Astrid e Soluço Vikings & Piratas escrita por Apenas Criativa


Capítulo 21
Somos Reis e Rainhas da promessa


Notas iniciais do capítulo

Não acreditem em tudo o que lêem



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/502284/chapter/21

– Ignis! – Gritou Ice correndo na direção do rapaz caído no chão.

Astrid e Soluço trocaram um olhar no mesmo instante. A Capitã Hofferson largou suas armas e, mesmo sentindo um pouco de dor na probabilidade de ser resquícios de magia negra voltando a invadir seu corpo, ela correu.

Ice estava ajoelhada ao lado de Ignis, seus olhos estavam perdidos entre o rosto e o ferimento no peito do Caelum. Astrid e Soluço se juntaram a ela, um ao lado do outro, tentando consolar seu desespero.

Depois de algum tempo revirando os olhos, Ice desabou sobre o peito de Ignis, ela permitiu que eles vissem apenas uma única lágrima descendo de seu lindo rosto em uma linha fina até se chocar contra o corpo do Caelum, suas mãos remiam segurando a camisa que o rapaz vestia e seu coração doía tanto, como se pudesse superar uma queda de um penhasco, que ela pensou, por um momento, que poderia estar morrendo também.

De fato, uma parte dela estava morrendo ali, só restava um grande vazio dentro dela e o mundo parecia estar em queda, nada tinha mais cor, o brilho se perdeu e a história parecia ter acabado ali.

Soluço pediu licença para checar o peito de Ignis. Ele deitou a cabeça devagar onde estaria localizada a ferida de Caelum e juntou as sobrancelhas negando a vida daquele Capitão.

– Ele... está – As palavras se recusaram a sair, ele não queria terminar de dar aquela notícia.

Stoico e Valka chegaram correndo logo atrás, suas expressões mudaram ao ver Ice, a postura dela não era mais radiante, orgulhosa e aventureira, não agora e poderia ser não mais, ela estava arrasada, segurando o próprio coração nas mãos.

– Astrid, por favor, você deve ter algo em seu navio que ajude-o! – Gritou Ice sem acreditar nas próprias palavras.

O rosto da Hofferson estava pálido, seu cabelo cobria metade do rosto com sua cabeça baixa, ela arfava, encarando o rosto e o ferimento de Ignis, mas conseguiu negar com a cabeça.

– Eu... não posso evitar a morte é... algo impossível – Disse ela como se estivesse falando sozinha.

Ice debruçou-se no peito de Ignis escondendo as lágrimas que ainda viriam, Astrid pousou a mão sobre suas costas ela também deixou algumas lágrimas caírem, nem se quer o céu demonstrava alegria, a brisa estava tão gelada que as duas sentiam a pele virar gelo, devia ser por conta da tempestade ainda em alto mar ali perto, o céu cinzento escurecia, logo seria noite e ninguém estava preparado, não se sabia o que fazer, esperavam apenas algum tipo de milagre agora.

Todo este tempo, eles estavam sempre seguindo um plano; foi um plano Astrid chegar a Berk primeiro, treiná-los, explodir a Ilha da Caveira e muitas outras coisas eram um plano... Mas agora eles se sentiam abandonados, ser um pirata é ter de se sentir por conta própria na maioria das vezes, a não ser que você fosse como Ice e Astrid, porém a Hofferson se sentia indefesa, como uma criança sem os pais na hora de dormir, ela só via monstros ao seu redor e queria chorar pedindo ajuda... Já a pobre Ice, havia perdido tantas pessoas na vida: mãe, pai e irmã... perder um amor também poderia ser uma coisa terrível, só restava Astrid agora...

Stoico e Valka abraçaram o filho que não conseguia desprender os olhos daquela cena.

– Eu não aguento mais ser caçada deste jeito Astrid – Insinuou Ice em meio à muitas lágrimas, sua voz estava fanhosa e melancólica – Eu não sou forte o bastante para isso... Eu não sou

Astrid acariciou algumas mechas do cabelo de Ice.

– Você é a pessoa mais forte que eu conheço Aaron, eu não conseguiria chegar perto de ser assim... eu, sim, sou fraca, mas você... aguentou muitas mortes e muita coisa para desistir assim na metade do caminho.

– Eu fui uma tola orgulhosa, eu nunca disse que o amava – Chorou ela ainda escondendo seu rosto – Sempre o ignorei e não tive chance de dizer isso porque eu tenho medo dos meus sentimentos, eles são profundos demais, me assustam...

Valka deixou cair uma lágrima comovida com a cena, Stoico deitou a cabeça dela no seu ombro e bateu levemente no ombro do filho como se dissesse para ele fazer alguma coisa.

– Eu sei como é ter medo do que sentimos Ice, mas não desista enquanto eu estiver aqui, posso não ser a melhor no mundo, mas serei um bom ombro para chorar quando precisar – Aconselhou Astrid.

Ice não quis mais falar nada, ela nunca foi muito de falar, poderia escrever, porém não oralmente, mantendo uma postura de boa garota e escondendo o quão maravilhosa ela poderia ser. Somente a Hofferson a conhecia de verdade, era uma das poucas que a conhecia, mesmo nunca, jamais, podendo superar a irmã de Ice: Angélica Aaron.

Astrid levantou-se abraçando o próprio corpo, ela se sentia sozinha quando coisas desse tipo, tristes, aconteciam porque ninguém poderia escutá-la falar ou consolá-la enquanto chorava, porém, desta vez, ela permitiu-se chorar. Suas lágrimas foram caindo uma de cada vez e, como o pior tipo de tortura, bem devagar, ela soluçava o qão menos pudessepara não chamar atenção.

Ela estava no lado oposto aos vikings, vendo a cena e, momentaneamente, olhave para o céu para deixar suas lágrimas caírem.

Logo todos os vikings e piratas assistiam a cena, os dragões estavam junto de seus donos ou apenas quietos sem chamar atenção, respeitando o momento, seguindo seus instintos nobres.

Banguela não foi diferente, ela observava a cena com paciência, indo até para perto de Ice acariciá-la como focinho, Soluço não pode evitar sorrir da boa ação de seu amigo, porém também não gostava de ver Astrid daquele jeito, percebe que ela chorava e soluçava, mas estava com medo dela se afastar dele ou dispensá-lo.

Marx logo apareceu do meio da multidão e, quando viu a Hofferson, já sabia do que ela precisava: um ombro amigo. Ele se preocupava com ela,pois sempre riram juntos quando estavam na tripulação de Angélica, passavam a maior parte do tempo aproveitando a companhia e, até mesmo, ficavam sozinhos juntos.

– Astrid? – Ele tocou em seu ombro.

A garota o olhou tristemente, ele pôs uma das mechas do cabelo loira da mesma pondo-o atrás de sua orelha e estendeu os braços para acolhê-la.

– Por que isso está acontecendo com a gente Marx?

– Pense que as coisas têm de acontecer de qualquer maneira e não podemos evitar, tem que acontecer com alguém, mas temos de ser fortes...

– Para ver o sol nascer amanhã mais uma vez – Terminou ela – Lembro-me do que Angélica dizia.

– E como poderia esquecer, não é? – Perguntou Marx – Essa guerra vai acabar Astrid e você sempre poderá contar comigo, mas acho que Ice precisa mais de você agora do que eu sentia falta deste abraço.

Astrid sorriu saindo dos braços dele.

– Você não se cansa de ter razão sobre as coisas?

A Hofferson ajoelhou-se novamente ao lado da Aaron e esticou para Valka que estava logo atrás, Banguela deu espaço voltando para o lado de Soluço e a chefe ajoelhou-se também ao lado da garota com m olhar baixo.

Mesmo com um olhar triste Astrid conseguiu sorrir e começou a assobiar lembrando da música que seus pais cantavam quando ela era muito pequena, Valka logo pode reconhecer a música, o que era bom porque a jovem não sabia toda a letra.

I’ll swim and sail on savage seas

with ne'er a fear of drowning.

And gladly ride the waves of life

if you will marry me.

No scorching sun, nor freezing cold…

Valka percebeu que ela não sabia muito bem, realmente não deveria, aquela canção era pouco cantada atualmente.

Will stop me own my journey

If you will promise me your heart.

And love...

And love me for eternity.

My dearest one, my darling dear,

your mighty words astound me.

But I’ve no need of mighty deeds

when I feel your arms around me.

Ice levantou a cabeça e escutou com atenção nas palavras da música. Astrid e Valka se esforçavam para deixá-la em um tom triste, algo muito enérgico não cairia bem para aquele momento.

But I would bring you rings of gold,

I'd even sing you poetry! (Valka: Oh, would ya?)

And I would keep you from all harm

if you would stay beside me!

I have no use for rings of gold,

I care not for your poetry.

I only want your hand to hold...

Stoico também juntou-se as duas ajoelhando-se e cantando:

To love and kiss, to sweetly hold!

For the dancing and the dreaming!

Through all life’s sorrows and delights,

I’ll keep your love inside me!

Logo alguns Vikings se juntavam a canção com esforço para não animá-la:

– I’ll swim and sail on savage seas

with ne'er a fear of drowning!

And gladly ride the waves of life

If you will marry me!

Ice abraçou Astrid, suas lágrimas já haviam cessado, mesmo com o coração partido era bom sentir aquele apoio com a paz que o acompanhou.

– Obrigada Hofferson, você nunca deixa passar uma.

Astrid nada disse, apenas abraçou-a e a transmitiu toda a paz que tinha.

Stoico sorriu em vista da cena abraçando Valka, viu a viking voltando ali na loira, isso o deu esperança para algo maior.

– Ice, em respeito ao Ignis e a todos você, gostaria de conceder ao jovem Caelum um funeral viking?

A Aaron sorriu para Stoico e fungou antes de responder:

– O que é um funeral viking?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não acreditem em tudo o que lêem



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Astrid e Soluço Vikings & Piratas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.