POV Autora

Enquanto isso no purgatório, Takeo Mai se aproximava da sela de seus azulados preferidos...

– Mas enfim...- Jellal começou a falar. – como você veio parar aqui... hann... qual o seu nome mesmo?

– Kenzo...- murmurou o demônio. – olha cara, não me leva a mal mas é uma longa historia...- suspira.- e eu não to bem em condições pra isso...- disse com uma gota na testa.

– com certeza... – respondeu com uma gota ainda maior.

O estado dos dois realmente estava estranho, Jellal permanecia livre na sela, porem Kenzo... esse estava numa situação muito pior...

Depois que Mai o pegou com os fones dela, ele foi acorrentado pelos pés e mão a parede da grade, ele estava suspenso no ar oque realmente o deixava numa posição meio desconfortável.

– Eu avisei pra não se meter com ela... – comentou Jellal apoiando a cabeça na parede.

– Nada...- bufou o demônio. -... aquela vaca vai ter que vir aqui uma hora, ai eu dou na cara dela e...

De repente a porta da grade foi escancarada...

– E...? – por ninguém mais, ninguém menos do que a própria Takeo Mai. – por favor, n ligue pra mim... e termine a frase. – seus olhos fervilhavam, como se ela pudesse derreter a pele dele até q só os ossos restassem... oque não estava muito longe do que ela queria fazer.

Os dois azulados engoliram seco, a guardiã do purgatório caminhou até Kenzo e sem o menor cuidado soltou as correntes de forma que ele caísse brutalmente contra o chão.

– Ora sua...- ele foi interrompido por ela que rapidamente o colocara em um novo par de algemas.

– levem ele daqui... esta na hora das... “provações” – com isso alguns seres parecidos com diabretes entraram na sela e começaram a puxa-lo para fora pelas correntes.

As tais provações, não eram nada mais do que doses de sofrimento e agonia, de forma a “limpar” a alma deles, não era um método muito moderno, mas o daquele demônio Mai achava particularmente divertido.

Sem demorar muito Jellal se levantou, acenou a cabeça para ela e seguiu para a porta, mas não antes que ela o detivesse.

– Onde pensa que esta indo? – perguntou com a sobrancelha arqueada.

– para o mesmo lugar que ele... – respondeu simplesmente.

Jellal não soube disser se foi por alguns segundos ou minutos que os olhos de Takeo-san cravaram no rosto dele. Porem uma hora ela suspirou cansada e soltou seu braço.

– Sabe...- disse cruzando os braços e olhando fixamente para o chão. - Não sei se é o chocolate ou a vodka que eu coloquei no Capuccino... mas eu vou dizer, e não ouse repetir isso jamais, mas... – por um momento ela hesitou em continuar a falar, Jellal porem não se atreveu a interrompe-la.

– Você é uma das poucas almas que fazem com que eu odeie o meu trabalho, e o que eu sou.- suspirou pesado. - E só pra constar, as almas, são apenas duas. – disse erguendo os olhos para encara-lo, mas ao se deparar com a cara de surpresa e espanto dele ela rapidamente se pôs a sair da sela. - Bem, acabei o que tinha que ter feito. Reafirmando, repita o que foi dito aqui e eu matarei você uma segunda vez ou, ao menos..- riu de lado. -... farei que deseje isso.

Jellal pode sentir uma arrepio completo de medo lhe percorrer a espinha, mas algo ainda o surpreendia nela, talvez ela tivesse por ele... ao menos algum favoritismo, ou algo perto de piedade.

Enquanto ela seguia pelo corredor de almas aflitas pode ouvir o azulado seguir para o lado oposto, tentando encontrar seu companheiro de sela...

– Idiota...- murmurou. – Mas... por falar em idiota...- comentou lembrando de uma outra pessoa. - talvez eu devesse ir dar um olhada nele...- disse com os pensamentos longe. – antes disso, melhor eu levar uns cappuccinos, ele deve estar com sede... depois de tudo.

–X-

POV Levy

Aqueles dois estavam muito estranhos...

Primeiro uma briga do nada, depois os dois ficaram muito esquisitos e agora o Lily ta me arrastando de um lado para o outro procurando por algo que nem ao menos sei oque é... muito legal, em?

– Lily por favor... da pra pelo menos me disser oque estamos procurando? – reclamei pela milésima vez.

Ele paresia meio atordoado, olhava dentro de cada caixa que passava e nem abria a boca então só podiam ser duas coisas... ou aquilo que ele estava procurando era estupidamente importante... ou ele não fazia ideia do que estava procurando.

– Li-ly? – chamei de novo, meio pausado pra ver se tinha algum efeito, mas nada, ele continuava voando desesperado de um lado pro outro.

Num suspiro pesado eu desisti de ajuda-lo e fui andando até as escadas que levavam ao terraço... aquilo já estava ficando muito chato.

Assim que abri a porta pude sentir o doce ar gelado da noite preenchendo meus pulmões, aquela sensação me trazia uma leve nostalgia, mas era uma que eu já tinha aprendido a apreciar com muito carinho...

Me sentei chão alguns passos depois da porta e comecei a olhar fixamente para o céu, naquele momento fechei um pouco os olhos permitindo a minha mente flutuar uma pouco, entre as estrelas e constelações, entre a brisa gostosa da noite e o calor do chão do terraço que havia restado do sol quente do dia.

Era bom, eu podia sentir paz... como, como se eu fosse novamente... uma anja.

Lentamente eu fui abrindo os olhos, porem me deparei com uma coisa muito estranha.

A luz das estrelas e da lua tinha desaparecido, eu já não conseguia sentir o vento batendo contra o meu rosto e cada vez mais podia sentir um cheiro de podre me cercar.

– O-oque?- disse assustada.

Eu estava envolvida em algum tipo de esfera negra... como se milhares de grão de carvão me rodeassem. Olhando com um pouco mais de atenção ela podia ver um par de vidrantes olhos vermelhos a seguindo, porem a presença de alguém de fato ela só conseguiu sentir depois de prestar muita atenção... era simplesmente, uma sombra....

POV Autora

– Ora, acho que não se lembra mais de mim, n é minha cara Levy? – a voz vinda do vazio fez com que o corpo inteiro da anja gelasse. – talvez você me reconheça melhor... assim.

As sombras giraram em alta velocidade e se disparam de uma só vez revelando o dono da voz, um rapaz um punhado mais alto que ela, mas que com certeza não chegava a altura de Gajeel, ele tinha macabros olhos vazios e vermelhos, seu cabelo era em sua maior parte branco, porem uma parte dele até a franga trazia um preto muito escuro...

Ao vê-lo de perto, o terror no rosto de levy deixava bem clara a sua situação, ela estava congelada de pânico.

Ela tentou gritar, porem nada saia da sua garganta e após tentar ao máximo controlar as lagrimas ela finalmente cedeu.

– L-laios... – chorou.