The Potter Lost In Time. escrita por Mary Dias


Capítulo 12
Comissão de Arranjo de Parceiras para Os Retardados.


Notas iniciais do capítulo

Oie! Aqui está mais um cap. Particularmente, eu acho que ele não é muito bom, mas tudo bem.
Desculpem-me pela demora e por alguns erros. Espero que gostem.



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A semana se passou voando. Eu e Fred não trocamos uma palavra. Não que eu estivesse preocupada com isso. Longe de mim. Estava até mais calma a natureza.

Eu estava no salão comunal, fazia a lição de Adivinhação juntamente com Nat. Ela era terceiro ano, mas sabia um bocado sobre a matéria. Isso já ajudava.

– Com quem você vai ao baile? – inquiri, olhando-a sob as minhas pestanas.

– Com o meu irmão. Tem programa mais divertido? – rimos. – Mas já estou quase desistindo. Do jeito que as coisas vão, só posso aceitar uma coisa... Ele pode se levar sozinho. E eu quero tanto ir...

Minerva disse que os alunos do terceiro ano só podiam ir se alguns alunos do quarto acima os chamassem. É osso.

Ela me fez olhar para um canto beeem isolado do lugar, onde Neville dançava/valsava/fazia alguma merda qualquer, desde que sozinho. Eu olhei para ela e nós caímos na gargalhada. Sério. Tem cena mais esquisita do que um cara dançando sozinho? Não, não tem.

– Olá meninas. – Jorge disse galantemente.

– Oi. – respondemos sem fôlego.

– Posso roubar a Natalie de você um pouquinho Cathy? – assenti, vendo a Pernalonga ir com ele até um canto mais afastado.

Varri os olhos pelo salão e meu olhar cruzou com o de Fred. Revirei os minhas belíssimas esmeraldas – honesta, não? – e voltei a fazer a lição. O que me deixou enrugada foi, por que ele não abriu a bocarra para Harry e disse que eu iria para o baile com Ced?

Sim. Ced. Ele e eu nos tornamos meio que... Sei lá, eu nem sei o que nós somos, mas acho que vai além da amizade.

O ruivo me encarou com fogo nos olhos. Eu dei de ombros debochadamente e saí andando, na direção dos jardins, pensando em como o olhar dele soou para mim. Ciúmes? Er... Não, né? Por favor! Qual é? Ele iria ter ciúmes de mim? Sonha alto Catherine.

Por que ele teve “ciúmes” de mim? Qual é a do Frederico?

Rony apareceu extasiado e sentou-se em um pufe perto de mim. Eu e Gina fomos ao seu socorro.

– O que houve Rony? – perguntei.

– Fleur. – ãn? – Eu convidei Fleur Delacour para ir ao baile comigo. – ele completou.

– Ah! – eu e Gina exclamamos. – E ela aceitou? – a ruiva emendou.

– Não. – eu tive vontade de rir, mas o caso era sério.

Harry apareceu no salão. As bochechas estavam mais vermelhas que os cabelos de Rony. Ele tinha a frustração expressa em sua face. Eu hein.

– Convidou a Delacour para o baile e ela não aceitou, foi? – debochei dele aos sussurros.

– Não. – ele disse encolhendo os ombros. – Tentei convidar Cho Chang, mas ela não aceitou. Já tinha par.

Revirei os olhos. Harry e esta porra desta paixonite por Cho Putang! Será que ele não vê que há uma garota com cabelos em chamas que o ama bem ao seu lado? Que merda!

– Por que você não vai com a Gina? – ela arregalou os olhos. – Tenho certeza de que Rony não vai se importar...

– Não posso. – a ruiva me interrompeu. – Já vou com Michel Corner, ele e eu estamos saindo...

Nem foi preciso completar. Eu já sabia que ela não ia esperar pela lerdeza do meu irmão. Isso já era de se esperar.

– Olá Harry. – Parvati Patil passou por perto de nós e falou. Desde que Harry capturara o ovo fora assim.

Ideia! Sou um gênio! Igualzinha a minha mãe. Ok parei.

– Hey, Parvati! – ela me encarou. – Você e Padma gostariam de ir ao baile com Harry e Rony?

Mais direta que uma bala, essa sou eu.

– Claro. – ela saiu de lá dando risinhos histéricos.

– Resolvido, não acha? – perguntei para eles, que assentiram. – Nem precisam me agradecer. – pisquei marota e voltei a minha lição de Adivinhação.

Nat apareceu na mesa com um sorriso bobo.

– Viu um passarinho verde, Longbottom? – ela me encarou assustada.

– Não. Foi vermelho. – sorriu. – O Jorge me convidou para o baile.

Meu olhar passou para a mesa em que Jorge dividia com o irmão. Mais uma vez o olhar de Fred se cruzou com o meu e mais uma vez eu revirei meus olhos.

– Pelo menos ele é legal. – sorri. – Agora me ajuda na lição da Trelawney!

Nat riu, mas mesmo assim me ajudou.

A Trelawney é muito hilária. Ela predisse a minha morte, mas até agora ainda não aconteceu. Graças a Deus! Essa aula não era importante na realidade, mas precisávamos dela para as notas finais. Suspirei cansada, largando-me na cadeira.

– Sem molezas Potter! – brincou Nat.

Sorri. – É inevitável. Como está a posição de Vênus?

– Vênus não está aparente no céu, o que significa que... – ela olhou com uma pequena luneta. –... É. Parece que a Trelawney tá certa. Muitos maus agouros surgirão a partir de agora em sua vida.

O lance da lição era o seguinte: tínhamos que fazer uma redação de um pergaminho inteiro dizendo como a posição de Vênus influenciaria a nossa vida. Então, eu serei obrigada a me lastimar o máximo possível para obter uma nota no mínimo aceitável.

Ao terminarmos a tarefa, encaminhamo-nos para os nossos respectivos dormitórios, para um descanso merecido.

A mesa do café da manhã estava impecável. Já era hora das cartas chegarem à mesa. Desde o meu primeiro dia em Hogwarts, eu notei que nem eu nem Harry recebíamos cartas com frequência. Segundo ele, nossos tios nem sabiam que eu existia! Isso era megainjusto, já que minha mãe teve que aguentá-los por um bom tempo. Eles provavelmente só cuidavam de Harry porque não tiveram outra opção.

– Aqui está a sua entrega, senhor Weasley! – disse um menino loirinho dos olhos cor de mel, segurando uma enorme caixa com um embrulho pardo.

– Obrigado Nigel! – Rony disse sorridente, mas o garoto não se foi, ele encarava Harry com um sorriso presunçoso. – Pode ir agora, prometo que peço a ele depois.

– Pedir o quê? – Harry questionou-o assim que Nigel saiu de lá.

Ele era da Grifinória, e me encarava como se eu fosse filha de Afrodite. Encarei Rony.

– Ele pediu um autógrafo de você Harry. – respondeu.

– E você prometeu pedir um autógrafo do Harry em troca dos serviços dele? – Hermione perguntou e o ruivo assentiu. – Você é patético Ronald!

– Ah me deixa Hermione! – eles praticamente brigavam o dia todo.

– Abre logo! – eu disse, para encerrar o assunto.

– Ok!

Ele abriu e de lá tirou um...

– Vestido? – perguntou Rony, visivelmente confuso.

Aquilo não era um traje a rigor. Era um ultraje! Era uma peça amarelo caramelo, com babados e muitas contas. Mais parecia uma peça usada na época medieval.

– Gina, mamãe está ficando caduca. Ela me enviou o seu vestido – ele disse apontando a coisa para sua irmã.

Eu e Mione nos entreolhamos e vimos o nome que havia lá: Para Ronald Weasley. Rimos.

– Não é da Gina! – Hermione disse segurando o riso. – É seu. Um traje a rigor.

– O quê! – ele ficou indignado. – Eu não vou usar isso! É mais velho do que a minha tia Muriel! – rimos.

– Tem até uma touca! – Harry brincou, mostrando o que seria uma possível gravata. Rony deu uma tapa na mão dele. – E olha, combina com seus olhos!

Revirei os olhos de tanto rir.

– Hey Weasley, gostei do vestido. – por que o Malfoy tem que ser tão chato?

– Vá à merda Malfoy! – Rony murmurou.

De todo o território de Hogwarts, a parte que eu mais gostava era sem sombra de dúvidas, o corujal. Eu passava horas a fio lá. Bem, sempre que eu estava sem nada para fazer, que agora, conforme a proximidade do Baile de Inverno, meu tempo se tornara relativamente escasso.

Eu tentava procurar algum meio de fazer com que Frederico Weasley saísse de meus pensamentos. Eu tentava expulsá-lo de minha mente, mas sempre algo em mim – ou em minha linha de pensamentos – fazia com que eu me lembrasse de seu sorriso. O modo com que seus cabelos meio-grandes voavam quando ele balançava a cabeça quando ria.

– Linda a vista, não? – uma cascata ruiva sentou-se ao meu lado.

– Sim. – respondi sincera, sem me virar para encará-la.

– Um bolinho de caldeirão por seus pensamentos. – Gina disse divertidamente (assim como seus irmãos).

– Não gostaria de saber. – encarei-a, mas algo nela me dizia que não iria aceitar não como resposta. – Ok. Eu pensava em maneiras de matar seus irmãos.

Irmãos? – questionou-me cética.

– É. O que há de esquisito nisso? – voltei a olhar o horizonte.

– Nada, é que me parece que você está com raiva do Fred. Por quê? – sério isso?

– Eu estou bem. – isso aconteceu há uma semana! Argh! – Sério, estou bem! – completei assim que ela levantou a sobrancelha.

– Fala! – ela rosnou.

– Er... Sério ruiva, nada! – pus uma mecha de meu cabelo enrolado na trança. – Eu estou bem, apenas um de seus irmãos colocou algo em minha cama. – sorri amarelamente.

– Hum... Tá... É... – ela foi se afastando. – Er... Cathy... – encarei-a, que estava com um pedaço de seu corpo aparecendo no portal. – O Fred colocou algo em sua cama ou em seu coração?

Eu abri a boca para responder, mas ela já havia ido. Eu suspirei pesadamente e relembrei aquela pergunta.

O Fred colocou algo em sua cama ou em seu coração?

Nem mesmo eu sei mais.


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