Passado Obscuro escrita por LeitoraApaixonada


Capítulo 15
Capítulo 14 - Tendo uma DR


Notas iniciais do capítulo

Heeey Cupcaaakes!! Como vão??

Então primeiramente eu queria agradecer os comentários do cap anterior. Sério, amo demaaais todas vocês que comentam. Esse cap é dedicado as minhas leitoras: Bruna; mjulia; Anna Katharina; Lady Herondale; CatarinaSimao; thaisbarb!!

PS: Leiam as NOTAS FINAIS, vai ter um aviso importante.

Musica do CAP: Maroon 5 - Maps
Beijooooocas!!



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– Policia! – alguém com a voz grossa localizado na esquina da rua grita em plenos pulmões. As pessoas se empurram e o meu plano de voltar até o Fusca calmamente vai para o buraco. Se com calmamente eu quis dizer cair de cara no chão e ser pisada por alguns pés, beleza. Mas como não foi isso que eu pensei...

– Levanta logo! – grita Andrew atrás de mim, puxando o meu pulso com força. Com isso acordo do transe e me levanto. – Vamos!

Eu não deveria, sei disso. Não deveria seguir esse idiota, não deveria ter vindo e não deveria ter desobedecido a uma ordem de meu pai. Mas, agora que tudo isso já aconteceu, também não devo ser pega pela polícia. E a minha única chance se chama Andrew Taylor. Então o sigo.

– Aonde vamos?! – Andrew segue no meio da rua e eu o perco de vista varias vezes. Não ouvi a resposta e acabo parando de andar. Onde ele se meteu? Estava aqui...

– Jane! – um grito em meu nome faz que eu levante a cabeça para a direita. Andrew está parado em frente ao Fusca e indica a porta do passageiro para mim. Sem dizer uma palavra jogo a chave do carro para ele e entro do lado do passageiro.

– Se você planeja ter o Fusca como um carro de fuga pode esquecer! – eu falo assim que ele fecha a sua porta. Andrew me ignora e gira a chave da ignição. Com um tranco o carro funciona e sai numa velocidade que eu nunca pensei ver o Fusca andando. –Não é melhor a gente se esconder ou alguma coisa assim?

– Cala a boca Jane! Você nunca fugiu de policiais, certo?! Então, uma novidade: Eu já e sei como funciona. – Andrew responde rispidamente procurando algo em seu bolso. Tira o maço de cigarro de lá e acende um com facilidade, usando seu isqueiro preto de caveira.

– Você não vai fumar no meu carro! – exclamo dando um tapa consideravelmente forte em seu ombro. Ele nem se mexe. Se meu pai entra no Fusca e sente o cheiro de cigarro estou morta.

– Pare de reclamar! Eu podia ter te deixado lá sozinha. – sua voz vacila um pouco e eu sinto o cheiro de cigarro se misturar com o de cerveja.

– Você está bêbado? Está dirigindo o meu carro bêbado?! – falo com a voz alta. O Fusca está a 80 km por hora e Andrew não tira o olhar da estrada por se quer um segundo. Com a capota aberta meu cabelo voa para todos os lados. O cigarro está preso entre os seus lábios. Nós viramos para a direita em alta velocidade.

– Pare de falar Jane! – ele xinga baixinho, colocando a mão na temporã esquerda. Viramos à esquerda e depois à direita novamente. Ainda consigo ouvir uma sirene ao longe e isso me faz lembrar a morte de minha mãe. Começo a ficar enjoada.

– Eu não vou parar de falar, ok? – grito apontando para mim mesma. – Esse carro é meu e você não vai mandar em uma coisa minha, então pare já essa merda!

– Porra! – ele bate no volante com os punhos cerrados. Quando grita isso prendo a respiração. Sua voz está muito irritada, como eu nunca vi antes. Ele acelera mais e vira novamente à esquerda. – Merda!

Andrew freia o Fusca e estaciona atrás de um carro vermelho. A raiva dele está estampada em tudo. No cigarro em sua boca, no seu olhar, em tudo. O carro é desligado.

– Deixa que eu dirijo. – ofereço com a voz mais calma. Não quero experimentar gritar com ele novamente. – Passa pra cá.

– Não vou deixar você dirigir, merda! – ele reclama desviando o seu olhar da frente do carro para os meus olhos. O azul mar está escuro agora, mais acinzentado. Ele da uma tragada no cigarro.

– Ok Andrew! – bato as mãos nas coxas. Ele me lança um olhar mortal. – Não me olhe assim, não tenho culpa do que você e seus amiguinhos estavam fazendo.

– Você tem culpa de tudo! Sabe o que eu acabei de fazer?! – ele aponta para si próprio. Respira antes de continuar. – Eles vão localizar o meu carro, que deixei no local da corrida. Amanha de manha no máximo vou receber uma visitinha da policia e meu pai vai me matar.

Encosto no banco branco do Fusca pela primeira vez na noite. Andrew acabou de, praticamente, perder o seu carro para me salvar.

– Isso não justifica você fumando aqui. – com um sorriso lateral aponto o dedo para o cigarro que ele segura, tentando amenizar o clima. Andrew faz um som de protesto, mas acaba jogando o cigarro no lixo.

– Pronto, madame. – eu reviro os olhos, mas agradeço por parar de gritar com ele um pouco. – Agora pode me explicar o que estava fazendo lá?

– Quem pediu para eu ir foi você! Para fazer o trabalho! – me explico tentando ouvir algum sinal da sirene. Nada. – Não se lembra?

– Achei que você não fosse corajosa o suficiente para fugir de casa. – ele conclui dando os ombros. Mas... Eu nunca falei pra ele que eu fugi de casa.

– Como sabe que eu fugi de casa?

– Logicamente você iria ficar de castigo depois daquela linda dancinha no refeitório. – Andrew sorri pela primeira vez. Um sorriso aberto, com todos os dentes.

– Vocês me pagam, pode ter certeza. – concluo pensando que terei que arrumar alguma travessura para aprontar com os meus amigos. De repente lembro-me que o idiota ao meu lado não ajudou na limpeza do refeitório. – Por que não foi ajudar a gente a limpar a bagunça que você causou?

– O mico não era meu. E quem disse que eu comecei a guerra? – conclui olhando para frente, na rua. – Acha que já podemos ir? Preciso falar com o chefe da corrida para receber o meu premio de vencedor.

– Não tente mudar de assunto! Já percebeu que tudo o que tem a ver com você tem a palavra “confusão” metida no meio? – pergunto fazendo aspas no ar.

– É. Mas mesmo assim você continua por perto. – ele se vira e me manda um daqueles olhares sedutores que fazem as minhas pernas tremerem. Sorte que estou sentada.

– Andrew, pare de dar em cima de mim! – reclamo franzindo a testa. – Se quer realmente que eu pense na possibilidade da gente ser, pelo menos, amigos, cresça. E se quer que eu pense em gostar de você pare de beijar garotas por ai!

Ok, não foi uma desculpa muito boa.

– Quer que eu pare de beijar garotas? – ele pergunta com um ar sarcástico. – Puff! Então peça para aquele seu amiginho parar de tentar te beijar!

– Amiguinho? – demoro um pouco para raciocinar e perceber que ele fala de Ian. – Ian não me beijou! O Sr.O chegou antes.

– Ainda bem que alguém muito inteligente o chamou. – faz a observação. Andrew fala do tal alguém como se...

– Foi você que chamou o Sr.O e nos denunciou?! – pergunto incrédula. Ele dá os ombros sorrindo de lado e assente levemente com a cabeça. – Como foi capaz? Não sabia que eu iria me ferrar?

– Claro que sabia. Mas sabia que o Ian também ia. – ele se arruma no banco e faz a menção de girar a chave da ignição. Pego-a antes. – Ahm, qual é! Dá aqui a chave, Jane.

– Não! Você me ferrou e por isso não posso... – me corto. Não posso contar a Andrew sobre Bob, Julian e o segredo que há na minha família.

– Não quero saber, Jane. Aquilo foi para o seu bem, ok? Ian é um cafajeste, até mais que eu, só está disfarçando. – fala levantando as sobrancelhas.

– Vai dizer que a única coisa que Ian quer é me levar pra cama? Porque se for isso prefiro ir com ele a ir com você!

– Ok pare já com isso antes que...

– Antes que, o que? – o policial do lado de fora do carro pergunta. Eu e Andrew nos assustamos, literalmente. Eu dou um pulo e acabo batendo a cabeça e Andrew esbarra na buzina, fazendo com que ela soasse de leve. Ele limpa a garganta.

– Boa noite policial. – fala Andrew com a voz séria. F-E-R-O-U! – Eu e minha namorada só estamos tendo uma DR.

– DR? – o policial pergunta segurando nas bordas do cinto da sua calça. Está escuro, mas consigo ver que o homem parado do lado de fora do Fusca é alto e musculoso. Por volta dos quarenta anos e cabelos escuros.

– Discussão de Relação. – conclui Andrew. Vejo que ele mantém a cabeça baixa e nunca fala diretamente para o rosto do policial, possivelmente para que o seu bafo de cerveja não seja sentido.

– Documentos do carro, por favor. – ele pede. Abro o porta luvas e agradeço o meu pai por ter colocado uma copia de todos os documentos lá. Entrego ao policial. – Uhmm... Jane Morgan, é você?

– Sim senhor. – respondo já pegando a minha identidade. Ele olha para Andrew.

– Seus documentos, rapaz. – Andrew mexe na carteira e pega uma identidade. Entrega para o policial. – Certo. Logan Price, um belo nome.

– Obrigada. – Andrew responde. Seguro-me para não ficar boquiaberta. Claro, ele tinha que ter uma identidade falsa.

– O pai dela sabe que estão aqui tendo “uma DR” as 11:47 da noite? Ou que está com um cara de 22 anos? – pergunta coçando a barba e entregando todos os documentos de volta. Andrew passa fácil por um cara de 22 anos por causa da altura e da barba.

– Sim senhor. – Andrew responde antes que eu.

– Quero uma prova. Ligue para ele. – conclui o policial. Gelo no lugar que estou sentada, mas Andrew apenas dá os ombros e pega o celular, que está no bolso de trás da calça.

– Alô?... Sim Sr.Morgan, tudo bem... Não, não, Jane está ótima... É que um policial nos parou e quer saber se Jane tem autorização para ficar até a essa hora na rua comigo... Tá, tudo bem... – Andrew tira o celular do ouvido e passa para o policial. – Ele quer falar com o senhor.

– Alô?... Claro... Sim, eu entendo só que... – uma pausa grande acontece. Eu não consigo respirar durante ela e quase pulo do meu banco e grito “Eu sou culpada! Pode me prender!”. – Tudo bem Sr.Morgan...

O policial desliga o telefone e o devolve para Andrew. Depois disso, sem ao menos perceber o bafo de bebida de Andrew, deixa que continuemos nosso caminho.

– Como fez isso? – pergunto quando já estamos longe, com o carro passando pela Avenida que leva até a minha casa.

– Eu meio que tenho meus contatos. – ele declara sorrindo de lado. – Continuando nossa DR...

– Eu não quero continuar, ok? Já me decidi, não vai ter nada entre a gente em quanto você não parar de bancar o idiota.

Depois disso o silencio permanece no carro. Pergunto-me se fui muito dura com ele. Não! Ele merece tudo o que você falou! O diabinho em meu ombro direito fala com louvor. Já me dei mal por acreditar em você, então cala a boca! Respondo mentalmente.

Peço para que ele pare o Fusca antes da minha casa e ele o faz. Respiro fundo e saio do carro. Andrew me segue.

– Vai ficar com essa cara? – pergunta-me encostando-se ao Fusca.

– Na verdade, vou sim. – suspiro alto e coloco a mão na testa. – Estou brava com você, Andrew. Tudo, extremamente tudo o que você faz acaba em besteira.

– Olha Jane acho melhor a gente acabar por aqui. – Andrew conclui com as mãos nos dois bolsos da frente de sua calça. – Tipo, acabar mesmo.

Ok, eu não esperava isso. Acho que quando um cara como Andrew começa a dar em cima de você tão insistentemente, mesmo não nos dando conta, queremos que aquilo continue porque sobe a nossa autoestima. Faz que a gente se sinta valorizada.

“Dizem que você nunca sabe o que tem até que isso desapareça, mas a verdade é: Você sabia exatamente o que tinha, só nunca pensou que aquilo iria desaparecer”.

– Tudo bem. Vamos parar. – concluo assentindo com a cabeça. – Nada de falar um com o outro ou se meter em problemas que não são seus.

– Fechado. – ele responde.

– Ok. Então... Tchau.

– Tchau. – mesmo depois disso ficamos parados, nos encarando.

Pare! Pare com isso! – Meu inconsciente fala. Então viro de costas e caminho em direção a minha casa, de onde eu nunca deveria ter saído.


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Notas finais do capítulo

E ai?? Será que a Jane consegue mesmo ficar longe do Andrew???

AVISO: Gente, eu vou viajar!! Eu sei, você devem estar perguntando: E o que isso acrescenta na nossa vida? Certo??
Bom, sinto-lhes informar que não vai dar para postar todos os dias... :(
Mas, assim que eu chegar de viagem, vai ter caps extras!!! Então não se internem em um sanatório!! (Por enquanto).

Beijooocas!!



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