Astrid e Soluço Vikings & Piratas escrita por Apenas Criativa


Capítulo 22
Nós podemos ser Imortais


Notas iniciais do capítulo

Bom galera, aqui mais um capítulo para vocês, ainda vêm mais um e eu espero que vocês se alegrem nesse próximo que eu vou postar daqui a alguns minutos, vocês vão achar fofo,eu espero é caro. Aproveitem a leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/502284/chapter/22

Ice compreendeu o funeral viking sem reclamações, Stoico e Soluço ficaram responsáveis por colocar Ignis no barco enquanto os outros o observariam partir para Valhala.

As lágrimas da Aaron não foram mais vistas, Marx ficou ao lado de Astrid durante todo o tempo. Quando chegou a hora de pegarem seus arcos, ele deu o arco de prata para Hofferson, este já não era visto desde que saíram de Berk, pois ela só havia usado espadas desde então, porém Astrid gostava muito de seu arco e flecha porque lhe lembrava de Soluço por ser feito de prata.

Todos ergueram seus arcos exceto Astrid, Soluço a encarou por um segundo, ela estava com expressão de que iria aprontar alguma coisa, todos atiraram as flechas e viram voo e aterrissagem direto na embarcação, as chamas começaram a dominar e uma luz iluminou toda a névoa naquele triste momento.

Pouco depois a Hofferson preparou a flecha, uma bem diferente por assim dizer, era lilás com uma escrita que só ela poderia ler “flecha fogos”, Astrid respirou fundo e fechou os olhos.

– Te vejo em breve amigo – Sussurrou ela disparando.

A flecha voou por cima da embarcação explodindo em luzes roxas, algo lindo, era como se fosse magia pura ali presente.

Ice não conseguiu piscar.

– Não sabia dessa – Murmurou ela.

– Você não sabe de tanta coisa – Respondeu a Hofferson.

– Astrid – Chamou Ice.

– Hun?

– Lembra da canção de Angélica?

Just close your eyes

The sun is going down

You'll be alright

No one can hurt you now

Come morning light

You and I'll be safe and sound

Astrid acabou a musica e abraçou Ice. Sabia o quão aquilo era doloroso para a amiga, já era a segunda vez que a via daquele jeito. Sem duvidas a morte de Ignis tinha mexido com a jovem capitã, e isso nenhum ser vivo que a viu daquela forma poderia negar. A morena agora fitava o barco em baixo da tempestade com os olhos verdes inundados de lagrimas, as mãos ainda embalavam os ombros e ainda sentia o corpo tremer.

Os vikings e a capitã Hofferson tinham acabado de deixar o rochedo, queriam da um pouco de espaço para a capitã. Ice nem se quer se moveu depois da saída dos outros, apenas levantara o olhar para o barco.

Já deviam ter se passado longos minutos, e sabia que o barco já estava longe ao ponto de virar apenas um pontinho no meio de tanta chuva. Ice sentiu que aquele barco estava levando uma das únicas coisas lhe restara, sentiu como se o mundo tivesse ficado sem sentido e que tudo aquilo que vivera e que lutara até ali, não tinha mais sentido. Olhando para aquele pontinho quase imperceptível, a jovem Aaron sentiu uma estranha sensação, um sentimento que nunca tivera, nem mesmo nos seus momentos de mais frieza.

Ice sentia raiva, desejo de vingança, tristeza, rancor, medo e, acima de tudo, solidão. Mesmo que ainda tivesse duas tripulações, já que a de Ignis ficara sobre sua responsabilidade e de Astrid, e mesmo que ainda tivesse a jovem ex-viking, ainda se sentia só.

Escutou passos e olhou para trás, dando de cara com a cabeleira loira e a pele pálida de sua assistente, Brisa.

– Capitã Ice, as tripulações querem saber o que fazer. O que faço?- questionou com a voz mais doce possível, pois sabia o quanto sua capitã estava sofrendo.

No meio de tanta coisa, Ice nem lembrou se quer de pensar no que as tripulações fariam. Tentou pensar como Ignis: Berk estava sendo invadida por Cavery e o filho de Alvin, então precisariam de reforços.

– Mande as tripulações todas, quero todos sem faltar nenhum sequer, como reforço para Astrid- a voz da garota ainda era rouca, mas mantinha o tom firme e de líder- Avise para a capitã Hofferson que minha tripulação será leal a ela e avise que eu fui resolver uns assuntos pendentes. Dispensada, Brisa- e com essas palavras, a capitã deu as costas a assistente.

Mesmo hesitante, Brisa assentiu e saiu, sem dizer mais nenhuma palavra.

Ice assobiou o canto do tordo enquanto pegava seu binóculo. Olhou ao redor e encontrou o navio do filho de Alvin, o digníssimo irmão de Ignis.

Ao ouvir um estrondo atrás de si, olhou tranquila e viu o grande dragão azul sentado a encarando.

– Espero que não tente me impedir, Haru. É só para me deixar lá e depois voltar para ajudar os outros, entendido?- Ice fitou o dragão, o mesmo bufou- Ah, vamos lá, amigo, não me olhe assim. Sabe que eu tenho de fazer isso, tenho de vingar o capitão Caelum- pediu acariciando o peito do dragão, que era onde seu braço esticado alcançava.

O dragão bufou virando a cabeça para o lado. Embaixo da chuva, o dragão parecia assustador com aqueles olhos amarelos vibrantes.

– Não vai me levar? Ok, vou nadando, mas se eu morrer, a culpa é sua- resmungou Ice indo para a ponta do rochedo.

O dragão mordeu as vestes de Ice e a colocou nas costas, o que fez a garota sorrir de leve.

– Obrigada, amigão- sussurrou.

O dragão começou a bater asas e logo já voava atravessando o mar. Ice olhava atentamente para baixo ao passarem por Berk e logo viu o alvo.

– Alvo a vista, amigo. Obrigada pela carona- disse dando tapinhas de leve no pescoço escamoso.

Ficou em pé no dragão, esperando o momento certo. Quando viu que dava, pulou do dragão e esticou os braços, segurou em uma corda e desceu, parando em pé, no chão do navio. O filho de Alvin a olhou surpreso.

– Não pensei que viria tão cedo- disse dando de ombros- Péssima ideia essa sua de invadir um navio lotado de vikings- sua voz era aterrorizante para qualquer um, mas Ice já ouvira piores.

– Podem vir- respondeu.

Os vikings começaram a atacar Ice, mas a mesma apenas esquivava-se sem tirar os olhos do irmão maldito de Ignis, ela lhes dava chutes e eles caiam no mar ou caiam no chão, desacordados. Ao ver que não tinha mais nenhum para lutar, Ice tirou sua espada e olhou para o único adversário que ainda estava em pé.

– Sua vez- murmurou.

O filho de Alvin correu para cima dela com tudo, porem, a mesma abaixou-se fazendo o cair para trás dela. Ela lhe deu um chute nas costas o fazendo cair. Puxou-o pela gola da roupa o levantando. Posto de pé, ela lhe deu uma joelhada na barriga e um soco no meio do nariz, mas antes que pudesse sequer usar a espada, passaram braços grandes e fortes pelos seus braços a segurando com força.

O filho de Alvin levantou com um sorriso irônico nos lábios.

– Achou mesmo que seria tão fácil?- perguntou rindo.

Ice o ignorou e ficou se debatendo nos braços do enorme homem. Só parou ao ver o filho de Alvin pegar sua espada, que caíra de suas mãos ao ser rendida, ele posicionou a ponta na sua bochecha com força.

– Tão linda. Não sei o que viu em meu irmão, aquele fraco- disse o filho de Alvin com desdém.

– Ele tinha algo que você não tem e nunca terá. Ele tinha um coração, ele tinha bravura e coragem. A única coisa que você tem é ganancia e desejo de poder- Ice cuspiu as palavras na cara do viking.

Com raiva, o viking cortou sua bochecha. Ice logo sentiu o ardor e o cheiro de ferro invadir suas narinas.

– Agora você vai ver só, sua piratinha de meia tigela- desdenhou o viking.

Ele levantou a espada, pronto para cortar a garganta de Ice, porem, ao descer o braço, uma adaga passou zumbindo por eles e pegou no braço do filho de Alvin, que ficou preso no mastro de madeira. Ice olhou para a ponta da adaga e viu a enorme letra “I” desenhada em prata.

Olhou de onde tinha vindo a adaga e deu de cara com um loiro com um sorriso divertido nos lábios.

– Quer dizer que eu sou corajoso, docinho?- perguntou abrindo um enorme sorriso.

Mas não pode continuar, o viking se soltara e partira para cima de Ignis, que puxou a espada para defender-se.

Com um enorme sorriso no rosto, Ice deu uma pisada forte no pé do brutamontes que a segurava, uma cotovelada em seu rotos e conseguiu se soltar. Ao se ver livre dos braços do homem, lhe deu um soco no nariz, um chute na canela e um na barriga.

Olhou para Ignis e o viu lutando bravamente contra o viking. Assobiou o canto e logo viu o dragão azul aparecer ao longe.

– Ignis- gritou apontando para o alto.

O jovem olhou para cima entendendo o que a moça dissera. Com um chute no peito do irmão e uma cotovelada na curva do pescoço, Ignis correu até onde Ice estava com as duas espadas em mãos e a puxou pela cintura, cortando uma corda, que os levou para cima como uma alavanca. Ao serem arremessados no ar, antes que começassem a cair, o enorme dragão os pegou e os levou embora daquele lugar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam?