A Ordem dos Nove Reinos - Agents of S.H.I.E.L.D escrita por Jessyhmary


Capítulo 15
Uniforme da CIA


Notas iniciais do capítulo

Olá amores! Informe novo! rs
Termos menos demora nas postagens de capítulos agora! :)
Tá meio maluco esses dias, mas... Vamos ligar o Turbo novamente! YEY!
Vamos ler?

#BoaLeitura! :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/506407/chapter/15

– Você não me explicou ainda como veio parar aqui. – Ward sentou-se novamente no chão e procurou um assunto qualquer.

– Do mesmo jeito que você.

– O quê? Você teve a Lady Sif no seu encalço e ela disse que você era perigosa demais pra ficar na Terra?

– Não, seu idiota! – ela respondeu deitando-se no chão gelado de sua cela, cruzando as mãos atrás da cabeça. – Eu fui sequestrada por um asgardiano. Sem nenhuma cerimônia. Estava voltando pra casa e ele simplesmente parou na minha frente. Foi estranho.

– Escuta. – Ward deu três batidas na parede, sinalizando que aquilo precisava ser uma conversa particular.

“Isso tudo é culpa minha.” – ele explicava a ela. – “Eu fui um idiota e me juntei à essa seita maldita... Não sabia que tudo isso ia acontecer. Loki quer algo de mim e... Se eu não fizer, você sofrerá as consequências... E eu não posso deixar que isso aconteça.”

“Faça o que tiver de fazer, Ward.”

Se ela tivesse falado aquilo, ao invés de emitir sons indefinidamente, ele teria ouvido seu tom se alterar. Desde sempre, Samantha demonstrava uma personalidade forte e um tanto quanto rebelde quando se tratava de respeitar regras que ela achava que eram desnecessárias e inconvenientes.

“E perder você? Tá doida? Acabei de te encontrar...”

“E se o mundo inteiro estiver em jogo? Não vai ter pra onde voltar se o mundo for explodido, fofinho.”

“Tem de haver um jeito de salvar o mundo e continuar tendo uma irmã.”

“Deixa de drama, você está louco pra se livrar de mim.” – ela brincou, descontraída como sempre.

“Cale a boca, Marshmallow Gigante!” – ele alterou o apelido dela. – “Você não sabe o que tá dizendo.”

“Cale a boca?” – ela pronunciou em voz alta e ele percebeu a furada. – Eu estava calada o tempo todo, Tartaruga Ninja!

– Ha-ha-ha. – ele respondeu com ironia. – Muito engraçadinha.

– Você foi que não prestou atenção aqui, Sr. Concentrado.

– Tudo bem... Meu erro – ele jogou as mãos pra cima, como se Sammy pudesse vê-lo através das paredes. – Escuta...

“Voltando à fuga... Você bem que poderia explicar esse plano direito, não poderia?”

“Sim.”

“Então pode começar.”

“E acabar com a diversão?” – ela respondeu, segurando o riso do outro lado.

“Onde raios você está vendo alguma diversão aqui, sua louca? Estamos presos em outro mundo, literalmente... Se tem uma parte divertida, acho que não me apresentaram ainda.”

“A parte divertida é que eu fui sequestrada há pouquíssimo tempo e estou com a mesma roupa ainda”

“Wow... Isso é realmente animador.” – ele respondeu ironicamente e ela pode ouvir um estalo de mão na testa do outro lado. – “Fico feliz que você ame a roupa que você está usando mas isso não vai ajudar em nada.”

“Retardado” – ela ofendeu.

“Ei, não precisa...”

“Fica quieto, por favor? Duas pessoas socando as paredes de uma sala é até normal para prisioneiros que acabaram de ser presos e não se conformam, mas nesse ritmo a gente vai chamar mais atenção do que o normal!”

“Tudo bem” – ele concordou.

“Só escuta, tá bem?”

“Tá.”

“Enfim, eu estou com a mesma roupa. Como você não está me vendo, bom... Eu estou aparentemente vestida como uma mulher comum, mas eu sempre uso meu uniforme da CIA por baixo da roupa. E esse uniforme é cheio de... Bem, utilizades.”

“Interessante” – ele arqueou uma sobrancelha, franzindo a testa logo em seguida e voltando a dar pequenas batidas na parede. – “Que tipo de utilidades?”

“Tipo um dispositivo que pode emitir uma frequência alta de som e estilhaçar essas paredes.”

“Não, isso faria muito barulho.”

“Eu sei, calma! É só uma das coisas, deixe-me falar! Mandei ficar calado e me ouvir.”

“Calado eu tô” – ele brincou dessa vez.

“Você não vai querer que eu use esse dispositivo de frequência sonora nos seus ouvidos quando a gente sair.”

“Okay, continue.”

“Eu posso ficar invisível por alguns minutos, filho. Quer algo mais silencioso do que isso?”

“Sério?”

“Seríssimo. É uma tecnologia parecida com a Camotec que a sua S.H.I.E.L.D utiliza. É feito basicamente utilizando-se o retroespalhamento da luz incidente, é um lance que envolve micro espelhos e eu consigo duplicar a minha imagem, sacou? Como num holograma bem convincente.”

“Isso parece muito Fitz-Simmons.” – ele coçou a cabeça. – “Óbvio que não entendi como acontece, mas só preciso saber dos resultados.”

“Enfim, o caso é que eu posso me camuflar por no máximo cinco minutos, dependendo do ambiente em que eu estiver. Como essa sala é monotamente monótona, é tempo o suficiente para que eu saia.”

“Mas pra você sair, alguém de fora precisa abrir a porta da cela e você precisa ter uma ‘Samantha alternativa’ aí dentro, não?”

“É exatamente isso que eu vou fazer.”

“E dá?”

“Dá, lesadinho! Uma ‘eu’ vai ficar visível, no caso a ‘eu holograma’. E a ‘eu verdadeira’ vai sair invisivelmente pelo portão. Você só vai ter o trabalho de descobrir a senha da sua cela.”

“Ótimo. Você sai e eu fico preso, então.”

“Oh, céus! O que te ensinaram na S.H.I.E.L.D? No pouco tempo que eu passei com a Hill, aprendi mais coisas do que você em todos esses anos lá dentro!” – ela deu uma pausa para suspirar. – “Okay, vamos lá... Pela numeração básica, a minha cela será a primeira a ser visitada. Eu vou sair da cela enquanto estiver invisível e quando aquele asgardiano estiver abrindo o portão da sua cela, eu decoro a sequência numérica. Eu vou estar invisível mesmo...”

“Mas por que ele vai abrir a minha cela se pode passar a comida pelo portão?”

Samantha deu uma pausa. Aquela parte não seria tão agradável para seu querido irmãozinho.

“Porque você vai estar machucado demais pra se levantar.”

“Oh droga.”

“É isso, ou morrer aí dentro. Daqui a alguns dias, eu vou a julgamento, porque óbvio que vão notar minha presença aqui e Loki vai me acusar de algo que eu não sei e vão me dar roupas de presos e bye bye dispositivos legais.”

“Entendi, entendi. Vai ser o joelho. De novo.”

“Ótimo! – ela respondeu inocentemente, corrigindo-se pouco tempo depois. – Digo... boa sorte.

“Valeu. Vou precisar, mesmo.”

“Prepare-se, irmãozinho. Começamos amanhã de manhã.”

Ela anunciou e ele apenas respondeu alguma bobagem em voz alta pra confirmar que estava dentro do plano. Em seguida os dois ficaram em silêncio olhando para os dedos feridos de tanto socar a parede, mesmo que com pouca força. A pele havia sido desgastada e o pulso estava dolorido. Aquela havia sido uma conversa e tanto.



(...)



– Mentira! – Skye deu um pulo no sofá e bateu palmas, voltando a espalmar as mãos nas bochechas. – Você usou essa desculpa esfarrapada pra beijar a May?! – a garota se divertia à custa do diretor.

– Sim, usei. – ele admitiu, corando um pouco ao contar àquilo para Skye. – Mas funcionou.

– Ah, mas isso porque ela já gostava de você! Se fosse hoje em dia não colava não.

– Skye...

– É sério! – ela agrupou mais uma pilha de arquivos e os estava colocando em ordem alfabética. – Um dia, um cara chegou com uma dessas pra cima de mim num bar e acabou com um Martini nas calças.

– Okay, acho que não vou querer saber o que ele disse...

– Não, não vai. Mas não vai mesmo! – ela frisou o “mesmo” apertando os olhos ao pronunciar a palavra arrastada. – Mas eu não consigo imaginar a May indefesa...

– Eu nunca disse que ela era indefesa.

– Ah, mas tipo... Deixando-se dominar desse jeito... Bem, não é exatamente essa a palavra, mas... Assim, vulnerável sentimentalmente falando... Tipo, não imagino ela nervosa por um cara, ou tímida, ou sem saber o que fazer... Algo assim.

– Ela tinha dezoito anos, Skye. Era ainda mais nova do que você. E era teimosa, um pouco rebelde, mas muito compenetrada na sua formação como agente. Ela também derrubava coisas, tropeçava e ficava sem jeito na frente de muitas pessoas. Ela era uma garota normal de dezoito anos.

– Não consigo imaginar. Às vezes eu imagino ela nascendo tipo... Sei lá, com uma faca na mão ou algo parecido. É um milagre a mãe dela não ter morrido no parto.

– Skye, não seja má...

– Não é maldade, é sinceridade! – ela sorriu, levantando os braços em sinal de desculpas. – Eu tipo, amo a May, ela é meu super exemplo aqui dentro – ela deu uma pausa, ficando um pouco mais séria e aconchegando-se no sofá. – Só queria saber onde se meteu essa garota de que você tá falando.

– Eu também, Skye. – ele tocou a miniatura da Lola mais uma vez antes de guarda-la na gaveta novamente. – Eu também.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Amo essa Samantha, cara! Só acho que ela e a Skye dariam uma ótima dupla! kkk

— O que acharam?

#Itsallconnected #StandWithSHIELD! :)