The Other Side escrita por Kuchiki Gaby


Capítulo 11
10. Eu posso provar meus sentimentos por você?


Notas iniciais do capítulo

É isso gente, estamos quase chegando ao fim, e vocês farão descobertas surpreendentes ;)
Boa Leitura!
P.S: Recadinho nas notas finais



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'' Can I prove my feelings for you?
[Eu posso provar meus sentimentos por você?]

We've got to know straight on through
[Saberemos prosseguir até o fim]''

Aquele dia passou rápido no esquadrão apesar de pouco movimentado. Talvez fosse porque Renji estivesse gastando esse tempo pensando no que Leto poderia estar tramando. Estava ansioso e ao mesmo tempo preocupado. Sabia que o moreno era um tanto esperto, mas ao mesmo tempo era dotado de ideias mirabolantes. Não sabia se isso fazia dele um gênio ou um simples aventureiro esperto. Na verdade não sabia o que esperar dele e era isso que deixava o ruivo de cabelo em pé.

Ouviu algumas batidas na porta, que o tirou de seus devaneios. Autorizou a entrada do shinigami, que trazia consigo um envelope, provavelmente destinado ao ruivo. Assim que o subordinado deixou a sala, Renji se apressou em abrir o envelope. Bateu os olhos naquela letra conhecida, suspirando por sua espera finalmente ter acabado.

Renji,

‘’Me encontre em frente ao cemitério do Seireitei em 1 hora. Se não estiver ocupado, é claro. ’’

K. Leto.

Renji franziu o cenho. Que lugarzinho mais estranho o rapaz escolhera como ponto de encontro. Alguma coisa dizia ao ruivo que mais uma ideia mirabolante do moreno seria colocada em ação, assim como previu. Tudo parecia tranquilo no esquadrão, talvez ninguém desse falta dele ao se ausentar por um tempinho. Então iria, pois mais do que intrigado, estava curioso.

~

No horário marcado eles se encontraram em frente ao portão do cemitério do Seireitei. Renji olhou ao redor, certificando-se de que ninguém estava vendo os dois ali, pois poderiam considerar aquilo como uma atitude suspeita e eles realmente não precisavam de mais problemas.

– Leto. – o ruivo chamou sua atenção. – O que estamos fazendo aqui? Desembucha logo.

– Nós viemos aqui apenas por um motivo, Renji. – ele suspirou. – Acabar de uma vez por todas com esse mistério da Hisana ter retornado. – Leto empurrou o portão, abrindo um espaço suficiente para que os dois passassem. Assim que entraram começaram a caminhar por entre as lápides e criptas, enquanto o moreno olhava de um lado para o outro, como se procurasse alguma coisa.

– Ei, Leto. – Renji segurou nas vestes dele. – Eu não entendo, aonde quer chegar?

– Bem aqui. – o moreno deteve uma expressão satisfatória ao olhar para uma das lápides. – Aqui está a solução para todo o mistério... - os olhos azuis dele chegavam a brilhar em animação.

– Mas no que isso vai nos ajudar? – o ruivo suspirou, vendo que o outro estava concentrado em tentar abrir a tampa de mármore que selava o túmulo. Mas logo se deixou surpreender assim que examinou a lápide com mais atenção. A caligrafia bonita escrita em prata destacava o dono do túmulo: Kuchiki Hisana. Renji não pode esconder o desespero. – O que pensa que está fazendo Leto?! Não vê que...

– Renji. – o moreno o interrompeu. – A única forma de descobrirmos se aquela é mesmo a Hisana verdadeira é verificar o túmulo.

– Você enlouqueceu de vez?! – o ruivo o segurou pelos ombros. – Isso vai trazer problemas para nós! E além do mais, não devemos mexer com essas coisas.

– Se Hisana realmente voltou, em carne e osso, ela não deixaria seus restos mortais para trás. Pense bem Renji, este é o único jeito de descobrir a verdade. – ele suspirou profundamente. – Eu tenho certeza que você deseja que tudo isso acabe, tanto quanto eu.

O ruivo ficou ali paralisado, pensando no assunto por alguns minutos. Era uma ideia um tanto louca, mas pensando bem, esse parecia ser o único jeito de descobrirem o que aconteceu de verdade.

– Venha, eu te ajudo a abrir. – o tatuado suspirou, pondo-se do outro lado da tampa de mármore.

Os dois exerceram uma grande força sobra a tampa de mármore, até ela começar a se mover para baixo. Assim que ela cedeu uma boa abertura, já podiam avistar metade da urna branca. Os dois se entreolharam, apreensivos. Leto estendeu o braço para dentro do túmulo, alcançando as chaves douradas que lacravam a urna. O moreno conseguiu destravar as chaves da parte superior, empurrando a parte superior da tampa. Os olhos dos dois se arregalaram, em surpresa. No mesmo segundo o cenho de Leto se franziu e ele abriu um pouco a boca, completamente intrigado.

A urna estava vazia.

Parecia novinha em folha. Não havia nenhum vestígio de que um cadáver esteve ali durante 50 anos. Os dois se entreolharam, mais do que surpresos.

– O... Que? – foi a única coisa que Leto conseguiu dizer. Em seguida fechou a tampa da urna e trancou as chaves com rapidez. – Isso não é possível!

– Talvez nem tudo fosse como estávamos imaginando. – era estranho para Renji ver como o outro parecia zangado.

– Tem que haver outra explicação. Is...

– O que vocês estão fazendo aí? – Leto foi interrompido pela aparição de um velho shinigami, que era encarregado do cemitério. – Digam logo, ou eu chamarei o guarda, seus vândalos!

– Fique calmo senhor. – Leto começou. – Não é nada do que o senhor está pensando. – ele suspirou e se aproximou do homem. – É que nós precisamos de uma amostra dos restos mortais dessa senhora, pois o campo de pesquisas sobre a doença que a fez falecer avançou, com uma possível cura com o caso.

– Hmm. – o velho olhou atravessado para Leto, desconfiado. – Vocês do 12° esquadrão são malucos mesmo. – ele deu as costas para os dois. – Venham comigo.

Os dois se entreolharam e seguiram o homem até um templo que havia no meio do cemitério. Nas paredes haviam lápides anexadas, com os respectivos nomes dos falecidos.

– Onde estamos? – Renji perguntou baixinho para Leto.

– Isto meu rapaz, - o homem se dirigiu á Renji. – É um ossuário. As cinzas de pessoas cremadas são guardadas aqui, assim como seus ossos, quando é necessário desocupar o túmulo.

– Legal. Mas no que isso vai ajudar? – O moreno suspirou apressado. – Precisamos das amostras.

– Ora, meu rapaz. – o velhote olhou para os lados antes de falar. – Aquele túmulo Kuchiki é uma farsa.

– O que? – os dois perguntaram ao mesmo tempo.

– É um costume do Seireitei que as pessoas sejam cremadas ao falecer, e as cinzas, guardadas aqui, a não ser que a família tenha dinheiro para adquirir um túmulo. – enquanto o velho explicava, caminhava por entre os corredores com os rapazes, até entrarem em uma pequena sala. – Aqui é o ossuário dos Kuchiki. Eles geralmente fazem lápides cerimoniais, apenas para deixar flores e fazerem suas preces. Mas os restos ficam aqui. – o shinigami suspirou. – O Shihouin também fazem isso. Deve ser algum tipo de ‘’frescura nobre’’.

Os rapazes observaram a sala ao redor, onde haviam várias lápides, escritas em dourado os nomes dos Kuchikis já falecidos. E dentre eles lá estava ela, Kuchiki Hisana, que jamais escaparia dos olhos espertos de Leto. Renji só observava ao redor, curioso com os Kuchikis que ali jaziam como Kuchiki Ginrei – avô de Byakuya – e Kuchiki Sōjun – pai de Byakuya.

O senhor puxou a lápide de Hisana, como se fosse uma gaveta, e dali retirou uma pequenina urna branca. Segurou-a com todo o cuidado e estendeu-a para Leto, que a pegou nas mãos com o mesmo cuidado. Renji se aproximou para verificar a cena.

– Bem. Aí está a Kuchiki. – o velho concluiu. – Ou melhor, o que sobrou dela.

Os rapazes agradeceram o velho, e em seguida se retiraram dali rapidamente, com a pequena urna em mãos. Assim que se afastaram o suficiente do cemitério e verificaram minuciosamente se havia alguém por perto, os dois se entreolharam.

– Renji, você sabe o que isso significa, não? – o moreno ofegou parecendo preocupado. – Se Hisana está aqui em nossas mãos, quem está lá com Byakuya?

Os dois se entreolharam novamente, com os olhos arregalados, totalmente surpreendidos, mas preocupados. Em seguida, saíram no shumpo mais rápido que conseguiam, direto para a mansão Kuchiki.

~

– Hisana?

– Estou aqui meu amor. – ela se sentou ao lado dele no futon, onde ele permanecia deitado, acariciando seus cabelos negros.

– O que está acontecendo comigo? – o nobre deixou um longo suspiro escapar. – Estou me sentindo tão... Fraco.

– Você só precisa descansar querido. – ela deixou um doce sorriso aparecer em seus lábios. – Vamos, feche os olhos e durma um pouco, eu vou ficar aqui, do seu lado.

Byakuya fechou os olhos, virando a cabeça para o lado, procurando cochilar. Às vezes ele acordava meio sufocado, em tosses carregadas. Hisana continuava ali, sentada ao lado dele. Depois de mais uma crise de tosses, com os olhos semicerrados, se pronunciou:

– Parece que só piora.

– Se acalme meu amor. – ela o encarou com ternura. Descanse. – assim que Byakuya virou a cabeça para o lado, sussurrou. – Logo o fim chegará.


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Notas finais do capítulo

Geennnteee ~
Esse foi o penultimo capitulo de The Other Side ;__________;
Sim, Sim tudo o que é bom dura pouco mesmo ~
Então não percam o último capitulo na sexta feira :3
Agradeço quem está lendo e acompanhando n.n E se você não comentou ainda, não espere a Fanfic acabar!
Beijos e até o fim =)