa exclamando como tudo era lindo e moderno e comparando com sua antiga casa foi até a sacada, eu a segui desanimado.

Quem e você afinal, onde nos conhecemos?

Sou quem você quiser que eu seja – ela piscou pra mim e se inclinou na sacada, riu com minha expressão seria – E Harley Becker muito prazer – estendeu a mão se apresentando, mas não a me movi continuei imóvel encostado na parede

— Isso foi rude! Quando alguém estende a mão e se apresenta você deve fazer o mesmo sabia disso?

Responde logo de uma vez, onde foi que nós conhecemos?

Você deveria saber disso, ou você ataca garotas indefesas aleatoriamente sem se quer pergunta o nome delas?

Eu não transformei você! Gritei

Não, mas alguém o fez… E foi por sua culpa! Ela estendeu a mão tocando no meu nariz sorrindo. Ela se inclinou na sacada observando a movimentação na rua. Não demorou para sua atenção se prender a um rapaz que passava distraído com celular, suas pressas saíram, ela sorriu sobriamente pra mim.

Estou faminta ela se inclinou sobre a sacada Eu quero ele, ele parece ser delicioso ela lambeu os lábios excitada, estava prestes a pular, mas segurei seu braço

Eu estou com sede rosnou

Não vai se alimentar de ninguém ouviu bem?

Eu estou com sede! ela gruiu me empurrando, eu detestava fazer isso, mas não tive outra escolha.

Okay, pule então ela franziu o cenho desconfiada, mas logo sorriu pronta pra saltar dali

Quando a mesma se virou pronta para pular da sacada. Quebrei seu pescoço, ela desfaleceu em meus braços, eu arrastei para dentro. Olhando a deitada no sofá comecei a me desesperar, ela podia lembrar um pouco Caroline, mas não era nada como ela. Ela era uma bomba relógio em minhas mão, pensei no que Damon faria em meu lugar, provavelmente a mataria antes que se torna-se um problema ainda maior, mas eu não podia fazer isso e me odiei por ter tantos princípios. Peguei celular procurando o número daquele desgraçado.

Stefan quanto tempo…

Chega de conversa fiada, eu sei muito bem que esteve por aqui.

Okay, era para ser uma surpresa e foi não foi? Gostou do meu presentinho?

— Eu sabia que tinha sido você.

Não fique chateado, eu apenas queria ajudá-lo, pensei que precisa-se de uma nova companheira.

Pois e melhor vir até aqui e dar um jeito nisso, você transformou essa maluca. Você vai dar um jeito nisso!

Okay, mas só corrigindo, não fui eu que a transformei, foi o seu sangue, você se alimentou dela e curou. Não foi bem minha culpa, se ela sofreu um acidente logo em seguida, essas coisas acontecem. Mas fique tranquilo, estou indo te ajudar a limpar a bagunça

Sua bagunça. Não pense que vai me convencer que eu fiz isso ele riu do outro lado, antes que o mesmo desliga-se perguntei mesmo temendo a resposta Caroline, como ela está?

Caroline? ele deu outra risada Ela não ligou? Então ela finalmente desistiu de você.

Está tudo bem com ela?

Sim, ela está ótima. Mas não é bem isso que quer saber não é. Quer saber se ela ainda pensa em você…Tem certeza que quer mesmo saber?

Fala de uma vez Enzo.

Já que insiste tanto… Ela não toca mais em seu nome, esqueceu você por completo. E pelo visto e definitivo, já que ela parou com as ligações noturnas.

Desliguei o telefone irritado e me arrastei até a sala. Mas parecia que a sala tinha ficado menor, me sentei no sofá atordoado. Fechei os olhos querendo deletar tudo que tinha acabado ouvido. Aquilo não podia ser verdade, ela não desistiria de mim, não depois de tudo.




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Notas finais do capítulo

Oi de novo gente, queria avisar que vou respostar os próximos em breve e já tenho capítulo novo para postar, além dessa Aways Be here for you continuarei a postar semana que vem savvy?!
Xoxo



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