Passado Obscuro escrita por LeitoraApaixonada


Capítulo 14
Capítulo 13 - Porque eu sou Curiosa?


Notas iniciais do capítulo

Heeey Cupcakeees!!

Desculpem por não postar ontem,tive que ir para a casa da minha tia pra um jantar de família chatoooo...Mas enfim, estamos aqui né?!

Musica do CAP: The Wanted - Show me Love.
Beijoooocas!!



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Pouso no chão fazendo um certo barulho, mas nada que acorde o meu pai. Ele tem o sono pesado, mas aposto que ouviria eu ligando o carro. Decido que terei que empurrar o Fusca e liga-lo quando estiver mais longe de casa.

Na ponta dos pés vou até a entrada da casa, onde o Fusca está estacionado. A capota está aberta e, para não fazer barulho, não a fecho. Assim que destranco o carro para baixar o breque alguém limpa a garganta atrás de mim.

A primeira coisa que penso? Fudeu. Pegaram-me e agora vou ficar de castigo muito mais que uma semana.

– Aonde você pensa que vai menina? – a voz de Ginna soa e eu solto um suspira alto. Me viro e encontro a morena me olhando divertida. Reviro os olhos e caminho para mais perto dela.

Gin está de pijama e veste um roupão de cozinha para se esquentar. Faz frio essa noite e, quando falamos, um vapor sair de nossas bocas.

– Você me assustou! Pensei que fosse meu pai. – declaro com a mão no coração. Ginna cruza os braços.

– A senhorita não respondeu a minha pergunta. – ela fala autoritária. Agora vi um pouco de Sara em sua postura. – Vai lá, desembucha.

– Andrew. – falo com um nó na garganta. A morena em minha frente cai na gargalhada, perdendo o ar serio que havia conseguido. Coloco a mão em sua boca para que ela fique em silencio. – Quer me entregar?! Pare de rir! Vamos fazer o trabalho, ok?

– As 23:00 horas da noite? – ela levanta as sobrancelhas com um sorriso lateral nos lábios. – Ata, acredito.

– Vai falar com meu pai?

– Na verdade, não; – conclui com a mão no queixo, pensativa. – Até que eu apoio que você consiga um namorado, sabe. Só acho que esse Andrew é muito galinha pra você.

– Ele não vai ser o meu namorado. – falo pausadamente. Gin faz uma cara de convencida, mas sei que ela ainda está rindo por dentro. – Vem, me ajuda a empurrar o Fusca.

Gin e eu seguimos até uma distancia que eu considerei segura. Agradeci mentalmente por não ter ganhado uma Minivan ou algo do tipo, pelo peso do Fusca. Antes de se despedir Gin sussurrou “Usem camisinha” no meu ouvido. Logo depois voltou para a casa em passos lentos.

As rodas do Fusca parecem ser o único barulho na noite de São Francisco. Não ligo o radio e tento passar despercebida por todo o lugar, o que fica difícil com o motor rugindo igual um leão lá na frente, no capô.

Eu nunca havia ido até a rua onde Andrew provavelmente estava, o que me deixava um tanto apreensiva, mas coloquei no GPS do meu celular e logo estacionei o Fusca em frente a única casa cinza que eu vi nas redondezas, nas vezes que dei a volta pelo quarteirão.

Liguei pra ele.

– Cheguei. – disse assim que aquela criatura falou “Alô?”. A sua voz continuava na mesma, mas agora parecia que ele estava apressado, como se estivesse falando ao telefone em quanto dirigia, segurando o celular entre o ombro e o rosto.

– Espera mais dois segundos. – ele declara. Eu bufo e quando estou prestes a dar uma resposta atravessada para aquele imbecil ouço o ranger de um motor. Um não. Dois. Não! Três, quatro, cinco...

– Que porra é essa, Andrew?! – eu grito para tentar ser ouvida. Mas não dá, é claro. Ao longe, na rua, dá para ver diversos pares de luzes de carros vindas em minha direção em alta velocidade.

Eu saio do carro por medo do Fusca ser atingido e rumo para a calçada o mais rápido que consigo, com o celular ainda grudado no ouvido.

– Você me trouxe aqui para eu ser atropelada?! – grito o mais alto que consigo. A resposta não vem, então eu desligo na cara dele. Merda Jane! Porque você tinha que ser tão curiosa?! E tão certinha também, não é?

Os carros estão perto e meus ouvidos doem de tão alto que os motores soam. Não consigo ver Andrew em nenhum deles, mas sei que ele está por trás de algum daqueles volantes.

Na frente vem um carro amarelo, seguido por um preto e um vermelho que disputam a segunda posição. Lembro-me do carro de Andrew, um Ford Maverick, e logo percebo que ele está no carro preto. Por instinto, juro que é por instinto, começo a torcer para ele ficar na ponta da corrida. Ou pelo menos sair vivo dessa.

Andrew ultrapassa o carro vermelho e começa a fazer zig zag atrás do carro amarelo, que lidera. Faltam mais ou menos três quadras para eles chegarem aqui e só então percebo que pessoas começam a sair das casas em volta de mim. Milhares de pessoas.

Elas não entram na rua, o que faz as calçadas dos dois lados ficarem cheias e que eu fique apertada entre dois caras que eu nunca vi na vida. Um deles tem um piercing no nariz do tamanho do brinco de Ginna e os olhos maquiados de preto. O outro é cheio de tatuagens, até nas pálpebras dos olhos. Sorte minha que eles estão concentrados demais na corrida.

A única que vai até o meio da rua é uma menina de cabelo rosa que tem o short menor que o meu biquíni e a blusa mais chamativa do que um outdoor em neon. Ela carrega uma daquelas bandeiras de chegada que usam-se em corridas profissionais na mão direita.

O cheiro em minha volta faz minhas pernas bambearem e minha visão ficar turva por um momento. Maconha e cerveja barata, com toda a certeza.

Olho em direção ao final da rua e vejo que o carro amarelo começa a querer bater no carro de Andrew. Seguro o anjo em meu colar o apertando o máximo que consigo. Eles estão lado a lado, ficando apertados nas pistas recém-asfaltadas.

– Acaba isso logo porra! – um cara alto grita lá da frente da calçada. Ele sabe muito bem que não pode ser ouvido, mas acho que isso funciona, pois Andrew atende o seu recado.

Ele joga o Ford Maverick para cima do carro amarelo sem a menor dó e acelera com tudo. O carro vermelho toma a ponta por alguns segundo mais logo Andrew bate nele também, o que faz um barulho horrível, e toma a ponta. Quando vai ultrapassar a linha de chegada desliza o carro, fazendo graça para os perdedores.

As pessoas comemoram e invadem a rua, me empurrando para ir também. Fico na ponta dos pés para tentar enxergar alguma coisa, qualquer coisa, mais não adianta.

Logo ouço uma porta sendo fechada e, por exclusão, penso ser a do carro de Andrew. Uso o meu tamanho pequeno a meu favor e passo por baixo de todos, pedindo varias licenças que são ignoradas.

Mas eu chego lá na frente. E chego a tempo de ver Andrew agarrando a menina de cabelo rosa que estava com a bandeira na mão e lhe dando um beijo cheio de pegada, o que faz as pessoas chiarem. Quando o beijo acaba ele ergue a mão e dá uma apalpada, isso mesmo que você leu, uma apalpada na bunda dela.

Assim que acaba de fazer isso passa os olhos pela multidão com aquele sorriso e finalmente me vê. Sinceramente não faço a menor ideia de que cara eu fiz quando ele prendeu seu olhar no meu. A única coisa que deu tempo de pensar foi que, no final das contas, o anjinho que fica no meu ombro esquerdo tinha razão. E a única coisa que deu tempo de fazer foi virar os calcanhares e andar de volta ao Fusca.


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Notas finais do capítulo

Visshhh!! Decepcionadas com o Andrew???

Beijooocas!!E até amanha!!



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