The Potter Lost In Time. escrita por Mary Dias


Capítulo 13
Baile de Inverno.


Notas iniciais do capítulo

OI GALERINHA!
Eu sei que sumi, mas foi por razões pessoais. Este capítulo é em homenagem ao meu B-day. É hj e eu estou atualizando algumas das minhas fics aqui e no SS.



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– Me passa aquela coisinha que a Hermione usou para domesticar seus cabelos, sim? – pediu Felícia.

O quarto estava um perfeito caos, com “C” maiúsculo. Natalie tentava arrumar meu cabelo, enquanto uma garota descabelada com cabelos tingidos de loiro chamada Felícia andava de um lado para o outro tentando “domesticar a baia”.

– Pega em cima da cômoda. – Nat disse com os olhos fixos nos meus. Ela passava algo chamado rímel nele.

A ruiva/loira bufara alto. Eu sentia um estranho formigamento em minha pele, enquanto Natalie me maquiava. Isso era o pigmento cremoso da sombra, que era muito usada por trouxas. A porta se abriu, revelando uma belíssima Hermione Granger. Ela usava um vestido lilás com babados na saia. A parte de cima era apertada, marcando algumas de suas curvas. Ela tinha uma maquiagem bonita e leve, marcando seus lábios com um batom rosa. Bichento chegou perto de nós e começou a circundar as pernas da dona.

– Terminei. – disse Nat.

Eu encarei o espelho em minha frente e não acreditei. Eu estava linda. Usava um vestido azul muito bonito. Meus olhos estavam destacados de preto, no básico eu mais parecia uma princesa, sem modéstia alguma. Há um dia, eu recebi uma caixa esquisita, o presente foi de mamãe, mas Hellen havia mandado com a sua assinatura. Dorcas disse que foi de minha verdadeira mãe. Eu fiquei muito maravilhada. Ele era curto, mais ou menos acima do joelho. Eu o usaria com um salto bege, então tudo estaria bem.

– Pronto Cathy, agora você já pode descer. Eu vou terminar de arrumar a Bruxa do 71 e já desço também. – Nat disse.

– Bruxa do 71 é a senhora sua avó. – rosnou Fely.

– O pior é que a dona Augusta é uma velha muitcho secquici. – Nat rebateu quando eu ia saindo.

Desci as escadas rindo da confusão que as minhas amigas fazem com um copo d’água. Assim que desci, meu riso cessou. Frederico estava parado em frente à poltrona que eu costumava sentar. Estranhamente ele alisava-a. Eu mal ousei respirar. Ele murmurava coisas incógnitas. Mas então, ele parou e respirou fundo, então se virou e se deparou comigo.

– Você até que parece gente Potter. – ele disse de modo irônico, mas tinha algo a mais naquilo.

– Você também até que não está mal. – eu fui irônica.

– O Diggory irá gostar de ter uma acompanhante tão... Bonita... – era estranho ver o gêmeo mais maroto estar reticente.

– É... – eu refleti. – Angelina irá gostar de ter um acompanhante tão elegante quanto você.

Ele usava um terno colorido. Estava muito bonito, mas... Balancei a cabeça em negativa e andei até a saída. Parei em frente à porta.

– Diga às meninas que eu irei descer, não aguento ficar enfurnada. – eu disse e saí.

Era esquisito ficar perto de Fred. Ele tinha algum magnetismo que me puxava diretamente para ele. Era esquisito em abundância. Meus olhos varreram a decoração do salão. Estava perfeita. Andei até uma parede e encostei-me a nela, relembrando alguns momentos.

– E um e, dois e... – o professor Sérgio disse, sorrindo para mim. – Vamos lá Cathy, eu sei que você consegue! E um, dois, três.

As notas do violão saíram facilmente de minha mão. Sérgio sorria abertamente. Ele era apenas uns cinco anos mais velho do que eu. Ele assumira as aulas de violão de seu pai. Particularmente, eu achava o pai dele chato. Já Sérgio era legal, ele deixava eu perturbar na aula dele, já seu pai não.

– Perfeito Cathy! – ele disse. – Por hoje é só.

– Mas, já? – perguntei desgostosa.

– Sim. – ele disse sorridente. – Temos que dar mais um tempinho para os outros alunos que também querem as minhas aulas!

Nós rimos, então Janaína surge e abre a porta ela era uma figura.

– Um doce por seus pensamentos. – Cedrico disse, tirando-me do transe.

– Eu estava pensando no tempo em que eu morava no Brasil. Lá era demais. – respondi. – Mas aceito o seu doce.

Ele sorriu. – Vamos?

Dei o meu braço para ele e nós nos aproximamos de onde minerva instruía os campeões. Eles seriam os primeiros a entrarem no salão e iniciariam com uma valsa. Assim o fizemos. Primeiro foi eu e Cedrico, abrindo alas. Depois Fleur e Miguel Corner, depois deles, Hermione e Vítor. E atrás, fechando alas, Harry e Padma. A música começou suave. Cedrico segurara com leveza em minha cintura e nós começamos a bailar suavemente pelo local. Em alguns pedaços da melodia, meus olhos encontravam os de Ced, que sorria lindamente com um toque de mistério.

A música parou e logo um som esquisito que eu nunca havia ouvido antes soou por todo o local. Era a banda de rock bruxo chamada as Esquisitonas. Até que tinha um som legal. Começamos a dançar como loucos. Em alguns momentos, eu encarei Harry, que estava com uma expressão nada boa em sua face. Não liguei e voltei a me divertir com Ced, que começou a me girar pela cintura.

– Bem, acho que vou pegar bebida para nós. – disse.

– Ok, te espero aqui. – sorri.

Observei com olhos atentos os movimentos que o meu parceiro de baile fazia e sorri. A música foi trocada para uma mais lenta, algo tocou as minhas costas. Olhei para trás, vendo uma figura ruiva e sorridente. Fred.

– Aceita dançar? – perguntou.

– Se quisesse dançar comigo, tivesse me convidado. – eu nem acreditei nas palavras que acabei de proferir. Mas não era tempo para arrependimentos.

– Nossa Catherine! Não dá mais para ser gentil com você? – perguntou erguendo as mãos para o ar.

– Ok. – eu disse. – Apenas uma dança.

– Então eu te libero para o Sr. Eu Sou Demais. – ele disse me segurando pela cintura.

– Onde está a Angelina? – perguntei aos primeiros passos da dança.

– Não sei. – ele respondeu tranquilamente. – Ela me dispensou após a primeira dança. Deve estar com as amigas.

– E isso não te incomoda? – perguntei surpresa.

– Não. – ele disse. – Na verdade, o nosso lance é passado. Eu já estou interessado em outra.

Não sei porquê, mas me senti incomodada com esse assunto.

– Sério?

– Sério. – ele respondeu. – Mas não há nada de alarmante. É tipo aquelas situações em que eu não sou correspondido.

– Ah, sei bem como é isso. – disse.

Seu cérebro foi forcado a desenvolver todo o sentido literal daquela frase.

– Mas mudando de assunto... – ele disse enquanto me girava. – Por que o Sr Eu Sou Demais ainda não voltou?

Ele tinha razão. Cedrico ainda não tinha voltado com as nossas bebidas. Aquilo estava ficando demasiado estranho, mas eu não liguei muito. Não sei porquê, mas estar com ele me fez esquecer do tempo. A música terminou e eu achei melhor procurar pelo meu par original.

– Er... – disse. – A dança estava boa, mas eu preciso procurar pelo Ced.

– Se precisar da minha ajuda, estarei aqui... – Fred disse e eu assenti.

Percorri o mesmo caminho feito por Cedrico, parando na mesa de bebidas, mas ele não estava lá. Vislumbrei a sua gravata borboleta nas cores da Lufa-lufa caída no chão e fui até lá, escutando alguns sons esquisitos. Botei metade da minha cabeça e não fui percebida pelo casal que se pegava na escuridão.

– Será que ela vai descobrir? – a voz da Chang se fez presente ali.

– Ela é tolinha, acreditará em tudo o que eu disser. – aquele era o Cedrico?

– Então ok, sentirei ainda menos remorso. – ela disse com uma voz rancorosa.

– Meu amor, eu já lhe disse que a única estratégia para eu perder de Harry Potter é o atacando de todos os lados. E nada melhor do que atacar ele...

– Usando a sua irmã? – perguntei cinicamente para o casal, que se soltou às pressas.

– Cathy eu...

– Não Diggory, você não pode explicar merda nenhuma porque eu já vi tudo. – eu disse com raiva. – Você me usou para ganhar o torneio. E isso não vai interferir em nada na vitória do Harry. Ele vai dar taça para Hogwarts, e você, vai ser uma vergonha para a sua casa.

Virei-me e saí de lá a passos largos, indo na direção do jardim, onde Harry e Rony escutavam a conversa de Hagrid e a gigantona da diretora de Beaxbatons. Ignorei-os e andei para mais fundo do jardim. Passei pelo grupo dos gêmeos, que faziam algo imprestável para a ocasião e me sentei em um dos bancos de cimento. Meu corpo estava virado para o público, então eu derramava lágrimas e mais lágrimas. Pensei que Cedrico era alguém bom, mas ele me usou por causa de uma droga de torneio. O banco fez um barulhinho e eu senti uma mão afagar o meu ombro.

– Vai embora Diggory. – rosnei.

– Nossa! – Fred disse. – Eu não sou tão feio.

Virei-me sorrindo. – Não, não é.

Ele deu um sorriso de canto e secou uma das lágrimas que escorriam por perto de meus lábios.

– O que aconteceu? – perguntou.

– Ele me usou. – eu disse. – Ele me usou para atacar o Harry. Ele mentiu para mim. Eu pensei que ele fosse o meu amigo.

Fred me abraçou de lado e afagou meu ombro.

– Olha... Eu nunca passei por isso, mas... Se serve de consolo... Ele não te merece. – ele disse olhando para mim intensamente.

– Tem razão. – eu disse. – Ele não me merece.

– Então por que chorar por alguém assim? – Fred perguntou fazendo graça.

Limpei as lágrimas sorrindo.

– Eu não estou chorando.

– Esse é o espírito da coisa. – piscou. – Feliz Natal Catherine.

– Feliz Natal Fred. – sorri. – Dança comigo?

Estávamos em um canto separado de todos, não soaria estranho se fizéssemos isso. Ele me ajudou num momento de tristeza, nada melhor do que ser gentil com ele por causa disso. Fred segurou minha mão e me conduziu até a grama. Suas mãos pousaram em minha cintura, então começamos a dançar com a mesma suavidade da música. Olhávamos um nos olhos do outro, agradecendo em silencio pela trégua que nos demos. Encostei com suavidade minha cabeça em seu peito e fechei os olhos, sentindo a batida e o peso de seu queixo em minha cabeça.

Nesta noite, o amor está no ar.

É isso Mary? Se sim, é melhor eu passar inseticida, só para o caso de não ser infectada.


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