Um Arqueiro em Minha Vida. escrita por Wezen


Capítulo 8
Linda e Imprevisível


Notas iniciais do capítulo

ooooooooooi peoples espero que estejam gostando da Fanfic, e sobre as respostas dos comentarios as vezes estou meio sem tempo e só respondo alguns, mas agora terei mais tempo. Esse Capitulo Clint que narra OK... Boa leitura e não esqueçam de dizer oque acharam :3



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Ela era linda e imprevisível, assim eu descrevia Audrey. Estávamos parados no transito dos Times Square, Audrey ficou quieta do hospital até aqui e isso me intimidava. Eu escondia segredos dela, escondia minha vida dela e por mais que nos conhecêssemos há tão pouco tempo eu sentia vontade de simplesmente dizer a alguém coisas que vivi. Ter uma vida.

Audrey coloca a mão sobre o ferimento e vira o rosto para a janela, escuto sua respiração ofegante e digo:

–Esta tudo bem?

–Esta, por quê? –ainda ofegante ela responde.

–Você está ofegante. –Respondo. –Com dor?

–Um pouco.

O trânsito não saia do lugar e eu já estava com vontade de descer e ver o que acontecia. Audrey parecia incomodada com a posição do banco e cada minuto mudava de posição. Pensei que agora era uma boa hora para falar algumas coisas.

–Audrey, ainda tenho que contar algumas coisas.

–Já sei que não vai me contar muita coisa. –Ela olha fixamente para o carro da frente.

–Não posso te contar tudo de uma vez. –Lembrei que eu queria, mas não podia confiar em alguém que conhecia apenas fatos. –Não sei se posso confiar tanto assim em você.

–Eu não estou cobrando explicações, já sei tudo o que precisava. –ela diz com um tom de voz grosso, eu tinha muito problema com mulheres e com essa já devia estar morto. –Pensando bem... Você não tem que contar nada para mim.

Ficamos em silencio, o transito começou a andar e ela ainda olha para a mesma direção, eu estava incomodado com a nossa situação, queria confiar nela, mas a ultima vez que confiei em alguém quase morri, desde então tenho problemas em cofiar, mas Audrey era apenas uma civil, duvido um pouco sobre seus sentimentos, mas ela já disse que confiaria sua vida a mim e agora fazer com que eu aceitasse a levar esse relacionamento é a prova que ela confia mesmo em mim. Eu já não tenho mais ninguém, por que não torna-la algo importante para mim.

–Natasha Romanoff era minha parceira. – Seu olhar volta-se a mim. - Recebi ordens para matá-la, ela também é uma assassina, eu entendi o desespero dela mais do que ninguém, propôs que ela mudasse de lado, ela aceitou e mudou para SHIELD.

–E quem era o homem que estava atrás dela?

–Esse Harry Hendricks, um cientista nuclear soviético que desapareceu depois da Guerra-Fria, os dois tem uma briga entre si, ele não aceita que Natasha mudou de lado e deve ter alguns planos para ela.

–Se ela era sua parceira por que ele veio atrás de você?

–Eu não sei, Natasha deixou de ser minha parceira há quase dois anos.

–E o que eu devo saber sobre você?

–Você já sabe tudo.

–Não, eu sei apenas do orfanato.

–Meus pais morreram em um acidente de carro, fui morar em um orfanato ainda muito cedo, acho que é por isso que tenho problemas com autoridade. –faço uma pausa. - Fugi do lugar quando fiz 15 anos, lá ninguém queria me adotar. Acabei entrando para o circo. –Ela me interrompe com uma risadinha abafada.

–Você não tem cara de palhaço.

–Não era palhaço, eu era trapezista.

–Lá aprendi arco e flecha, passei anos sendo treinado.

–Como saiu?

–Vi muita coisa errada naquele lugar e então sai, meu superior soube do meu talento com arco e flecha e me “recrutou” para a SHIELD.

O transito parado passa a andar e a partir daí a velocidade só aumentou, ela fica pensativa por um tempo, até chegarmos ao prédio, a ajudo a sair do carro, ainda parecia incomodada com a dor. Ela caminhou com dificuldade até o elevador, aperto o botão para descer e em minutos ele aparece, não havia ninguém. Entramos e ela ainda estava em silencio.

–Silêncio me incomoda. –ela diz.

–Quer que eu cante para acabar?

–Por favor, não. –ela fala rindo e em seguida entrelaça seus braços em minha cintura. –Não agüentava mais.

–O que quer dizer com isso? –Digo passando minha mão em suas costas.

–Ficar em pé, dói, sentar dói , tinha que me encostar-se a algo.

–No caso, sou eu?

–Hunrum. –Chegamos ao andar e saímos do elevador. –É impressão minha ou seu prédio sofreu com uma reforma?

–Me mudei depois do ataque. –Era procedimento da SHIELD, quando somos atacados em casa eles procura outro endereço, mas afastado do antigo. –Como só notou agora?

–Não prestei muita atenção no outro prédio. –Caminhamos até a porta ainda abraçado com ela, noto que ela esta entreaberta. Mas um na mesma semana? Não há quem agüente. Entramos e vejo Alison deitada no sofá e com a cabeça encostada no Brad, ele havia se recuperado bem da pata quebrada. Alison assistia desenhos e ficou animada quando nos adentrando pela porta, correu até a gente e abraçou Audrey, deve ter abraçado o local do ferimento e Audrey fez uma careta de dor, Brad não se dá o trabalho de levantar.

–O que a Tia Audrey, está fazendo aqui? –Alison pergunta.

–Ela vai ficar uns dias em casa. –Respondo. –O que tava fazendo aqui?

–Papai saiu, mas pediu para trazer o Brad já que você ia voltar hoje. Fiquei aqui para dar boas vindas.

Audrey sorri e depois me solta, ainda parecia com dor.

–Sentar?- pergunto.

–Deitar se possível.

Ela vai até o sofá, Alison parecia não entender o que estava acontecendo, mas ainda assim ajudou Audrey a chegar ao sofá, eu coloco a bolsa dela no chão e fecho a porta.

–Você queria dar as boas vindas ou quer o presente?

–Os dois. –Ela diz acariciando Brad. –Mas principalmente o presente.

–Dessa vez você vai procurar.

–Então uma dica.

–Está no alto, mas você alcança, com um pouco de dificuldade.

–Tabom! –Ela fala animada. – Vou procurar e já volto.

E sai correndo pela casa.

–Ela é animada né? –Audrey diz.

–Quer deitar em um local mais confortável. – digo.

–Amei seu sofá. –ela diz rindo. –Me diga o que somos agora?

–Como assim?

–Namorados, noivos, amigos...

–Gosto de “namorados”.

–Isso é um pedido?

–Não sou bom com pedidos. – digo se sentando ao seu lado, Brad se levanta e vai atrás de Alison e ela estava sentada no sofá. –Mas eu não posso tirar você da minha vida.

–Eu não quero sair da sua vida. –Entrelaço meu braço em suas costas, puxo para mim e a beijo, ela passa seu braço em minha nuca e se ajeita no sofá, minha mão passa por dentro da sua camiseta, a puxando por um momento esqueci, que Alison corria pelo apartamento, escuto um barulho vindo da cozinha, Alison estava aprontando.

–Hora errada para isso. –ela diz ofegante.

Dou um sorriso e me levanto indo para a cozinha.

–Alison!

–Desculpa.

–O que você fez?- chego à cozinha, Alison havia acabado de quebrar 6 pratos. –Nem precisa responder.

–Desculpa? –Ela diz.

–Tudo bem. –digo. – nem sei por que tenho pratos em casa. Achou?

–Não, ta difícil dessa vez.

–Está no quarto.

Ela passa correndo para quarto e eu volto para a sala.

–Tudo bem?

–Tudo, ela ainda está inteira. - ela sorri. –Você não parece bem.

–Estou pensando na minha vida.

–Isso me incluiu?

–Talvez.

–Talvez?

–Você me trouxe sorte, sabia?

–Pensei que depois de tudo o que passou, iria ser o motivo de seu azar.

–No dia que te conheci, havia perdido tudo e da noite para o dia as coisas foram mudando. –Ela disse coçando a cabeça. –Talvez, você seja minha sorte.

–No final eu não era um maníaco. – digo, pensando em toda aquela nossa discussão por telefone. –Você devia ir descansar.

–O.K Doutor.- Ela diz.

– Te levo para o quarto. – A pego nos braços, fazendo-a rir, Alison aparece com o pacote de presente e um sorriso.

–Mas que cavalheiro. –Audrey diz impressionada.

–Presente! –Alison exclama. –Agora eu posso descer. Tchau Tio. –Ela fala acenando.

–Ei, Kiska eu tenho que falar com você depois!

–Tabom. –Ela fala fechando a porta.

Levo Audrey até o quarto e a coloco na cama, meu celular toca, atendo sem nem mesmo ver quem é.

–Barton.

–Clint, precisamos conversa. –Aquela voz, feminina de sotaque russo, era única e eu a conhecia muito bem.

–Onde você está?

–Estou perto. – ela diz. - Museu da historia natural em 20 minutos. Vejo-te lá.

Ela desliga antes que eu responda, olho para Audrey que estava deitada, ela me olha como notasse algo de errado. Sim, estava errado, Natasha não me procuraria depois de tudo o que houve.

–Terei que sair. –Digo. –Fica bem sozinha?

–Fico.

Vou até ela e dou lhe um beijo na testa, ela me puxa antes que me levante pelo pescoço e me da um selinho. Dou um sorriso e digo:

–Volto logo.

Saio do apartamento, um pouco tenso por saber que veria Natasha de novo. Talvez isso mudaria as coisas de novo.


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Notas finais do capítulo

Kiska= Ratinha em russo.