'' Maybe you'll believe me when it's through
[Talvez você acreditará em mim quando isso chegar ao fim]''

Continuação

– Você tem certeza Unohana Taichou? – Renji deu um suspiro, sem querer acreditar no que estava ouvindo.

– Porque eu mentiria para vocês sobre isso? – ela fraziu o cenho e sorriu em seguida.

– Então... – Leto teve sua conclusão interrompida por vozes muito altas vindas do lado de fora da sala.

Unohana Taichou se levantou e se dirigiu para fora da sala, com os dois rapazes em seu enlaço, curiosos. Uma mulher alteava a voz para um dos shinigamis que tentava acalmá-la em vão. Ela parecia um pouco desesperada.

– Que confusão é essa? – Unohana Taichou se aproximou da mulher.

– A senhora é a responsável por aqui não? – a mulher perguntou a encarando de cima a baixo. – Eu quero ver o Zaraki, mas esse homem está tentando me impedir.

– Olha. – Renji cutucou Leto com o braço. – É aquela mulher que vimos com o Zaraki. – eles se entreolharam e tentaram prestar atenção no que diziam.

– Acalme-se senhora, ele só está cumprindo as minhas ordens. – Unohana disse serenamente. – Zaraki Tahichou não pode e nem deve receber visitas ainda.

– O que?! – a mulher parecia indignada. – Mas eu preciso vê-lo, saber como ele está.

– Não até descobrirmos o que está acontecendo com ele. – a Taichou suspirou. – Desculpe.

– Você não pode fazer isso! – ela pranteava alto.

– Acalme-se! – Unohana ergueu o tom de voz. – Isso é uma ala hospitalar, o silêncio e o respeito são regras inquebráveis aqui. E se não sabe obedecê-las, peço que se retire.

E foi o que a mulher fez. Deu meia volta e se retirou, chorando baixinho, e seguiu rapidamente até desaparecer pelo corredor. Assim que a confusão terminou, os dois rapazes se aproximaram da Taichou.

– O que aconteceu com o Zaraki Taichou? – Renji pergunta intrigado.

– Nem mesmo nós sabemos. – Unohana suspira. – Mas temos que descobrir, e logo. Por um motivo desconhecido por nós algo está fazendo com que ele perca reiatsu constantemente, o que o deixa fraco e debilitado.

– E quem era aquela mulher? – Leto pergunta pensativo.

– Ah, aquela é uma antiga namorada dele. – ela responde. – Ela estava desaparecida há alguns anos, mas parece que retornou.

– Sabe me dizer a quanto tempo Unohana Taichou? – o moreno indagou a mulher outra vez.

– O que é isso? Um interrogatório? – ela disse sorrindo serenamente. – Acho que um pouco mais de uma semana.

Um silêncio surge, aonde Leto permanece paralizado, olhando fixamente para um ponto qualquer, pensando. Renji e a Taichou olhavam para ele sem entender.

– Ei, ta dormindo em pé? – Renji cutuca o outro, despertando-o de seus devaneios.

– Renji...Você não percebe? – ele puxa o ruivo para mais próximo de onde está. – Essa mulher que está com o Zaraki, ela apareceu no mesmo período que Hisana.

– Tá, aonde você quer chegar? – Abarai franziu o cenho tentando seguir o raciocínio rápido de Leto.

Os dois são tirados de sues devaneios ao ver uma movimentação repentina pelos corredores do hospital. Rapidamente alguns shinigamis trazem um homem na maca, todo entubado, diretamente para uma das salas. Atrás deles seguia uma moça em prantos. Ao observar aquela cena Leto não se conteve e caminhou em direção á mulher.

– O que aconteceu com a senhorita? – Leto perguntou, como se fizesse parte de todas aquelas pessoas entrando e saindo rapidamente do quarto, prestando assistência ao homem.

– É o Shunsui. – ela enxugava as lagrimas, tentando se controlar. – Ele disse que estava sentindo uma fraqueza estranha, e de repente ele desmaiou.

– E a senhorita é o que dele? – Leto perguntou seriamente.

– Nós somos namorados.

– Ah é? – ele perguntou espontaneamente. – Não sabia que o Kyourako Taichou tinha namorada.

– É um relacionamento antigo sabe. – ela explicava convincentemente. – O destino nos separou, mas eu finalmente consegui voltar para o meu lugar.

– Então você está aqui a pouco tempo?

– Um pouco mais de uma semana. – Ao ouvir isso, ele ficou estático, perdido em pensamentos. – V-você está bem?

– Sim. – ele respondeu voltando a si. – Não se preocupe, vamos cuidar de tudo. – ele disfarçou. – Com licença. – e saiu em seguida.

Caminhou até Renji com rapidez, pegando o outro pela roupa na intenção de sair dali o mais rápido possível. Quando se encontravam quase na saída do esquadrão, leto suspirou aliviado.

– O que aconteceu lá Leto? A gente saiu praticamente correndo. – Renji chamou a atenção do outro. – E ainda tem aquele papo estranho que você tava me falando.

– Temos um padrão aqui, Renji. Essas mulheres surgiram no mesmo período de tempo que a Hisana. E todos os homens que estavam com elas adoeceram ao mesmo tempo. – Leto concluiu.

– Você acha que eles podem estar relacionados? – o ruivo coçou a cabeça, pensando.

– É o que parece. Apenas eles ficaram doentes, não pode ser uma mera coincidência. E ainda temos que pensar no fato de que essa doença pode estar sendo induzida por elas próprias.

– Você realmente acha que elas podem estar fazendo isso?! – Renji exclamou. – Por que elas fariam isso com os homens que amam?

– Isso eu não sei. Mas sei um jeito da gente descobrir se aquela é a verdadeira Hisana. – ele encarou o ruivo. – E faremos isso amanhã.