A Ordem dos Nove Reinos - Agents of S.H.I.E.L.D escrita por Jessyhmary


Capítulo 27
Alan Ward


Notas iniciais do capítulo

Olaa!! baby's!! Mais capítulo para nós!!
Muito obrigada por todos os comentários, você são ótimos! Saibam que eu tô tirando tempo de onde não existe! kkk Mas acho que tá dando certo! Espero que curtam o capítulo...

#BoaLeitura! :)



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Jacob entrou na casa sem pensar duas vezes. Ele não poderia ficar mais encrencado do que estava. No andar de cima, Alan já ouvia os passos de alguém nada sutil percorrendo a casa, revirando cada lugar que ele pudesse estar. O garoto correu até a mesinha e pegou a pistola com as balas de borracha que havia ganhado de presente alguns meses antes. Escondeu-se embaixo da cama e apenas esperou que a pessoa roubasse o que quisesse e fosse embora.

Mas a pessoa não foi.

Alan sentiu sua respiração pesada, a asma estava começando a atacar. A bombinha ficava numa gaveta ao lado da cama, mas não havia tempo. Jacob subia as escadas como um predador que está disposto a ter o seu devido jantar. O garoto piscou os olhos algumas vezes até ver um par de pernas se aproximando. Apontou a pistola para qualquer direção, apenas na tentativa de assustar quem quer que se aproximasse dele. A asma novamente. Alan puxava o ar com força, mas era como se seus pulmões se recusassem a segurá-lo por muito tempo. Seu coração acelerou. Jacob atravessou a ilha de brinquedos, quebrando pelo menos um a cada pisada mais forte no chão de madeira. Alan segurou o choro.

– Cadê você, pirralho? – A voz forte de Jacob fez o menino tremer debaixo da cama. – Não adianta se esconder por muito tempo. Isso só vai piorar as coisas... Anda! Saia de onde estiver!

Alan se encolheu ainda mais na tentativa de ficar invisível, mas no fundo sabia que estava no lugar mais previsível possível.

– Anda, moleque! Eu não tenho o dia todo! – Jake chutava os brinquedos violentamente.

O menino ameaçou um choro, mas foi forte como a mãe o ensinou. Foi para o lado oposto em que ele estava e segurou sua arma com as duas mãos, apontando-a na direção de Jacob. O mais velho levantou as mãos em deboche, como se realmente estivesse com medo que ele fizesse alguma coisa.

– Uou, uou, uou, carinha – ele deu um passo para trás, rindo da ingenuidade do garoto. – Acho que vou embora com essa. Tem um garoto armado apontando a arma para mim. – ele disse com ironia.

– Vai embora da minha casa ou meu pai vai matar você! – ameaçou Alan, blefando descaradamente.

– Nossa – Jacob abaixou os braços e seguiu na direção do menino. – Quem é o seu pai? Você é filho de um policial?

– Pior. Meus pais são agentes da CIA – Alan deu um passo para trás, ficando perto da janela do seu quarto. – E você tá encrencado.

– Não – Jacob pulou por cima da cama do menino e Alan atirou assustado, errando a mira e atingindo o braço dele superficialmente – Você é quem tá.

– Não! Me solta! Socorro! – Alan gritou, batendo nos braços dele com toda a força que tinha.

– Pare de lutar, pirralho! Você só vai se desgastar!

– Pra onde cê tá me levando? Você não é um ladrão normal?

– Hoje não, garoto – Jacob abriu a porta da frente com um chute, trazendo Alan com um braço só, pela cintura. – Hoje não.



(...)



– Grant...

– Você já falou meu nome dez vezes, Sammy – Ward a observava se desconcentrar constantemente. – O que é tão importante que eu saiba?

– É que... Tem... Tem outra pessoa na minha vida.

Outra pessoa? – Ward franziu a testa e virou-se para ela, colocando as mãos na cintura. – Como assim, Samantha? Um namorado? Um noivo? Um...

– Um filho.

Ward sentiu seu peito queimando como se tivesse sido atingido por uma ICER. A ideia de que de repente existia mais alguém em risco, pareceu sugar todo o ar dos seus pulmões. Principalmente porque esse alguém – diga-se de passagem uma criança inocente – tinha o seu sangue também.

– Um filho?! – Ward ameaçou sentar-se, mas logo em seguida voltou atrás, ficando de pé e completamente desnorteado. – Sammy... Depois de... Por que não me disse isso antes? Por que esconder algo tão importante assim de mim? Por que...

– Porque é doloroso demais, Ward! – Ela gritou, pondo-se de pé e o encarando com os olhos cheios de lágrimas. – O que você acha? Meu filho de seis anos está sozinho em casa, Ward! So-zi-nho! – ela perdeu o controle e voltou a sentar-se, agora escondendo o rosto com as duas mãos. – Você acha que eu não quis falar dele no momento em que te encontrei? Você acha que eu não penso nele todos os instantes?

– Mas por que não me contou? – Ward baixou o tom e sentou-se ao lado dela, vendo o estado em que ela se encontrava. – Eu teria entendido...

– Claro que teria – ela o olhou com tédio. – Eu faço trinta e um anos em menos de um mês, Grant. Não sou mais a sua irmãzinha mais velha. Eu tinha uma vida antes, sabia? Uma vida boa... E agora eu já estou perdendo o controle do tempo aqui... – ela deixou as lágrimas rolarem. – Parece que já se foram séculos... Tô com medo, Alan está sozinho... Não sei se tá comendo direito... Ou melhor... A casa deve estar uma zona...

Alan? – Grant não pôde deixar de sorrir, sentindo os olhos ameaçando lacrimejar. – Meu sobrinho se chama Alan Ward?

– Hill – ela corrigiu. – Lembra que Maria nunca soube quem era a minha família? Quando fugi de casa não estava com nenhum documento, então... Meu nome é Samantha Hill, não Samantha Ward. – ela deixou escapar um sorriso. – Mas o “Alan” foi em homenagem a ele, sim.

– Taylor Alan Ward – os dois repetiram juntos e Samantha desatou a chorar.

– Sinto tanto a falta dele – Samantha balbuciou em meio ao choro. – Se algum dia eu encontrasse o desgraçado do Jacob... Eu encheria a cara dele de bala.

– Eu não sei o que eu faria se o encontrasse. – Ward abraçava a irmã enquanto sentia seu rosto esquentando. – Sinceramente eu não sei.

– Aquele assassino precoce... Eu nunca vou esquecer aquele dia.

– Foi o pior dia da minha vida, Sammy – Ward segurou o rosto da irmã e a olhou firme nos olhos. – Mas eu cansei de ser um assassino. O que Garrett fez comigo... Eu não quero mais ser aquele cara.

– Você é bom, Ward – Sammy sorriu, alisando o rosto dele e enxugando a única lágrima que escorria do rosto dele. – Você só caiu nas mãos erradas. Algumas vezes.

– Eu queria descontar toda minha raiva nele, Sammy. Por fazer aquilo com o Taylor... Mas... Isso não iria trazê-lo de volta.

– Eu não ligo pra isso – Samantha enxugou as lágrimas e fechou o punho com força. – Aquele desgraçado tirou meu irmãozinho de mim. No dia que eu encontra-lo... Ele vai descobrir o quanto eu treinei com a Bobbi.

– O quanto você... O quê? – Ward se perdeu no meio da conversa. – Você treinou com a... Harpia?

– É, pois é... Já mencionei que nós duas éramos parceiras de equipe, Grant! Ela era uma das poucas que sabiam do meu negócio com a S.H.I.E.L.D. – ela falava com uma naturalidade descomunal. – E cheguei a treinar com Melinda May quando ela passou um tempo morando comigo e com a Hill... Mas óbvio que ela não sabia que a Hill já tinha esse plano doido de me infiltrar na coisa toda de S.H.I.E.L.D. e CIA. A May é uma lenda. Adorava treinar com aquela mulher.

Ward ficou pálido.

Samantha havia treinado com Melinda May.

– Ward? – Samantha acenou para Grant, mas ele estava fora de área. – Eu disse alguma coisa errada?

– Oi? – ele piscou os olhos, como se estivesse voltando de um transe. – Não, nada... Só parei quando você mencionou a Cavalaria.

– Não a chame assim – Samantha o repreendeu. – Melinda é ótima. A gente brincava antes dizendo que ela era nossa mãe – ela sorriu ao lembrar-se disso. – Ela morou um tempo com a gente depois que terminou o namoro com o Phil.

Ward não disse nada, apenas estava se recuperando as últimas informações.

– Não tô acreditando – Samantha olhou incrédula para ele. – Você também não sabia sobre Philinda? – A garota deu uma gargalhada contagiante. – Você não era mesmo um agente da S.H.I.E.L.D, cara...

– Hey! A May nunca me contou nada da vida dela, a gente só...

Ele se enrolou nas palavras e Samantha percebeu o que estava acontecendo.

– Sem chances... Você ficou com Melinda May?! – ela deu um tapa no braço do irmão, agora surpresa. – Seu cafajeste! Não deve ter sido nada bom quando ela descobriu que tu era um traidor – Samantha deu mais uma risada, não conseguindo se conter. – Gênio!

– Foi doloroso, sabia?

– Claro que foi, Ward! Tu foi mexer com a fera, irmãozinho... Se eu fosse você... Ficaria aqui mesmo em Asgard. Acho que é melhor do que levar outra surra da May.

– Não foi bem uma surra – ele tentou desconversar.

– Ah é? – ela levantou-se da cama e apontou para o pé dele. - E o que é isso estranho no seu pé? Parece bem recente...

– Tá legal, tá legal... Eu mereci isso, okay? – ele levantou as mãos se rendendo enquanto ela ria dele ainda. – Podemos mudar de assunto?

– Então, resumindo... – ela respirou fundo e sentou-se na cama. – Meu pequeno Alan está em casa. E eu tenho medo de que algo aconteça.

– Ele é seu filho, Sammy. – ele segurou a mão da irmã e a envolveu com a outra mão. – Ele vai ficar bem. Nada vai acontecer a ele.

– Você não pode garantir nada, Ward. – ela suspirou mais uma vez, estando mais calma agora. – Mas eu já falei com alguém que pode.



(...)



– Olha só o que temos aqui – Loki olhava para o garotinho, que ainda fazia cara de bravo para eles. – A pequena cria da desobediente.

– O que vocês querem comigo?

– Nada de especial, garoto.

Jacob ainda segurava o garoto quando pensou ter visto algo se movendo no céu.

– O menino é filho de agentes, senhor – Jacob alertava, sem ao menos saber pra quem estava trabalhando. – Isso não pode se tornar um problema?

– Não, meu caro servo – Loki deu alguns passos em direção ao menino. – Na verdade, é exatamente por isso que o estamos levando.

Loki estendeu o cetro para o garoto e fez um movimento com a mão, dizendo para Jacob se afastar dele. Em alguns milésimos de segundo, uma luz azul brilhante reluzia em um cubo. Os três seriam transportados para Jotunheim para que Loki pudesse prosseguir com sua vingança.

– Não! – o garoto gritou, fechando os olhos com as mãos.

– Melinda, agora!

Hill e May praticamente pularam do Helitransporte, na tentativa de salvar o garoto. Maria praticamente jogou-se sobre ele, empurrando-o para trás. Melinda já estava em solo e o segurou antes que ele caísse com a cabeça nas pedras do jardim.

– Alan, você está bem? – May perguntou, abraçando o garoto que chorava como um bebê. – Você está ferido?

O menino apontou para o joelho e mostrou o machucado que não passava de um corte superficial.

– Eu quero a mamãe! – ele continuou chorando, voltando a jogar-se nos braços de May.

– Nós estamos trabalhando nisso, querido. – ela ajeitou o cabelo do garoto e enxugou as lágrimas dele. – Agora preciso que você venha comigo e com a tia Maria, tudo bem?

Alan fez que sim com a cabeça e abraçou a asiática. May pegou o garoto no colo e sinalizou para o helitransporte, pedindo ajuda para coloca-lo para dentro.

– Hill, eles estão descendo os cabos, temos que ir!

May olhou em volta e não viu sinal de Hill. Também percebia que Loki e Hela haviam sumido. Lembrou-se do grande raio azul que quase levara Alan para outra dimensão.

– Cadê a tia Maria? – Alan voltou a olhar em redor, com as mãozinhas quase cravadas nas costas de May. – ela tava bem ali.

May xingou Loki mentalmente. O desgraçado havia levado Maria no lugar de Alan.

– Vamos para dentro, querido – ela correu com o garoto em direção ao helitransporte. – Vamos conhecer a S.H.I.E.L.D.


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Notas finais do capítulo

Eita... Vão levar todo mundo mesmo?? O_O

— O que acharam??

#Itsallconnected! :)



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