The way back to you - EM HIATUS INDETERMINADO escrita por allurye


Capítulo 13
Chapter XIII — Where is the light at the end of the tunnel?


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi de novo. Sei que disse que demoraria a postar mas como tinha outro capítulo pronto resolvi posta-lo logo. Então é isso!



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Elena

Fiquei sentada na poltrona zapeando os canais com uma taça de vinho pela metade. Já estava quase amanhecendo e ninguém tinha voltado para casa. Fiquei esperando por Damon, andando em círculos ensaiando a melhor maneira de iniciar uma conversa, me lembrando mentalmente de não tocar no passado, Bonnie ou Jeremy. Ele parecia reagir de uma forma estranha quando mencionava isso. Então tratei de retocar o batom e perfume que ele gostava. Mas ele não apareceu. E lá estava eu no décimo copo de vinho sentada desleixada pela poltrona assistindo os programas favoritos de Caroline.

Recostei a cabeça na poltrona, meus olhos começaram a ficar pesados, fechei os olhos querendo apenas descansar um pouco, mas acabei cochilando. Acordei quando dia já tinha amanhecido com barulho da porta da geladeira batendo. Levantei ainda sonolenta, encontrando Damon com cabeça enfiada no freezer pegando uma bolsa de sangue e abrindo-a impaciente com dentes, sugando rapidamente, ele estava tão concentrado que mesmo estando na frente dele ele parecia não me ver. Ajeitei o vestido e cabelo e respirei fundo tomando coragem para chegar até ele.

— Damon… Eu estava te esperando.

— Ah é? — inquiriu ele ainda distraído, buscando outra bolsa de sangue. Quando se voltou para mim novamente, ele me olhou de cima baixo. Mas não houve o brilho de desejo como das outras vezes, ele desviou seus olhos para porta e depois para lado suspirando desanimado.

— Meu irmão sabe dele, ele voltou pra casa?

— Não — respondi de má vontade — Eu liguei pra ele para saber onde você estava, mas ele não me respondeu… nem ele nem o Alaric — me queixei, ele me ignorou mais uma vez, passando por mim sem si quer me olhar.

O segui pela casa, ele subiu as escadas correndo verificando os quartos a procura de alguém que julguei ser Stefan, ou Alaric. Ele voltou para trás e quase esbarrou em mim, ele revirou os olhos e me virou sem gentileza alguma pelos ombros e voltou-se para quarto de Caroline. Com toda certeza não era Stefan que ele estava procurando.

— Ninguém chegou em casa ainda — expliquei a ele que bufou

— Será que dá parar com isso?

— Com isso o que?

— Ficar me seguindo todo tempo, me ligando toda hora. Será que não ficou claro que terminamos, ou preciso desenhar pra que entenda? — berrou ele, muito próximo do meu rosto sem desviar os olhos dos meus, que se encheram de lágrima. Estremeci dando um passo para trás, ele tinha um brilho raivoso nos olhos, algo que há muito tempo não tinha seus olhos, pelo menos não para mim.

Encolhi me afastando dele que quase passou por cima de mim descendo pelas escadas ainda parecendo procurar alguém, foi quando Stefan chegou. Os dois se encararam por um longo tempo e Stefan passou por ele indo até cozinha sem cumprimentá-lo. Damon suspirou passando a mão pelo rosto antes de segui-lo até a cozinha. Mesmo sendo patético eu continuei em seu encalço. Stefan estava com a xícara de Caroline em mão, ele a lavou, secou e colocou-a no armário dando suspiro longo, Damon permanecia olhando para irmão batendo pé parecendo querer dizer algo, mas não dizia. Resolvi fazer-me presente na cozinha.

— Bom dia, Stefan — cumprimentei tentando soar melhor do que estava mais minha voz ainda saiu embargada. Stefan franziu a testa olhando meu estado

— Bom dia Elena, está tudo bem?

— Sim, está — menti

— Caroline já chegou? — perguntou ele com os olhos brilhando em expectativa o que fez Damon rir maneando a cabeça recebendo um olhar gélido de Stefan

— Vai mesmo ficar chateadinho pelo que eu disse? — Damon inquiriu irritado

— O que acha?

— Acho que você parece uma garota — ele retrucou com desdém. Stefan suspirou maneando a cabeça e saindo de nossas vistas. Damon gruiu em irritação murmurando “idiota” para ele mesmo.

— O que ouve entre vocês dois? — ele pulou assustado, ele não tinha me notado ali esse tempo todo. Ele se voltou pra mim e revirou os olhos me ignorando mais uma vez, então não agüentei agarrei seu braço forçando-a a parar

— Por que está me tratando assim, como se eu fosse um lixo qualquer? — inquiri indignada, ele nada respondeu mantinha uma expressão vazia, mas seus olhos estavam inquietos aquela manhã — Sabe, eu o esperei a noite toda, planejei um jantar romântico para nós dois e tudo que você faz e me ignorar. Damon, percebe como está sendo frio e insensível? Eu te amo droga! Eu fiquei com outro homem sim, mas você estava morto, morto e não iria mais voltar… O que esperava de mim Damon?

— Terminou? — assenti com cabeça tomando fôlego novamente — Ótimo, tem, mas alguma coisa acrescentar sobre a sua grande lista de sofrimento de eu, eu, eu?

— O que está querendo dizer?

— Que você faz tudo ser sobre você, sobre o que você quer. E sabe isso não me irritava pelo menos eu achava que não. Mas bem eu morri! Fiquei três anos morto. E tive digamos que bastante tempo para refletir, você está certa. Estou sendo imbecil e insensível egoísta… Algo que esqueci?

— Eu não disse isso!

— Sim, você disse. Você quer jogar a culpa por suas escolhas em mim pra variar. Okay você se apaixonou por outro, pensou que eu estava morto e não se arrepende, ótimo! Agora chega disso, nós dois terminamos, não me espere com droga de jantar com vestido curtos pensando que tudo voltara a ser como antes porque não vai. Acabou Elena, acabou no exato momento em que morri. Você fez bem em seguir em frente, tanto você quanto Stefan. Agora chega!

Ele saiu dando um último olhar para Stefan que estava no último degrau, sendo atraído pelos gritos dele. Eu me encostei-me à parede sentindo-me sem forças, abracei a mim mesma querendo desaparecer não podia ser verdade. Ele não podia terminar comigo, acabar com tudo que tínhamos. Stefan se aproximou cautelosamente, antes que ele pudesse perguntar algo me joguei em seus braços, ignorando como ele se retraiu e parecia desconfortável comigo. Chorei agarrando sua camisa, ele deu um tapinha sem jeito nas minhas costas murmurando que tudo ficaria bem. Guiou-me até uma cadeira e me sentei, mas o puxei pela camisa, abraçando sua cintura chorando.

— Ele terminou comigo.

— Eu ouvi — ele respondeu suspirando.

Não sei por quanto tempo permaneci chorando abraçada a um Stefan que parecia querer estar longe dali, provavelmente com Caroline. O baralho da porta se fechando com força me desprendeu dele, logo depois Alaric surgiu na porta lançando um olhar indagador a Stefan

— Por que Caroline saiu daqui correndo?

— Caroline? Ela saiu… Droga! — Stefan saiu indo atrás dela. Bati na minha testa ao constatar minha estupidez Caroline deve ter visto eu e Stefan meio que abraçados e entendeu tudo errado. Como se não bastasse ser rejeitada eu ainda ia piorar a situação do Stefan, me levantei chamando por ela, mas Alaric bloqueou minha passagem

— É melhor deixá-los resolverem isso sozinhos Elena

Suspirando e querendo chorar novamente eu fui para o quarto. Alaric não fez menção de me seguir ou querer saber o motivo das minhas lágrimas. Fui para quarto em que Damon dormia agora, e me enrolei em suas cobertas, abraçando eu travesseiro. Esperando que ele tivesse dito da boca pra fora, mas seu olhar indiferente para comigo me dava plena certeza de algo que não queria pensar… Ele tinha me esquecido.

Bonnie

Me sentia estúpida, o ser mais imbecil da fase da terra e do universo. Tentei de todas as maneiras me lembrar a freqüência vibratória ou magia para conseguir voltar para meu lugar de direito, meu pequeno inferno particular estava lá a minha espera em algum lugar entre o espaço-tempo.

Mas por ser estúpida, eu tinha atravessado um espelho estúpido, embarcando em portal que Damon abriu prometendo deus sabe o que, apenas para ficar ao lado de alguém tão estúpido e egoísta como ele.

Porque diabos eu cheguei a pensar que ele tinha evoluído de alguma forma?

Revirei os olhos me lembrando de sua mão contra minha, da sensação reconfortante de poder ser tocada novamente. Lembrando de como meu corpo pareceu amolecer com contado de sua pele com a minha. Eu queria bater a cabeça na parede por lembrar tanto desse tipo de coisa, só podia ser a maldita ligação, que eu ansiava em saber como destruir para sempre. Poder voltar para minha prisão e ali ficar sem sentir aquela sensação esmagadora, como se uma parte de mim tivesse faltando. Ela sabia bem que essa maldita parte era ele. Ele estava preocupado comigo, alias estava entrando em desespero. Eu não sabia explicar como, mas seus pensamentos confusos eram direcionados a mim e seu irmão. Culpa, remorso e muita, mas muita raiva.

Parte de mim sentiu um prazer sádico com sua confusão e culpa. Mas outra aquela parte idiota que queria arrancar de mim, estava preocupada, querendo me puxar para ele. Fechei os olhos gruindo de raiva, por conseqüência a janela da casa onde me escondi dele bateu violentamente. Tentei tocá-la para movê-la, mas minha mão a atravessou, me frustrando ainda mais.

A senhora idosa que estava balançando-se na cadeira na varanda, entrou em casa levando consigo uma vassoura apontando para frente, com mãos trêmulas, temendo que ladrão tivesse invadido sua casa. Logo em seguida, fechou novamente a janela, seu gato preto roçou suas pernas e quando ergueu a cabeça e me olhou se ouriçou.

A senhora ajoelhou-se com dificuldade pegando gato, ela afagou os pêlos do gato pensando em seu filho, dando um último olhar para janela. Quando me virei para ir embora, me assustei quando me deparei com tão Thomas. Ele sentou-se em cima da mesinha de centro olhando entediado para televisão velha desligada. Ele ergueu a cabeça para mim, fazendo uma careta.

— Vá embora — ele ordenou — Essa casa é minha!

— Oh… Sinto muito… Você pode me ver — constatei sorrindo, o rapaz revirou os olhos com desdém

— Claro que sim, por isso estou te mandando embora da minha casa — ele semicerrou os olhos, olhando fixamente para televisão. O porta-retratos em cima da instante caiu no chão. Ele gruiu irritado, se levantando e arrevesando a parede furioso.

Eu fiz o mesmo que ele e o encontrei na varanda, sentado na escada com mãos na cabeça se balançando para frente e para trás. Me sentei ao lado dele e tomada por um rompante de coragem perguntei a pergunta mais clichê de todas.

— Faz muito tempo… Que você…

— Vinte e cinco anos — respondeu ele — Morri a exato vinte cinco anos. Matei sua curiosidade, agora vá embora!

— Okay — me levantei, mas antes de ir não resisti de fazer mais uma pergunta, afinal estava a dias naquela cidade e não tinha encontrado ninguém como eu — Posso fazer outra pergunta?

— Já está fazendo — retrucou mal humorado. Ele ergueu a cabeça e notei como seus olhos eram azuis, um tom de azul que me fazia lembrar-se de Damon, exceto que rapaz era loiro, com nariz arrebitado e boca pequena demais para seu rosto pálido, ele tinha olheiras escuras embaixo dos olhos. Vestia um terno surrado, aberto revelando uma camisa branca suja, com uma grande manha de sangue no peito.

— Quer saber como eu morri?

— Bem não — ele franziu a testa em confusão — Na verdade queria saber se quando… morreu, você foi para algum tipo de lugar?

— Como inferno? — assenti com cabeça — Eu fui para um lugar sim, passei por uma moça presa num tipo de estátua, eu podia ouvi-la gritar

— Você era vampiro?

— Não, era um bruxo… Um bruxo muito poderoso

— Então é por isso que posso ver você, eu também sou… Ou melhor, era.

— Continuando — ele ignorou-me — Eu fiquei longos anos vagando por um lugar nada bonito. Era o que minha mãe acreditava ser o purgatório, acho eu.

— E como saiu de lá?

— Pessoas começaram a sumir, dentre elas um dos meus inimigos — ele riu satisfeito — Mas uma força os sugava para fim, inferno eu acho.

— E como conseguiu fugir? — ele deu ombros

— Ela me manteve aqui — ele acenou para casa com cabeça — Ela tinha poderes quando mais jovem, mas hoje se renega a eles, nem pode me ver mais — declarou ele tristemente — Ela fez algum tipo de feitiço que desconheço, eu fui trazido de volta, não como queríamos como pode ver. Agora estou preso aqui.

— Eu sinto muito… Mas por que exatamente está preso a casa? Ela enterrou ossos seus aqui?

— Há varias maneiras de se prender os mortos. Ela não mantém meus ossos ou nada disso. Ela pensa em mim, chora por mim o tempo todo. Ela mantém um anel que eu adorava, dorme com ele embaixo do travesseiro chamando por mim

Engoli seco pensando em Jeremy e Caroline, constantemente meu nome surgia em seus pensamentos, lembranças seguidas de lágrimas me faziam ficar agoniada por não consegui dizer que estava ao lado deles. Pensei em como seria ficar presa 25 anos ou mais vendo Jeremy envelhecendo, Caroline permanecendo bela e jovem perdendo todos que amava. Senti um puxão no peito, um arrepio estranho seguido de uma dor de cabeça colocou as mãos na cabeça e escutei nitidamente Damon chamando por mim.

— Você também esta presa aqui, assuntos inacabados ou alguém...

— Alguém, com certeza alguém — respondi sentando-me ao seu lado. Respirei fundo seguindo um garoto em uma bicicleta sendo seguido por sua irmã, mas nova que carregava um urso muito parecido com meu SR. Afagos — Tem que deixá-la ir — murmurei

— Não é tão fácil assim, e quando eu deixá-la para onde eu vou?

— Eu não sei – dei ombros - Sinceramente eu não sei. Mas acho que qualquer coisa e melhor que isso. Esse não é mais nosso lugar.

Ele colocou as mãos no rosto suspirando, levantou-se e antes de atravessar a porta deu um último olhar para mim.

— Te vejo por ai Bonnie.

— Como sabe meu nome? — ele sorriu enigmaticamente para mim

— Conheci uma parenta sua. Você é uma Bennet não é? — assenti — Uma bruxa Bennet fantasma em Druid Hills é perigoso – ele ficou sério me lançando um olhar solidário — Quer um conselho de velho bruxo que esta a muito mais tempo do que deveria aqui?

— Claro.

— Vá embora logo, ache a maldita luz no fim do túnel depressa. Porque você é como um farol brilhando para todos, e acredite em mim nem sempre encontrara espíritos bons como eu. Vá embora Bennet, vá enquanto é tempo, eu farei o mesmo… Se conseguir. 

E assim ele se foi, eu corri para dentro da casa, mas não tinha sinal dele. Fiquei ainda mais frustrada do que antes, com mais vontade ainda de achar o maldito portal e voltar para minha prisão segura. Escutei Damon chamando-me novamente, e resistiria o quanto pudesse, não queria mais vê-lo. Mesmo assim, comecei a sentir-me estranha, fraca não conseguindo atravessar portas, quando finalmente consegui, sai perambulando pela rua, tentando achar a maldita luz no fim do túnel antes que fosse tarde demais.

Caroline

Emma franziu a testa quando me viu pular o balcão e furtar sua garrafa de borboun. Ela estava prestes a protestar, mas quando notou minha expressão, ela me estendeu um copo, virou uma cadeira e sentou-se nela. Esperando que eu falasse, mas eu não conseguia. Eu me sentia estúpida, meu sangue fervia de raiva, quando a lembrança de Stefan abraçado a uma Elena chorosa e carente no meio da minha cozinha. Eu queria arrancar fio por fio do cabelo dela… Ou dele. Eu não conseguia estabelecer minhas prioridades com exatidão, quando tudo que eu queria fazer era chorar por um cara que claramente não me correspondia do mesmo modo. Eu era patética!

Emma suspirou pegando a garrafa no balcão enchendo meu copo. Ela era uma boa pessoa, ótima amiga. Apertei sua mão forçando sorriso, ela riu.

— Pronto mais uma dose, agora tome ela — ordenou ela, acatei sua ordem com prazer — É agora, me conte o que aconteceu.

— Nada, eu só senti saudade do bar e das garrafas.

— Foi seu amiguinho de novo não foi? — neguei com cabeça, mas assenti logo em seguida os olhos negros de Emma se estreitaram e ela apoiou os cotovelos nas pernas e suspirou

— O que ele fez dessa vez?

— Ele existe, foi isso que ele fez! E agora ele existe na minha casa, mas precisamente na minha cozinha… Quer dizer, parte dela e dele também já que ele me ajudou a comprá-la… Mas e dai? Isso não lhe dá o direito de consolar ou flertar com sua ex na minha cozinha!

— Ai meu deus, esta tendo um ataque de ciúmes?

— Eu não! Só estou indignada com a falta de respeito, se eles querem se abraçar… Ou sabe se lá o que mais, que façam fora da minha cozinha! — berrei me levantando

— Okay, quem sabe estejam fora da cozinha agora… mas precisamente no quarto dela — Emma zombou, senti como se tivesse levado um soco no estômago.

— Alguém já disse que você e terrível para consolar alguém? — Emma riu não se intimidando com meus berros, ela se aproximou de mim apertou meu ombro me forçando a olhá-la.

— Chega! — ela ordenou calmamente — Respira mulher, respira bem fundo e lembra o papel de trouxa que ele te fez passar e se mesmo assim ainda quiser aquele imbecil, eu vou chutar sua bunda magra fora daqui, entendeu?

Assenti engolindo seco, ela me sacudiu rindo

— Entendi

— Agora, você vai colocar sua mente criativa pra pensar, porque eu decidi fazer outro evento, dessa vez uma festa de Halloween, como sempre sugeriu

— Sério? — inquiri animada

— Nunca falei mais sério, o show de ontem me redeu muitos lucros e se o próximo evento tiver tanto sucesso quanto o outro, eu vou promover você a gerente, esta interessada? — assenti veemente — Ótimo, mas hoje como eu sou uma alma bondosa, vou te dar a noite de folga

— Não Emma, hoje e sábado vai ter movimento e eu… Não quero ir pra casa — confessei

— Tudo bem, pode ficar na minha e depois você vem pra cá, e si divirta, dança beba e esqueça aquele idiota ou o faça se arrepender por perder você… Eu fui clara?

— Como cristal

Emma me deu tapinha nas costas e foi para a saída

— Você vêem ou não?

— Claro, estou indo.

Matt

Eu tinha que admitir que Caroline Forbes entendia a mente feminina como ninguém. Ela aconselhou-me a convidar Aby para o jogo de beisebol, porque ela claramente não gostava de baladas e coisa do tipo, mencionei que ela era louca por esportes, ela disparou idéias e maneira de deixá-la confortável e então dar o próximo passo. Jeremy e revirava os olhos, enquanto escutava sua irmã postiça ensinar-me a conquistar uma garota. Ele dizia “Ei, isso é estranho a garota e sua ex” Caroline retrucou gritando para Jeremy ao telefone “Ex-namorada, não ex-amiga” declarou ela solenemente antes de dar o caminho de tijolos amarelos como dizia ela.

Levei Aby até o velho estádio caindo aos pedaços, que estava praticamente vazio. Aquela cidade parecia não ser dotado de um grande espírito esportivo, o seu grande evento todo ano era sempre Halloween, agora todo resto era sempre cercado de pessoas com expressões entediadas, verificando o celular com conversando sobre qualquer coisa menos o esporte. Já Aby era oposto delas, ela por sorte era fã incondicional do Reds.

O time era péssimo diga de passagem estava perdendo de lavada para outro time, mas ela não parecia importar-se com isso, ela levantava e incentivava o time, ou xingava o time rival, seus cabelos ruivos saltando. De repente ela sentou-se suspirando, apoiou os cotovelos na perna e roeu as unhas. Ela se virou pra mim envergonhada por ter sido pega no ato, ela riu envergonhada. Seu rosto levemente corado, atenuando ainda mais sua sarda envolta do nariz.

— Não era pra ter visto isso, com certeza está um pouco desencantando comigo agora.

— Claro que não — coloquei uma mecha de seu cabelo atrás de sua orelha, ela sorriu docemente para mim, estava me aproximando do seu rosto sutilmente quando ela se virou bruscamente voltando sua atenção para jogo, mordi os lábios frustrados. Ela pediu sem olhar pra mim outra coca cola e doritos. Resignado e um tanto frustrado eu fui.

O pátio estava tão vazio que podia ouvir meus próprios passos no chão. Enquanto tirava o dinheiro da carteira, escutei um grito. Corri pelos lados tentando identificar de onde o som tinha se originado. Mesmo a paisana, sempre andava armado, coisa que Aby era meio contra. Mas dei graças a deus por trazê-la. Os gritos continuavam agora mais fracos e vinham do banheiro feminino, entrei com cautela abrindo todas as cabines apontando a minha arma, ainda em sentido alerta.

Na penúltima cabine encontrei uma moça caída no chão tremendo com corte pequeno no pescoço, ajoelhei e pressionei a mão em seu ferimento. Ela logo começou a desfalecer, peguei-a no colo e levei dali, logo um guarda me avistou e mandei chamar uma ambulância

— Você vai ficar bem… Eu prometo.

A garota gemia de dor, mas ergueu a cabeça em minha direção e pegou minha mão colocando no local certo. A ambulância demorou menos que meia hora pra chegar. Eles a socorreram em tempo, Aby franziu a testa quando notou ambulância e minhas mãos e camisa ensopadas de sangue

— O que aconteceu?

— Outra garota foi atacada

— Você chamou reforços? — assenti com cabeça — Ela….

— Não, ela está bem. Eu a encontrei a tempo, estava sozinha no banheiro pressionando a ferida no pescoço

Um dos enfermeiros me chamou, deixei Aby explicando a situação para outro policial, mostrando seu distintivo mandando isolar a área. Entre na ambulância e moça parecia um pouco melhor apesar de pálida, ela estendeu a mão que pegue de proto

— Muito obrigada — ela sussurrou

— Não precisa agradecer, e meu trabalho. Você se sente melhor — ela assentiu com cabeça — Você se lembra do que aconteceu?

— Eu… Não... Eu não me lembro de nada.

— Tudo bem — ela continuou segurando minha mão, não a soltando, ela tremia.

— Você salvou minha vida — assenti sem jeito. Aby surgiu em frente ambulância e seus olhos se fixaram na minha mão agarrada a da garota. Soltei gentilmente, mas antes de sair tive que prometer voltar, ela exigiu isso. Aby mordiscou o lábio com braços cruzados

— Eu já comuniquei Diggle do ocorrido — assenti com a cabeça — Você viu alguém perto dela?

— Não, ela estava sozinha.

— Você acha que foi o mesmo…

— Não, na verdade eu não sei

Aby assentiu com a cabeça e saiu em direção a Joey que voltou com a faixa de perímetro. Voltei meus olhos para garota de cabelos castanhos ondulados, não consegui evitar pensar em Vick e constatação de que aquela cidade não era mais segura, agora a grande questão que eu temia pensar era... Quem era o culpado e se um deles fossem meus amigos, o que eu faria sobre isso?


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Notas finais do capítulo

xoxo