A Ordem dos Nove Reinos - Agents of S.H.I.E.L.D escrita por Jessyhmary


Capítulo 14
Mancha de Sorvete


Notas iniciais do capítulo

Olá amores!! Não tenho nadinha a dizer hoje.. rs apenas:

#BoaLeitura! :)



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“Esse é o seu plano, então?”

“Tem uma ideia melhor, Tartaruga Ninja? A CIA também tem os seus truques.”

“Como quiser, então. Contanto que ajude a tirar a gente desse buraco nojento...”

“Ward... Quando sairmos... Você é um homem morto!” – Sam ameaçou.

“Você vai me salvar pra depois me matar?” – Ward não evitou sorrir.

“Que seja, seu traidor!”

Os dois continuaram conversando em códigos, agradecendo por terem desenvolvido aquela linguagem na infância. Eles mesmos nunca imaginaram que aquilo poderia ser realmente útil, que poderia salvar suas peles.

“Pela manhã, então.” – ele ignorou o insulto da irmã.

“Pela manhã, bastardo.”



(...)



– Nossa, que bonitinho! – Skye bateu palmas com os olhos arregalados. – A Hill não é tão durona afinal de contas. Ela e May se conhecem há um tempo também, não? Tipo, você disse que foi S.O delas duas.

– Sim. Elas se conheceram logo no primeiro ano na S.H.I.E.L.D.

– Ah, okay – ela murmurou e colocou uma pilha de arquivos já revisados sobre a mesa, enquanto encarava Coulson com uma cara travessa. – E quando você a pediu em namoro?

– Quem pediu quem em namoro? – Melinda retornou à sala do diretor e pegou a frase pelo final, fazendo Coulson se engasgar com o café que bebia. – Tudo bem, Coulson? – May perguntou, arqueando a sobrancelha enquanto assistia o chefe tossir algumas vezes.

– Não é nada... Coulson só estava falando da violoncelista. – Skye tentou contornar a situação.

Ela voltou seu olhar para Phil e notou a coloração avermelhada que ia tomando conta do rosto do chefe. No fundo, ela queria mesmo que ele estivesse falando dela. Deles. Mas era apenas sobre Audrey. Talvez ele nunca a tivesse esquecido. Talvez fosse tarde demais para um recomeço.

– Audrey, hum? – ela o interrogou, com uma ponta de desapontamento.

– S-sim – ele respondeu simplesmente quando conseguiu voltar a falar. – Você sabe como é a Skye... Sempre querendo saber de tudo!

– Ei, mas eu não...

– Não interessa – May cortou a fala da garota. – Eu estava apenas... Verificando onde todos estavam – ela gaguejou um pouco. – Simmons estava perguntando por você lá no corredor.

– Mas eu havia avisado a todos que estaria aqui com...

– Ela pode ter esquecido – May interrompeu novamente a garota, parecendo desconfortável com aquela situação. – Enfim, só passei para ter certeza.

Antes que Skye pudesse abrir a boca pra fazer mais perguntas, May andou alguns passos e em três segundos estava fora da sala, saindo repentinamente. Suspeito.

– Eu hein... Essa mulher fica mais estranha a cada dia.

– Deve ser a missão.

– Não... Ela parecia mais... Não sei... Não engoli essa de “estava verificando onde vocês estavam”. Desde quando ela virou minha babá?

– Skye...

– Não é nada pessoal, Coulson. Eu já entendi que ela se preocupa com a equipe. Só acho que ela está escondendo algo – a garota o olhou, conspiradora. – E eu vou descobrir o que é.



* Chicago, vinte e nove anos atrás. Um ano após a Cerimônia de Oficiais da S.H.I.E.L.D.



– E então, o idiota puxou o meu braço achando que eu começaria a chorar!

– Nossa, que babaca!

– Sim! Aí quando ele virou de costas eu apenas torci a mão dele e o derrubei com uma rasteira... E ele... Bem... Caiu numa poça no meio da rua.

– Sem chance! – Phil dava altas risadas com a história dela antes de dar outra mordida no seu hambúrguer. – Você enfrentou o valentão?

– Óbvio que enfrentei! – Melinda deu um soco leve no braço de Phil e ele levantou as mãos se rendendo. – Eu não poderia deixar ele sair impune daquilo!

– Muito bem, Melinda May – Phil levantou-se da cadeira e fez uma reverência para ela. – Como seu oficial superior, eu lhe promovo a agente nível 2.

– Para com isso, Coulson! – ela o puxou pelo braço, trazendo-o de volta à cadeira. – Os testes para nível 1 começam apenas na semana que vem... E você não tem poder para isso ainda. – ele sentou-se de volta e ela sorriu. – Mas obrigada, ainda assim.

Ele havia terminado o seu hambúrguer e ficou apenas observando a linda garota asiática tomar seu sorvete. Ele não podia esconder que a admirava, era impossível não ser atraído pelo seu rosto e pela sua voz, sem falar que ela era diferente da maioria das garotas que ele conhecera na academia. Ela era... Bem, diferente.

– O que foi? – ela perguntou, enquanto ele parecia extasiado na frente dela. – Coulson? – ela passou uma mão na frente dos olhos dele, buscando obter alguma resposta.

– O-oi... O que? – ele voltou pra Terra, confuso.

– Você.

– Eu o quê?

– Você congelou.

– Quando?

– Agora.

– Agora? – ele perguntava com um tom irônico.

– Agora, agorinha. – ela respondeu, entrando na onda do cinismo dele.

– Tem certeza que...

– Tá bem, Phil! Você venceu!

– “Phil?” – ele repetiu as palavras dela. – Você me chamou de Phil?

– Não! – ela mentiu, corando em seguida. – Eu disse “viu” – tentou contornar. – “Tá bem, viu!

– Não – ele discordou, achando aquilo tudo muito engraçado. – Eu ouvi você dizer meu nome, nitidamente.

– E qual o problema com isso? – ela admitiu por fim, ficando um pouco mais séria.

– Nada – ele coçou a cabeça, desajeitado. – É só estranho. Você sempre me chama de “Coulson”. Só estranhei.

– Não tem nada de estranho nisso. É o seu nome.

Ele começou a rir e ela ficou mais séria ainda, sem entender onde raios aquele garoto via tanta graça nas coisas.

– O que foi dessa vez? – ela colocou uma das mãos na cintura e apertou mais ainda seus olhinhos chineses. – O seu nome...

– Não, não tem nada a ver com o meu nome. – ele dizia, deixando escapar um risinho. A asiática apenas revirava os olhos.

– Então o quê?

– Seu rosto.

O que que tem?

– Está sujo de sorvete.

– Aonde?

– Aqui.

Ele aproximou-se dela na mesa e, com a ponta do polegar, limpou a pequena mancha de sorvete que havia na bochecha da garota, demorando-se mais tempo do que devia. Ele provavelmente nunca havia estado tão perto dela desse jeito, exceto nos treinos, mas como ambos sempre estavam muito concentrados, nunca haviam se notado dessa maneira. Ele sentia a pele quentinha e macia de Melinda e quando deu por si, estava alisando o belo rosto da oriental, que havia fechado os olhos, provavelmente por impulso.

– Obrigada. – ela afastou-se dele depois de alguns segundos. Estava nitidamente desnorteada.

– Sim, claro. – ele respondeu, também voltando para o seu lugar na cadeira.

– Bom, acho que devemos voltar para a classe – ela disse, pegando sua mochila e colocando nas costas novamente. – Não tem mais nenhum aluno aqui no refeitório.

– É mesmo.

Ele concordou e imitou a garota, colocando a mochila sobre as costas e seguindo em direção ao corredor.

Melinda caminhava na frente dele e seus cabelos lisos, negros e soltos balançavam de um lado para o outro, num movimento que parecia hipnotizar o agente que a acompanhava. Bem, ele já deveria saber que àquela altura, ele não apenas a admirava. Na verdade, àquela altura, já estava tudo muito óbvio.

– Melinda, espera – ele a segurou pelo pulso, antes que ela colocasse o primeiro pé no corredor. – Seu rosto...

Ela parou exatamente ao lado da parede que separava o corredor do refeitório e, quase involuntariamente, deixou o peso do seu corpo descansar sobre o azulejo branco da coluna. Phil deve ter ensaiado alguma coisa na sua cabeça, mas no momento, as palavras simplesmente fugiram dele. Apenas teve coragem para segurar o rosto dela, usando a coluna para prender a garota a ele. Não podia deixar aquela chance escapar.

Ela o olhou num misto de surpresa e ansiedade, seu coração estava descompassado. Eles estavam tão próximos um do outro que suas respirações se misturavam, apenas deixando seus corpos mais tensos. Ela apenas esperava que ele dissesse algo, enquanto revezava o foco de sua visão entre os olhos e os lábios do rapaz à sua frente. Sim, estava muito óbvio.

– O que tem o meu rosto? – ela perguntou quase sussurrando.

– Acho que ainda está sujo de sorvete.

Num impulso, ele diminuiu a distância de seus corpos e a beijou lentamente, enquanto uma de suas mãos a puxava pela nuca. Nem mesmo fazia ideia de quanto tempo esperara para fazer aquilo, mas talvez, fosse desde o dia que tomara um banho de lama de uma garota asiática dirigindo um Santana vermelho.


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Notas finais do capítulo

OMG, My heart... Just, What?? #PHILINDA!!!!

— O que acharam?

#itsallconnected #StandWithSHIELD :)