Kaos - A Filha de Simbad escrita por PaulaRodrigues


Capítulo 10
O Trunfo


Notas iniciais do capítulo

Kaos e Jack estão encurralados pelos piratas do Pérola Negra, que parecem não se importar com a vida de Jack, então ela precisa de um trunfo para conseguir tirar ambos daquela situação.



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– Maldito seja os que inventaram "Parolá" - disse o careca nervoso.

– Foram os franceses - disse Jack como se estivesse contando quem quebrou o brinquedo preferido de um garoto e ainda se apoiando em meu ombro.

– Vai logo chamar o Capitão! - o careca gritou para um marujo qualquer.

Eles ainda nos cercavam, eu ergui a cabeça e fiquei olhando seriamente para todos eles que apontavam suas armas, como se eu não estivesse com medo deles e Jack ficava sorrindo para todos. Até que finalmente o tal Barbosa apareceu caminhando em nossa direção.

– Então, o que temos aqui - Barbosa me olhou de cima a baixo.

– Sou Capitã Kaos e exijo respeito - eu disse para que ele parasse de olhar o meu corpo.

– Você não está muito em posição de exigir queridinha - ele colocou a mão em meu queixo e eu bati na mão dele para longe de mim, ainda olhando-o seriamente. Ele deu uma risadinha. - E olha quem eu vejo - ele olhou para Jack. Jack se apoiou em meu ombro e no remo que estava na sua outra mão e sorriu. - Como saiu daquela ilha?

– Quando me abandonaram naquele pedaço de terra desprezado por Deus, você se esqueceu de uma coisa muito importante - ele deu uma pausa e sorriu desafiador - sou o Capitão Jack Sparrow.

– Aaah - Barbosa começou a se divertir, se aproximou e me afastou de Jack - mas olha, eu não cometerei esse erro... de novo - ele o encarou. E em seguida começou a falar mais alto para os marujos. - Senhores, todos se lembram do Capitão Jack Sparrow - eles começaram a se manifestar positivamente. - Atirem nele - ele disse saindo de perto.

– Não, não, não, não, nada disso - eu disse entrando na frente dele.

– Atirem nela também - disse Barbosa indiferente.

– Não. Você não quer atirar em mim.

– Me dê uma boa razão.

Okay... uma boa razão. Pensa Kaos, pensa...

– Eu trouxe Jack Sparrow até vocês...

Capitão Jack Sparrow - Jack completou baixinho no meu ouvido.

– ... então acho que mereço uma... recompensa.

– Sua recompensa é não ser morta, já é o suficiente. Te deixamos aí, matamos o Jack e vamos embora.

– Não! Não aceito esse acordo.

– Você não está em posição de barganha pequena Capitã - Barbosa riu.

Pensa Kaos, pensa... ahá!

– Eu tenho algo bem interessante - eu disse me sentindo superior de novo.

– E o que seria? - Barbosa parecia entediado.

– Bom... parece que o sangue da Elizabeth não serviu para quebrar a maldição, não é mesmo? - comecei a me divertir.

– E o que você sabe sobre isso? - ele estava jogando comigo, como eu gostava disso.

– Sei que por causa daqueles medalhões, vocês estão presos nessa maldição e precisam pagar com sangue e o sangue da Elizabeth, não deu certo - comecei a limpar minhas unhas enquanto falava e quando terminei olhei para ele com um sorriso.

– Jack fez um bom trabalho em te contar então - Barbosa o olhou.

– Eu não disse nada - disse Jack sorrindo e entrando no meu clima.

– Então você sabe de que sangue precisamos - Barbosa concluiu me olhando com raiva.

Nós sabemos de que sangue precisam - eu e Jack sorrimos com trunfo.

– Acho que só preciso de um de vocês - disse Barbosa.

– Que pena, se matar Jack...

Capitão...

– ... eu não digo nenhuma palavra - dei uma risada e olhei para ele sorridente. Adorava ter o trunfo.

– Arg... que seja...

Então fomos levados para o Pérola Negra e quando zarpamos, fomos direto para a cabine do Capitão. Jack começou a se aproveitar do momento que eu havia conseguido para conseguir o seu navio.

– E você espera me deixar numa praia com apenas o meu nome, uma bala, sua palavra de que é aquele busco, vendo você zarpar em meu navio? - Barbosa estava sentado em sua grande mesa de jantar, se divertindo com as propostas de Jack, enquanto eu peguei uma de suas maçãs verdes, algo que nunca havia comido antes.

– Não - disse Jack como se aquela ideia fosse ridícula - Eu pretendo deixar você na praia, sem nome nenhum, me vendo zarpar no meu navio. Aí então eu grito um nome pra você.

Mordi a maçã e revirei os olhos, que barganha sensacional, ironicamente, é claro e nossa, que sabor delicioso tem essa maçã, dei mais uma mordida. Hum... que paraíso.

– Mas isso ainda me deixa com o problema de ficar na praia, com nada além de um nome e sua palavra de que é aquele que busco.

Jack também pegou uma maçã verde.

– De nós dois, eu sou o melhor, então a minha palavra é confiável.

Aff... que ridículo, pensei enquanto ria de leve mastigando a maçã verde divina.

– Mesmo assim, suponho que devo lhe agradecer - ele se sentou e colocou os pés na mesa -, porque se não tivesse me traído e me deixado para morrer, eu seria amaldiçoado como você - Jack sorriu e mordeu e maçã verde - mundo estranho, não?

Barbosa ficou nervoso. Até que um marujo tão grande quanto o Kyle, mas com uma cara mais medonha, apareceu e eu engasguei um pouco com a maçã.

– Senhor, como é mesmo o navio? - ele disse seriamente e então Barbosa olhou para mim.

– Will Turner está em um navio chamado Interceptor - e então comecei a descrevê-lo detalhadamente e disse o provável caminho que tomariam para devolver a preciosa Elizabeth à Port Royal - Temos que alcançá-los o mais rápido possível - terminei dando outra mordida na maçã que encheu minha boca de água.

– Velocidade não é um problema, querida - disse Barbosa rindo.

– Não mesmo - disse o marujo. - Encontramos o navio.

Ele saiu, Barbosa sorriu e foi em seguida e eu saí logo depois de Jack. Jack se apoiou na escale e olhou para o norte, eu me apoiei ao lado dele e lá estava o Interceptor. Eu acabara de entregar o meu melhor amigo para piratas que desejam o sangue dele escorrendo num medalhão de ouro.

Jack então subiu as escadas correndo para chegar até Barbosa que observava o navio com seu monóculo e entrou na frente dele.

– Eu estou pensando numa coisa Barbosa - Barbosa tirou o monóculo para ouvi-lo. - O que me diz de içarmos a bandeira de trégua, eu vou a bordo do Interceptor, a Capitã aqui fica garantia, enquanto eu vou e negocio a entrega do seu medalhão, hem, o que me diz disso?

Eu como garantia? Que vontade de esganar Jack Sparrow naquele momento, até mordi a maçã com mais força, mas tudo bem, Kyle me salvaria caso ele me deixasse para trás.

– Sabe Jack - ele começou irônico -, essa foi uma das atitudes que fez você perder o Pérola - ele riu. - Prenda ele e a garota no porão - ele anunciou.

– Por que eu também vou para o porão? - perguntei indignada.

– Porque eu não confio em alguém que tenta manter Jack Sparrow vivo - ele disse tomando a maçã da minha mão enquanto os marujos me levavam com Jack para o porão.

Fiquei indignada, poderia pelo menos ter deixado eu terminar de comer a maçã divina.


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