The way back to you - EM HIATUS INDETERMINADO escrita por allurye


Capítulo 9
Chapter IX — What to do when all that remains is empty?


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi gente demorei né? Minha vida esta corrida e ainda estou com tendinite no ombro, então esta sendo difícil continuar por isso a demora espero que me perdoem. Esse capítulo e dedicado a MandySalvatore pela linda recomendação, fiquei muito feliz e emocionada Mandy muito obrigada mesmo não sabe o quando significa pra mim ;) Esse capítulo e pra você
Boa leitura!!!



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Bonnie

Eu podia ter estado longe por todos aqueles anos. Não tendo o mesmo privilegio da outra vez, não pode ficar ao lado deles. Não conseguia entender a ainda, como a vida deles podia ter mudado tanto. Alguns mudaram para melhor, no caso de Elena e Alaric. Os dois usaram a dor a seu favor e se engajaram em algo, um sentido na vida. Já Caroline e Jeremy pareciam ter feito o oposto disso. Mesmo não vedo Jeremy por ali, escutei Caroline contar a sua nova amiga o quando estava preocupada com ele, escutando uma bronca da mesma lhe dizendo que ele se preocupava demais com os outros. Caroline voltou para seus afazeres sorridente, embora seus olhos estavam distantes e tristes.

Nunca imaginei aquilo. Encontrar Caroline Forbes, a garota mas determinada e cheia de sonhos sendo Bartender em um bar, vê-la sendo tão responsável pelo Jeremy ao mesmo tempo que ela parecia ainda mas perdida que ele. Entendi um de seus grandes motivos ou melhor o responsável por aquilo. Quando Stefan chegou, desviei meus olhos para ela enquanto Damon e ele se abraçavam emocionados, como nunca tinha visto antes. Quando notei que Stefan procurava alguém com olhar aflito e não era Elena, já que a mesma tinha lhe trazido até ali. Fiquei surpresa quando constatei que era Caroline, quando os olhos dos dois se encostraram, ela não conteve uma lágrima teimosa. Saiu correndo dali feito um foguete e surpreendendo a todos os presentes ou melhor Elena e Alaric porque Damon sorriu alegremente parecendo entender até mas que eu. Afinal ele conhecia mesmo o irmão, torci que se entendessem quem melhor que o melhor amigo dela para lhe trazer de volta ao normal.

Me afastei de Damon, já que o mesmo mantinha seus olhos de peixe morto em Elena. Aquilo realmente me irritava, por que diabos ele não se jogava de uma vez? Por que tanta resistência. Aquilo me deixava frustrada primeiramente por Elena que ficava seguindo ele com os olhos de cachorro, quase sempre chorando. Mas era principalmente por mim, por não ter a mesma chance que eles tinham. Por não poder voltar para os braços de Jeremy.

Eu podia ter feito como Damon, voltado definitivamente se quisesse, mas eu estava morta. Tinha que aceitar isso de uma vez por todas. Eu ter aceitado voltar aquela vez, já foi um grande erro. Tentar isso de novo seria burrice, seria um erro ainda maior. E estar ali agora era outro.

Jeremy entrou na boate suspirou pesadamente quando notou Damon, Elena e Alaric sentados numa mesa no fundo. Ele foi diretamente para o bar ignorando-os.

— Caroline, cadê ela? — inquiriu meio impaciente, olhando para lados a procura dela. O outro barman deu ombros em resposta o deixando ainda mas irritado — Me dá uma....

— Nada de bebidas pra ele — A amiga de Caroline interrompeu o pedido dele, que revirou os olhos irritado

— Vê se não enche Emma! — resmungou ele com uma careta

— Não fique bravo comigo, foi ordens expressas de sua irmãzinha postiça, Caroline não quer você bebendo por ai.

— E desde quando eu obedeço as ordens dela? — Emma sorriu dando ombros — Aliais onde ele está?

— Saiu, pulou esse balcão feito louca e saiu correndo daqui.

— Por que? — inquiriu aflito — Foi Enzo não foi?

— Não, não foi o britânico com cara de porto-riquenho não — ela zombou — Então quem?

— Foi um cara alto meio loiro, com um topete sabe, acho que era o amiguinho fujão dela. Aquele que ela ficava ligado feito idiota

— Stefan — constatou ele maneando a cabeça

— Esse mesmo — Jeremy bufou desanimado, Emma suspirou maneando a cabeça — Chega até ser irônico sabe, quando ela finalmente resolve esquecer esse cara, ele volta assim do nada.

— E o que eles fazem de melhor, voltar do nada — resmungou olhando com ódio para Damon.

A garota então seguiu o olhar de Jeremy e sorriu, estava prestes a tocá-lo no ombro, com um brilho estranho no olhar. Algo nela me deu calafrio, aquele brilho nos olhos me lembravam alguém. Mas Jeremy se levantou antes que ela pudesse se aproximar mais.

— Não vai esperar por ela?

— Não, esse seu bar está muito mal frequentado — disse ele em voz alta, fazendo com que o trio na mesa o percebesse ali — Alias, acho que sei onde ela pode estar.

Elena fez menção de levantar, mas foi Alaric que correu atrás de Jeremy. Elena se sentou derrotada, olhou com rabo dos olhos para Damon esperando quem sabe um abraço ou toque no ombro. Mas Damon não conseguia olhar, nem ficar mas que cinco segundos a sós com ela. Eu sai indo atrás de Jeremy quem sabe conseguisse. Ele ainda estava em frete ao bar e Alaric segurava seu braço.

— Que parte do se manda, não entendeu? — inquiriu rispidamente. Alaric soltou seu braço relutante

— Jeremy eu sinto muito por…

— Cala boca Alaric, volte para Elena e Damon. Vai beber com seu melhor amigo e pare de dizer essa maldita frase, não sabe como me sinto e não se importa.

— Jenna — murmurou fazendo Jeremy parar — Eu sei exatamente como se sente Jeremy, eu perdia sua tia, eu a amava mas que tudo. Por isso eu sei, que está com raiva, com ódio do mundo. Mas não está sozinho. Tem a mim Caroline e sua irmã — Jeremy riu com escarnio

— Não, eu perdi a minha irmã naquela ponte. Aquela outra, só liga pra ela mesma

— Jeremy está sendo injusto com a sua irmã. Ela sofreu muito mais do que qualquer um. Mas ela mudou ou, pelo menos, esta tentado, ela salva vidas em vez de tirá-las…

— Claro, Elena realmente sofreu — ironizou — Acontece que não foi só ela. Bonnie também perdeu toda família e me perdeu também, se sacrificou por todos. Não foi só ela Alaric! E agora onde ela está? Aqui no bar perseguido o Damon, onde mesmo esta aquela fixação em salvar vidas agora?

— Jeremy — Alaric segurou seu braço tentando se explicar.

— Faz grande favor para mim — ele suspirou derrotado — Não precisa disso tudo, não precisa se sentir obrigado a “cuidar” de mim. Jenna era minha tia, não você. Esta oficialmente liberado desse fardo. Agora pode cuidar de Elena e Damon pelos fins do tempo.

Jeremy entrou no carro com traseira amassada e saiu cantado pneus deixado um Alaric estático parado no meio da rua e nesse momento Damon resolveu sair com Elena nos calcanhares.

Eu tentei conter as lágrimas ou aquela dor que me impedia de correr dali. Fiquei parada olhado na direção em que Jeremy partiu, me lembrado do que ele disse, do quanto ele ainda se importava comigo. E quanto aquilo só intensifica tudo, aquela dor. Senti uma imensa saudade do outro lado. Onde eu não podia ver e nem saber de nada.

— Alaric está tudo bem? — Elena inquiriu preocupada.

Ele apenas assentiu sem tirar os olhos do chão. Saiu andando na rua sem olhar para trás. Elena se voltou para Damon e abriu a boca para dizer algo mas ele lhe deu um olhar estranho e sem saber o que fazer ou dizer ela saiu correndo na direção de Alaric. Damon se aproximou devagar e ficou ao meu lado em absoluto silêncio. Escutei sua luta interna consigo mesmo, aquela confusão em seus pensamentos decidindo se pergunta ou não ou se ele se importava ou não comigo

— Eu quero voltar — confessei

— Pra cá? — ele me encarou por alguns segundos e depois maneou a cabeça — Como consegue preferir aquele lugar Bonnie?

— Como você consegue preferir aqui? — ele abriu a boca para retrucas mas eu o cortei — Em nenhum momento, chegou a se arrepender de tudo que fez. Mesmo amando Elena, nunca se perguntou como a vida dela seria infinitamente melhor se você e seu irmão não tivesse cruzado o caminho dela? Nunca se perguntou que sua morte teve um motivo, que era hora? Que um dia, a morte viria e acabaria com essa… Maldição?

Damon não respondeu parecia num conflito entre a raiva de mim entre culpa e reflexão sobre tudo. Não esperei que ele responde-se. Sai andado por aquela rua, querendo me lembrar exatamente como voltar. Foi quado me lembrei de um lugar, a casa de Elena. Talvez ainda fosse um amontoado de cinzas ou tivesse outra casa construída no lugar, mas sabia que estava ali, a passagem pra voltar. Continuei caminhando, mesmo sentindo uma sensação esquisita de voltar para onde Damon estava, quase como se tivesse uma energia me puxando para ele. Eu continuei andando, meu lugar não era mais ali. Tinha que aceitar isso de uma vez por todas.

Caroline

Fechei os olhos, me deixei e envolver pelos seus braços e esqueci por algum tempo que estava com raiva. Esqueci também todas as noites que chorei. Ou todo aquele tempo lutando para ajudá-lo a sair da negação, a fazê-lo falar sobre sua dor, ficando ao seu lado mesmo que em silêncio mesmo que aquilo me atormenta-se, cuidar dele. Quando eu também precisava dele, agora mais do que nunca. Quando deveria me afastar pra esquecer tudo aquele sentimento novo e confuso que eu lutava para esconder dele ou melhor não precisava.

3 anos antes

Ele parecia fora do ar, perdido nele mesmo com uma máscara ocultando a dor e saudade que sentia do irmão, ele sentava-se em sua poltrona com uma garrafa na mão remoendo a culpa por não ter salvado Damon.

E ainda para piorar tudo tínhamos Elena, que estava sempre aos pratos sofrendo pelos cantos ou encontrando alguma pobre bruxa obrigando a lhe dar um feitiço que ajudavam-na a ter alucinações com Damon. Ela chegou até mesmo oferecer para Jeremy, quase bati nela por isso. Mas Jeremy lhe laçou um olhar incrédulo beirando a pena e negou com a cabeça saído de casa derrotado.

Demorou algum tempo até que intervimos por Elena, mesmo que contra a vontade, mesmo com ela matando a pobre Annie a bruxa jovem que ela encontrou pelo caminho, que se compadeceu de sua dor e lhe ajudava com as “pilulas” mágicas que mostrava um Damon ilusório.

Quando convencemos Annie de que aquilo só estava lhe fazendo mal, ela sumiu por um tempo, deixado uma Elena descontrolada para trás quando ela voltou. Elena a achou de algum jeito e quando ela recusou Elena se descontrolou, se enfureceu por não mais poder ver o homem que amava… Encontramos ela pouco depois. Annie no colo de Elena ensaguentada. Elena estava inerte no chão olhado para garota com os olhos abertos sem conseguir acreditar no que tinha feito.

Stefan teve que lutar muito para consegui tirá-la de lá. Alaric bem tentou reanimá-la, lhe deu seu sangue, mas já era tarde. Elena por algum motivo esqueceu que poderia salvá-la. Ela se trancou em seu quarto, logo quando conseguimos juntar um dinheiro e com ajuda de minha mãe compramos uma casa em Druid Hills em Atlanta. Ido para uma cidade calma não muito distante de Mystic Falls.

Elena ficava o dia inteiro em seu quarto, Jeremy até tentou ajudá-la, mas ele mesmo não estava em melhores condições. Tinha se afundado na bebida, eu lutava para ajudá-lo mas não estava fazendo um grande trabalho com isso. Sobrou para Elena apenas eu e Alaric. Por que Stefan decidiu ir para outro lugar, ficou meses morado num hotel, não suportando mas ver Elena chorado pelo irmão. Eu ia atrás dele todos os dias, cheguei por vezes dormir lá com ele. Mas quando acordava ele nunca estava. Ficava bebendo ou andando por ai, caçando ou procurando secretamente um meio de trazer Damon e Bonnie de volta.

Estava ali abraçada a ele chorando, com todas aquelas lembranças voltado. Me recordei do primeiro ano, onde todos estavam arrasados demais por não ter conseguido trazer eles de volta.

Eu me lembro que estava próximo ao natal. E eu por algum motivo estúpido enfeitei a casa, minha mãe trouxe alguns dos meus velhos enfeites natalinos e até ajudou. Mas não pode ficar por mais tempo.

Mystic Falls ainda era um caos, um reverendo assumiu a prefeitura da cidade, ele era um fanático pra não dizer inquisidor que parecia ter trazido de voltar meios para detectar tudo de anormal na cidade. Minha mãe quase fora rebaixada na polícia, ela estava desacreditada por muitos, principalmente por aqueles que queria explicação sobre as mortes de seus parentes no Grill. Então aquele seria meu primeiro ano, longe dela. Longe de casa e de Tyler que resolvera ficar por lá em Mystic Falls. Eu fui pedir para que Alaric fosse comigo, porém ele negou gentilmente alegado que Elena poderia fazer alguma bobagem. Eu quase ri na cara dele quando ele disse, mas me contive.

Então eu fui até ele, demorei alguns instantes antes de bater à porta. Fiquei ensaiando como pediria isso a ele. Como pedir que ele comemora-se aquela data que ele já tinha passado uma cem vezes, depois de tudo que tinha acontecido. Eu estava de costas, dando meia volta dali, derrotada quando ele abriu a porta

Caroline me xinguei mentalmente pela minha maninha chata de resmungar em voz alta

Oi Stefan foi o que consegui dizer, ele suspirou pesadamente com seu mesmo semblante sério, com aqueles olhos esverdeados mergulhados em tristeza. Mas de repente, ele me olhou atentamente ele deu um meio sorriso, olhando o gorro natalino ridículo que eu usava, fiquei um tanto vermelha pela vergonha de usar aquilo

Belo gorro ele zombou Combina com você, a pesas que sempre achei que usaria um cheio de unicórnios

Lhe dei língua em resposta, dando um tapa em seu ombro, o que me arrependi, porque eu tinha estipulado algumas regras seguras como por exemplo: Não ficar tempo demais sozinha com ele, admirando seus olhos ou lábios ou aquele corpo, não tocar nele a menos que fosse extremamente necessário.

Pois correria o risco de me denunciar. Entrei em seu apertamento sem pedir licença tirei o gorro olhando em volta. Detestava aquele apartamento, tentei colocar alguns quadros, mas nada melhorava aquele lugar minúsculo com aquelas curtinhas vermelhas esquisitas. Na verdade não era tão ruim, mesmo sendo um apartamento minúsculo, se parecia muito com uma casa de cabana. O lugar predileto de Stefan era o pequeno bar, com as garrafas quase vazias ali. Eu por outro lado adorava sair para sacada e olhar a vista, dava até mesmo para ver o jardim botânico de Atlanta ali. Uma vez resolvi caçar ali, mesmo com Alaric me alertando que talvez não encontra-se nada ali. Ele estava certo afinal.

Mas fiquei até anoitecer em frente a fonte com uma escultura de uma mulher de olhos fechado que se fundia a fonte. Aquele lugar me transmitia uma paz. Despertei da lembrança quando notei Stefan ao meu lado, como sempre trazendo com ele, sua mais nova companheira: sua garrafa de budweiser. Ele dava goles lentos olhando para nenhum lugar em especial.

Eu acho que já vou indo murmurei, pensando que como sempre ele não se manifestaria mas ele segurou meu braço. Por um segundos meus olhos se desviaram de seu braços, para seus olhos, notei uma inquietação estranha em seus olhos

Espera ele disse quase num sussurro Acabou de chegar.

Eu sei me expliquei Mas eu tenho…

Que ir a outro lugar ele completou soltando meu braço, o que me deixou frustrada.

Ele foi em direção a sua cozinha abrindo o freezer pegando outra garrafa, me oferecendo uma, mas neguei veemente com a cabeça. Ele deu ombros e abriu a garrafa com as mãos, com facilidade. Ele deu um gole demorando, mas mantinha os olhos em mim

Okay foi o que ele disse em tom displicente voltando aquele mar de indiferença, quase bati nele, mas mordi minhas bochechas tentando me controlar

Okay imitei sua voz Não vai ao menos perguntar a onde eu vou?

Algum encontro? ele chutou ou me alfinetou eu não entendi direito, mas fique furiosa

Oh sim! E obvio que é um encontro. Por isso vim com esse gorro ridículo e passei aqui na sua casa, apenas pra chamá-lo para segurar vela retruquei ironicamente estava indo para porta quando ele se colocou em minha frente.

Eu quase me desequilibrei, mas ele me segurou e olhou nos meus olhos de um jeito estranho ou melhor era seu antigo olhar, aquele mesmo olhar carinhoso e preocupado, aquele mesmo olhar que me convenceu muitas vezes que não estava a beira da loucura

Me desculpe, fui idiota.

Sim você foi retruquei tentando parecer furiosa o que não era tarefa fácil tendo ele tão próximo de mim, quando seu perfume de limão e almíscar que se misturava com cheiro daquela cerveja. Fazendo uma combinação que em qualquer outro cara não funcionaria, mas em Stefan era inebriante

Para onde esta indo?

Num encontro menti, ele parecia decepcionado ou irritado mais uma vez eu não entendi Um encontro com a Jingle tree ele franziu a testa confuso Comprar uma árvore Stefan

Serio? Vai mesmo insistir em fazer…

Natal completei Claro que sim é o natal Stefan não dá pra simplesmente pular essa data! ele riu maneado a cabeça Por que está rindo? Natal e uma data importante!

Por que? ele inquiriu sério, engoli seco, sem saber o que responder. Ele sorriu se afastando pegando o gorro que deixei em cima de sua mesa.

Porque é uma data… Para se celebrar…

Para celebrar o que? ele suspirou quando viu que não tinha resposta Celebrar o nascimento de jesus? ele zombou Ainda acredita nisso?

Acredito Stefan. Pode parecer surreal ou patético pra você mas acredito, acredito que tem alguém lá em cima cuidado de nos…

Cuidando? Como pode acreditar nisso? Depois de tudo que já aconteceu na sua vida? Na nossa! Quer mesmo que eu acredite que tudo tem um porquê? Que deus deixou que me transforma-se em monstro que mata-se pessoas, que Lexi morresse, que meu irmão…

Me aproximei dele tocando seus ombros, ele estava tenso feito pedra. Me senti culpada por isso, por achar que teria um natal, que ele entenderia. Depois de tudo que aconteceu a vida dele o que eu esperava sorrisos e abraços?

Me desculpe eu disse quase chorando, mas me contive Eu fui uma idiota, eu sei. Mas se quer saber, mesmo depois de tudo… Mesmo depois… Eu não perdi a fé.

Ele se virou me olhando incrédulo, ou furioso por eu insistir em bobagens. Ele suspirou se voltando para sua budweiser se jogando no sofá, voltando estado natural de sempre. Estava prestes a ir quando ele me estendeu o gorro

Está esquecendo isso peguei o gorro, mas ele não soltou me olhou tão intensamente que corei Posso te fazer uma pergunta?

Tecnicamente você já está fazendo ele deu um meio sorriso Quer dizer, claro!

O que te mantêm assim? Por que tanta fé… Eu não consigo enxergar as coisas como você.

Enxergar a vida como eu é um dom Stefan me gabei Sabe teve um dia em que perdi a fé?

Ele arqueou a sobrancelha duvidando

E sério, foi o pior dia da minha vida. Superou ate mesmo dia eu que morri, ou quando matei aquele homem na praça

O que aconteceu de tão grave pra você perder a fé?

Foi naquele dia, há um ano atrás – ele soltou o gorro, voltando para garrafa, mesmo assim continuei Foi quando Julian arrancou seu coração na minha frente, eu não pude fazer nada, eu queria gritar. Eu queria voltar no tempo e estar no seu lugar… Mas eu não pude.

Não consegui mais conter as lágrimas, Stefan ergueu a cabeça me olhando surpreso. Dei um passo para trás me afastando dele

Mas quando você voltou… Quado eu ti vi, ali. São e salvo, quando te toquei e percebi que não era sonho… Eu entendi o que era fé. Percebi que ela nunca tinha partido de mim. Porque quando eu te vi, eu sabia que você voltaria pra mim.

Stefan já estava atrás de mim. Ele sorriu me puxando para um abraço. Abraço esse que durou algum tempo. Esse abraço que ficou faltando desde que ele voltara a vida. Tudo que eu desejava era isso, abraçá-lo. Mesmo querendo sorrir eu chorei. Ele beijou o topo de minha cabeça. Eu sai logo em seguida, mesmo com seus braços querendo me trazer de volta eu sai correndo dali. Querendo trancar aquele desejo que cresceu em mim, de ficar em seus braços pra sempre.

Fiquei no quarto aquele dia como Elena. Era noite de natal eu não desci pra nada. Liguei pra minha mãe e chorei muito por estar longe dela. Tyler me ligou aquela noite também. Mas quem eu realmente esperava estava na casa dele, sozinho com seu copo como companhia.

Foi quando não aguentei de sede e resolvi descer. Ia furtar uma das bolsas de Alaric e Elena. Fui diretamente pra cozinha, mas dei meia volta quando vi no meio da sala uma árvore enfeitada. Com uma linda estrela em cima. Com estrelas, bolinhas, anjos de vidro e unicórnios coloridos. Comecei a rir ao ver aquilo, ri muito. Alaric, Jeremy desceram e se deparam comigo tendo um acesso de risada e chorado ao mesmo tempo. Alaric me perguntava aflito o que tinha acontecido, mas eu apenas sorri abraçado um Jeremy relutante.

Dá pra parar de ser louca e dizer o que aconteceu, de onde veio essa árvore? Jeremy questionou impaciente. Estiquei a mão e peguei um dos unicórnios sorrindo, apertei com força e guardei no meu bolso. Dando um beijo em Alaric e Jeremy que se entreolharam confusos

Feliz natal, meninos.

Corri para meu quarto vestido um casaco e gorro. Sai correndo para sua casa, mas ele não estava. Fui até os bares próximos ao parque em frente a casa dele. Mas ele não estava. Me sentindo derrotada, me sentei em frente a fonte da mulher que agora olhando atentamente parecia chorar, ou estar triste. Me recostei no banco fechando os olhos, me perguntando onde ele estaria. Apertei o unicórnio no meu bolso. Sentindo os primeiros flocos de neve cair em meu rosto

(…)

Me desprendi dos braços de Stefan. Me afastando com toda a força que podia, mesmo com aquela lembrança. Tudo que conseguia sentir agora era raiva e dor. Por todo aquele tempo em que ele me deixou em todas as noites como aquela no jardim botânico em que eu chorei sentido sua falta e perguntado onde ele estaria.

Care ele tentou me deter, mas não deixei

Caroline disse lentamente Me chame assim de agora em diante. Não é mais meu melhor amigo, perdeu esse direito. Nos mal nós conhecemos agora.

Care… Caroline… Me deixa…

Explicar? — sorri descrente Explicar o porquê de ter me deixado, eu já sei. Sei que precisava de tempo, que a morte de Lexi e Damon as únicas pessoas que mais te conheciam, as duas pessoas que mais amava nessa vida partiram. Porque ficar significaria lembrar deles a todo momento, porque ouvir Elena chorar de rasgaria por dentro, porque se culparia por ele não estar mais aqui. Eu sei Stefan, sei de tudo isso. Sabe como eu sei?

Stefan suspirou olhando para o chão, um brilho surgiu em seus olhos podia jurar que ele chorava como eu

Porque eu também sou a pessoa que mais o conhece nesse mundo, posso ser a terceira ou quarta, mas te conheço. Tinha alguém aqui esse tempo todo pensando em você, orando aos céus que estive bem, que não tivesse jogado o anel fora e se jogando contra o sol. Por mais doloroso que tenha sido pra você, foi pra mim também. E eu… Eu nunca teria abandonado você.

Caroline, por favor espera suplicou ele segurando minha mão mas me afastei mesmo assim

Não tenho mais o que ouvir, nada que já não saiba. Agora quer um conselho?! Vá atrás do seu irmão, o abrace converse. Mate saudade dele já que só ele tem o poder de te fazer feliz, fazer a todos.

Elena

Aqueles dias deveriam ser os mais felizes da minha vida. Damon o homem que eu amava tinha voltado. Estava morado no quarto ao lado, tinha que ter muita força de vontade para não correr para quarto dele e beijá-lo. Acordar ao lado dele, sentindo seu corpo seu perfume, olhando de perto seus olhos azuis celeste logo pela manha.

Eu tentei me focar em outra coisa. Aliais era o que Alaric me dizia, me incentivava a voltar para o hospital. Mas eu não tinha ânimo para nada muito menos para explicar pessoalmente a Carter que ele teria que esquecer o beijo. Por que meu namorado que pensei que estava morto, tinha voltado. Era tudo complicado, quando não deveria ser. Me joguei no sofá derrotada quando Damon mais uma vez preferiu conversar com sua voz interior e logo em seguida foi para a boate que Caroline trabalha.

Abracei a almofada que Damon cairá no sono no sofá, não tive coragem de acordá-lo, fiquei na poltrona a frente vendo ele dormir, admirando e sentindo aquela saudade me esmagar por dentro. A almofada tinha seu cheiro inalei ele várias vezes desejando que fosse ele, o corpo dele. Foi quando a campainha tocou. Corri até a porta, mesmo sabendo que a provabilidade de Damon voltar e ainda tocar a campainha era mínima quase nula. Quando abri me deparei com ele, Stefan. Ele ficou parado sem reação. Talvez estive esperando que o irmão atende-se, ou imaginando qual seria minha reação já que da última vez tinha sido uma briga. Mas agora com Stefan ali, a poucos passos de mim tudo que conseguia sentir era…

Vontade abraçá-lo forte. Ele demorou a me abraçar temi que ele fizesse como irmão dele. Mas ele correspondeu em seguida me dando um sorriso quando nos afastamos. Ele entrou mas estava uma pilha de nervos, então me pediu que o leva-se no bar. Contei tudo que tinha acontecido nos últimos tempos, ele estava nervoso demais para dizer algo então apenas concorda com a cabeça. Quando chegamos, Damon nos achou e abraçou o irmão logo em seguida. O abraço durou algum tempo, não diziam muitas coisas um ao outro. Mas notei que os olhos de ambos estavam marejados. Abracei Alaric chorando, feito boba pela cena. Sempre desejei vê-los assim, juntos unidos.

Mas ao mesmo tempo senti inveja, pelo abraço emocionado deles. Olhando o abraço emocionado que ele partilhou com Stefan. Um abraço que ele me negou quando me reencontrou.

Alaric riu me pedido paciência. Damon e Stefan se sentaram na mesa, conversando animados, quer dizer Damon. Porque Stefan ainda parecia no mesmo estado de nervos ou pior. Ele volta e meia olhava para os lados e chegou a tomar a bebida do irmão, que arqueou a sobrancelha intrigado com sua atitude estranha. Foi só quando ouvi um barulho de vidro se partindo, que olhei na direção do barulho e encontrei Caroline paralisada olhando para Stefan que entendi que algo estava errado entre eles. Ela pulou do balcão quando ele estava indo até ela. Saiu correndo atordoada com ele em seu calcanhar. Não entendi nada, nem eu nem Alaric. Já Damon estava rindo e falando sozinho pra variar, parecendo ter entendido tudo.

Depois de algum tempo. Alaric e Damon conversavam entrosados. Alaric até tentou me colocar na conversa, mas Damon insistia em fingir que eu não existia o que só vinha piorado com as ligações de Carter. Caroline zombou dizendo que, pelo menos, aquilo era indício de ciúme, mas ele era o Damon. Resolveria aquela crise com beijos, me amando. Não daquele jeito, me tratando com frieza e indiferença. Me perguntava se ele ainda me amava como antes.

Jeremy entrou no bar pouco depois, Alaric correu atrás dele as presas quando ele saiu. Fiquei sem saber o que fazer, o que diria a meu irmão depois de não ter dito nada quando ele saiu de casa, nem tentado impedir isso.

Mas Damon saiu, parecendo um pouco preocupado o que me intrigou. Quando ele saiu ele olhava para um ponto na rua, não o que Alaric estava parado feito estátua olhando para o chão. Ele me lançou um olhar estranho, então eu sai correndo atrás de Alaric. Mas jurei que ele dissera alguma coisa, mas não foi para mim. Alaric andava com os olhos presos ao chão. Peguei seu braço andando no mesmo ritmo que ele.

Alaric está tudo bem? ele afirmou com cabeça O que o Jeremy te disse pra te deixar assim?

Nada, apenas a verdade ele respondeu sério Ele me liberou.

Liberou de que?

De tudo, de ser seu guardião, ou quase tio. Basicamente me expulsou da vida dele

Não se preocupa Alaric, meu irmão é impulsivo fala a boca pra fora, ele ainda e uma…

Não Elena ele não é. Não é mais uma criança e também não foi impulsividade, ao contrário do que pensa seu irmão amadureceu. Ele sabia bem o que dizia, alias acho que ele pensou muito até chegar nessa decisão. Ele cresceu ele disse quase com pesar. Apertei seu braço, mas aquelas palavras me atingiram de algum jeito.

Eu vou conversar com ele, ele vai me ouvir disse confiante, mas Alaric deixou escapar um sorriso e maneou a cabeça O que foi, ele meu irmão Jeremy, vai me escutar.

Sim ele é. Mas se quer que eu seja sincero. Ele não vai escutar você Elena.

Por que não? Ele e meu irmão mais novo minha responsabilidade, a única família que me restou.

Qual foi a última vez que conversou com Jeremy Elena? Porque eu mesmo não me lembro da última vez, que me sentei com ele e perguntei da vida dele, de como ele estava. Eu nem se quer sabia que ele tinha sido preso.

Preso? Ele foi preso…

Viu o que eu disse? O que sabe do seu irmão, ou de mim, da Care?

Fiquei com a boca aberta pra dizer algo para me defender puxei na memória mas não veio nada. Alaric tinha razão o que eu sabia do meu irmão. Eu cheguei em algum momento abraçá-lo, lembrar do seu aniversario ou simplesmente perguntar como fora seu dia?

Eu sou a pior irmã do mundo confessei incrédula comigo mesma, quando foi que me tornei assim? O que doeu foi Alaric não negar não me dizer que era exagero Mas alguém precisa.. Saber dele… Ele precisa desabafar com alguém.

Fica tranquila Elena, ele tem ligado pra Care. Ela é única que ele se importa ao menos para ligar.

Senti uma pontada no peito com aquilo. Me recordei de Caroline brigando com Jeremy pela manhã, mandando ele sair logo do banheiro ou bagunçando seu cabelo enquanto lhe servia o café da manha. Me entristeci com aquilo. Eu tinha perdido o espaço de irmã ou amiga dele. Agora Caroline fazia perfeitamente meu papel, o papel de irmã que antiga eu fazia.


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Notas finais do capítulo

Então gente amanha, quer dizer hoje posto o decimo ep e até final dessa semana eu posto o um novo capítulo, palavra! Espero que tenham gostado, sei que Dona Babi já esta de saco cheio revirando os olhos com meu drama e tão, mas não consigo fazer de outra maneira :P Se tiverem gostado ou não por favor me digam okay, eu não mordo ;)
Xoxo