Mean escrita por Lady Allen


Capítulo 3
Hermione's Life


Notas iniciais do capítulo

Heey Loves



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As notas não querem ficar lá em cima:
"Quero agradecer imensamente á todos os leitores que comentaram o capítulo anterior & dedicar o capítulo á: laissankari2, Miss Potter Valdez, Laura V, Stella Malfoy, Victoriah, Bia Potter Jackson, Lu, Laura, Lucy MB, Melissa Monteith & Baratheon (Minha Evil Queen ♥) & Anne Caroline Granger Malfoy, Miller, Grazi_chan(Cadê tu?), Evil Queen, AnnaLongbottom & Blue Black. Amo vocês ♥ Só para avisar: Esse capítulo é triste. "

A enfermeira entrou no carro, o esposo ao seu lado. Ela tocou o rosto da menininha.

–Você vai ser muito feliz minha pequena. –Disse.

–Só você para me fazer cometer uma loucura dessas. –O homem pronunciou-se.

–Mas você bem que gostou dela quando a tirou da sala de parto. –Sorriu para ele.

–A mãe dela não merecia isso. –Fechou os olhos.

–E eu mereço não conseguir ser mãe? –Perguntou.

–Precisamos ir embora desse país. –Avisou.

–Não, nós vamos morar em um bairro bem afastado, onde pessoas bem mais humildes que nós moram e ninguém irá nos achar lá. –Disse.

–Você está louca. –Acusou.

–Eu já preparei tudo, o endereço está no porta luvas. –Disse.

–Não temos mais nada á perder. –Suspirou pesadamente.

–Ali estão os nossos novos documentos, você vai deixar seu cabelo e barba crescerem, vai tirar as lentes e usar o óculos que está lá. –Disse.

–Você planejou tudo mesmo. –Disse surpreso.

–Seremos felizes. –Garantiu. –Eu, você e Hermione. –Disse.

–Hermione? –Olhou para ela.

–Vem do grego e significa “Aquela que oculta”. –Sorriu.

–Faremos dela uma garota muito feliz. –Olhou para a esposa.

–Teremos que fazer. –Sorriu ainda mais. –Agora eu sou mãe. –Comemorou.

Um mês depois...

–Manda essa garota calar a boca. –O homem gritou furioso.

–Ela não entende, é um bebê. –Gritou de volta.

–Então vai entender assim. –Levantou furioso.

Pegou a bebê pelo braço e sacudiu bruscamente.

–Cala a droga da boca bebê idiota. –Gritava.

–Pare com isso. –A mulher pediu.

O homem jogou a menina no berço e caminhou até ela, estava fora de si. Ele desferiu um tapa no rosto da esposa e empurrou-a contra a parede.

–Você me fez perder tudo. –Acusou. –Minha vida foi perdida e agora vocês vão sofrer as consequências. –Deu outro tapa.

Ela levantou as mãos e colocou-as sobre a cabeça.

–Deixe de drama, você é minha esposa e eu faço com você o que eu quiser. –Gritou. –Vá procurar alguma coisa para fazer e leve essa criança chorona com você. –Virou-se de costas.

Ela o fez.

Um ano depois...

A mulher que um dia havia sido enfermeira agora era dona de casa, o homem que havia sido um médico agora era um bêbado desempregado e violento.

Ela esperou que ele saísse para beber, arrumou uma mala com as coisas dela e da menina, pegou uma mochila e colocou comida, uma bolsa com os documentos e dinheiro que havia juntado. Vestiu e a menina e fugiu de casa.

Elas estavam na rodoviária prestes á subir para o ônibus, quase libertas do sofrimento.

–Pode parar onde você está. –Gritou o bêbado.

Ela tentou correr, mas ele agarrou na menina e saiu correndo com a garota, ela não tinha alternativa senão voltar.

Quando ela chegou na rua da casa ele estava gritando com os vizinhos, a menina estava nos braços de uma vizinha e chorava.

Ele caminhou até ela e puxou-a pelos cabelos gritando com ela e xingando-a.

–Pare com isso. –Pediu.

Ele a jogou dentro da casa, bateu a porta atrás de si e começou a bater nela. Ela gritava desesperada pedindo ajuda.

Os vizinhos esmurravam a porta, ele batia ainda mais nela.

Ela estava quase sem força jogada no chão, ele chutou a barriga dela e os vizinhos conseguiram entrar.

–Vamos embora daqui. –A vizinha pediu á ela. –Nós iremos de ajudar. –Disse.

–Se você sair por aquela porta eu ferro com a sua vida e você sabe que eu posso. –O homem ameaçou.

–Pode ir, eu me viro com ele. –Disse.

Naquele dia ele havia feito sua vida um inferno, havia feito com que ela fizesse coisas que não queria e ele ainda bateu na pequena Hermione de um ano de idade.

Ele era um monstro.

Dois anos depois...

Nada havia mudado, Hermione estava com três anos e sua vida só piorava a cada dia.

Sua mãe cuidava da casa e trabalhava de empregada, o pai estava ainda mais bêbado e cada dia batia mais nela e na mãe.

Uma das patroas de sua mãe era diretora de uma escola.

–Querida sente-se aqui. –A patroa pediu. –Você estuda? –Perguntou á pequena. –Ela balançou a cabeça negativamente. –Quer estudar? –Perguntou.

–Eu não tenho condições e meu esposo não quer que ela estude. –A mulher disse.

–Se você deixar eu a matriculo na escola que trabalho como bolsista e ele não precisará saber disso. –Disse.

A empregada sorriu e abraçou a menina.

–Você quer meu amor? –Perguntou.

–Quero mamãe. –Respondeu.

–Amanhã levo os documentos e a matriculo, segunda ela começa. –Avisou.

–Obrigada. –A empregada agradeceu.

Na segunda feira Hermione entrou na escola, ela estava tímida, seu cabelo solto e cheio, sua farda estava impecável, mas seu corpo estava com acumulo de lodo, todos a olhavam de canto.

–Quem é você? –Uma garotinha loira parou em frente á ela.

A diferença entre as duas era evidente, a loira tinha os cabelos longos lisos, seus olhos azuis brilhavam, usava gloss nos lábios, sua pele impecável.

–Eu sou Hermione... –Tentou falar.

–Deixe-a Anne, ela não é como nós. –Uma garotinha morena puxou a loira.

–Olá. –A ruiva cumprimentou.

–Hey! Venha para cá. –A loira chamou a ruiva. –Pessoas como nós não se juntam com pessoas como ela. –Disse.

Hermione abaixou a cabeça, cruzou os braços e caminhou até o banheiro, fechou a porta e começou a chorar.

Como ela havia pensado que poderia ser feliz em um lugar como aquele? Como ela conseguiu um dia imaginar que podia ser feliz?

Perguntava-se incessantemente.

Ela limpou as lágrimas, estava pronta para dizer a diretora que queria ir embora e jamais voltar.

–Querida o que está fazendo aqui? –A diretora abriu a porta.

–Eles não gostam de mim, ela disse que pessoas como eles não se misturam com pessoas como eu. –Disse chorando.

–Deixe eu lhe contar uma pequena coisa, minha pequena. –Pegou-a no colo. –Eu posso lhe dizer uma coisa minha querida, eu nasci pobre como você, sofri tanto quanto você sofreu, eu não tinha o que comer ou onde dormir, eu morava nas ruas. –Começou. –Um dia uma boa mulher humilde me pegou para criar, me colocou nessa escola e se esforçou para pagar as mensalidades, eu terminei os meus estudos, fui para a universidade e consegui dar á ela em seus últimos anos uma boa vida. –Sorriu para ela. –Por tanto, não existe pessoas como eles e pessoas como nós. Todos somos iguais. –Limpou as lágrimas da menininha. –Prometa-me que vai estudar, que vai se esforçar e vai cuidar da sua mãe até o último dia dela. –Pediu.

–Prometo professora Mcgonagall. –Sorriu para mulher.

–Aguente tudo o que estiver vindo por aí. –Aconselhou. –Um dia as coisas mudarão pequena e tudo quanto você sofrer hoje, aprenderá amanhã. Sempre use sua inteligência, sua astúcia, sua coragem e seu orgulho, nunca deixe que nada te derrube, nem mesmo o amor. –Acariciou o rosto dela.

–Como assim? -Perguntou.

–Ah querida! -Suspirou. –O amor é um caminho perigoso, ou ele é a maior fortaleza de alguém ou a maior fraqueza. –Disse. –Lembre-se de grandes nomes de heróis da história que caíram por amor. –Procurou algo na mente. –Por exemplo Sansão, forte e temente á Deus, mas caiu nas armadilhas do amor e Dalila tornou-se sua maior fraqueza e por ela ele caiu. Nunca caia por amor Hermione, é loucura. –Saiu andando. –Venha, você tem aula. –Pegou na mãe da pequena.

A diretora estava certa porque ela mesmo pequena tinha muita maturidade para entender as coisas, e assim como Sansão amou Dalila e sofreu, sua mãe amava seu pai mesmo ele sendo um bêbado maluco. Ela jamais chegaria a sentir algo assim por ninguém.

E a mulher sábia tinha ainda mais razão quando dizia que grandes heróis caíram por amor. E uma frase começou a ecoar na cabeça da pequena.

“Nunca caia por amor Hermione, é loucura”

Ela não o faria.

Quando entrou na sala viu um garotinho loiro de olhos azuis misteriosos a olhando, ele caminhou até ela.

–Venha se ficar aí elas passam por cima de você. –Estendeu a mão e ela pegou.

Ele a fez sentar e quando ela o fez um barulho de gases ecoou pela sala, ele não havia sido gentil com ela, havia a humilhado na frente de todos.

–Não é nada pessoal. –Passou rindo.

Ali ela teve a certeza que vida escolar seria tão ruim quanto sua vida familiar.

Ela levantou um pouquinho o olhar e pôde visualizar o garoto do outro lado da sala brincando com carrinhos.

Havia algo nele que era tão bonito. Não eram seus olhos azuis acinzentados, ou seu sorriso cheio de ego, ou até mesmo seu jeito de caminhar superior. Era algo mais, algo que ela não sabia e tentava inconscientemente descobrir.

O olhar arrependido em seus olhos mostravam quão frágeis são seus disfarces, ele parecia o tipo de pessoa que mentiria sem pensar duas vezes, que machucaria alguém mesmo sem querer, apenas para manter seu porte de garoto marrento.

Hermione era adulta demais para sua pouca idade, estava prestes á completar quatro anos, mas já havia sofrido mais que muita gente de trinta.

Seus olhos ardiam ao pensar que quando chegasse á sua casa certamente seu pai gritaria com sua mãe e talvez até mesmo batesse nela, mas a sua surra estava certa, porque por algum motivo que ela não sabia ele a odiava demais, um ódio sobrenatural e sem limites.

Seus vizinhos haviam desistido de interferir nas brigas porque por algum motivo oculto sua mãe jamais abandonara seu pai. Os vizinhos olhavam torto para elas, algumas vizinhas até proibiam seus filhos de falarem com Hermione.

Havia dias que não havia o que comer e eram os dias em que o homem mais se irava e mais judiava das duas como se elas fossem um animal que tinha que obedecer cegamente á suas sádicas ideias.


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Notas finais do capítulo

AVISO: Esse capítulo ainda não foi betado. Gostaram do capítulo? Do BC? Desculpem os errinhos e/ou qualquer coisa. Próximo capítulo será: "Annabeth's Life". Quem aí concorda que a Mione sofreu muito? Deixem suas opiniões. Comentem. Favoritem :3 Xoxo da Lêeh!