“Edward!Edward!Edward!” eu exclamava,acariciando seu rosto,lágrimas vermelhas e deliciosas descendo minha face. Ele sorria abertamente,sua respiração apressada. “Você quase ia me deixando viúva mais cedo.”Reclamei com um soluço.

“Eu nunca ia fazer isso.”Ele respondeu.

Abracei-o com força,mal agüentando a felicidade em meu coração depois de tudo aquilo. Me sentia mais leve,mais feliz. Era como se uma enorme pedra tivesse saído de cima de mim,me fazendo respirar de novo.

“Hum...Amanda?” ele gaguejou,enquanto afastava meu corpo do dele.

“Sim?”perguntei confusa.

“Melhor você colocar o meu casaco.” Ele falou envergonhado,enquanto me estendia o enorme sobretudo cinza que ele usava frequentemente.

Havia me esquecido que minhas roupas tinham explodido junto com meu corpo. Coloquei envergonhada o casaco sobre meu corpo nu,olhando e nossa volta. Nossa família começava a se reunir em nossa volta,meio desgrenhados,alguns inteiros. Nico abraçava Tanya,enquanto Garret e Kate estavam apenas de mãos dadas. Alistair e Irina se encaravam nos olhos,nada sendo falado. Os Cullens corriam até nós e os outros lobos e vampiros também se encaminharam até nós. Pude perceber a falta da mão de Alistair. Com um aperto no coração vi que Lida,Ceci,Assua,Garatchi,Vladimir e Stefan não estavam entre nós. Alguns lobos estavam estendidos no chão,sem respiração. A cena em minha volta era sinistra.

“Siobham?”Liam gritou,em volta da enorme fogueira. “Onde está Maggie?”

Todos se viraram e procuraram a linda menina. Não a encontrava em lugar nenhum. Minhas pernas bambas (estranho...) me levantaram e meus olhos varreram enlouquecidos o campo. Meu coração batia enlouquecido e senti a umidade do choro me meus olhos. Eu adorava aquela menininha fofoqueira.

O choro de Siobham foi alto,seus braços envolveram Liam,que também chorava. Eles eram uma família...

Me aproximei de Siobham,aflita. Apoiei minha mão calorosa em seus ombros.

“Eu sinto que Maggie está bem,Siobam. Ela era forte.” Siobham fungava,apesar de nada sair de seus olhos. Me virei para ver Alice,que revirava o futuro com os olhos fixos. “Nos teremos notícias de Maggie.”

Me afastei em direção à Edward, sentindo um peso em meu coração. Me sentia quase...maternal em relação à Maggie. Esse pensamento me assustou. Isso era hora de meus sentimentos maternais voltarem? Eu NUNCA,repito, NUNCA vou poder ter uma criança com Edward. Isso era ridículo.

“Calisle.”chamei baixinho, para os outros vampiros não escutarem. “Eu tenho que te mostrar uma coisa.”

Carlisle estava confuso,com certeza. Ele,porém,se encaminhou até a floresta comigo. Assentado em um tronco,Marcus olhava para as árvores como se fossem interessantes.

“Marcus?”Carlisle arranhou com uma voz espantada. Seus passos começaram a ficar mais rápidos e ganharem um velocidade surpreendente. Consegui segurá-lo pelo braço e fazê-lo me escutar.

Após uma explicação apressada e simples,ele voltou a olhar para Marcus,que se levantou respeitosamente e inclinou a cabeça de leve.

“Carlisle. Sinto muito pelo que eu já tentei fazer com a sua família e o que eu e meus irmãos tentamos hoje. Me arrependo e espero que você me perdoe,além de acolher e me ensinar seu modo de vida.”ele falou,suas sobrancelhas escuras mostrando sua seriedade.

“Você tem certeza disso Marcus?” Carlisle perguntou com ares espantados.

“Eu estava com meus irmão lunáticos porque não tinha mais fé.Desde e que Didyme se Fo,que Deus a tenha,eu me sentia apático com vida e impotente. Ao ver essa jovem e seu filho mais velho,uma ligação impossivelmente forte,eu ganhei fé. Eu tive esperanças de novo.” Ele falou,sorrindo.

Carlisle levantou uma sobrancelha e eu rolei os olhos.

“EDWARD!”gritei. Edward podia provar para Carlisle que Marcus estava certo ou não.

Um borrão apavorado e nervoso apareceu ao meu lado. Ele visualizou Marcus e prtiu em direção ao vampiro.

“Poxa,Edward!Se contenha!” reclamei,puxando para perto de mim,enquanto ele se debatia,tentando sair dos meus braços.

Ele parou,analisando minha face,pensando (provavelmente) que eu tinha pirado de vez.

“Eu só quero que você leia a mente de Marcus para saber se ele está falando a verdade.”expliquei,ajeitando sua blusa de malha branca.

“Só isso?”ele perguntou. Parecia cansado. “Depois vamos para casa?” ele levantou uma sobrancelha.

“Sim,querido.” Respondi sorrindo,alisando sua blusa. Ele se virou ara Marcus e fitou-o seriamente. Me senti aflita,meus pés batendo nervosamente no chão,meus braços cruzados n peito.

Alguns minutos depois,Edward soltou um suspiro pesado e focalizou o meu olhar. Sentia uma felicidade louca,quase explosiva vindo dele. Seus olhos eram alegres e esperançosos.

O que estava acontecendo aqui?

“Ele está falando a verdade,Carlisle.”Edward disse,desviando os seus olhos calorosos por um milésimo de segundo.

“Oh!Mas isso é maravilhoso!”Carlisle exclamou,batendo palmas. “Ficaremos muito felizes de recebê-lo em nossa família.Como você sabe,Edward se casou com Amanda e estão morando em uma casa perto da nossa.Você pode ficar com o antigo quarto dele,só alguns poucos pertences sobraram. Podemos levar para a residência deles hoje mesmo.” Carlisle,com uma empolgação infinitesimal, exclamou.

Marcus parecia envergonhado e humilde. Parecia ser diferente dos irmãos. Isso era bom.Muito bom.

“Agradeço, Carlisle. Mas acho bom conservar o quarto do seu filho por enquanto. Vocês poderão precisar. Ficarei em algum quarto vazio.”Marcus falou,sorrindo para a face iluminada de Edward.

“Bem...tem o que seria o quarto da Amanda. Esme ainda não tinha se decidido em relação à decoração. Creio que ficará confortável lá.”Carlisle acrescentou,sorrindo para Marcus,puxando um assunto qualquer.

“Vamos para casa?”Edward perguntou,sua face de anjo ainda iluminada. Sorri e lhe estendi a mão,alcançando uma corrida apressada até nossa casa. Parecia calma minha vida a parti de agora,escutando a floresta,vendo a bela luz da lua banhar nosso caminho.

Creio que seria paz. Lógico que Aro tentaria formar um novo exército,achar novos vampiros e tal. Mas por enquanto,eu poderia aproveitar essas férias momentâneas. Vi a nossa pequena casa se aproximando. Nossa corrida foi diminuído,virando um caminhar lento e calmo.

“Hum...Amanda?”Edward perguntou,meio ansioso. Ele tinha uma dúvida,mas eram tantas emoções que eu não conseguia me concentrar.

“Sim?” perguntei,tentando decifrar rápido.

“Posso te fazer uma pergunta?” ele perguntou,encolhendo os ombros.

“Você já fez!Mas pode ser mais uma...”respondi rindo,atravessando nosso caminho de pedras do jardim.

“Você tem passado mal,ultimamente?”ele perguntou,balançando nossas mãos.

“Mal como?” perguntei confusa. Eu era uma vampira. Não podia passar mal!

“Enjoos,tonteiras...Essas coisas...”ele parecia envergonhado.

Enjoos?

Tonteiras?

Ele estava falando que eu...

“Você acha que eu estou GRÁVIDA?”perguntei em voz alta,franzindo minha testa sem compreender bem.

“Eu...Bem...Marcus acha. Eu li em sua mente,algo como isso. Eu pensei...Sabe.”ele começou a falar,se enrolando todo,abaixando seus olhos para o chão.

Um peso no meu coração bateu forte em mim.Meus olhos bateram no chão também,tentando entender tudo aquilo. Faziam três semanas que eu e Edward estávamos casados... Não seria impossível eu estar grávida,se fossemos um casal normal. Mas éramos um casal vampiro!Bem...Eu era transmorfa também e isso me deixava capaz de ter filhos.Mas Edward NÃO! Não tinha como...

Abri a porta,mas senti minhas pernas indo para cima, meu corpo sendo carregado até nosso quarto com aflição. Os passos de Edward eram apressados e a violência com que a porta bateu atrás de nós me provou a aflição.

Nosso corpos se chocaram na cama,seus dedos aflitos abrindo os botões do sobretudo. Segurei seus dedos,olhando em seus olhos e entendendo tudo.

Edward queria ser pai.

Ele tinha ficado feliz com a ‘notícia’ de Marcus.

E agora estava aflito. E queria que fosse verdade. Queria ter o filho dele em meu útero. Achava que se começássemos... Ele teria a criança que tanto queria. Por um breve momento,passinhos ecoaram pela casa e uma voz fininha e linda chamou pela mãe e pelo papai. Uma cabecinha ruiva apareceu na portado quarto,com um sorriso de poucos dentes e bochechas coradas. Ela crescia em meus olhos,virando uma linda criança de 7 anos,suja de lama,um belo adolescente sorridente e um jovem adulto de terno, pronto para o trabalho.

Tudo sumiu na minha mente fantasiosa. Isso é impossível.

“Edward,eu sei como se sente...Mas não tem jeito!Carlisle falou que era impossível e ele é MÉDICO!” exclamei,sentindo uma pontada em meu coração. “Você não pode acreditar em um velho nascido em ‘sei-lá-que-ano’ que provavelmente achava que podi originar ratos por alguma formula mágica.”Eu estava prestes a chorar.Não chora.NÃO CHORA! “Eu sei que você quer acreditar. Eu também quero!Com todas as minhas forças. Mas não posso.”

Eu terminei de falar e em um soluço idiota,as lágrimas banharam meus olhos. Edward me fitou com uma expressão devastada por milésimos de segundo,antes de me beijar avidamente.