Traidores Interativa escrita por Absolute Beginners


Capítulo 4
Victoria Herondale - Trocando monstros por demônios


Notas iniciais do capítulo

Olá de novo a todos que estou lendo. Estou cada vez mais feliz com seus comentários e elogios. Tão feliz que estou postando um segundo capítulo no mesmo dia. Espero que apreciem e gostem. Agora, as coisinhas do dia:

—Eu sei que tinha dito que provavelmente mudaria para dois pontos de vista o capítulo, mas enquanto escrevia, eu percebi que os capítulos pareciam mais legais à partir de apenas um e que eu poderia abrangi os sentimentos melhores com apenas uma história. Então é, acho que vamos continuar com apenas um ponto de vista nos capítulos.
— Se tiver algo de errado com o capítulo, por favor me digam. Sua opinião são muito importante para mim e me incentivam a escrever..

Não acho que tem algo mais a escrever, então, espero que apreciem o capítulo.



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O homem de um olho só continuava do outro lado da rua. Me observando, quieto e cauteloso. Na borda de minha mente, uma pitada de medo começava a vir. Mas não me movi do meu local, sentada no parapeito da janela. A enfermeira do outro lado do quarto, não me deixava mostrar os sentimentos.

Um sorriso se estendeu pelos lábios do homem. Meu corpo tremeu e eu apertei com força minhas mãos em punho. Respira, comandei a minha mesma. Não deixe os descobrir seus pensamentos, se eles verem o medo, eles te destroem.

Uma mão pousou em meus ombros e meu corpo ficou tenso. A enfermeira, que eu não lembrava o nome - Algo com M, eu acho...- sorriu forçadamente para mim e me mandou deitar na cama. Senti o sangue deixar o meu rosto. Ah, não. Ela havia percebido.

Corpo tremendo e respiração curta. A mesma dança, o mesmo movimento, o jeito normal de um condenado. Ou de alguém preso para sempre com seus demônios. Não importa, qualquer metáfora cruel combina com minha amarga vida.

Mãos fantasmas agarraram meu braço e me guiaram para a cama. O sorriso falso e cruel continuava em seu rosto, mesmo enquanto ela pegava as tiras de couros e prendia meus pulsos e tornozelos. Seu toque tentava ser delicado, mas tudo que eu sentia era as garras de um demônio cruel.

– Está machucando? - ela perguntou com - falsa, falsa, tão tremendamente falsa...- preocupação. Não respondi. Sim, estava machucando, mas eu não era inocente para acreditar que isso iria acabar se eu falasse.

Um suspiro cansando e a enfermeira sumia para pegar os remédios. Me remexi minimamente, virando a cabeça para tentar olhar pela janela. Eu não conseguia ver direito, mas não duvidava de que aquele homem ainda devia estar lá. Esperando para fazer algo comigo, o quê eu não sei. Apenas sei que se ele me pegar, será meu fim.

A mão fantasma estava de volta, agora em minha nuca levantando minha cabeça. Um pequeno copo foi forçado em meu rosto e comprimidos azuis desceram por minha garganta. Um mínimo copo de água seguiu rapidamente. Engasguei com a entrada forçada de algo em meu organismo. A enfermeira bateu com força em minhas costa em uma tentativa de ajudar e soltou bruscamente minha cabeça.

–Agora, agora. Apenas fique calma, docinho. Estará em seu mundo de sonhos em segundos. - o murmurou com a voz suave, soou como unhas em um quadro negro nos meus ouvidos. A enfermeira saiu do quarto com passos alegres e eu fiquei presa lá, pronta para encarar monstros piores do que os que me observavam pela janela.

5...

Era uma contagem de cinco segundos, antes que eu apagasse. Antes que pesadelos horríveis, com monstros e seres enormes e cruéis me assombrassem.

...4...

Eram segundos cruéis. Pequenos pedaços de tempo que me permitiam sofrer. Gritando em minha mente, as vozes do meu pesadelo pessoal.

...3...

O que me observava da janela era mau. Cruel? Sim. Tentaria me destruir se me encontrasse? Com certeza. Era pior do que os que me esperavam dentro dessas paredes? Nunca.

...2...

Mantenha a calma. Tudo fica pior quanto se estressa. Feche os olhos e respire. Não lute, controle si mesma. Não há ninguém para te salvar, lembre-se disso. Então do que adianta se estressar? Apenas aceite.

...1...

Você nunca saíra desse pesadelo. Eternamente com medo. A jaula sempre fechada, até o dia de sua morte.

...E tudo escurece. Fazendo assim os monstros sumirem e os demônios entrarem.


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