Twin Souls Almas Gemeas escrita por ninhacullen


Capítulo 41
Fogo


Notas iniciais do capítulo

ENJOY!



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As chamas aumentaram em uma velocidade louca,expelindo chamas para todos os lados. Bolas gordas e redondas se levantaram das chamas,rodando em volt de nós,como luas em volta de cosmos.


“BENJAMIM!”gritei de novo,dando uns passos para trás, a formação negra se movendo em nossa direção,as capas voando atrás deles. As bolas de fogo,dispararam em direção às figuras sombrias,colidindo com os corpos,incendiando.


Gritos agudos perfuravam meus ouvidos,a dor infestando o ar.Corpos corriam,tentando desviar das chamas de Benjamim. No meio dos mesmos som,um alto barulho me fez gelar:


A cabeça de um guarda estava rolando,enquanto seu corpo caía em um baque surdo. Meus olhos varreram os corpos,um a um caindo em baques. Os que não pegavam fogo,vagavam erraticamente,suas mãos estendidas alcançando o nada.Mas nem todos os poderes conseguiam alcançar todo o extenso grupo. Mantos pretos voavam até nós,mais e mais rápidos,desviando-se de bolas de fogo e da escuridão.


Meu coração começou a bater rapidamente e tudo à minha frente ficou em câmera lenta.Eu sabia exatamente o  que eles pretendiam fazer e podia ver claramente seus movimentos.Eu era uma máquina de guerra. Meus pés se lançaram em uma corrida frenética,loucos por ação,enquanto tentava ignorar o turbilhão de emoções que me invadiam.


Tenho que manter o foco.Manter o foco.Foco.


Pulei gentilmente em um brutamontes,minhas mãos separando sua abeca com facilidade do corpo,como se quebrasse a casca de um pão francês. Arremessei em direção à fogueira,que já tinha ganhado mais combustível e,em sua grandiosidade,expelia um densa fumaça negra.


Menos um.


Então eu vi.Encolhida em um canto,os olhos vermelhos flamejando em desespero,a pálida e linda face de anjo em um misto de horror e ódio. Jane. Seu irmão tentava lutar com um dos lobos,mas tentava em vão. Pensei em me aproximar silenciosamente,para acabar com ela sem dor,mas isso não seria justiça. E nem seria irônico.


Ao meu lado Kate incinerava mais um corpo. Sorri para ela,balançando minha cabeça em direção à figura frágil de Jane. Ela entendeu bem o recado. Me dirigi pra uma ruiva alta e bonita de presas à mostra.Antes que eu me atirasse à tive que sorrir de prazer com o silvo de dor deixando torturante a voz de uma menininha.


Podia acompanhar todos à minha volta,mas a cada minuto que passava eu ia ficando preocupada. Claramente o grupo dos Volturis era maior que o nosso,com mais força bruta,mas maior. Eu poderia ajudar no quesito força,considerando que eu matava mais de 10 vampiros em 5 segundos. Mas eu não podia estar em todo lugar. Sete lobos estavam gravemente feridos e dois tinham morrido. Ceci e Assua tinham sido jogadas na fogueira e Randall perdeu uma mão. Meu coração estava na mão e só tinha uma coisa a fazer para acabar com isso:


Atacar Marcus,Caius e Aro.


Meus calcanhares me apoiaram e me impulsionaram em direção ao grupo que se afastava lentamente do campo de batalha. Minha visão era turva e cor de vinho.Minha boca salivava de expectativa.Meus músculos estavam tensos,minha mente e visão voltada para um único objetivo:matar.


Não percebi uma mão fria,saída das árvores e agarrar pelos ombros e me apoiar na casaca grossa de um pinheiro.


“MAS QUE MER...!” exclamei,mostrado as presas. Eu fazia a mínima idéia de como isso foi acontecer.


“Senhora!”uma voz coberta pelo tempo sibilou. Meus olhos se fixaram na imagem por um tempo,analisando a pele de papel de seda e os olhos meio turvos.Sua trança pendia pelos ombros e sua tristeza emanava dele.


“Marcus?”gaguejei,parecendo que tinham jogado um balde de água fria em  mim.”Mas o que...?” comecei a perguntar,mas fui interrompida por sua voz poeirenta.


“Minha senhora,eu me rendo.Meus irmãos têm sido  cruéis por décadas,mas só os aturava por serem meus irmãos. Quando vim para cá e percebi o quão longe eles foram,percebi que não merecem mais minha confiança.”


“Mas... Eu sou perigosa!Vocês não caçam gente como eu?”perguntei azeda,olhando em volta preocupada.


“A senhora não é perigosa.A senhora é o futuro de nossa raça. Você não precisam matar para viver. E o que a senhora carrega tornará ainda mais real esse futuro utópico!”ele exclamou,um brilho aparecendo em seus olhos turvos.


“Então quer dizer que você quer ajudar?”perguntei desconfiada.


“Sim. E eu espero por teus comandos daqui,minha senhora. Prometo-lhe.”


Me sentia em uma minissérie colonial.


“Ok...Então fica aí quietinho que daqui a pouco em volto.”falei,vendo-lhe sacudir a cabeça m afirmação. Antes que meus pés me lançassem de novo para a batalha uma pergunta surgiu em minha cabeça.


“O que eu carrego?” perguntei aflita.


Ele somente sorriu e balançou a cabeça,balançando as mãos para mostrar que eu podia ir.


Cara estranho.


No meio daquele inferno,em meio de gritos e fumaça meus olhos captaram as formas que se afastavam lentamente. A raiva e a vingança voltaram a me dominar e me lancei contra eles.


“COVARDES!” gritei,tentando alcançá-los,sendo desviada. Me lancei mais uma vez,mas eu não os atingia. Tentei repetidas vezes mas sempre desviava. A raiva me engolia e os sentimentos me levavam...


Meu escudo.


Respirei fundo tentando recuperá-lo,mas agora eles corriam e respirar fundo e correr ao esmo tempo.


“Covardes! BANDO DE SAFADOS SEM VERRGONHA!!!COVARDES!LUTEM!LUTEM PELA SUA HONRA!LUTEM SEUS MERDAS!” berrei,tentando correr,as emoções me invadindo,meu corpo sendo desviado deles sem motivo aparente. Em um movimento rápido,a mão de um ser pequeno e pouco nítido me bateu,me lançando alguns metros.


Eu sabia o que estava acontecendo agora. Carlisle tinha me dito. O maior mal, o maior erro da minha espécie,o que os levou à extinção foi o ódio. O ódio nos enfraquece. Não no sentido kriptonita da coisa.No sentido moral. O ódio,como em qualquer pessoa,cega. Em nós,seres quase deuses,poderosos e únicos,nos confunde,tampa a clareza das nossas ações e capacidades,como em qualquer pessoa. Nó somos vítimas do ódio.


Não assentei no cantinho e chorei como um bezerro desmamado (o que eu deveria ter feito),corri para a luta, aceitando o fato do meu erro,a clara prova que eu não sou perfeita. Minha mãe ia ficar feliz com isso. Ela odiava esse lance de perfeição.


Um grito familiar ecoou nos meus ouvidos,tampando tudo em volta dele. Só sabia dele e meu estado de choque. Edward preso no chão,mãos prendendo sua cabeça com força,uma boca sussurrando algo que nenhum outro vampiro escutaria. Mas eu sim.


“Ultimo pedido?”


A onda de ódio que eu tinha aceitado como parte da minha natureza ondulou por minha costa,como uma bomba relógio prestes a explodir a qualquer momento. Meus pés moveram-se do chão e em um pedido mudo desejei ser  mais forte do que eu era para triturar com aquele “Pretendo-ser-um sanguessuga-quando-crescer”.


Meu corpo atendeu a meu pedido mudo,mas fui dar conta dele só depois que minha arcada dentária nova arrancou cada pedaço daquele ser. Quando ele era nada mais que farelos de biscoito, levantei meus olhos em direção ao resto do campo de batalha,onde alguns gatos pingados restantes eram encinerados.


“Amanda?”Edward perguntou,franzindo o cenho e erguendo a mão para apoiar na minha cabeça.


“Não,é a tua avó!Quem você acha que é?”perguntei,revirando os olhos. Mas o que saiu da minha boca não era a minha voz. Era uma série de ruídos.


Ruídos?Mais parecia ganidos...Mas que merda é essa?


Então eu vi,refletido nos olhos de ouro de Edward um enorme lobo,de pelagem avermelhada e olhos cor de chocolate. E o grito que eu pensei,em meio de trilhões de vozes em minha mente eu falavam mais palavrões que um marinheiro, saiu um choro do lobo.


E nos olhos de Edward eu vi meu corpo se contorcendo,os pelos se metarmofoseando em minha pele clara até que eu me visse em seu espelho.


Naquela confusão toda,um suspiro de alívio surgiu de meu peito e pude pensar em todo meu futuro e falar coisas lindas como foi termos ganhado e provado a Alice que ela não é tão boa bola-de-cristal assim. Mas só o que saiu dos meus lábios foi:


“Edward!”


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Notas finais do capítulo

OBRIGADOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!

BitesandKisses,
Ninha Cullen