Um Arqueiro em Minha Vida. escrita por Wezen


Capítulo 18
A Bela e o Monstro


Notas iniciais do capítulo

Oii gente, olha eu aqui de novo... Mais um capitulo para vocês, esse vai ser um pouco grande e tem uma surpresa nas notas finais, por que vou demorar para postar o outro, espero que gostem, o proximo está previsto para quarta feira que vem, então ... Boa leitura e Reviews :*



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O elevador estava parado e eu decidi que tinha que sair dessa situação, levanta-me e vou até o painel de controle do elevador e abro, não era uma coisa muito difícil abrir a porta do painel, troco o lugar de dois fios e a porta se abre. Eu estava entre um andar e outro, mas ainda dava para sair, olho para baixo e lá estava o buraco do poço e uns centímetros para frente o andar que estava com a porta aberta, só precisava de um impulso perfeito para não cair no poço.

Sento-me sobre a beirada e apoio minhas mãos no batente da porta que estava um pouco mais abaixo, me lanço para baixo ficando pendurada, em seguida balanço algumas vezes e finalmente tenho o impulso suficiente para me jogar ao andar, acabei caindo e muitos vidros quebrados, alguns perfuraram minhas costas, mas não era nada letal, levanto do chão cambaleando, mas eu já sabia o que fazer. Entrei no buraco que o Hulk abriu na parede e sai em outra sala que estava destruída, as luzes piscavam fazendo o cenário parecer sinistro. Tony estava no chão próximo à alguns agentes, corro até ele e me abaixo tirando a mascara da armadura.

–Tony, você esta bem?

–Até agora nenhum osso quebrado. –Ele fala tão baixo que mais parecia um sussurro. –Me ajude a tirar a armadura.

Pego nos braços da armadura e tiro a pulseira, depois aperto um botão no pulso e ela se solta, Tony parecia aliviado.

–Precisamos sair daqui.

–Eu vou tentar ajuda-lo.

–Audrey, isso é loucura se nem o Thor conseguiu por que acha que você vai conseguir?

–Por que eu não vou bater nele.

Levanto, deixando Tony no chão tentado se levantar e escuto mais um rugido vindo do outro buraco na parede.

–Ele precisa de ajuda.

Tony não tenta impedir, mas ele sabia mais do que eu que se eles continuassem a bater na fera, ela iria se revoltar mais ainda. Passo pelo buraco e lá vejo, Steve no chão se protegendo com o escudo do monstro enfurecido e em uma das plataformas, estava Clint com Hulk na mira.

–Hey! –Exclamo, a criatura se vira para mim, ainda enfurecido. –Doutor Banner, eu sei que ainda esta ai. Somos seus amigos, sabe que não vamos te machucar.

–Amigos?! –Ele grita enfurecido, dou alguns passos para trás ainda temendo que ele me machucasse.

–Você é um homem bom, não deixe que a criatura tome conta disso. Por favor, Bruce.

–Audrey, sai daqui. –Fala Steve que ainda estava no chão.

–Bruce, confie em mim, ninguém vai te machucar. - Olho para Clint que ainda tinha Bruce na mira e implorei pelo olhar que não atirasse. -Por favor, não atire. –Sussurro, na esperança que ele escute. A expressão violenta do Hulk sai do seu rosto rapidamente e em poucos minutos ele volta ao seu estado humano, parecia fraco e cansado e prestes a cair quando eu o segurei, olhei para Clint que se manteve no mesmo lugar, seus membros estavam menos tensos que antes, mas ainda assim Bruce era seu alvo, Clint atira vendo que ele está estava mais calmo, o corpo do cientista é tomado por cansaço e fica mais pesado que o normal.

–Obrigado. –Bruce sussurra.

Steve o segura quando eu não agüento mais, o deitamos no chão e Clint pede para que desça para médicos.

–Como fez isso? –Pergunta Steve maravilhado com a situação.

–Violência não resolve tudo, sabia?

Clint se aproxima e me abraça tão forte que senti os machucados das minhas costas doerem mas que o normal, eu estranhei a natureza daquele abraço, mas foi o melhor do mundo.

–Não faça mais isso ou eu te mato da próxima. –Ele me dá um beijo na testa e eu me aconchego nos seus braços.

Os Para-medicos chegam ao local, colocam Bruce na maca e Tony também, eles pedem para me examinar e só então eu me separo do meu arqueiro.

O enfermeiro faz um ultimo curativo e minha testa examina meus olhos e depois me libera.

–Você está ótima e as suas escoriações, a dor só vira amanhã.

–Tem certeza que estou bem?

–Claro. –Ele sorri amigável, eu me levanto da maca e logo Tony aparece com uma tipóia no braço.

–Está bem?- Ele pergunta se aproximando de mim.

–Estou. –Sorrio.

–Foi só uma tipóia no braço e a Pepper está dando chiliques.

–Infelizmente eu não tive a oportunidade de conhecê-la. –Realmente já estava à quase duas semanas e não havia conhecido Pepper, por mais que Tony falasse muito dela. –Banner está bem?

–Estão examinando ele.

Clint entra na sala da enfermagem, parecia preocupado e exausto.

–Audrey, é melhor você ir para casa, Tony também, estamos todos cansados para um dia.

–Eu acho que vou dar um tempo em Mônaco com a Pepper. –Comenta Tony meio feliz.

–Eu só quero dormir. –Comento caminhando até Clint.

–Vou indo, já que vai ficar com o Légolas. –Tony passa por nós e depois sai da sala.

–Tem certeza que vai dormir?- Olho para Clint que está com sorriso malicioso no rosto.

–Acabei de mudar de idéia. –Sussurro em seu ouvido.

O Agente Michaud entra na sala e fica um pouco constrangido com a situação, dou alguns passos para trás de Clint.

–Agente Barton, o Diretor Fury quer falar com a Senhorita Rivers. –Diz Michaud. –Pediu para que eu a acompanhasse para a sala dele.

–Eu a acompanho. –Ele me olha um pouco desconfiado. –Volte ao seu trabalho.

Clint e eu saímos da sala a caminho do elevador, eu estava com traumas de elevador, mas não agüentava subir escadas, por causa de todos os ferimentos que sofri. Ficamos em silencio até chegar ao andar, ele não estava destruído como os outros, era bem luxuoso em comparação aos outros, Clint vai à frente enquanto eu fico perdida admirando o lugar, paramos em frente uma porta e ele diz:

–Cuidado com o que diz para ele. –Ele me avisa antes de bater na porta.

–Por quê?

–Ele sabe quando esta mentindo. –O mesmo homem que me recepciono na minha chegada abriu a porta, ele parecia serio, mas não estava diferente dos outros, estava cansado e frustrado.

–Senhorita Rivers, entre. –Ele olha para Clint. –Agente Barton, está dispensado agora.

–Sim, senhor.

Entro deixando Clint ao lado de fora, até mesmo a sala dele não era nada sinistra, como eu imaginei, era branca e tinha uma janela enorme de vidro.

–Sente-se, por favor.

Sento-me na cadeira em sua frente e ele se senta logo em seguida.

–Muito impressionante o que fez.

–Tenho escutado muito isso.

–Cometemos um erro com você, acredito que você guarde um ressentimento de nós quanto a isso. –Ele apóia os cotovelos na mesa. –E como a obra de seus pais não me deixa mentir acredito que seja uma cientista muito promissora.

–Aonde quer chegar?

–Quero que venha trabalhar conosco. –Ele me olha diretamente nos olhos. –É uma proposta é claro. Mas você sabe do trabalho de anos de seus pais e suponho que adoraria continuar... Até por que precisamos de alguém que conclua o soro.

Ele estava tentando fazer com que eu confiasse nele, até por que ele me intimidava com aquele tapa-olho, era uma proposta irrecusável para alguns, era a SHIELD com todos aqueles esquemas de tecnologia e grandes cientistas, mas como ele disse era o trabalho dos meus pais e eu não deixará que aquilo caísse em mãos de quem eu não cofiava.

–É uma proposta tentadora. –Digo engolindo sego. –Talvez eu pense nisso.

–Saiba que eu não estou te pressionado a isso, mas quero que pense e passe a confiar em nós.

–É só o que tem a dizer?

–Por enquanto sim.

–Como disse. –Me levanto e caminho para porta. – Vou pensar nessa proposta.

Abro a porta e saio, eu ainda não sabia se podia confiar neles, até por que nos registros eles caçaram meus pais.

Tento sair do prédio, mas era tão grande que me perdi, um dos agentes que estava no corredor, me ajudou a sair e me levou para fora onde Clint me esperava, encostado em uma moto.

–Cadê o jato? –Pergunto. –Pensei que fossemos para casa.

–Audrey, ninguém vem ao Novo México e sai sem comer tacos. –Ele me dá um capacete que segura e coloca o outro, em seguida ele monta na moto, depois da dar partida eu monto e então saímos do centro de pesquisas da SHIELD.

A cidade parecia bem amigável, era um vilarejo um pouco afastado da Cidade do Novo México, entramos em um restaurante, era tipicamente mexicano com paredes vermelhas e verdes e chapéu de mariates por todo o lugar, Clint procura uma mesa para nós. As pessoas nem parecia estranhar suas vestes, já que realmente não eram normais para um lugar de clima tão quente e árido, mas as pessoas do local olhavam para mim, já que minha camisa branca estava manchada de sangue na parte das costas, fiquei incomodada com os olhares, antes de me sentar em uma mesa bem mais isolada como sempre fazíamos, Clint puxa a cadeira para mim e diz:

–Melhor tirar essa camisa. –Ele olha para as pessoas ao redor que estão todas olhando para nós. –Cidade pequena, vão acabar achando que eu fiz isso.

–Eu tiro e fico como? –Faço um gesto me referindo de que não gostaria de ficar apenas de sutiã em um restaurante, Clint sorri ironicamente e tira sua jaqueta.

–Está calor, mas vai ficar melhor com ela do que com essa camisa.

–Vou ao banheiro. – Caminho até o banheiro que ficava um pouco próximo de nossa mesa e tranco a porta, começo a desabotoar os botões da camisa, olho para o espelho em minha frente, eu realmente estava um bagaço, antes de terminar de soltar os botões, vou até o espelho e passo os dedos no cabelo, pego em meu bolso de trás um grampo e prendo minhas madeixas em um pequeno coque. Termino de tirar a camisa e quando a tiro, vejo o estrago. Havia uma faixa enorme nas minhas costas que escondiam os pequenos ferimentos do caco de vidro, na lateral da minha barriga havia varias equimoses.

Paro de observar e jogo a camisa em cima da pia, logo depois coloco a jaqueta de Clint, aquela com certeza era dele, na gola da camisa estava o cheiro de seu perfume masculino e a mistura do cheiro de oceano que era tão familiar para mim. Antes de sair, jogo a camisa no lixo, aquela eu tinha certeza que não usaria mais. Quando saio do banheiro, volto à mesa e Clint estava mexendo no celular, mas para quando me vê.

–Você demorou, está tudo bem?

–Estava admirando o estrago no meu corpo.

–Isso passa e com o tempo você acostuma. –Ele volta seu olhar para a tela do celular novamente e isso já estava me incomodando.

–Dá para parar de mexer nesse celular? –Pergunto irritada.

–Desculpe. –Ele volta seu olhar para a garçonete que trazia dois pratos de tacos, ela deixa na mesa e sai sem dizer nada. –Tomei a liberdade de escolher, tudo bem?

Balanço a cabeça positivamente já provando o prato que por sinal estava maravilhoso.

–O que o Fury queria com você? –Ele foi bem direto com um assunto que parecia incomodá-lo.

Eu pensei em mentir, já que se eu dissesse a verdade ele me faria aceitar, mas eu estava bem com Tony e não queria deixá-lo, mas se eu mentisse descumpriria promessas que fiz a mim mesma, então eu disse a verdade.

–Ele me fez uma proposta de trabalho.

–E você aceitou? –Clint parecia preocupado e foi ai que eu mudei de idéia quando pensei que ele me faria aceitar.

–Não.

–Por que não?

–Estou feliz com Stark e não quero me meter em problemas e você ficar preocupado com isso.

Ele sorri aliviado e volta a comer e então começo a puxar assunto com ele para que não fique o silencio perturbador entre nós, penso em perguntar de seu trabalho, mas esse era o assunto que eu menos quis saber, até que lembrei que ele nunca falou da família dele.

–De sua família só sobrou você?

–Tenho um irmão e uma tia. –Responde ainda mastigando. –Mas não tenho muito interesse em vê-lo.

–Nunca sentiu vontade de ter uma âncora em algum lugar?

–Âncora?

–Algo de prenda em algum lugar.

–Antes não, mas agora... Digamos que sim. –Ergo as sobrancelhas enquanto mastigo. –As coisas mudaram desde que te conheci, Audrey.

–Mudou?

–Descobri que realmente tenho um coração e a culpa disso foi sua.

Sinto minhas bochechas queimarem, ele pega em minha mão e passa a me olhar profundamente nos olhos me fazendo sorrir.

–Aconteça o que acontecer, aconteça qualquer outra confusão em sua vida, eu irei te proteger, Audrey. Isso é uma promessa.

–Eu sei. –Seu dedinho agarra no meu e isso me faz recordar de quando estava no hospital e ele me prometeu que iria voltar. –Eu confio em você.

Depois que terminamos de comer, fomos para o aeroporto e conseguimos um vôo de volta para Nova York, eu estava aliviada por conseguir voltar para casa. Estava tão cansada que tudo o que queria era um ótimo banho quente e dormir.

Chegamos em casa depois de duas horas, Clint não entrou comigo, ele disse que tinha problemas para resolver e voltava mais tarde, eu concordei e entrei para casa. Tomei meu banho quente tão desejado, quando sai do banheiro, Brad já me esperava na cama, me deito com um pouco de dificuldade já que um lado do meu corpo estava lesionado, repensei meu dia inteiro e cheguei à conclusão que foi muita loucura para um dia só, senti o cansaço tomar meu corpo e pego no sono em minutos, sem mais tempo para pensar no meu dia louco.


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Notas finais do capítulo

Spoiler do proximo para deixa-los com gosto de quero mais:

"Algo atravessa meu tórax, fazendo com que eu entre de desespero e tente respirar. Meus pulmões foram afetados fazendo com que eu não consiga mais respirar, o panico toma conta do meu corpo, tento respirar com mais força, mas tudo o que consigo sentir é a dor da dificuldade de respirar, era como se tivesse milhares de agulhas arranhado meus pulmões e ele não pudesse mais lutar.
Clint me abraça e tentava me acalmar, mas nada era capaz de acalmar o panico que senti ao perder o alimento dos meus pulmões. Agarro em sua jaqueta com força e tento respirar com as ultimas forças que tinha.
—Audrey, por favor, não pare de lutar agora. -Sua voz soava fraca e dificultosa. -Sinta como eu respiro, apenas tenha calma e respire como eu. - Tento acompanha-lo, mas mas eu já havia perdido todo o ar que me restara, fecho os olhos e aos poucos vejo o todo aquele caos partindo e restando apenas a escuridão."