Divergente's Refúgio - Interativa escrita por MaryDuda2000


Capítulo 9
O começo do liquide


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Espero que gostem!



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P.O.V Hiendi

Lá estava eu. Presa novamente e para piorar encontro Bruce. Fico me perguntando sempre, porque o segui?! Tudo tão estranho rola por minha mente. Ainda bem que arrependimento não mata, senão... Aliás, não estou arrependida. Nem deveria estar! Foi com ele que aprendi muita coisa.

Quem diria... Crápula como o irmão, mas divergente?! Fico imaginando como Eric o mataria e se sentiria ao saber que o único e mais racional irmão também divergente! Mataria ele?! Será que seria capaz?! Se bem que nesse momento, não duvido mais de nada.

Como se não bastasse estar ali, sabendo da existência de Bruce e que ele havia me reencontrado, eu tinha que aturar a bebezinha resmungando ao meu lado. Mia era uma das mais caladas. Parecia até gostar. Não apresentava nenhum sinal de preocupação. Acho que permanecia sobre o efeito da droga que Bruce a injetou no dardo. Ainda não entendo como cai naquele truque. Exatamente a cara dele. Tenho que sair daqui a qualquer custo! Eu preciso! Eu vou!

Narrador

– Espero que gostem da hospitalidade, principalmente você, lindíssima Hiendi! – falou Bruce sarcástico – Me chamem na hora do espetáculo. Quero ver cada uma entrar de vez para nossa FAMÍLIA.

– Eu nunca serei da “família” de vocês! – gritou Violet.

– Será... Saiba que sim... Você ainda é inexperiente pequena. Um dia me agradecerá! – respondeu Bruce. – E você de cabelo azul?

– Sou Mia!

– O que acha? – perguntou Bruce.

– Quer por ordem alfabética ou de conclusão? – ironizou Mia – Para começar, esse lugar aqui não é digno nem do porco mais miserável existente. Segundo, você banca o fortão, mas é ridículo com todo esse papo. Força não garante respeito, meu bem! Terceiro, percebi que você e a Hiendi tem um passado junto, porém para de apertar o braço dessa Rose por favor? Já está dando nervoso isso!

– Hahaha! Ousada você, hein?! Gostei. Se souber como se comportar, pode se dar muito bem por aqui. – advertiu Bruce dando leves risos de deboche as palavras da garota.

– Eu? Ser submissa a você? Por favor, cortem minha garganta agora! Escuta só uma coisa! NINGUÉM manda em mim. Muito menos você. – peito-o Mia.

– Aproveitem seu fim de noite. Na hora do jantar nos vemos novamente! – falou por fim Bruce, jogando Rose no chão imundo, saindo do celeiro acompanhado por Robert. Voltou a ficarem somente Helena e Kylie.

– De onde você conhece o Bruce? – perguntou Helena a Hiendi.

– Não te interessa. – respondeu séria e irritada.

– Helena?! Elas têm amigos que virão buscá-las. Por que não vamos junto? – indagou Kylie.

– Você acha mesmo que virão?! – disse risonha e sarcástica, voltou-se de frente para as três após olhar de relance para Kylie – Vocês acham que eles virão?! Duvido e muito!

– Pois duvide! Minhas amigas nunca que me deixariam na mão. – vangloriou Violet.

– Olha só menininha! Eu sei que elas, é... Isa e Lena né?! Podem até vir, mas passar por Bruce e Robert... Hum... Acho difícil! – proferiu.

– Não custa tentar! Tá na cara que você é capacho desse tal Robert. Seja mais “vida loka” e vem com a gente. – convidou Mia.

– Não sou capacho de ninguém e nunca vou ser! – zangou-se Helena.

– Então o que teme? – perguntou Mia.

Nesse momento, Helena acorrentou o pé de Rose e se sentou no conto, junto a Kylie e ali ficaram num silêncio perturbador.

P.O.V Lena

Todos estão se aprimorando. Andrews, Raven, Cassie, Dean e Clary ficaram no acampamento para tomando conta de Emily que agora já está falando, mas não totalmente recuperada. Os outros se preparam aos poucos para o resgate. Quatro nos dividiu em três pequenos grupos.

1- Quatro, Isabela e eu.

2- Alek, Scott e Tyler.

3- Tris, Alice e Caleb.

Era preciso estar preparada. A missão não seria fácil e na verdade nem sabíamos ao certo para onde ir. Dean que viu com Raven o rapto, seguiu os trogloditas após e segundo ele fica em outro acampamento bem afastado. Não sei como será, mas prefiro ser otimista. Devo isso a Violet!

Narrador

Assim foi dito e escalado. Cada um ao seu modo. Quatro juntamente a Lena e Isabela direcionaram-se por uma trilha sul. Tris, Caleb e Scott agiriam pela direção norte. Já Alek e os outros ficariam responsáveis pelo ataque direto, sem esconderijo nem mais discussões.

Alice, Cassie e Scott dedicaram maior tempo do dia em treinamento com as armas que levavam consigo. Alice com uma faca, Cassie com seu arco e flecha e Scott com uma adaga de ouro maciço.

Logo o entardecer transformou-se em anoitecer. Os grupos partiram, cada um em sua direção, a fim de salvar Hiendi e Violet. O trio de Tris foi o primeiro a sair. Todos armados e preparados para as situações seguintes. Pouco após, Lena e os outros dois seguiram. Por fim ficou Alek que para fechar sua despedida para a ação, fato que ela aguardava ansiosa toda à tarde, deixou o acampamento prometendo volta garantida e gloriosa para ganhar o dia.

Enquanto isso, Bruce mandava reunir em círculo em seu acampamento, deixando o centro para a eventualidade da noite. Todos posicionados, Bruce como sempre acompanhado de Robert a sua direita, averiguou se tudo estava nos conformes. Aquele seria o dia de sua vingança, ter Hiendi novamente em suas mãos.

– Está quase na hora? – falou Kylie amedrontada. – Por que Bruce fará isso com elas?

– Porque ele conhece a princesinha ali e ela parece ter o traído. – respondeu tranquilamente Helena como se nada acontecesse.

– Pois é, mas não precisei abaixar a cabeça por medinho de um rapaz qualquer. – revidou Hiendi preocupada.

– Você não vai me estressar agora, fofa! Conheço o seu tipo. Melhor aceitar o destino. – aconselhou Helena serena.

– Não sou de viver em gaiola. Mais cedo ou mais tarde, eu fujo! – falou Hiendi.

– Eu também! – assentiu Mia.

– Boa sorte! – disse por fim Helena que recebeu um “Obrigado!” cínico de Hiendi.

– E você? Por que o Bruce está querendo te marcar? – perguntou Kylie a Rose.

– Simples! Eu não aceitei o que ele me propunha e agora estou aqui! Fim de papo! – respondeu ligeira.

– É nós! – concordou Mia o mais simpática possível.

– E você pequena? – indagou Rose, porém não obteve resposta. Violet não estava com os pensamentos no que em seguida aconteceria, meditava e aprimorava sua alma na esperança de que pudesse rever o irmão. “Logo agora que eu estava tão perto! Por quê?” – questionava a si mesma.

– Violet?! – berrou Hiendi que estava mais próxima da garota.

– Oi?! – disse voltando a realidade.

– Tá surda?! - especulou Hiendi – Nem precisa responder.

Já em proximidade, Quatro, Isabela e Lena já avistavam um clarão em meio à floresta. Com certeza era ali que estavam! Tris e seu grupo igualmente não se encontravam distantes. Todos preparados para avistarem um sinal, qualquer que fosse para entrarem em refrega.

Direcionando-se ao centro, ditoso e satisfeito, Bruce iniciou o discurso.

– Hoje, teremos um espetáculo de iniciação em nosso clã. Somos divergentes com orgulho. Fugimos de Chicago e agora tenho o maior prazer de anunciar nossas regras por aqui. Certamente tudo está em “paz” entre nós, entretanto não sabemos quando algo importuno possa acontecer... Invasão, traição, rebelião... São muitas as alternativas e por isso, tenho um pequeno exemplo do mínimo que possa ocorrer em situações semelhantes...

Bruce prolongou por mais tempo seu discurso e Robert posicionou-se de costas para a portinhola do celeiro.

– É o Robert! - avisou Kylie.

– Chegada a hora meninas! – soltou Helena em meio a risinhos.

As quatro estavam silenciosas, nada podiam falar defronte ao eminente. Bruce por sua vez, mal escondia sua alegria em relação ao que estava prestes a fazer. Assinalou para Robert que entrou no celeiro e puxou Rose pelos cabelos, a fim de que a ruiva fosse a primeira a sentir o calor e as dores da cicatriz do ferro na brasa.

A jovem foi levada até o centro com mãos amarradas e posta de joelhos. Ela levantou a cabeça e olhou todos a sua volta. Muitos com olhares maliciosos, demonstrando gostar do que ocorria, outros observadores, outros espantados. No fundo, avistou dois rostos conhecidos. Eram Tanner e Alyssa, dois irmãos que perderam a família e também estavam forçados a ficar ali. Enquanto os olhos de Tanner tentavam aguentar a conformação, Alyssa não aguentava as lágrimas que aos poucos começaram a escorrer por sua face.

– Está bem quente, Pedro? – perguntou num gritou Bruce.

– Sim, senhor! – respondeu baixo o rapaz que mexia na brasa.

– Não escutei! Está mesmo? – novamente perguntou Bruce, encostando o “D” aquecido no rosto do rapaz que liberou um berro que ecoou por todo ambiente. – Bom, muito bom! Parece que está! – Bruce falou em alto e bom som em meio a gargalhadas que resultaram em maior número de revelação das pessoas cruéis ali presentes, sem dó nem piedade.

Rose escutou o desespero do rapaz e teve por seguinte uma sensação da dor que tal sentia. Um vento frio escolheu-lhe do dorso até o lombar da coluna, o qual a arrepiou todos os pelos do corpo. O mesmo ocorreu com Violet e Kylie que mesmo sem a visão do que acontecia, imaginavam o que era desesperação na entonação daquela voz amedrontada e dolente.

O rapaz foi ao chão sem ao menos conseguir pôr a mão no machucado, o qual no primeiro toque causou-lhe dor ainda mais profunda. Bruce acrescentou a contemplação um chute ao formigueiro que caíram juntamente a terra no rosto de Pedro que se contorcia no chão.

– Que belo exemplo, não?! – advertiu Bruce e novas gargalhadas surgiram.

Mia e Hiendi se entreolharam. Kylie desceu ao chão com as mãos na barriga, lamentando a sorte de Rose que possivelmente seria a próxima. Para alarme, um alvoroço foi percebido ao centro, contudo foi notado pelas cinco garotas que dentro do celeiro estavam, somente quando Robert que voltara a vigiar a porta saira para averiguar.

– O que está acontecendo Kylie? – perguntou Helena levantando-se.

– Não sei. Parece que algo de errado. – respondeu.

– Jura?! Nem percebi! – afirmou Helena empurrando a garota para ver o que acontecia pela falha entre as madeiras na parede. – Parece visitas! Pois é... Talvez seus amiguinhos tenham vindo, pequena!

Violet, Hiendi e até mesmo Mia levantaram o ânimo antes cabisbaixo. As três fizeram força para baixo com finalidade de arrebentar a corrente que as prendia ao teto.

– Quietinhas! – mandou Helena.

– Quietinha você! – ordenou uma garota que entrou repentinamente no local.

– Quem é você? – perguntou Helena, tirando da cintura uma pistola, sendo impedida por Kylie que deu-lhe um chute que acertou sua mão, fazendo a arma cair. – Vocês vieram buscá-la?

– Sentiu minha falta, Hiendi?! – disse um rapaz.

– Caleb! Tris! Alice! Que bom ver vocês! – expôs Violet eufórica.

– Confesso que não acreditava nisso. Vocês são loucos em vir até aqui! – advertiu Helena.

– Somos um bando. Nunca deixamos o outro para trás. – falou Alice que apontava a arma para ela.

Tris e Caleb tentavam tirar as três dali, quando foram surpreendentemente ajudados por Kylie.

– Aqui está a chave. – jogou Kylie.

– Obrigada! Vamos logo! – arrazoou Tris.

Helena aproveitou um segundo de distração de Alice, tomou-lhe a arma, virou seu braço para trás e a fez de refém.

– Solta ela Helena! Essa é nossa chance! Se toca! O Robert não gosta de você, porque vai insistir em ficar aqui?! – perguntou Kylie.

– Não vou! – rebateu Helena – Posso ir com vocês? Sem ajuda, vocês não conseguirão sair daqui.

– Ok! Mas um gesto em falso e eu mesma estouro os seus miolos. – retorquiu Hiendi.

– Vamos! – falou a garota largando Alice ao chão.


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Notas finais do capítulo

Obs: Bom, como a maioria dos personagens já estrearam, aviso o seguinte. Para evitar a saída das personagens da história, espero um sinal de vida de vocês, pois não sei se ainda estão acompanhando a fic. Até!
Personagem dos leitores:
— Tanner Petrov