Talented escrita por Lala Luna


Capítulo 4
Capítulo 4 - The Cafeteria


Notas iniciais do capítulo

Ois Galeriss
Aproveitem o capitulo! Espero que gostem



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Acordei gritando de desespero, estava suando, meu maior pesadelo tinha se adaptado a meu mais novo sonho, o pianista. Olhei do relógio e eram 06:00 da manha e eu só tinha que acordar as 07:00, resolvi que iria a uma cafeteria comprar um café já que meu sono tinha ido embora totalmente. Vesti um macacão azul-claro curto, uma camiseta de flores, meu cardigã preto e um All Star vermelho de cano médio, escovei meus dentes e fui para as ruas de New York. Fui andando nas ruas silenciosas pensando no meu pesadelo, eu o tinha quase todas as noites, mas ver o pianista nele foi terrível. Eu sempre via Jace quando criança, causador de toda a minha dor e trauma, é eu sei que pode ser exagero, mas para uma criança de 10 anos, um amiguinho pode se tornar um vilão terrível e um susto pode virar um trauma. Parei na frente de uma cafeteria com o nome de Java Jones, parecia ser um lugar legal. Pedi um café simples e me sentei em um dos sofás, quando olhei para uma das mesas vi Jace me encarando, eu gelei. Ele se levantou e veio em direção a minha mesa, sentando do meu lado, eu abaixei minha cabeça na mesa e fingi que ele não estava ali.

– Bom dia sua rancorosa – ele disse chegando sua cabeça perto do meu ouvido

– Bom dia pesadelo – falei levantando minha cabeça e o encarando

– Nossa que apelido carinhoso esse

– Não é um apelido, é você mesmo – murmurei enquanto sentava com as costas na parede e colocando meus joelhos para cima

– Ai! – ele disse colocando a mão no coração – obrigada pela parte que me toca, mas vamos parar falar sobre apelidos, o que você faz aqui tao cedo?

– Pesadelos, acordei e vim tomar um café. E você deve saber sobre o que era.

– Imagino, mas um dia você vai ter que perdoar, eu não tive a intenção de te machucar. Era só um sustinho, eu fiz por pressão dos meus amigos. Me desculpe por favor. - ele disse se aproximando de mim e colocando a mão na minha

– Por que eu faria isso? Você me traumatizou, minha infância acabou naquela noite. Você me quebrou. - eu então comecei a sentir lágrimas descendo pelo meu rosto, abaixei meu rosto nos meus joelhos, ele se aproximou de mim:

– As pessoas mudam e sentimentos também – ele sussurrou no meu ouvido. Ele então passou a mão no meu rosto limpando minhas lágrimas e se levantou indo embora da cafeteria.

O que foi aquilo? Eu não sabia se sentia raiva ou compaixão, ele mudou mesmo? Voltou a ser o mesmo de antes ou ele estava fazendo aquilo para me machucar de novo? Minha cabeça estava uma confusão, não conseguia organizar meus pensamentos. Olhei no meu celular e já eram 06:47, tinha que ir embora para casa. Comprei um café para meus pais e Jonathan. Fui andando o caminho inteiro pensando naquela noite, mas sempre vinha os olhos dele na minha mente, todas as vezes que o via como um vilão, me lembrava de seus olhos, claros e arrependidos. Minha mãe dizia que eu era a melhor leitora de olhares do universo, mas eu nunca vi olhos tão profundos e cheio de algo que eu não compreendia. Entrei em casa e vi meu irmão entrando na sala com o rosto todo amassado de sono.

– Onde você foi a essa hora mocinha? – ele disse abrindo a geladeira

– Bom dia pra você também, eu tive um pesadelo e não consegui voltar a dormi, então fui na cafeteria tomar um café. Comprei um pra você – eu disse colocando o copo para ele na mesa

– Bom dia baixinha, obrigado pelo café. Que cara é essa? – ele disse se sentando na minha frente na mesa.

– Nada não só sono mesmo, eu vou pro meu quarto arrumar minha mochila. - enquanto ia para meu quarto, minha mãe e o Luke aparecem na sala já arrumados

– Bom dia filha – minha mãe disse me dando um abraço – caiu da cama pra acordar a essas horas?

– Bom dia flor do dia, pesadelo, mas relaxa já to bem. Bom dia Luke – eu disse passando por Luke enquanto ele me dá um beijo na testa

– Bom dia, você tá cheirando café

– É por que eu fui numa cafeteria aqui perto pra beber um café, trouxe para vocês também, tá la na mesa com o Jonathan. Quando estiver na hora de ir pra escola bate la na porta pra mim tá. - eu disse entrando no meu quarto.

Sentei na minha cama e toda aquela bagunça da cafeteria veio a tona. Por que ele falou aquilo tudo? Dessa vez eu só queria saber se era verdade ou não, não queria ser tola de novo. Ouvi uma batida na porta e fui para o Instituto. Chegando lá me encontrei com Magnus e Simon, eles começaram a falar de uma festa que aconteceria no fim de semana e que eu deveria ir, mas eu nem estava prestando a devida atenção. Quando estava entrando na sala de aula de filosofia vi Jace sentado em uma das mesas no canto da parede, eu sentei em uma das mesas da mesma fileira, mas na outra parede. A aula de filosofia ia passando e eu o sentia me encarando, em um momento me virei para ver se ele me olhava e nossos olhares nos encontraram. Passei o resto da aula com a cabeça na mesa e acabei dormindo. Acordei com o sinal tocando, me levantei e então Jace apareceu do meu lado

– Então? Já me perdoou? – ele disse com um tom brincalhão.

– Claro que não, não sou tao fácil assim como você pensa – saímos da sala e fui em direção do Simon, mas ele me puxou pelo braço

– O que eu faço pra você me perdoar? – ele disse olhando nos meus olhos, depois de alguns segundos o olhando falei.

– Me prove que mudou que eu te perdoo.


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Notas finais do capítulo

Entaaaaaao? Gostaram?
Se gostaram deem um sinal que estão ai! =D
Até a próxima!