Mean escrita por Lady Allen


Capítulo 2
She's Beautiful


Notas iniciais do capítulo

Desisto, está um saco esses problemas quando não somem todos os travessões as notas nunca querem ficar.¬ ¬' Deixei as notas acima do BC. Desculpem o incomodo.



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Heey ♥ Quero muito agradecer á: Anne Caroline Granger Malfoy, Miller, Grazi_chan, Evil Queen, AnnaLongbottom & Blue Black. Obrigada por estarem aqui e por terem comentado (& a Blue mandado MP rssrs). Sei que o Prólogo foi meio confuso, esse capítulo pode até ser também porque eu ainda não posso contar quem são os verdadeiros pais de Hermione. Estamos começando a história com esse capítulo, o prólogo foi só um resuminho de tudo. Começando por 1997 entenderemos o quanto Hermione tem motivos para ser cruel. Tenham uma boa leitura.

19/09/1997

Gritos de dor.

Uma mulher gritava sentindo as contrações de seu parto, a criança estava agoniada para sair.

O enfermeiro colocou a grávida na maca, ela colocou a mão sob a barriga e olhou para o homem ao seu lado.

— Eu te amo. –Sussurrou entre um gemido e outro.

— Também amo você. – Beijou a testa da mulher.

A grávida era uma mulher simplesmente linda, sem exageros, o cabelo preto rebelde cheio de cachos estava espalhado pela maca, a pele branca como a neve, sua boca com um tom rosado e seus olhos castanhos. Ela era quase perfeita.O homem ao qual ela havia declarado amar, também era bonito e atraente. Estatura alta, olhos negros, pele pálida, terno e gravata.

Ele colocou a mão na cabeça ao ver a mulher adentrar na sala de parto. A preocupação estava estampada em seu rosto, sabia que a gravidez de sua esposa havia sido conturbada, ela tinha pressão alta e problema de coração, dia sim e dia não eles estavam no pronto socorro. O parto era perigoso.

— O senhor não quer acompanhar? – A enfermeira parou frente á ele.

— Posso? – Perguntou.

— Claro que sim, me acompanhe. – Começou a andar.

Ele caminhou pelos corredores enormes que pareciam não ter fim. A enfermeira abriu uma porta, ele entrou e vestiu uma roupa apropriada.Foi levado até a sala de cirurgia, antes que chegasse perto da porta já conseguia ouvir os gritos de dor da mulher.

Entrou, caminhou até ela e agarrou a mão dela como se jamais quisesse soltá-la.

— Me prometa que se eu não aguentar você vai criá-la bem e que se tiver que escolher entre mim e ela, você irá escolher a criança. – Encarou-o chorando.

— Eu lhe prometo que nós voltaremos para casa todos juntos, eu, você e ela. – Lutava contra as lágrimas.

— Senhora faça força, ela está vindo. – O médico pediu.

Ela o fez, o máximo que pôde. A mulher fechou os olhos, segurou ainda mais forte a mão do esposo, seus dedos atrofiaram da dor. Gritava fora de seus pulmões.

Um choro ecoou pela sala.

O médico trouxe a garotinha ainda suja, colocou-a perto do alcance de sua mãe. Ela era simplesmente linda. Sua pele branca como um floco de neve dançando pelo céu no inverno, os olhinhos ainda fechados, sua cabeça cheia de fios acastanhados.

— Ela é linda. – A mulher disse.

Mas antes que pudesse tocá-la, sentiu como se alguém a sufocasse, sentiu uma pontada forte em seu peito, o polar começou a mudar, suas linhas começaram a cair.

— Não feche os olhos. – O homem pedia desesperadamente.

— Olhe para mim senhora, tem que abrir os olhos. – Uma das enfermeiras berrava. – A garotinha precisa de você, precisa do seu leite, do seu amor, da sua presença. Não feche os olhos, lute. – Gritava.

— Cuide dela. – A mulher pediu ao esposo.

— Desfibrilador. – Outro médico pediu.

— Uma. – Um enfermeiro usou. – Duas. – A segunda tentativa. – Três. – Gritou sem esperanças.

Ela não reagia.

— Por favor, como eu vou cria-la sozinho? – O esposo chorou ao seu lado.

O peito antes inerte voltou a subir e descer devagar.

— Ela está viva. – O enfermeiro comemorou.

— Leve-a para a UTI e encube a menina. – Um médico ordenou.

E isso foi feito.

Alguns dias depois depois…

A mulher continuava desacordada, a garota estava bem e o homem não dormia direito á dias.

Ele sentou na cadeira ao lado da cama, ficou encarando a esposa dormindo, assim como havia feito á dias.

Ela abriu os olhos devagar, ele correu até ela e selou-a.

— Cadê ela? – Perguntou.

— No berçário, ela vai ter alta amanhã. – Avisou. – Fique quieta, eu vou chamar o médico. – disse e saiu do quarto.

Quando ele saiu ouviu um burburinho incomodativo nos corredores, enfermeiros e guardas corriam de um lado para o outro, alguns com as mãos na cabeça.

— O que está acontecendo? – Perguntou á um dos médicos que haviam feito o parto.

— Nós precisaremos que o senhor fique bem calmo. – Pediu.

— O que aconteceu com a minha filha? – Perguntou angustiado.

— A menina sumiu do berçário, já estamos verificando as câmeras. – Disse assustado.

— Vocês perderam minha filha? – Questionou indignado. –Minha esposa quase morreu naquele parto! – Gritou furioso.

— Nós iremos acha-la. – Disse, procurando acalmar o homem.

— Quem a levou? – Perguntou o mesmo, tentando conter a raiva.

— Suspeitamos que tenha sido uma das enfermeiras do hospital. – Disse.

— Ele também não está aqui. – Uma enfermeira chegou ofegante, estava correndo.

— Ele quem? - O homem perguntou á ela.

— O marido da suspeita, ele é médico. – Respondeu.

— Um médico e uma enfermeira roubaram minha filha? – Deu um murro na parede, a raiva o consumia.

— Ela não pode ter filhos. – A enfermeira abaixou a cabeça.

— Eu exijo que os achem! – Vociferou na direção do médico. – Eu vou processar esse lugar! – Avisou. – E a minha esposa acordou do coma. – Disse e saiu andando rápido.

— Como dará a notícia á ela? – A enfermeira perguntou tentando acompanhá-lo.

— Direi a verdade. – Disse.

Ele entrou no quarto, colocou a mão apoiada na cama, seus olhos cheios de lágrimas, estava tremendo.

— O que aconteceu? – Ela perguntou.

Ele contou a ela sobre o acontecido, ela pôs-se a chorar desesperadamente, gritava descontrolada, se debatia e negava-se a entender como aquilo estava acontecendo com ela.Os enfermeiros vieram e sedaram a mulher antes que ela se machuca se. O esposo saiu do quarto e tirou do bolso uma pulseirinha de ouro que tinha um nome.

Helena.

Dias depois não haviam achado a menina, a mulher foi diagnosticada com depressão e ele achou melhor levá-la para uma casa de apoio á pessoas depressivas.

Ele estava sozinho novamente.

Abriu a porta do quarto da menina, tudo estava em seu lugar, assim como sua esposa havia deixado. Ela havia planejado cada mínimo detalhe, desde o piso até a janela. O quarto todo rosa bebê, cheios de adesivos, o papel de parede de ursinhos e o nome da menina talhado na plaquinha que estava na porta.

Mas elas não estavam lá, ele não havia cumprido o prometido.

Ele tinha consciência que sua esposa poderia até mesmo morrer de tanto desgosto, sabia o quanto ela havia sofrido e o quanto havia esperado para finalmente conseguir ser mãe. Ela era a única luz em sua vida e agora sabia que sua luz havia se apagado, sua esposa havia se tornado escuridão e que apesar da pequena esperança existente em seu peito, talvez jamais fossem reencontrar a pequena menina arrancada dos seus pais ainda recém nascida.

Mas tinha uma certeza dentro de seu coração, talvez nunca a encontrassem, mas jamais em nenhuma hipótese deixaria de procurá-la.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha dado para entender, logo eu prometo que vou poder usar os nomes dos personagens e vai melhor viu?! É que ainda é segredo. Comentem&Favoritem :3