The Potter Lost In Time. escrita por Mary Dias


Capítulo 2
Pesadelo e Família Weasley.




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A casa ao lado da mansão se encontrava na mais perfeita ordem. Um velhinho estava fazendo chá. Parecia ser por volta das quatro da manhã, mas ele não se importava. Ouvia barulhos vindos da mansão e uma luz verde bruxuleante saía pela janela.

– Malditas crianças. – ele praguejou.

Saiu mancando até a casa. Abriu a porta da cozinha e entrou sem fazer barulho. Pôde ouvir um barulho e vozes vindas do cômodo de cima. Subiu as escadas sem fazer barulho, chegou ao topo da escada e começou a espiar por entre a fresta entreaberta da porta.

– Poderia ser feito sem Harry Potter, mi lorde. – disse uma voz temerosa e tímida.

Um silêncio esquisito tomou o lugar.

– Rabicho, seu tolo! Quantas vezes tenho que dizer que existe mais um Potter vagando por aí? – perguntou uma segunda voz. Pertencia a um homem, porém era mais fria que o ártico. – É uma garota, me lembro perfeitamente. Ela usava vestes roxas o seriam lilases? – ele tornou a falar, mas sua voz ainda dava medo. – Juntos, os dois serão invencíveis! Temos que achá-la, matá-la e depois matar seu irmão.

– E acha seguro matarmos ela agora, ou depois? – perguntou uma segunda voz.

– Apenas eu posso matá-los! – a voz fria respondeu como se ensinasse a crianças de cinco anos. – Apenas façam com que eles estejam juntos e assim que o mundo bruxo souber que existe mais de um Potter, eu os matarei. Acabando com todas as esperanças do povo.

Ele deu uma risada grutual.

O velhinho, que ouvia tudo escondido, tropeçou quando ouviu a voz fria. Uma cobra passou por perto dele.

– Nagini disse que temos visitas. – disse a voz fria, num tom irônico. Rabicho abriu a porta. – Saia da frente, Rabicho. Para que o nosso convidado tenha as honras que ele merece! – Rabicho saiu da frente e fez com que o velhinho entrasse.

O lugar era macabro. Na frente dele havia uma poltrona, onde a cobra estava bem posicionada em cima o acolchoamento. O senhor não teve tempo de olhar para os rostos das pessoas, então uma luz verde e os dizeres “Avada Kedavra” o atingiram com força.

Mas que merda!

Acordei berrando, com se fosse parir. Era sempre assim quando eu tinha esse tipo de sonho. A dor em meu pulso era insuportável.

– Mãe! – choraminguei. – Mamãe vem cá!

A porta se abriu num estrondo, então a loira de olhos azuis – cujo chamo de mãe – apareceu em minha frente, com o gelo em mãos.

– Meu bebê! – ela mediu minha temperatura. – Como se sente?

– Dolorida. – respondi com sinceridade. – Meu pulso dói muito.

Ele estava latejante. Mamãe colocou o gelo no local, onde havia uma cicatriz em forma de raio. Eu costumava fazer pouco caso dela. Quem em sua perfeita vida teria um raio “tatuado” em seu pulso direito?! Ninguém é óbvio, a menos que seu nome seja Catherine Meadowes, ou Harry Potter, o garoto das histórias que minha mãe me contava para eu dormir quando era criança. – não que eu ainda não o fosse.

A sensação de alivio percorreu o meu corpo de forma anormalmente ótima. Fazia uma semana que eu não saía de casa, por conta da dor no pulso e eu nunca conseguia sair de casa sozinha. Não gostava de ir com Hellen, pois odiava babás. A morena nunca se opôs a isso, mas também eu nunca daria o braço a torcer!

– Mãe... – ela me olhou. – Quando poderei sair?

– Não sei. Hoje receberei um amigo e quero que veja ele. – ela respondeu brandamente. Bateram na porta. – Ele acabou de chegar! – anuncia e sai, deixando o gelo sob meus cuidados.

Pelo que se esgueiraram horas, ouço passos na escada. A porta do meu quarto se abre e a minha visão é preenchida pela minha mãe e um homem grisalho, porém bonito, ele tinha algumas cicatrizes, que completava a sua beleza misteriosa. Olhos castanhos e cabelos – ainda naturais. – cor de areia, mais ou menos com alguns fios brancos. Seu rosto se abriu num sorriso meigo assim que me viu.

– Olá Catherine! – ele me saudou. – Você deve está se perguntando quem eu sou não é? – assenti. – Eu sou Remo Lupin, amigo de sua mãe e... Pai da Hellen. – sorri vacilante. A Hell me lembra muito ele. – Eu vim aqui para lhe falar a verdade sobre isso. – apontou para a minha cicatriz.

– Sente-se. – sorri apontando para a beirada da cama. Sentei-me nela, deixando espaço para mamãe sentar do outro lado. – Agora me conte tudo e não me esconda nada.

Ele sorriu. – Você me lembra muito a sua mãe. Lilian.

Lilian? Era esse o nome dela? O mesmo nome da mãe de Harry? A mesma personagem das histórias que minha mãe contava para eu dormir?

– Lilian, Lilian Potter? – perguntei atônita.

– Como você sabe? – Remo me perguntou surpreso.

– Eu contava para ela histórias sobre o Harry. – mamãe respondeu por mim.

– Bem... – recomeçou Remo. – Lembra-se de toda a história de Harry? – assenti. – De tudo mesmo? – assenti novamente. – Pois tudo o que a sua mãe lhe contou é a mais pura verdade.

“Há muito tempo atrás, um bruxo decidiu ficar mais malvado do que se pode ficar. Ele jurou que iria acabar com os trouxas e com os sangues-ruins. Ele começou a recrutar seus seguidores, chamando-os de comensais da morte. O nome dele era Voldemort. Seu nome era temido por todos. Ele estava caçando bruxos talentosos para segui-lo. Seus pais, eram muito talentosos, assim como a Doe. Ele tentou recrutá-los, então seus pais negaram.”

Ofeguei baixinho.

“Voldemort era impiedoso, lutou contra seu pai, Tiago e o matou. Ele morreu defendendo a família, assim como Lilian, que morreu para poupar a sua vida e a de seu irmão. Sendo assim, vocês meio que derrotaram Voldemort e a paz reinou no mundo, tanto trouxa, quanto bruxo.”

Ok. Isso foi estranho.

– Mas se o mundo bruxo estava na paz novamente, por que eu tive que ficar longe de meu irmão? – ele me olhou orgulhoso pela pergunta rápida.

– O mundo bruxo não era seguro para vocês. – ele respondeu-me rápido. – Vocês apenas derrotaram Voldemort, não o venceram. Eu costumo arriscar a dizer que ele pode ainda estar vivo por aí. Já tentou matar seu irmão duas vezes, enquanto ele estava escola, mas mesmo assim, ainda não é seguro o suficiente.

– Então Hogwarts existe? – animei-me.

– Sim, ela existe. – Remo sorriu.

Era um sonho meu desde que mamãe contou-me sobre Hogwarts, conhecê-la. Tudo que eu sabia era que quando os alunos – bruxos. – era que quando completavam onze anos, eles recebiam uma carta, com a vaga para a escola de magia e bruxaria de Hogwarts.

– E por que eu não fui para lá desde os meus onze anos, já que sou uma bruxa? – arqueei a sobrancelha.

– Foi o que eu disse. Por medida de segurança. – ele respondeu. – Quando o professor Dumbledore disse que devíamos separar os gêmeos, eu fui relutante. Eu e Dorcas somos seus padrinhos! Éramos as pessoas mais qualificadas para cuidar de você, mas e quanto a Harry? Os padrinhos dele não podiam criá-lo. A madrinha havia morrido e o padrinho foi preso injustamente. Como podíamos cuidar dos dois?

“Então Dumbledore deixou que Doe te levasse para longe, a fim de que ficasse segura e deixou Harry com a sua tia biológica por parte de mãe, Petúnia. Por isso você está aqui no Brasil. Para a sua segurança.”

“Há algo em você que a maldição da morte não pode passar.”

– O que é? – perguntei curiosa.

– O amor. – ele respondeu.

Fiquei em silencio por vários minutos, até uma dúvida aparecer em minha mente.

– Como é meu irmão? – perguntei com um brilho nos olhos.

– Por que não vê você mesma? – arqueei a sobrancelha. – Por que não vem comigo?

Arqueei ainda mais a sobrancelha.

– Sinto que não confio em você, pelo menos não totalmente. – Remo riu, inclinando a cabeça para o lado, juntando-se a mamãe.

– Sou de sua total confiança, Catherine. Eu sou a figura mais próxima que você tem de pai. – ele disse ainda sorrindo. – Pode deixar que eu nunca te machucaria. – pude ver a sinceridade naquelas palavras.

Também não tive como pensar muito. Logo Hell irrompe pela porta, causando um estrondo na mesma.

– Oi Chavezinha! Mamãe me ligou dizendo teve pesadelo novamente. Trouxe-te algodão doce. – ela disse tudo de uma vez.

Remo olhou para ela assustado, mas ao mesmo tempo maravilhado com tudo. Hellen sorriu amigável para ele e sentou-se ao meu lado na cama, encostada na cabeceira, dando-me o meu lindo e precioso algodão doce.

– Está cada dia mais bonito, papai. – pera aí!

– Wait! Vocês mentiam para mim?! – arregalei os olhos.

– Para te proteger, Chavinha! – afirmou Hell. – O mundo bruxo é muito perigoso.

Assenti. Ok. Informação de mais. Mas era isso que eu queria. Não me importa se minha única família é bruxo, trol, palhaço, fada ou etc. eu estou feliz tendo pelo menos uma família. Mesmo que não seja considerada normal, ela é normal a seu modo.

– Ok. – eu determinei. – Eu quero conhecer o meu irmão.

Todos abriram um sorriso.

– E lembre-se Remo Lupin, não deixe a Cathy comer nada do que ela não conheça, ela pode ter alergia. – dizia/lembrava/determinava a Srta. Meadowes.

– Mãe! Não viaja! – salvou-me Hell. – E lembre-se de sempre nos escrever!

Elas me abraçaram/apertaram forte e eu entrei na lareira. – que desde pequena achava desnecessária. – As chamas da mesma me engoliram juntamente com o meu padrinho. A viagem durou em torno de umas quatro horas, no máximo.

A sensação não era uma das melhores. Ver um monte de lareiras passando por você não era legal. Os solavancos foram parando e logo à vontade de andar pelas lareiras ressurgiu. Na verdade eu faria qualquer coisa para não sentir aquele péssimo enjoo.

A luz bruxuleante de uma lâmpada de cozinha invadiu a minha visão. Debaixo dela estava um menino. Ele era um pouco mais alto que eu, parecia ter minha mesma idade. Seus olhos eram de um verde magnificamente esmeralda. – assim como os meus. – Os cabelos negros eram revoltos. Ele tinha uma franja que cobria a testa, mas de longe eu poderia ver uma fina cicatriz em forma de raio. Olhei para a minha e comparei. As duas eram idênticas.

Ele deu um sorriso e acho que retribuí. Saí da lareira olhando em volta. Nós éramos observados por uma família de ruivos. Dois deles cochichavam.

– Harry? – perguntei olhando para o garoto moreno. Ele assentiu. – Oh meu Deus! Você é Harry Potter!

Eu o abracei com todas as minhas forças. Ele retribuiu com a mesma intensidade. Eu já chorava nesse meio-tempo. Ele também.

– Catherine! – ele disse emocionado. – É bom te conhecer.

– Digo o mesmo! – soltei-me dele e olhei em volta.

Havia uma mulher baixinha e gordinha que nos olhava sorridente, enquanto chorava. Todos em volta eram ruivos, tirando eu, Harry e uma menina, que aparentava ser da minha idade.

– Oi. – eu disse timidamente.

– Oi. – todos retribuíram.

– Ah querida! Você deve estar muito cansada. A viagem foi longa, não acha? – sorriu terna e veio me abraçar.

Ela. Era. Um. Sonho!

Uma mulher muito bondosa. Aqueles eram os Weasleys.

Guilherme – um cara que tinha um cabelo comprido em um rabo de cavalo e usava brinco na orelha. –, Carlos – ele era o mais forte, e com certeza era muito bonito. Tinha algumas tattos. –, Percival – era de longe o mais bajulador. Era magricela, tinha um ar pomposo e segundo um de seus irmãos, era muito chato. –, Frederico – era um garoto mais alto que “Percy”, um pouco magro, um pouco forte, tinha um irmão gêmeo idêntico e era muito maroto. O infeliz teve a má sorte de me apelidar de “Catoquine” isso não se faz e eu vou mostrar para ele. –, Jorge – o irmão gêmeo de “Fredorento”, ele era idêntico ao irmão, só que mais alto um pouquinho. –, Ronald – um menino carismático, amigo de Harry e meio gordinho. Ele era quase da altura dos gêmeos e com certeza era um bom amigo. – e Ginevra. – a caçulinha deles era muito fofa. Ela era mais alta que eu ¬¬’ e segundo as minhas estatísticas, tinha uma queda/tombo/precipício/abismo/solitário (?) por Harry. U.U! – adicionando Hermione Granger – a garota castanha de cabelos fofos. – e Bichento. – o gato ruivo dela.

Eles eram muito legais, mas dá para notar que eu tive minha desavença, ok?


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